Jolie passeia com cachorros nos sets de Maria
12 de outubro de 2023
Nesta quinta-feira, dia 12 de Outubro de 2023, nossa musa inspiradora – Angelina Jolie – foi flagrada nos sets de gravações de seu mais novo filme, “Maria”, enquanto passeava com dois cachorrinhos da raça poodle pela Avenue des Champs-Élysées, na cidade de Paris, França.
A cineasta de 48 anos, que interpreta Maria Callas na cinebiografia, foi vista em um look glamoroso formado por um conjunto de tweed. Ela usava também um par de grossos óculos de grau, bem como uma peruca grisalha amarrada em um coque, botas de cano alto marrons, luvas de couro, uma bolsa de mão também marrom, um lenço de seda no pescoço e um colar.
O filme irá explorar a lendária, icônica e polêmica vida da cantora, muitas vezes descrita como uma diva original. Baseado em relatos verdadeiros, “Maria” contará a história tumultuada, bela e trágica de vida da maior cantora de ópera do mundo, revivida e re-imaginada durante seus últimos dias na cidade de Paris dos anos 1970.
A artista era conhecida por sua incrível performance no palco, bem como por sua turbulenta vida amorosa, que incluía um romance com o magnata grego, Aristóteles Onassis, que posteriormente se casou com Jackie Kennedy.
Pela manhã, Angelina também foi fotografada quando deixava o hotel onde se encontra hospedada e, posteriormente, quando chegava a um estúdio de gravação. À noite, a atriz participou de uma segunda tomada de filmagens. Mais tarde, ela foi flagrada quando finalmente chegava ao hotel após um longo dia de gravações.
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Filmagens de Maria começam na França
11 de outubro de 2023
Nesta terça-feira, dia 10 de Outubro de 2023, nossa musa inspiradora – Angelina Jolie – foi fotografada enquanto participava das gravações de seu mais novo filme, “Maria”, na cidade de Paris.
A vencedora do Oscar, de 48 anos, interpretava o papel da icônica cantora de ópera, Maria Callas, enquanto filmava várias cenas com um grande elenco de figurantes.
Nos sets, Jolie foi flagrada vestindo três trajes diferentes e contava com a companhia e suporte de seus dois filhos mais velhos, Maddox (22) e Pax (19).
Em um dos looks, a estrela apareceu envolta em um elegante casaco de pele preto combinando com um chapéu-coco, luvas de couro e grandes óculos de grau, assim como Callas tinha o costume de usar.
Com outro look, Jolie se mostrou deslumbrante usando um casaco esporte de tweed e saia combinando, enquanto mantinha seus cabelos presos em um coque elegante.
Por fim, após uma terceira mudança de visual, Angelina usou um longo casaco de inverno preto e um lenço vermelho envolto na cabeça, complementado por grandes óculos de sol e um colar.
Já nesta quarta-feira, dia 11 de Outubro, Jolie foi flagrada participando das filmagens na Torre Eiffel, Palais-Royal (Palácio Real), Ponte Alexandre III entre outras localidades da cidade de Paris.
As prévias mostram Angelina dando tudo de si numa tentativa de canalizar a energia de Callas – uma das cantoras de ópera mais renomadas e influentes do século 20, que faleceu em 1977, aos 53 anos.
O filme irá explorar a lendária, icônica e polêmica vida da cantora, muitas vezes descrita como a diva original. Baseado em relatos verdadeiros, “Maria” contará a história tumultuada, bela e trágica de vida da maior cantora de ópera do mundo, revivida e re-imaginada durante seus últimos dias na cidade de Paris dos anos 1970, de acordo a descrição oficial do projeto.
As fotos nos sets em Paris foram registradas logo após as primeiras imagens oficiais do longa serem divulgadas.
A artista era conhecida por sua incrível performance no palco, bem como por sua turbulenta vida amorosa, que incluía um romance com o magnata grego, Aristóteles Onassis, que posteriormente se casou com Jackie Kennedy.
Em um comunicado oficial anteriormente emitido por Angelina, ela disse:
“Estou levando muito a sério a responsabilidade que vou ter com a vida e com o legado de Maria. Darei tudo o que puder para enfrentar este desafio. Pablo Larraín é um diretor que admiro há muito tempo. Ter a chance de contar mais da história de Maria junto com ele e com um roteiro de Steven Knight é um sonho.”
Ao lado de Jolie, o elenco inclui Pierfrancesco Favino, Alba Rohrwacher, Haluk Bilginer, Kodi Smit-McPhee e Valeria Golino. O filme ainda não possui data de estreia prevista.
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• Fonte: Daily Mail
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Primeiras imagens de Maria são reveladas
9 de outubro de 2023
Na manhã desta segunda-feira, dia 09 de Outubro de 2023, o cineasta Pablo Larraín revelou duas primeiras fotos de Angelina Jolie interpretando Maria Callas em seu novo filme que explorará a vida da lendária cantora – muitas vezes descrita como diva original.
Com base em relatos reais, “Maria” contará a tumultuada, bela e trágica história de vida da maior cantora de ópera do mundo, revivida e re-imaginada durante seus últimos dias na cidade de Paris dos anos 1970. As filmagens estão em andamento e serão realizadas durante oito semanas em Paris, Grécia, Budapeste e Milão.
O elenco do filme também contará com os atores Pierfrancesco Favino (“O Colibri”), Alba Rohrwacher (“La Chimera”), Haluk Bilginer (“Sono de Inverno”), Kodi Smit-McPhee (“Ataque dos Cães”) e Valeria Golino (“Retrato de Uma Jovem em Chamas”).
O roteiro, que foi concluído antes da greve dos roteiristas, é de Steven Knight (“Peaky Blinders”). Os produtores do longa são Juan de Dios Larraín para a empresa “Fabula”, Jonas Dornbach para a “Komplizen Film” e Lorenzo Mieli para a “The Apartment”. As vendas são administradas pela “FilmNation Entertainment”.
Em um comunicado oficial compartilhado hoje, Pablo Larraín se manifestou dizendo:
“Estou incrivelmente animado para iniciar a produção de “Maria” e espero que o filme leve a notável vida e o notável trabalho de Maria Callas ao público de todo o mundo, graças ao magnífico roteiro de Steven Knight, ao trabalho de todo o elenco, equipe e, especialmente, ao trabalho brilhante e preparação extraordinária de Angelina.”
Os figurinos de Jolie que serão utilizados no filme são baseados nas vestimentas originais usadas por Callas. A produção consultou grupos que lutam pelos direitos dos animais – incluindo a PETA – sobre o uso de peças com pele vintage que serão usadas no filme e que fazem parte da uma coleção do figurinista Massimo Cantini Parrini. Diante disso, foi tomada a consciente decisão de não se utilizar ou adquirir nenhuma pele nova.
Percebemos também, através das novas imagens disponibilizadas, que Jolie está fazendo uso de prótese no nariz e lentes de contato castanhas para a caracterização de Maria Callas.
Nascida María Kekilía Sofía Kalogerópulu na cidade de Nova York em 2 de dezembro de 1923, Callas era filha de imigrantes gregos que, devido a dificuldades econômicas, teve que regressar à Grécia com sua mãe em 1937.
Estrela das casas de ópera em todo o mundo, ela foi amante de longa data do magnata grego, Aristóteles Onassis – que a deixou para se casar com Jackie Kennedy. Posteriormente, Callas se mudou para a França, mas nunca se recuperou da traição e morreu de ataque cardíaco aos 52 anos.
“Maria” vem como somatória às outras produções biográficas dirigidas por Pablo Larraín. Uma sobre Jackie Kennedy, que foi interpretada pela atriz Natalie Portman, e a outra sobre a princesa Diana, pela qual Kristen Stewart foi indicada ao Oscar.
O filme ainda está sem gravado e não possui data de estreia prevista até o momento. As fotos foram adicionadas em nossa Galeria. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso ao álbum.
• Fonte: Deadline
Fotos:
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Novos atores entram para o elenco de Maria
5 de outubro de 2023
Segundo informações compartilhadas pelo site oficial da renomada revista estadunidense sobre entretenimento, “Variety”, novos atores se juntaram ao elenco do filme “Maria”, confirmando os rumores anteriormente postados pelo Angelina Jolie Brasil.
As filmagens do longa que abordará a história de vida da cantora de ópera, Maria Callas, devem começar em meados de outubro e contará com Alba Rohrwacher, Pierfrancesco Favino e Kodi Smit-McPhee como membros adicionais do elenco.
As gravações devem começar em breve na cidade de Budapeste, Hungria, com direção de Pablo Larraín. “Maria” terá Angelina Jolie no papel principal e contará com vários novos atores, que recentemente entraram no elenco.
A atriz italiana Valeria Golino – cujas aparições recentes incluem o papel principal de Elena Ferrante na série “A Vida Mentirosa dos Adultos” (The Lying Life of Adults) da Netflix e o papel de Paola Lambruschini na segunda temporada da série “The Morning Show” da Apple TV+ – vai interpretar a irmã mais velha da lendária cantora de ópera, Yakinthi – também conhecida como Jackie.
Enquanto o reverenciado ator turco, Haluk Bilginer (“Sono de Inverno”), conseguiu o papel do magnata grego Aristóteles Onassis.
A “Fremantle”, que está entre as empresas produtoras do longa, confirmou que o elenco adicional do filme também conta com os atores italianos Alba Rohrwacher e Pierfrancesco Favino e com o ator australiano indicado ao Oscar, Kodi Smit-McPhee (“Ataque dos Cães”) todos em papéis ainda não especificados.
“Maria” contará a tumultuada, bela e trágica história de vida da maior cantora de ópera do mundo, revivida e re-imaginada durante seus últimos dias na cidade de Paris no ano de 1970”, de acordo com o resumo do filme já disponibilizado. Steven Knight (“Spencer”, “Peaky Blinders”, “Senhores do Crime”) foi o responsável pela elaboração do roteiro.
Callas foi uma cantora soprano grega nascida nos Estados Unidos e uma das cantoras de ópera mais famosas do século XX. Ela nasceu em Manhattan e recebeu seu treinamento em ópera na Grécia, quando tinha 13 anos. Mais tarde, ela se mudou para a Itália com o objetivo de seguir carreira.
Ao longo dos anos, ela teve miopia – doença que quase a deixou cega – e passou por vários escândalos em sua vida pessoal e profissional. Ela teve uma rivalidade intensa com a cantora de ópera italiana, Renata Tebaldi, além de um caso com Aristóteles Onassis (que mais tarde se casou com Jacqueline Kennedy, que coincidentemente foi tema do filme “Jackie” também dirigido por Larraín).
As duas cinebiografias anteriores de Larraín, “Spencer”, lançada no ano passado e estrelada por Kristen Stewart interpretando o papel da Princesa Diana, e “Jackie”, lançada no ano de 2016, com Natalie Portman interpretando o papel de Jacqueline Kennedy, receberam indicações ao prêmio de Melhor Atriz.
O aclamado diretor também recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por seu drama histórico chileno lançado em 2012, “No”, o qual foi a primeira homenagem ao seu país de origem. Em junho deste ano, Larrain disse à Variety:
“Estou extremamente feliz por ter a oportunidade de concluir este processo de retratar mulheres que mudaram o destino do século 20, culturalmente falando. E desta vez é sobre uma artista que desencadeou grande admiração por sua vida e trabalho.”
“Maria” é produzido por Juan de Dios Larraín para a empresa “Fabula”, Lorenzo Mieli para “The Apartment Pictures”, “Fremantle Company” e Jonas Dornbach para a alemã “Komplizen Film”.
De acordo com rumores, as gravações devem começar no próximo dia 15 de Outubro.
• Fonte: Variety
Rumor: Haluk Bilginer entra para o elenco de Maria
3 de outubro de 2023
De acordo com as informações do site Ranini.tv o ator turco, Haluk Bilginer, foi escalado para interpretar o papel de Aristóteles Onassis no filme “Maria”, que será estrelado pela cineasta e ganhadora do Oscar – Angelina Jolie.
No longa, Jolie vai interpretar a lendária cantora de ópera, Maria Callas, que foi destaque das casas de ópera em todo o mundo e amante de longa data do magnata grego, Aristóteles Onassis (que a deixou para se casar com Jackie Kennedy).
Posteriormente, Callas se mudou para a França, mas nunca se recuperou da traição e morreu de ataque cardíaco aos 52 anos. A produção retrará seus últimos anos de triste solidão na cidade de Paris.
O filme será dirigido por Pablo Larrain e virá como somatória às outras produções biográficas dirigidas por ele. Uma sobre Jackie Kennedy, que foi interpretada pela atriz Natalie Portman, e a outra sobre a princesa Diana, pela qual Kristen Stewart foi indicada ao Oscar.
Segundo informações do site Budapest Reporter as gravações devem começar agora em Outubro, na cidade de Budapeste e seus arredores. Este será o primeiro filme de Larrain a ser rodado na capital húngara, que emprestará sua beleza arquitetônica e caprichosa para a cidade de Paris pela enésima vez.
Nihat Haluk Bilginer é um ator turco mais conhecido por interpretar Mehmet Osman na novela “EastEnders”. Ele também estrelou filmes de Hollywood e venceu o Prêmio Emmy Internacional por sua atuação em “Sahsiyet” no ano de 2019.
Outros nomes também estão sendo anunciados como o da cineasta Valéria Golino, que pode interpretar a irmã de Maria Callas, Alba Rohrwacher e Pierfrancesco Favino.
Entretanto, as informações não foram oficialmente confirmadas até o momento.
• Fonte: Ranini.tv | Ansa
Jolie entrevista Abdulrazak Gurnah para a TIME
28 de setembro de 2023
Nesta quarta-feira, dia 27 de Setembro de 2023, a revista “TIME” compartilhou em seu website oficial uma entrevista exclusiva feita pela ativista e cineasta estadunidense – Angelina Jolie – com Abdulrazak Gurnah, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura. Jolie ainda escreveu o artigo, que foi traduzido na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil. Confira!
Escrito por Angelina Jolie
O ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, Abdulrazak Gurnah, deixou a sua terra natal – a ilha de Zanzibar – durante uma revolução e revolta que se seguiu até o fim do domínio colonial na ilha. Durante quase quarenta anos, os seus romances exploraram os efeitos do colonialismo e os efeitos do deslocamento no espírito humano. Ele falou comigo de sua casa no Reino Unido para enaltecer o relançamento de suas obras marcantes nos Estados Unidos: “O Desertor”, “Afterlives” e “By the Sea”. Ele me explicou por qual razão o movimento dos refugiados e migrantes do sul global para o norte global não pode ser separado da injustiça do colonialismo nos dias de hoje.
Angelina Jolie: É um prazer conhecê-lo. Estou muito grata por você falar comigo.
“É um prazer conhecê-la e participar disso.”
Angelina Jolie: Você passou por um ressurgimento nas descobertas – muitas pessoas redescobriram você e seus livros recentemente.
“Bem, é isso que o Prêmio Nobel faz, eu acho. Não importa o que digamos sobre os prêmios, se olharmos pelo lado positivo, de repente eles nos trazem essas pessoas cujo trabalho vem acontecendo há décadas, mas que nunca ouvimos falar.”
Angelina Jolie: E você tem ensinado e escrito durante todos esses anos?
“Sempre foi o que eu quis fazer e as duas coisas são autossustentáveis. Você não precisa ser um especialista em ensino de literatura para ser escritor. Mas acho que você acaba sendo mais bem informado sobre escrita porque é professor de literatura e, possivelmente, um professor de literatura muito bem informado porque é escritor.”
Angelina Jolie: Muito do que eu vejo em seu trabalho é sobre a conexão humana. Passei muito tempo com famílias refugiadas, tentando entender o que causa o deslocamento de pessoas, o que é perder a terra natal. Não tive que passar por isso, mas conheci muitas pessoas que passaram e sei que seu trabalho trata sobre isso.
“Não há nada de novo neste fenómeno de grandes movimentos de pessoas. A maldade, que faz parte das sociedades humanas, cria constantemente situações onde temos movimentos de pessoas que passam a procurar segurança em algum lugar. Isto é o que as pessoas fizeram, digamos, da Europa, para o resto do mundo [no passado]. No nosso mundo atual, a movimentação de pessoas é principalmente proveniente dos territórios anteriormente colonizados do mundo, colonizados por nações europeias e potências europeias. Quando as pessoas precisam, elas vão para lugares onde se tem segurança. Portanto, não é surpresa que o movimento, agora, esteja neste sentido, partindo destes locais outrora colonizados. Quando as pessoas aparecem, temos a obrigação de dizer, no mínimo, ‘Como podemos ajudá-las?’ E se não quisermos ajudá-las, podemos dizer: ‘Sinto muito, mas você vai ter que voltar.’ Mas não devemos deter as pessoas e tratá-las como se fossem criminosas.”
Angelina Jolie: Você mencionou que muitos dos lugares de onde as pessoas fogem têm uma história de colonialismo. Percebi isso enquanto eu trabalhava com a ONU – e decidi sair em determinado momento. Não seria difícil sentarmos num lugar onde há deslocamento, pobreza, conflito e pensar que, se estas pessoas tivessem tido a capacidade de negociar de forma mais justa e tivessem recebido diferentes tipos de apoio, não existiria este nível de conflito ou pobreza ou deslocamento. Este tipo de ciclo recomeça com a ajuda humanitária. É realmente muito difícil não ver [isso] e não ficar chateada com isso.
“Você está sendo muito cuidadosa ao abordar isso. Mas eu não preciso ser tão cuidadoso quanto você. O colonialismo europeu – especialmente na África – transformou tudo de cima a baixo: fronteiras, culturas, educação, nações. E, para a maioria dos países, já se passaram 50 anos e o legado de tudo isso ainda está completamente confuso. O que mais me desagrada é esse tipo de narrativa de criminalização de pessoas que estão, na verdade, tentando fazer o que você e eu teríamos feito, e o que eu fiz, e tentar encontrar um lugar melhor – um lugar mais seguro – para viver. Não creio que esta seja a forma mais humana de responder a estas questões.”
Angelina Jolie: Eu sei que você tinha 18 anos quando fugiu.
“Eu tinha 18 anos quando deixei aquele lugar. Eu não gosto da palavra fugir.”
Angelina Jolie: Como você faz essa distinção?
“Minha vida não estava em risco. Eu não corria o risco de ser preso, de ser morto, ao contrário de algumas das pessoas que vemos vindas da Síria ou do Afeganistão. Saí porque queria uma vida melhor, porque queria estudar e porque fecharam as escolas. Eu tinha 18 anos. E disse: ‘Não vou aceitar isso’. Mas não é que eu fugi. Eu queria começar uma nova vida.”
Angelina Jolie: Esse é um dos temas do seu livro “O Desertor”. Como ele surgiu?
“Eu estava pensando na ausência de histórias sobre relações ou amor entre europeus no mundo colonial – neste caso e no caso de Zanzibar – entre pessoas que viviam ao longo da costa. Teria sido impensável que as mulheres europeias tivessem uma envolvimento com uma pessoa local na nossa parte do mundo durante o século XIX. Mas com certeza, como os homens são mais livres nesse aspecto, deve ter havido relacionamentos – talvez até relacionamentos com igualdade e não apenas relacionamentos de dominação ou horríveis. Mas por que eles não escreveram sobre isso? Foi isso que me fez pensar em como poderia ter acontecido, porque eu sei que aconteceu. Você viu o filme ‘Entre Dois Amores’?”
Angelina Jolie: Sim, muitos anos atrás.
Na cena do funeral, você vê a foto de uma mulher quase toda coberta, mas você sabe que ela é uma mulher somali. Quem é ela? A resposta é: ela era sua amante. Não está no romance. Não está em ‘Out of Africa’, o livro de memórias. Isso estava no livro seguinte que Karen Blixen escreveu, uma série de cartas. Essa é uma das poucas referências que existem sobre a possibilidade de tais relacionamentos. Existiam relacionamentos sobre os quais não se falava nem se escrevia. Essa foi a primeira coisa pela qual me interessei. Um relacionamento como esse teria sido reprovado pela parte dele, pensando em um homem europeu. Também talvez tivesse sido reprovado pela nossa parte, porque parece uma espécie de prostituição: Por que você está brincando com essas pessoas que não têm nenhum respeito por nós? Haveria consequências.
E a deserção teria sido uma dessas?
Do jeito que eu estava pensando, existem múltiplas formas de deserção, como a partida do amante [no livro], porque é isso que um homem europeu provavelmente faria, ou entre os dois irmãos, o que fica claro quando um deles está para ir embora. O outro não pretende partir. Foi uma forma de explorar todas essas questões sobre consequências. Decisões sobre afiliação: Quão fiel você deve ser? Você deve ser fiel à comunidade em que nasceu? Ou você deveria procurar algo em outro lugar?
É por isso que você continua escrevendo frequentemente sobre Zanzibar?
“Não sei se estou sempre em condições de escolher sobre o que escrevo. Para muitos escritores, o cenário que você explora é provavelmente bastante limitado, baseado em sua experiência e conhecimento. Mas, em última análise, as coisas que envolvem você provavelmente não mudam muito. Encontro-me vasculhando a mesma pequena paisagem.”
Jolie também compartilhou o artigo em uma publicação recente em sua conta oficial na rede social “Instagram”. Na legenda, ela escreveu:
“Em 2005, Abdulrazak Gurnah publicou o livro “O Desertor”, um romance épico sobre como o legado do colonialismo afetou gerações de famílias africanas e britânicas em Zanzibar. Alguns anos depois, Gurnah se tornou o primeiro escritor africano, em mais de uma década, a receber o Prêmio Nobel de Literatura. Por ocasião do relançamento de “O Desertor” e de duas outras obras marcantes (“Afterlives” e “By the Sea”) conversei com ele sobre por qual razão o movimento de refugiados e migrantes do sul global para o norte global não pode ser separado da injustiça do colonialismo nos dias de hoje.”
• Fonte: TIME | Instagram
Vogue: Jolie agita mundo da moda com Atelier Jolie
27 de setembro de 2023
Na manhã desta quarta-feira, dia 27 de Setembro de 2023, a revista “Vogue” dos Estados Unidos compartilhou em seu website oficial a capa de sua edição de Novembro, que traz nossa musa inspiradora – Angelina Jolie.
Além de uma nova entrevista, a revista publicou também um novo ensaio fotográfico exclusivo registrado pela renomada fotógrafa, Annie Leibovitz. Confira a matéria traduzida na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil.
Escrito por Chioma Nnadi
Traduzido por Angelina Jolie Brasil
Colaborador @guiamilk
Entre os aficionados por arte do centro de Nova York, o imóvel de número 57 da Rua Great Jones é uma espécie de local sagrado. Andy Warhol comprou um prédio de dois andares no ano de 1970, alugando o segundo andar para seu amigo Jean-Michel Basquiat uma década depois, pouco depois de se conhecerem. E agora, com a fachada quase toda coberta de grafites, parece que todos os artistas de rua, em um raio de 50 quilômetros, prestaram homenagens.
“Talvez possamos fazer algo com toda essa arte”, diz Angelina Jolie, espreitando debaixo de seu enorme guarda-chuva. É uma manhã chuvosa de domingo em meados de julho, quando ela tinha acabado de sair de um avião vindo da Itália. Há seis meses, ela e sua filha mais velha, Zahara, de 18 anos, estudante do Spelman College, em Atlanta, se depararam com esse lugar enquanto procuravam espaços comerciais no centro da cidade. No momento em que entraram pela porta, souberam que as buscas haviam terminado. “Posso ser muito impulsiva, mas Zahara é tão fundamentada, decidida e ponderada”, diz Jolie. “Quando ela concordou, senti que nós duas estávamos decididas.”
Em novembro, a atriz, diretora, ex-Embaixadora da Boa Vontade e ex-Enviada Especial da Agência da ONU para Refugiados abrirá as portas do Atelier Jolie, um esforço um tanto amplo ao trazer seus valores globais e socialmente conscientes para o mundo da moda. Ela o vê como um espaço colaborativo, uma espécie de centro cultural / oficina de design que combina serviços de alfaiataria e reutilização com um espaço de galeria para artesãos locais e um café administrado em parceria com organizações de refugiados.
“Conheci muitos artesãos ao longo dos anos – pessoas muito capazes e talentosas – e gostaria de vê-los crescer”, diz Jolie enquanto me acompanha em uma tour pelo lugar antes dos empreiteiros começarem a trabalhar. Sua lista de colaboradores inclui o londrino Justin Smith, o artista americano Duke Riley e o rendeiro sul-africano Pierre Fouché – mas, diz ela, “não é realmente sobre moda”.
Nem o Atelier Jolie é sobre ela, acrescenta ela rapidamente: “Eu não quero ser uma grande designer de moda. Quero construir uma casa para outras pessoas se tornarem isso.” O objetivo de Jolie é criar uma comunidade e, dessa forma, o projeto quebra o molde tradicional de celebridades que criam marcas – que muitas vezes amplificam uma espécie de culto às personalidades de seus fundadores. O modelo do Atelier Jolie talvez seja melhor comparado a marca “The Row”, das gêmeas Olsen, onde a fama não ofusca as roupas, nem subestima o comprometimento.
Nossa tour pelo local começa no segundo andar, um sótão cheio de luz mobiliado com tetos altos, vigas expostas e bancos de madeira restaurada, onde em breve uma equipe de alfaiates se instalará com tecidos artesanais. A própria Jolie está modelando um par de calças cinza de lã personalizada, um dos vários estilos que estarão disponíveis sob medida. O preço de um vestido do tipo “slip dress” personalizado começará a ser vendido por um valor em torno de 300 dólares, com serviços de reparação que começarão custando cerca de 10 dólares por um remendo feito à mão. Haverá também kits de conserto para levar para casa e uma estação de atividades no café que os clientes poderão usar gratuitamente.
Embora a propriedade tenha passado por várias mãos desde que Basquiat morou lá, vestígios do prolífico artista permanecem: o grafite “SAMO©” – que ele inventou em parceria com o amigo Al Diaz – está rabiscado no chão de concreto. Nesta manhã, Jolie tem a sua própria equipe: a presidente e diretora de operações da marca, Helen Aboah, e Giles Duley, aconselhando o projeto sobre impacto empresarial, mas que começou a sua carreira como fotógrafo musical, logo evoluindo para “um homem zangado com uma câmara”, diz ele, com foco no impacto dos conflitos nas comunidades em todo o mundo.
“Nos últimos 20 anos, enquanto documentava histórias humanitárias, vi o impacto negativo do consumismo ocidental nos países em desenvolvimento – desde o trabalho infantil, extração ilegal de minerais, poluição pelo tingimento de tecidos, exploração de agricultores e muito mais”, diz ele. “O Atelier Jolie pode ter um impacto positivo incrível para artesãos que, muitas vezes, foram desvalorizados ou não foram reconhecidos, mas também temos a oportunidade de iniciar conversas sobre exploração da força de trabalho, poluição e desperdício.” Aboah acrescenta: “No topo do manifesto de Angelina está também a ideia de que todos somos criadores”.
Há sinais de que a equipe já está começando a deixar sua marca: na porta, há um estêncil com o logotipo do Atelier Jolie em tinta spray branca. “Isso foi meu filho que fez quando estava praticando”, diz Jolie orgulhosa de Pax, de 19 anos, que junto com Zahara esteve fortemente envolvido com a Atelier Jolie. Como mãe solteira de seis filhos, Jolie considera grandes empreendimentos como este um projeto para toda a família, e ela se torna expansiva e pessoal sobre o assunto quando a conversa se volta para seus filhos.
“Eu tinha 26 anos quando me tornei mãe. Minha vida inteira mudou. Ter filhos me salvou e me ensinou a estar neste mundo de forma diferente. Acho que, recentemente, eu teria ido para uma direção muito mais sombria se eu não quisesse viver por eles. Eles são melhores do que eu, porque você quer que seus filhos sejam. Claro que, por ser mãe, espero que tenham um lugar seguro e estabilidade. Mas também é para mim que eles riem – e os vejo tomando conta de tantos aspectos diferentes da nossa família.”
Ao descermos as escadas, ela e Giles Duley decidem encenar uma espécie de experimento de arte DIY (do it yourself / faça você mesmo): Jolie está envolta em um de seus casacos do tipo “trench coat” de cor creme – da marca sustentável “Another Tomorrow” – mas ela prontamente o tira em um canto iluminado do estúdio no térreo.
“Estamos tentando ver se podemos tirar fotos de tatuagens e transformá-las em patches”, diz ela. A ideia é tornar uma roupa apenas sua, em vez de simplesmente se livrar dela”. Ela vira as costas para a câmera de Duley e tira a roupa até a cintura, revelando sua densa rede de artes corporais. Helen Aboah e eu caminhamos em direção à porta, rapidamente nos envolvendo em conversas pequenas num esforço para dar privacidade a Jolie. Mas a estrela de cinema presente na sala parece não se incomodar.
As tatuagens que traçam a delicada figura de Jolie incluem uma palavra em árabe ao longo de seu braço direito, cuja tradução significa “força e esperança”, e outra frase em italiano cuja tradução significa “mas se movimenta”, uma frase famosa atribuída a Galileu Galilei depois que suas observações científicas reveladoras sobre o sistema solar o levaram ao tribunal.
“Meus filhos revirariam os olhos se estivessem aqui”, diz Jolie. “Eu era muito gótica quando era jovem. Eu era punk e não uma garota popular – eu ia a brechós, cortava coisas, queimava pequenos buracos com o cigarro em coisas: essa era eu quando adolescente e eu não trocaria isso por nada. No entanto, talvez essa parte de mim queira recuar.”
Para alguém criado na rebeldia, o modo de se vestir de Jolie tende para o minimalista e monocromático, com uma inclinação nitidamente contida e conservadora. Como uma mulher que está profundamente envolvida com causas humanitárias há décadas, ela claramente trabalhou duro para manter o foco no que está fazendo, não no que está vestindo. Ela prefere fazer compras para si mesma e trabalhar com alfaiates, em vez de contratar estilistas de celebridades. “Há mais livros do que roupas no meu armário. Não sou alguém que gosta de roupa para consumir a vida. E eu não gosto da ideia de ser ‘influenciada'”, admite ela.
Embora ela relute em admitir, sua abordagem da moda tem sido extremamente influente. Cada movimento de estilo que ela faz é anatomizado pelos fãs nas redes sociais e sua aparente relutância em fazer um espetáculo de si mesma só contribuiu para o estilo atual chamado “quiet luxury”. Hoje em dia, um site de moda que identifica com sucesso a escolha de Jolie ao usar um sapato no aeroporto, aparentemente não notável, pode gerar centenas de milhares de cliques. E é justamente esse poder que Jolie espera aproveitar daqui em diante.
“Acho um pouco engraçado que estejamos envolvidos com a moda, não acho que nenhum de nós esteja excessivamente ‘na moda'”, diz ela, referindo-se a si mesma e a seus filhos. “Mas como vivemos com as nossas roupas, elas fazem parte de quem somos e se tornam algo que é importante explorar, especialmente para os jovens”. O ateliê é exatamente o tipo de lugar que ela gostaria de ir com seus filhos. “Sempre quis levar minha família para um lugar onde eu pudesse dizer: sua roupa realmente te representa? Ela mostra absolutamente que você é? E você gosta? Acho que uma pessoa comum não pensaria que sim. Mas acho que a alfaiataria pode fazer isso por você.”
Como conta Jolie, o conceito de seu novo projeto nasceu do desejo de abordar de frente as conversas sobre auto apresentação e identidade. Ela lembra de uma dessas discussões familiares cruciais em torno da estreia em Los Angeles de seu filme da Marvel, “Eternos”, em 2021. “Eu não digo às crianças como se vestirem”, diz ela. “Mesmo quando eles eram pequenos, eu apenas colocava as coisas na frente deles.” O mesmo vale para aparições públicas: “Ninguém precisa ir a lugar nenhum se não quiser e se não quiser vestir alguma roupa específica, não veste”.
Naquela ocasião em particular, cinco de seus filhos se vestiram de forma entusiástica. E então Jolie decidiu fazer de sua aparência no tapete vermelho um experimento, reunindo peças de seu armário e deixando seus filhos escolherem. Na pilha: um vestido bege plissado da marca “Gabriela Hearst” que Shiloh – conhecida por seu estilo de alfaiataria inteligente e cortes de cabelo masculinos – optou por usar um look jovial sob medida. Zahara, por sua vez, selecionou um deslumbrante vestido de contas da marca “Elie Saab” do acervo da mãe, usado pela atriz no Oscar em 2014. “Fiz compras vintage com alguns deles também, acho que Knox estava usando tudo vintage. O corte foi bem inusitado, bem legal, pensei”, conta Jolie sobre o filho caçula, na época com 13 anos. “Quero que eles sejam eles mesmos”.
Mais tarde naquela manhã, Jolie decide fazer uma visita a Gabriela Hearst e me convida para ir junto. A dupla colaborou em uma coleção-cápsula com a marca “Chloé”, composta por roupas de noite diretamente inspiradas na sensibilidade silenciosamente sofisticada de Jolie. Ela está ansiosa para me contar mais sobre isso. Para Hearst, cujo mandato de três anos como diretora criativa da “Chloé” termina nesta temporada, o projeto é uma espécie de último obstáculo.
“Eu não percebi como existem poucas empresas de moda B-Corp por aí além da Chloé”, diz ela com um suspiro, enquanto caminhamos para o estúdio de Hearst em Chelsea. (A certificação ‘B-Corp’ é concedida para empresas que atendem e respeitam altos padrões de impacto social e ambiental.) “A Gaby trabalhou muito e não é pouca coisa,” acrescenta Jolie. Ela não está errada: graças a Hearst, a casa francesa se tornou, em 2021, a primeira marca de moda de luxo a ganhar o status de B-Corp.
Tendo visto os efeitos do deslocamento forçado devido ao clima em primeira mão, Jolie leva esse privilégio a sério. Ela se separou do UNHCR (ACNUR) em dezembro passado e está claramente procurando explorar novas maneiras mais imediatas de fazer uma contribuição significativa. “Passei mais de 20 anos da minha vida trabalhando com política externa, ajuda humanitária, deslocamento de pessoas, com leis relacionadas aos refugiados e continuei vendo a mesma situação piorar e os mesmos ciclos continuarem”, explica. “Agora quero mudar o foco e ver como podemos trabalhar em parceria com pessoas ao redor do mundo para trazer, não apenas treinamento de habilidades, mas uma real parceria de negócios. Eu realmente não acredito que o sistema atual esteja funcionando.” Hearst também vê potencial na parceria. “Admiro as pessoas que usam seus holofotes para iluminar aqueles que precisam e ela é o epítome disso,” diz Hearst que foi apresentada a Jolie por meio de um amigo em comum há alguns anos.
Pessoalmente, as duas têm um relacionamento leve como se fossem velhas amigas. Elas se acomodam no aconchegante escritório de Hearst com xícaras de chá verde e a conversa se torna divertida. “Lembra quando fizemos aquela ligação hilária pelo Zoom?”, diz Jolie. “Estávamos as duas seminuas, experimentando roupas uma para a outra.” Jolie pega seu telefone para encontrar as provas. “Eu tomei vinho”, diz Hearst com um sorriso. “Parece que tenho um monte de capturas de tela estranhas aqui”, diz Jolie rolando por suas fotos salvas no celular. “Não, espera, acho que é essa!”; em sua tela: uma foto obscura de Hearst semi-vestida. A estilista cora e as duas caem na gargalhada.
Jolie mostra outra imagem em seu telefone, uma foto de infância dela com a mãe, a atriz Marcheline Bertrand, que morreu em 2007, aos 56 anos, após uma batalha de oito anos contra um câncer de ovário e mama. Jolie, criança, está vestida com uma pequena capa de veludo preto e um adorável avental de crochê branco. “Essa foi a minha primeira capa”, diz ela com carinho. “Minha mãe era hippie, ela se chamava assim, e tinha muito orgulho. Ela não comprava muitas coisas. Ela amava seus veludos e suas camurças. Ela nunca foi de usar maquiagem, nem de fazer o cabelo. Ela não era uma pessoa chamativa, era elegante, natural.”
Este doce retrato de mãe e filha foi um ponto de partida para a colaboração com a “Chloé”, que provocou uma conversa maior entre as duas mulheres. “Angelina e eu temos basicamente a mesma idade e então descobri que sua falecida mãe teria a mesma idade que a minha mãe tem agora,” diz Hearst. Uma fotografia em preto e branco da mãe de Hearst – uma budista, mestra de taekwondo e pecuarista uruguaia de quinta geração – está apoiada numa mesa atrás dela. “Então comecei a pesquisar sobre a mãe de Angelina: sua beleza, sua força e sua graça.”
A coleção cápsula inclui uma dramática capa de veludo que vai até o chão e uma versão em tamanho adulto do avental de crochê de Jolie, feito à mão pelos artesãos da “La Fabrique Nomade”, uma organização em Paris que trabalha com refugiados. O vestido de seda, marca registrada de Jolie, surge em uma ampla gama de tons nude – sugestão de Zahara, que tem se esforçado para encontrar a combinação certa para seu tom de pele castanho escuro. “Obviamente, como mulher branca, nunca tive essa experiência”, diz Jolie com franqueza. “Isso nunca passou pela minha cabeça até que fomos fazer compras juntas e vi que havia muito espaço para melhorar” (84 por cento da coleção é feita com materiais sustentáveis e éticos).
Há muita alfaiataria também – um casaco preto de cintura estreita cortado em gazar de seda orgânica é um destaque – embora, no geral, o visual seja suavemente arredondado, não rigoroso, com ombros macios e formas curvilíneas. “Às vezes, a maneira como você se veste diz: ‘Não mexa comigo, estou com minha armadura. Mas quero que uma mulher se sinta segura o suficiente para também poder ser terna,” diz Jolie.
“Depois de passar por algo que me machucou, eu tive um terapeuta que perguntou se eu me arriscaria a usar uma roupa esvoaçante. Parece bobagem, mas presumi que calças e botas projetavam uma aparência ‘mais resistente’, uma pessoa mais forte. Mas eu estava forte o suficiente para poder ser terna? Na época, não. Eu me sentia vulnerável. Agora, eu me pergunto o motivo de não saber qual é o meu estilo porque ainda estou entendendo quem sou aos meus 48 anos. Acho que estou em transição como pessoa.” Ela faz uma pausa para organizar seus pensamentos.
“Eu me sinto um pouco pra baixo esses dias. Sinto que não sou eu mesma há cerca de uma década, de uma forma que não quero abordar.” Ela acrescenta que começou a trabalhar menos no cinema “há sete anos, apenas aceitando empregos que não exigissem filmagens longas”. Tínhamos muito o que curar. Ainda estamos encontrando nosso equilíbrio.” Ao o que parece, o Atelier Jolie faz parte desse processo. “Acho que parte disso também tem sido terapêutico para mim: trabalhar em um espaço criativo com pessoas em quem você confia e se redescobrir”, diz ela. “Espero mudar muitos aspectos da minha vida. E este é um que está olhando para a frente.”
Por volta da hora do almoço, Jolie recebe uma ligação de seu motorista: parece que ela está atrasada para um encontro com Pax – eles estão em busca de apartamentos em Nova York (Jolie acaba de assinar contrato para produzir o musical “The Outsiders” na Broadway). Jolie se vira para dar um abraço de despedida em Hearst.
“Na verdade, não sou alguém que tem muitas amigas, então este foi um salto interessante para mim”, diz ela. Hearst retribui o abraço e manda Jolie embora dando a ela uma barra de chocolate de sua marca favorita, Dick Taylor Craft Chocolate.
Na manhã seguinte, em um estúdio fotográfico no Brooklyn com Annie Leibovitz, vislumbres do lado rebelde e de espírito livre de Jolie aparecem. A fundadora do ateliê decidiu que um vestido branco plissado que ela mandou fazer sob medida para a sessão de fotos é simples demais. O que falta, ela insiste, é um toque pessoal, talvez alguns grafites. Ela pega um frasco de tinta spray rosa choque em cada mão e começa a trabalhar.
Nesta matéria: Jolie usa vestido de seda de baixo impacto e capa de veludo da Chloé x Atelier Jolie, Boutique Chloé SoHo e anel da marca Briony Raymond; Gabriela Hearst e Jolie vestem Chloé x Atelier Jolie; Helen Aboah usa joias da marca Briony e design da Atelier Jolie; Giles Duley usa design da Atelier Jolie; Jolie usa design da Atelier Jolie; Jolie usa vestido branco plissado sob medida e anéis da marca Briony Raymond; Jolie e Zahara usam joias da marca Briony Raymond e designs da Atelier Jolie; Pax usa design da Atelier Jolie; penteado de Angelina Jolie por Massimo Serini; maquiagem de Angelina Jolie por Lisa Houghton; editora fashion: Tabitha Simmons; cenografia: Mary Howard; produzido por AL Studio.
• Fonte: Vogue
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Fotos:
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Jolie estampa capa da revista Vogue EUA
27 de setembro de 2023
Na manhã desta quarta-feira, dia 27 de Setembro de 2023, a revista “Vogue” dos Estados Unidos compartilhou em seu website oficial a capa de sua edição de Novembro, que traz nossa musa inspiradora – Angelina Jolie.
Além de uma nova entrevista, a revista publicou também um novo ensaio fotográfico exclusivo registrado pela renomada fotógrafa, Annie Leibovitz.
No artigo, Jolie fala sobre família, arte, moda, sobre sua nova marca de roupas, “Atelier Jolie”, entre várias outras coisas. A matéria já encontra-se traduzida na íntegra e disponível no Angelina Jolie Brasil!
Várias fotos foram adicionadas em nossa Galeria. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso ao álbum.
• Fonte: Vogue
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