Brad Pitt/ Divorcio

Jolie critica juiz por impedir filhos de depor em divórcio

26 de maio de 2021

A atriz Angelina Jolie criticou o juiz que conduz seu processo de divórcio com Brad Pitt, por não autorizar os filhos do casal a testemunhar nas audiências de guarda após a separação física.

O juiz, John Ouderkirk, julga a custódia de cinco dois seis filhos do casal, que são menores de idade: Pax, de 17 anos; Zahara, de 16 anos, Shiloh, de 14 anos; e os gêmeos Vivienne e Knox, de 12. O mais velho, Maddox, tem 19, e não está incluso no processo por ser maior de idade.

De acordo com a legislação da Califórnia, adolescentes a partir de 14 anos podem ser ouvidos pela Justiça durante o processo de divórcio e determinação da guarda.

Para Jolie, os relatos dos filhos seriam evidências “relevantes” para o bem-estar e segurança delas antes de uma decisão provisória sobre o caso. Segundo documentos obtidos pela AP, a defesa considerou a exclusão um erro e ponderou, em apelação, que os depoimentos seriam provas fundamentais.

A defesa da atriz ainda afirmou que o juiz “falhou em considerar adequadamente” uma parte da legislação local que diz que dar a guarda de uma criança para uma pessoa com histórico de violência doméstica é um prejuízo aos melhores interesses do menor.

Os documentos públicos não exemplificam de que tipo de violência Angelina acusa o ex-marido, mas os advogados dela entregaram um documento em março, sob segredo de Justiça, com informações adicionais.

Os advogados de Brad Pitt alegaram que o juiz Ouderkirk conduziu o processo “de forma completa e justa” e que a decisão provisória chegou após ouvir testemunhas importantes. A defesa do ator e diretor disse ainda que “faltou credibilidade” ao depoimento de Angelina Jolie e que a custódia já estabelecida deve ser modificada a pedido de Brad Pitt. Os advogados ainda consideraram que os pedidos de Jolie atrasariam o processo e causariam danos às crianças.

O acordo de guarda dos filhos entre os dois não é público. O casal se separou em 2016, com Jolie alegando a decisão para manter a “saúde da família”. Ela pretende apelar a outras instâncias se o juiz der a guarda provisória a Brad Pitt.

Fonte: UOL | Associated Press News

Enviada Especial/ ONU/ Premiações/ Trabalho Humanitário/ UNHCR/ Vídeo/ Vídeo Conferências

Angelina Jolie apresenta prêmio a Nadia Murad

26 de maio de 2021

Nesta quarta-feira, dia 25 de Maio de 2021, a Enviada Especial do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados – Angelina Jolie – participou dos “Advocacy Awards”, um evento organizado pela International Refugees que acontece anualmente.

Através de vídeo conferência, Jolie apresentou um dos prêmios para Nadia Murad, uma ativista dos direitos humanos, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2018 e Embaixadora da Boa Vontade para a Dignidade dos Sobreviventes de Tráfico Humano das Nações Unidas.

Assista o vídeo e leia o emocionante discurso, traduzido na íntegra por nosso colaborador Gui:

“Nós conhecemos Nadia Murad por seu corajoso posicionamento com relação aos sobreviventes Yazidi e por seu trabalho com a ONU ao redor do mundo. Mas como Nadia mesmo disse, ela não nasceu para dar discursos.

Ela nunca quis ter saído da vila de Kocho onde nasceu: a mais nova de onze filhos, a bebê da família, que acordava todos os dias com o barulho de sua mãe assando pão num forno tandur; que ajudava com a colheita e com a tosa dos animais; que gostava de história na escola e pensava que poderia virar professora; que brincava com maquiagem e que sonhava em abrir um salão de cabeleireiro.

Essa jovem garota, criada na antiga fé e tradições do povo Yazidi, deveria ter sido capaz de viver uma vida pacífica. Ela deveria ter tido a chance de arrumar o cabelo de suas amigas para seus casamentos como ela imaginava. De dar aula na escola local, ou concorrer ao parlamento. Ela deveria ter tido a chance de ver sua mãe envelhecer.

Ao invés disso, durante duas longas semanas, seu vilarejo foi cercado pelo Estado Islâmico. Os moradores esperaram, presos e sem defesa, por uma ajuda que nunca chegou. A família da Nadia sabia o que significava ser sequestrado pelo estado Islâmico, assim como nós também sabemos. E para mim, esse é um dos aspectos mais dolorosos na história da Nadia.

Nós gostamos de pensar que esses desastres acontecem da noite para o dia. Mas, na verdade, eles se desdobram lentamente, com muitos momentos nos quais o curso da história poderia ter sido mudado e as mortes de pessoas inocentes poderiam ter sido evitadas. Nós temos que perguntar:

Por que vivemos em um mundo em que as minorias, como os Yazidis ou os Rohingya, vivem existências tão precárias? Por que ainda existem tantas pessoas entre nós, que são ameaçadas pela diferença? Como a limpeza étnica e o genocídio ainda podem ser cometidos tão facilmente e com tão poucas consequências aos culpados? Quando estupro em massa e o abuso de mulheres se tornaram normais? Por que as vidas de algumas pessoas, em alguns países, importam tão pouco? Como pode ser aceitável que existam mais de 80 milhões de pessoas vivendo deslocadas de suas casas; 80 milhões de pessoas que compartilham aspectos da mesma experiência que Nadia?

Eu sinto muito, Nadia, que no momento mais mais importante, você e sua família estavam sozinhas. Vocês deveriam ter sido protegidos. E ao invés disso, agora você luta para proteger os outros. No seu livro, você escreveu: “Ser forçada a deixar sua própria casa, por medo, é uma das piores injustiças que um ser humano pode enfrentar. Tudo o que você ama, lhe é roubado. E você arrisca sua vida para viver em um lugar onde você não é querido.”

Eu reconheço a injustiça dessa descrição, quem não reconhece? Mas eu sinto que falo em nome de muitas pessoas, quando digo que você é querida. E mais do que isso, você é necessária. Sua coragem e seu compromisso com a justiça é um exemplo e um caminho para todos nós. Tenho o prazer de apresentar a você, e à Nadia’s Initiative, o Refugees International’s Award.”

Fonte: YouTube

 

Vídeo:


Link: https://fb.watch/5KDlzvotEM

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Candids/ Los Angeles/ Zahara

Em Los Angeles, Angelina e Zahara fazem compras

24 de maio de 2021

Neste domingo, dia 23 de Maio de 2021, a mamãe mais famosa de Hollywood, Angelina Jolie, levou sua filha mais velha, Zahara (16), para fazer compras em um supermercado na cidade de Los Angeles, Estados Unidos.

Mãe e filha foram fotografadas pelos paparazzis de plantão quando deixavam o local carregando sacolas e caminhavam em direção ao carro.

Fonte: Daily Mail

 

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Atriz/ Capturas/ Eternals/ Eternos/ Filmes/ Marvel/ Trailer/ Vídeo

Marvel libera teaser trailer oficial de Eternos

24 de maio de 2021

Nesta segunda-feira, dia 24 de Maio de 2021, os estúdios da Marvel disponibilizaram o teaser trailer oficial de “Eternos”, mais novo filme estrelado por Angelina Jolie. A produção é dirigida pela vencedora do Oscar, Chloé Zhao, e tem estreia prevista para Novembro deste ano.

“Ao longo dos anos, nós nunca interferimos, até agora”, começa a narradora falando no trailer que introduz os novos heróis para o Universo Cinematográfico da Marvel. Os Eternos foram criados por Jack Kirby e apareceram pela primeira vez nos quadrinhos em 1976.

Eles são uma raça super-humana e foram criados pelos Celestiais para serem os defensores da Terra. Os personagens têm relações com diversos universos já conhecidos pelo público amante de filmes de heróis, como os Guardiões da Galáxia, os Vingadores, até mesmo o Thanos.

O elenco do longa conta com Angelina Jolie, Salma Hayek, Kumail Nanjiani, Lauren Ridloff, Brian Tyree, Henry, Lia McHugh, Don Lee, Gemma Chan, Kit Harington, Richard Madden e Barry Kheogan.

Fonte: UOL

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Entrevistas

Jolie concede entrevista para revista Claudia

22 de maio de 2021

Nesta última quinta-feira, dia 20 de Maio de 2021, a revista brasileira Claudia publicou em seu website oficial uma entrevista exclusiva com a atriz Angelina Jolie, na qual ela falou sobre seu novo filme “Aqueles Que Me Desejam a Morte” (Those Who Wish Me Dead). Leia a entrevista completa abaixo e veja as scans em nossa Galeria!

Por Isabella D’Ercole

É uma vida toda exposta ao público. Angelina Jolie nasceu no berço de ouro da atuação, filha de Jon Voight e Marcheline Bertrand. Aos 7 anos, participou do primeiro filme, “Lookin’ to Get Out”, no mesmo elenco que o pai.

Aos 16, posou de biquíni para o tradicional fotógrafo hollywoodiano Harry Langdon – os cliques com poses sensuais ainda podem ser comprados no banco de imagens Getty Images. Aos 20 conseguiu o primeiro papel grande; aos 24, ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante. Desde então, nunca mais deixou de ser protagonista – dos filmes e dos tabloides.

Intensa, adotou o primeiro filho, Maddox, aos 27, no Camboja. Hoje, além de um instituto humanitário para conservação da natureza e recuperação da comunidade, após uma sangrenta guerra civil, a atriz mantém uma casa no país.

Viajando, ainda se tornou mãe de Zahara, em 2005, na Etiópia, e de Pax, em 2007, no Vietnã. Completam a trupe, Shiloh, Vivienne e Knox, filhos da atriz com Brad Pitt, de quem se separou em 2016 – a batalha judicial segue se desenrolando e incluiu denúncia de violência doméstica.

O tema, aliás, é um de seus focos no momento, após o crescimento dos números durante o isolamento. Ao doar-se para o trabalho humanitário, para o outro, Angelina se esquece de suas questões pessoais. Ela revelou isso durante nossa conversa ao telefone.

Com voz calma, Angelina para frequentemente no meio da frase para reorganizar os pensamentos. Ocasionalmente, seus cachorros latem ao fundo. Como poucas celebridades, ela deseja se posicionar mais. Não faz isso da sua casa, porém. Visita abrigos de refugiados, zonas de conflito e faz, como embaixadora da ONU desde 2001, mediações tensas – é viciada em livros de história e política.

Atriz renomada, diretora, mãe, ativista: os tantos papéis rendem a Angelina a alcunha de forte. Mas a que preço? “Raramente acordo me achando boa o suficiente”, diz ela, me surpreendendo. Angelina se esforça para deixar claro que é absolutamente humana e rejeita os pedestais em que tentam colocá-la.

O papo a seguir ocorreu durante a campanha de lançamento de Those Who Wish Me Dead, filme que chega aos cinemas no dia 27 de maio. Na trama, ela é Hannah, uma bombeira florestal traumatizada após uma situação fugir do controle.

Em seu caminho, aparece um menino que precisa de proteção – sim, tem fogo, bomba, tiro e mais todos os elementos dos filmes de ação que Angelina sempre faz.

“Ela é adorável. Eu estava um pouco intimidada de conhecê-la, porque a admiro tanto, mas ela foi acolhedora. Meu nervoso foi à toa. Ela é uma força, mas muito graciosa e gentil”, descreveu a colega de elenco Medina Senghore.

Aos 45, Angelina mostra suas cicatrizes de tantos anos sendo uma figura pública e uma mulher sob constante julgamento. Ainda assim, assumindo suas dores, ela nos lembra da importância de olhar para o outro e agir por ele. Não precisa ser nada grande. “Às vezes, uma ligação para uma amiga salva o dia dela”, fala.

No processo de resgate do menino, Hannah parece também resgatar a si mesma. Tem algo muito feminino nessa reconstrução após traumas. O que acessou para construir a personagem?

Muitas mulheres vão se identificar com Hannah. Eu não fui longe para construí-la. Várias partes em mim estão quebradas. Se sentir assim e ainda ser empurrada para ir adiante, achar sua força interna, manter-se protegida pra atravessar o fogo: esse processo vai tocar as pessoas, assim como me tocou, porque é algo muito humano. Sinto que, de alguma forma, eu precisava estar nesse filme quando ele aconteceu.

Muitas das suas personagens são mulheres fortes lutando por si mesmas e protegendo os outros. Você se identifica com elas?

Eu me sinto privilegiada por ter vivido essas personagens, mas não me acho diferente da maioria das mulheres. Somos todas muito fortes. Porém, tem algo que as pessoas falham em compreender. Adoram falar que mulheres são poderosas, mas ninguém se pergunta por que ficamos forte assim. Infelizmente, para muitas de nós, isso acontece porque fomos solitárias, nos sentimos muito machucadas, vulneráveis. A menininha cresce forte para se sentir segura e para sobreviver. Ainda assim, sei que existem mulheres que lutam contra situações muito mais graves do que eu, que enfrentam adversidades maiores, conheço algumas delas.

Como se reafirma e se nutre para se manter forte?

Honestamente, eu raramente acordo me sentindo bem, achando que fiz o suficiente, que sou forte o suficiente, boa o suficiente. Eu tento focar em me conectar com quem está ao meu redor. Parece que estou na terapia, né? (risos) Não há uma resposta fácil. Você tem que se lembrar do seu propósito, que pode ser criar seus filhos ou ter um papel que é parte de uma solução. Isso ajuda a levantar e ir adiante. Também evita que pensemos tanto em nós mesmas, pois estamos com a cabeça no que podemos oferecer ao outro. E essa é uma das coisas mais saudáveis: tirar o foco de suas necessidades e olhar para alguém.

Incomoda você ser vista como inspiração para muitas pessoas. É pesado?

Eu me sinto muito humana, sempre foi assim. Meu desejo é me conectar com as pessoas cada vez mais, para dividirmos nossas vulnerabilidades, compartilharmos valores e a vontade de se unir para ajudar um ao outro. Sou grata a quem, até hoje, foi generoso ao se conectar comigo. Mas, como eu disse, acordo pensando no que não fiz. Acho que todo mundo é assim.

Olhar para o outro é algo que você faz muito constantemente e desde muito cedo em sua vida, especialmente cuidando de mulheres e crianças. Sabemos que a pandemia afetou principalmente esses grupos. Ajustou seus projetos por isso ou criou algo novo?

Eu vivo em dois mundos. Meu projeto no Camboja já tem quase vinte anos. Trabalhamos com a população local para a proteção dos recursos naturais e a educação ambiental. Mas, acima de tudo, olho para a causa dos refugiados. São 80 milhões de pessoas pelo mundo sem casa, que foram retirados de suas terras – e mais da metade desse grupo é composto por crianças. O que acontece é que, com os conflitos, fica difícil simplesmente esperar acabar e retomar de onde parou. Quando ocorre esse deslocamento, você volta e a água está contaminada ou tem uma fazenda onde era sua terra. Trabalhando com a ONU, hoje vejo o menor apoio internacional que já tivemos para lidar com a questão dos refugiados. Ao mesmo tempo em que cai o investimento, a pandemia piora a situação dessas pessoas. Para além dessa questão, tenho focado muito na violência doméstica, porque cresceu no último ano e há pouco entendimento do que acontece na casa das pessoas e do aumento do perigo que ocorre durante o isolamento. Estou trabalhando com uma organização para ter programas diferentes, abordando as várias realidades, possibilidades de proteção e de mudança da situação.

Muitas vezes, as pessoas acham que não devem interferir em questões do casal ou nem imaginam que a amiga que parece tão forte é, na verdade, uma vítima. Cabe a nós também fazer essa vigília pela outra…

Você não poderia estar mais certa. O que é chocante, para mim, é que os amigos próximos e até mesmo a família não apoiam as vítimas. Às vezes, não se metem apesar de saberem o que acontece; outras vezes, não querem olhar para o que é feio ou se recusam a acreditar. Tem quem não entenda e também não queira compreender a situação. Porém, é urgente olharmos para quem amamos. Mesmo nesse período à distância, é importante manter a conexão. Falar com quem você ama, saber se está tudo bem, escutar de verdade o que a pessoa tem a dizer. E isso implica em estar disposta a apoiar quando a pessoa pedir ajuda. As redes de apoio são muito importantes para as mulheres e, agora, elas estão afastadas. Em casa, sem poder sair, cuidando dos filhos sem ajuda, as mulheres ficam realmente isoladas, não só fisicamente. A situação aumenta a vulnerabilidade. Eu recomendo, sempre que possível, ligar pra uma amiga só para perguntar: “Tudo bem?”.

Você se posiciona sobre muitas questões. Sente-se pressionada a fazer isso ou é algo em que acredita?

Não acho que ninguém é obrigado a fazer parte de qualquer conversa, mas você tem que ter clareza da sua posição moral como ser humano. Todos têm que colocar um limite. Eu sei o que não vou tolerar que façam comigo ou com os outros, qualquer tipo de abuso que vejo. Não é exatamente político, é o justo. Eu me posiciono sobre o que é inaceitável e disso não abro mão.

Você não tem redes sociais. Não ajudaria nisso?

Eu não tenho redes sociais nem um assessor para levar a público essas questões. Não é que eu seja contra as novas ferramentas de comunicação, mas prezo pela seriedade da troca com as pessoas. Não há nada que eu possa fazer sobre fofocas, mentiras. Mas, para eu participar das redes, teria que entender uma forma delas garantirem conversas mais profundas com pessoas do mundo todo.

Fonte: Claudia

 

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Ensaios Fotográficos/ Entrevistas/ Photoshoots/ Trabalho Humanitário

Jolie apoia as abelhas e apicultoras em campanha

20 de maio de 2021

A estrela do cinema e ativista humanitária – Angelina Jolie – conversou sobre ensinar mulheres a cuidar de abelhas em reservas da biosfera da Unesco.

Artigo por Indira A.R. Lakshmanan

É surpreendente ver um rosto de beleza icônica coberto por abelhas. Uma visão mais aproximada conta uma história mais profunda sobre o delicado equilíbrio entre humanos e insetos polinizadores de quem dependemos tanto para a comida que consumimos.

Na National Geographic, Angelina Jolie posou para um retrato impressionante a fim de, no Dia Mundial das Abelhas, chamar atenção para um programa da Unesco-Guerlain que oferece treinamento de apicultura, empreendedorismo e proteção de abelhas nativas e seus habitats para mulheres de todo o mundo. O fotógrafo Dan Winters, que também é apicultor amador, se inspirou em um famoso retrato de Richard Avedon de um apicultor careca, cujo torso estava coberto de abelhas.

Jolie se inspirou em diferentes visões: de abelhas como um pilar indispensável de nossa alimentação – um pilar que está ameaçado por parasitas, agrotóxicos, perda de habitat e mudanças climáticas – e uma rede global de mulheres que serão treinadas para proteger esses polinizadores essenciais.

A atriz, diretora e ativista humanitária se juntou a mim para uma entrevista em Los Angeles para falar sobre as conexões entre meio ambiente saudável, segurança alimentar, empoderamento feminino e as estimadas 4 mil espécies de abelhas nativas dos Estados Unidos. Proteger polinizadores que sustentam a vida é um desafio absolutamente possível, diz ela.

“Com tanta coisa para se preocupar no mundo, e tanta gente afundada em más notícias, sobre a realidade do que está acabando e o que está acontecendo”, diz ela, “isso [este problema] é algo com o que conseguimos lidar.”

Três em cada quatro dos cultivos mais importantes para o consumo humano – e mais de um terço da terra cultivada no mundo – dependem de polinizadores, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Não se trata apenas de frutas, castanhas ou legumes; abelhas também polinizam alfafa consumida pelo gado e plantações usadas para vestimentas e remédios. Estima-se que somente as abelhas gerem US$ 20 bilhões para a agricultura dos EUA, de acordo com a Federação Americana de Apicultura; polinizadores são responsáveis por gerar mais de US$ 200 bilhões em produção de comida no mundo todo.

Mesmo assim, populações de abelhas sofreram reduções severas na última década. Mortes em massa de abelhas estão associadas a agrotóxicos (especialmente a um grupo de elementos químicos chamado neonicotinoides), ácaros parasitas e perda de habitat para a monocultura comercial em larga escala. Mudanças climáticas também afetaram espécies nativas em todo o mundo, levando mais de uma dúzia de espécies americanas à lista de espécies ameaçadas.

Jolie foi recentemente nomeada madrinha do Dia Mundial das Abelhas, um programa de cinco anos lançado pela Unesco, o braço para a educação, ciência e cultura das Nações Unidas, e Guerlain, uma empresa de cosméticos da França. A Guerlain diz que contribuiu com U$ 2 milhões para capacitar e apoiar 50 mulheres empreendedoras e apicultoras em 25 reservas da biosfera da Unesco pelo mundo.

Espera-se que as mulheres construam 2,5 mil colmeias nativas até 2025, protegendo 125 milhões de abelhas, de acordo com a Guerlain. Mulheres da Bulgária, Camboja, China, Etiópia, França, Rússia, Ruanda e Eslovênia serão treinadas este ano, com outras do Peru, Indonésia e outros países em 2022.

Um objetivo chave para o programa é mostrar a diversidade de práticas apicultoras locais, compartilhando saberes de diferentes culturas. Na reserva da biosfera Xishuangbanna, na China, por exemplo, moradores usam colmeias em troncos feitos de árvores caídas e seladas com esterco de vaca para proteger as abelhas no inverno. Na reserva Tonle Sap, no Camboja, apicultores criam colônias em galhos inclinados, o que facilita retirar mel sem destruir a colônia. Autoridades da Unesco me disseram que, no programa Mulheres pelas Abelhas, nem colônias, nem abelhas-rainhas seriam importadas para evitar extinguir abelhas nativas ou espalhar doenças.

Jolie assume o novo posto com uma experiência incomum. Enviada especial do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, ela participou de quase 60 missões em zonas de guerra e campos de refugiados nos últimos 20 anos. Em 2003, ela criou uma fundação para conservação e desenvolvimento comunitário, batizada com o nome do filho mais velho, Maddox, em uma região rural protegida no noroeste do Camboja. A fundação trabalhou para remover minas terrestres de tempos de guerra, converter antigos caçadores ilegais em guardas florestais e promover igualdade de gênero, entre outros objetivos, ocmo também capacitar apicultores.

Em junho, Jolie se juntará às primeiras 10 Mulheres pelas Abelhas, que participarão de um treinamento de 30 dias conduzido por especialistas do Observatório Francês de Melitologia, na Provença, onde ela pretende ser capacitada também.

Há 20 anos você tem sido uma voz pelas populações mais vulneráveis, especialmente mulheres e crianças em zonas de guerra. Qual a conexão entre populações vulneráveis e abelhas?

Angelina Jolie: Muitas pessoas em situação vulnerável são deslocadas por causa das mudanças climáticas ou guerras por recursos limitados. Ter seu ambiente destruído, seu ganha-pão retirado de você, é uma das muitas razões pelas quais pessoas migram, são deslocadas ou lutam. Tudo isso está conectado. Os polinizadores são, claro, extremamente vitais para nossas vidas e nosso ambiente. Por isso, precisamos entender, cientificamente, o que acontece se os perdermos. Isso é algo que podemos trabalhar para resolver. O que é empolgante para mim é que, em vez de dizer: “Estamos perdendo as abelhas, temos algumas espécies que se extinguiram ou vão extinguir”, nós estamos dizendo: “Sim, é desta maneira que as protegemos”. É preciso ter mais consciência sobre os agrotóxicos e o desmatamento. Mas, também, tem estas coisas que as pessoas podem fazer. Você não precisa ter terra, mas pode considerar ser parte da solução. O empolgante é que estamos chegando com soluções e empoderando mulheres em seus modos de sustento.

São tantas as ameaças às abelhas no mundo.

Às vezes esses problemas parecem tão grandes. Mas há estas pequenas verdades e nós nos apegamos a elas. Quando estamos perdendo espécies, animais ou plantas, isso está destruindo algo. É quebrar o tecido de todas as coisas das quais dependemos. Somo todos inteligentes o suficiente para saber que essas peças são muito, muito interconectadas e cruciais. Eu sei que parece que agora eu estou trabalhando com abelhas, mas na verdade, para mim, está tudo conectado com o sustento de mulheres e os deslocamentos pelas mudanças climáticas.

Tem algumas maneiras simples para que todos possam ajudar – plantar vegetação nativa, não usar agrotóxicos nos quintais e jardins comunitários…

Com tanta coisa para se preocupar no mundo, e tanta gente afundada em más notícias, sobre a realidade do que está acabando e o que está acontecendo, isto é algo com que conseguimos lidar. Todos podemos fazer uma parte e fazer muito melhor. Eu acho que muita gente não sabe o dano que está causando. Muitas pessoas só estão tentando sobreviver mais um dia. Elas querem fazer o bem. Elas não querem ser destrutivas. Elas não sabem o que comprar. Não sabem o que usar. Então, eu acho que parte disso é ajudar a simplificar para todo mundo, porque eu preciso disso. Eu tenho seis filhos e muita coisa acontecendo, e eu não sei como ser a perfeita em nada. Então, se conseguimos ajudar uns aos outros a dizer: “Assim é como se faz, simples, e isto é algo que você pode fazer com seus filhos”. Os jovens são tão conscientes. Eles são conscientes dos problemas do mundo em que vivemos. E eles aprendem a comprar isso ou aquilo, não tocar aquilo ou não dirigir aquilo. Eles estão sobrecarregados com isso. Por isso uma das coisas que queremos fazer é tornar isso possível e simples [proteger as abelhas e a biodiversidade].

Seus filhos inspiraram seu interesse em conservação e meio ambiente?

Eles estão certamente crescendo muito mais informados. Veja, é uma questão de geração. Estamos no limite. Decisões feitas ou coisas que feitas nos próximos 10, 20 anos serão determinantes para a maneira como vivemos neste planeta. É triste, eles sabem disso. É muito difícil para eles. Eu não posso imaginar se uma criança de novo. Se a Terra poderá existir do mesmo jeito, ou se haverá abelhas e polinização, não era algo com o que eu me preocupava quando tinha 12 anos.

Você começou uma fundação no Camboja que a fez testemunhar desmatamento extração ilegal de madeira. Qual foi sua inspiração para apoiar um programa de apicultura lá?

Ver o meio ambiente e os modos de sustento. Trabalhamos com muitos caçadores que se tornaram guardas-florestais, e eles fizeram muito para conter a extração ilegal de madeira e proteger os animais onde podiam. E tem muita coleta de mel selvagem no Camboja. É importante que você não vá ao país e diga: “Sem infraestrutura, sem estradas, sem progresso, sem nada, vamos manter esta área especial e preservá-la”. Precisamos fazer isso, mas para isso, precisamos ser sustentáveis, precisamos encontrar maneiras para as pessoas viverem nessas comunidades e prosperarem conectadas a este ambiente natural.

Abelhas praticam uma forma de democracia na qual cada abelha vota individualmente na hora de escolher um novo local para a colmeia. Me parece um paralelo interessante para o Mulheres pelas Abelhas. Por que envolver mulheres na apicultura, como isso as dará voz, liderança, poder econômico?

Mulheres são muito capazes. E há muitas mulheres em áreas onde elas não tiveram oportunidades. Mas elas estão famintas para aprender, têm um enorme instinto para negócios. Ter uma rede, saber como ser apicultoras melhores com todos os avanços da ciência e métodos e ter algo que elas podem fazer e vender. Não é apenas sair ensinando mulheres, mas sobre aprender com essas mulheres de todo o mundo, que têm práticas diferentes. Mulheres são muito capazes e quando elas aprendem uma habilidade, ela ensina outras mulheres, homens e seus filhos. Então, se você realmente quer fazer algo e quer ampliá-lo, você encontra uma mulher, você a ajuda a entender o problema e ela vai trabalhar duro para informar sua comunidade.

Você recentemente participou de um retrato extraordinário para a National Geographic pelo fotógrafo Dan Winters, e você ficou literalmente coberta de abelhas, que ficaram voando até no seu rosto. Como você se sentiu?

Vou soar como meu professor de budismo, mas foi uma sensação amorosa estar conectada com essas criaturas maravilhosas. Tinha um zumbido. Você precisa ficar muito parada, no seu corpo, no momento, o que não é fácil para mim. Eu acho que parte do pensamento por trás disso era, esta criatura é vista como perigosa, às vezes. Então como simplesmente convivemos com ela? A intenção é compartilhar este planeta. Somos afetados uns pelos outros. É assim que precisava ser a sensação, e realmente foi, e eu me senti muito honrada e sortuda de ter essa experiência.

Dan Winters buscou o mesmo feromônio para atrair abelhas que Richard Avedon usou há 40 anos para fazer seu famoso retrato de um apicultor.

Foi tão engraçado estar com o cabelo e a maquiagem feita e me passarem feromônios. Não pude tomar banho por três dias antes. Porque eles me disseram: ‘Se você tem todos esses cheiros diferentes, xampus e perfumes e outras coisas, a abelha não sabe quem você’. [Eles] não querem [que abelhas] confundem você com uma flor, eu suponho.

E tentar te polinizar. [Risos]

Não tenho certeza, mas foi interessante. Daí você coloca umas coisas no nariz e nos ouvidos para que elas não tenham muitos buracos para entrar.

Uau, isso é um pouco assustador!

Eu tive uma que ficou embaixo do meu vestido o tempo todo. Foi como uma daquelas comédias antigas. Eu fiquei sentindo ela no meu joelho, na minha perna e pensei: ‘Este é o pior lugar para ser picada. Está chegando muito perto.’ Ela ficou lá durante todo o tempo do ensaio. Depois que tiraram todas as outras abelhas, levantei minha saia e ela saiu.

Essa entrevista foi editada para maior clareza e concisão.

Fonte: National Geographic Brasil

 

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Aqueles Que Me Desejam a Morte/ Atriz/ Capturas/ Filmes/ Those Who Wish Me Dead

Capturas: Those Who Wish Me Dead

18 de maio de 2021

Nesta terça-feira, dia 18 de Maio de 2021, adicionamos em nossa Galeria, 450 capturas de tela (screencaps) de nossa musa, Angelina Jolie, atuando em seu mais novo filme “Those Who Wish Me Dead” (Aqueles Que Me Desejam a Morte).

Inspirado no livro homônimo escrito por Michael Koryta, a obra gira ao redor de Connor, um adolescente traumatizado que presencia um brutal assassinato. No longa, Jolie interpreta o papel de Hannah Faber, uma bombeira florestal que trabalha em uma desolada torre de vigia e que se recupera da perda de três vidas que não conseguiu salvar em um incêndio.

Dirigido por Taylor Sheridan, o filme também é estrelado por Nicholas Hoult, Finn Little, Aidan Gillen, Medina Senghore, Tyler Perry, Jake Weber e Jon Bernthal.

“Aqueles Que Me Desejam a Morte” tem data de estreia prevista para o dia 27 de Maio de 2021 nos cinemas brasileiros.

Trailer:

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Entrevistas/ Photoshoots/ Revistas & Scans

People entrevista Angelina Jolie e Medina Senghore

14 de maio de 2021

Angelina Jolie e sua nova amiga, Medina Senghore, estão entre as milhões de pessoas que se sentem abençoadas atualmente. Com as restrições à pandemia diminuindo, elas refletiram sobre os últimos 14 meses, gratas por elas – e principalmente suas famílias – terem sobrevivido.

“Ainda estamos sobrevivendo, não é Medina?” brincou Jolie, 45, na nova entrevista concedida à revista People que chegou às bancas nesta sexta-feira (14). “Sinto que devemos perguntar a todos os nossos filhos: ‘Como nos saímos durante a pandemia?'”

“Acho que eles definitivamente me dariam uma opinião mista”, diz Senghore. “Se estamos procurando o lado positivo das coisas, temos que ser ainda mais criativas ao entreter as crianças. Os meus filhos são muito jovens [Rayaan, 6, e Elyas, 3], então eles precisam de muito ar livre e escalada. Nós fizemos muito mais caminhadas e muito mais atividades ao ar livre do que antes da COVID. ”

Jolie acrescenta: “Eu vi que as crianças realmente se uniram. Tenho um grande grupo e, com Maddox voltando da faculdade e ficando na mesma casa, eles realmente tiveram que lidar com isso juntos. Nós também ficamos muito bons em “dark tag”, uma brincadeira nova em que apagamos todas as luzes e perseguimos uns aos outros.”

Senghore e Jolie se conheceram pela primeira vez recentemente, enquanto faziam a divulgação de seu novo filme, “Aqueles Que Me Desejam a Morte” (Those Who Wish Me Dead). Mesmo assim, as duas compartilharam um vínculo instantâneo, retratando mulheres fortes na tela e defendendo as mulheres ao redor do mundo.

Este é o primeiro filme de ação de Jolie após uma década e a mãe de seis filhos disse: “Quando nós duas finalmente conversamos, falamos sobre a força das mulheres e o que muitas vezes ouvimos sobre mulheres fortes. Às vezes isso vem como um elogio, mas às vezes isso é dito quando alguém não está querendo aceitar que uma mulher precisa de algo. Você diz: ‘Ah, ela é muito forte’, mas você também está dizendo: ‘Ah, ela consegue lidar com o peso do mundo em seus ombros.'”

Senghore, certamente lidou com muita coisa em sua vida. Uma estrela em ascensão, ela se formou na Faculdade de Direito de Harvard e seguiu seus sonhos aos 30 anos, estudando na Juilliard School [uma escola de Ensino superior de Música, Dança e Dramaturgia].

Ela disse: “Agora eu sei que a força e a necessidade de ajuda vivem lado a lado. Uma das coisas pelas quais sou grata é que o silêncio forçado desta época me ensinou sobre o equilíbrio entre força e vulnerabilidade. Isso me colocou mais em contato com as pessoas quando precisei de ajuda e não vi isso como uma falha.

No filme, Jolie interpreta uma “smokejumper”, uma bombeira que salta em incêndios florestais e Senghore interpreta uma sobrevivente grávida.

“Nossas personagens são essas sobreviventes, essas bombeiras “smokejumpers”, e existem muitas mulheres reais e extraordinárias que vivem fazendo isso e não são super-heroinas”, disse Jolie.

“Elas são mulheres americanas normais”, acrescenta a vencedora do Oscar. “Outra coisa interessante para mim foi interpretar uma trabalhadora da linha de frente – acho que todos nós passamos muito tempo pensando muito sobre aquelas pessoas que estão na linha de frente do COVID e ao redor do mundo.”

Senghore acrescenta: “Uma das coisas que me atraiu foi o fato de que minha personagem está grávida e isso realmente me fez pensar nas mulheres que enfrentam desafios, dificuldades e que se encontram em perigo – ter a chance de incorporar esse tipo de força, foi muito atraente.”

Entrevista por Mary Green
Ensaio Fotográfico por Eric Ray Davidson

Fonte: People

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