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Jolie concede entrevista para o The Guardian – Pt. 1

4 de setembro de 2021

Neste sábado, dia 04 de Setembro de 2021, o jornal britânico “The Guardian” publicou em seu website oficial uma extensa entrevista exclusiva com nossa musa inspiradora, Angelina Jolie. Confira a primeira parte da matéria traduzida na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil e veja as scans em nossa Galeria!

Fotos por Mary Rozzi
Styling por Jason Bolden
Cabelo por Renato Campora
Maquiagem por Francesca Tolot
Escrito por Simon Hattenstone

Angelina Jolie está sentada de frente para sua escrivaninha, com suas costas retas e bastante majestosa. Seus traços são de uma beleza cartunesca – cabelo escuro liso, maçãs do rosto vertiginosas, enormes olhos azuis e lábios parecidos um sofá vermelho rechonchudo. Ela está conversando no “Zoom” com mais quatro jovens ativistas. É um dia horrivelmente apropriado para falar sobre os direitos humanos – o Talibã acaba de tomar a cidade de Gázni enquanto se aproxima de Cabul, a capital do Afeganistão.

Se estivéssemos assistindo um filme, você poderia suspeitar que Jolie estava interpretando uma líder divina falando com um pequeno grupo de pessoas afortunadas. No entanto, logo fica claro que as coisas não são exatamente o que parecem. A atriz e diretora de cinema é quem estava maravilhada, não os ativistas.

Os jovens falavam sobre o trabalho que têm feito em conscientizar as pessoas sobre a carnificina na Síria, sobre a crise ambiental, sobre os direitos dos transexuais e sobre a pobreza alimentar. Jolie fica atenta a cada palavra. Ela conta que eles inspiraram seus filhos, que seguem seus trabalhos, adverte-os contra o esgotamento, pede desculpas pelas falhas de sua geração e diz como está honrada em conhecê-los.

Na noite seguinte, apenas Jolie e eu estamos conversando no “Zoom”. Ao fundo, posso ouvir as crianças brincando. Nossa conversa é frequentemente interrompida pelo rugido feroz de seu rottweiler, Dusty, que parece acreditar que é um leão. Foi um dia ainda mais deprimente para os direitos humanos – o Talibã invadiu Cabul e derrubou o governo do Afeganistão. Jolie diz que a única coisa que lhe dá esperança são os jovens com quem tínhamos conversado na noite anterior. “Eles falam sobre essas questões, sobre o que é moralmente certo e decente, com mais urgência e consciência do que qualquer político, diplomata ou ONG com quem trabalhei.”

Ela diz que não consegue parar de pensar em Muhammad Najem, um jovem de 19 anos que, literalmente, gritou de cima dos telhados sobre o cerco do regime sírio à sua cidade natal, na região de Ghouta oriental. Depois que seu pai foi morto, há quatro anos, em um ataque aéreo à mesquita onde ele estava orando, Muhammad e seu irmão esperaram o fim do bombardeio, filmaram a carnificina de cima do telhado e documentaram o sofrimento dos sobreviventes.

Ele e sua família logo se tornaram alvos do governo e fugiram para a Turquia, de onde ele estava conversando conosco. Não foi apenas sua coragem que foi notável; era o calor de seu sorriso, seu gosto pela vida, apesar de tudo o que viu. Desde a última vez que conversamos, Jolie fez novamente uma chamada no “Zoom” com Muhammad e mais uma garota que está fazendo campanha contra a pobreza no período menstrual.

“O relacionamento dele com aquela adolescente e o ativismo dela estavam mais afinados do que quase qualquer homem que eu conheci”, disse Jolie. Concordamos que a clonagem de Muhammad pode ser a resposta para a paz mundial. “Ele é um homem evoluído!” disse Jolie. “Grrrrrrrrr!” Dusty rosna ao fundo, aparentemente concordando.

Jolie passou os últimos 20 anos fazendo campanha pelos direitos humanos, primeiro como Embaixadora da Boa Vontade e depois como Enviada Especial do Alto Comissário da ONU para os Refugiados. Ela realizou mais de 60 missões de campo, invariavelmente com um bloco de notas e uma caneta nas mãos, conversando com pessoas deslocadas pela guerra e perseguição em países como Síria, Serra Leoa, Iraque e Afeganistão.

Agora Jolie, 46, escreveu um livro juntamente com a advogada dos direitos da criança, Geraldine Van Bueren, e com a Amnistia Internacional, chamado “Know Your Rights and Claim Them” (Conheça Seus Direitos e Reivindique-os), um guia para jovens que recebeu o título de uma canção da banda “The Clash”, que também está tatuada nas costas de Jolie. O livro apresenta todos os direitos das crianças de acordo com a Convenção das Nações Unidas Sobre os Direitos da Criança, ratificada por 196 países. Explica como reivindicá-los e oferece conselhos dos jovens que o fizeram.

“Know Your Rights and Claim Them” aborda todas as grandes questões de uma forma acessível – desde os direitos à vida, dignidade, saúde, igualdade, à não discriminação, justiça criminal, a um lugar seguro, liberdade de pensamento e expressão, privacidade, protesto pacífico, brincar, educação, o direito a proteção contra danos e à violência armada. Pergunto a Jolie por que ela decidiu escrever o livro.

“Eu conheci muitas crianças que vivem com o efeito da violação de seus direitos – pessoas deslocadas, jovens vítimas de estupro. Eu não conseguia entender por que elas ainda lutavam por coisas básicas, que são seus direitos para começo de conversa. Isso me deixou com muita raiva. Como vamos resolver alguma coisa se não estamos nem tratando disso, certo?” A explicação dela é fluente e confiável – e não é surpreendente. Mas a próxima parte é.

“Então eu passei por uma experiência nos Estados Unidos com meus próprios filhos e pensei… bem, direitos humanos, direitos das crianças…” De repente, ela parou. Sua fala se tornou desconexa e elíptica. “Eu me lembrei dos direitos das crianças, peguei meus filhos, olhei para eles e pensei: bem, tais direitos servem para quando você está em uma situação e quer garantir que existirá apoio para as crianças em sua vida.”

Ela se desculpou, disse que não podia ser mais direta e continuou: “Então, eu descobri que os Estados Unidos não haviam ratificado os direitos da criança. Uma das maneiras pelas quais isso afeta as crianças está em não poderem dar suas vozes no tribunal – uma criança na Europa teria uma chance melhor de ter voz no tribunal do que uma criança na Califórnia. Isso me disse muito sobre este país.”

O que aconteceu, fez com que ela temesse pelos direitos dos filhos. “Eu… eu ainda estou na minha própria situação legal”, ela gagueja.” Não posso falar sobre isso.”

Olha, eu digo a ela, tem havido tantas bobagens escritas sobre você ao longo dos anos que é impossível distinguir entre verdade e ficção – você tem que me ajudar a entender sobre o que você está se referindo. Você está falando sobre seu divórcio de Brad Pitt e sobre as acusações que você fez contra ele de violência doméstica? Ela me disse que jurou silêncio. Bem, eu digo, então acene com a cabeça se você estiver falando sobre o divórcio e as acusações. Ela acena com a cabeça. E você temia pela segurança de seus filhos? Desta vez ela responde. “Sim, eu temia pela segurança da minha família. Da minha família inteira.”

Deve ter sido algo inacreditável, eu digo para ela, passar sua vida no cenário mundial, destacando o abuso dos direitos das crianças, e então descobrir que esses mesmos direitos podem ter sido comprometidos dentro de sua casa.

“Muitas vezes você não consegue reconhecer algo tão próximo, especialmente se o seu foco está direcionado para as maiores injustiças globais, porque todo o restante acaba parecendo menor. Isso é muito difícil. Eu gostaria de poder ter essa discussão, pois é algo tão importante… ”

Ela faz alguns esforços para tentar completar a frase, desiste e começa de novo. E agora sua fala retorna. “Não sou o tipo de pessoa que toma decisões, como as que tive de tomar, de forma leviana. Demorou muito para eu chegar em uma posição em que senti que deveria me separar do pai de meus filhos.”

Angelina Jolie e Brad Pitt eram o casal de ouro de Hollywood; tão famoso que tinha um apelido, “Brangelina”. E Brangelina era, apropriadamente, a marca mais alta das celebridades. Ambos são vencedores do Oscar, estão entre as estrelas mais bem pagas no mundo do cinema (dizem que Pitt vale US$300 milhões, Jolie US$ 150 milhões), populares, icônicos e claro, absolutamente lindos (Pitt foi eleito duas vezes o homem mais sexy vivo pela revista “People”, enquanto Jolie foi eleita a mulher mais sexy viva pela revista “Esquire” em 2004).

Mas Brangelina também se tornou sinônimo de altruísmo e conscientização entre a celebridades. Pitt acompanhou Jolie em muitas de suas viagens com a UNHCR, eles abriram escolas em países devastados pela guerra e três de seus seis filhos foram adotados em países brutalizados por conflitos e pela pobreza – Maddox (atualmente com 20 anos) é cambojano. Pax (de 17 anos) é vietnamita, e Zahara (com 16 anos) é etíope. O casal até conseguiu manipular a mídia para seus próprios fins.

Diante da inevitabilidade de serem paparicados quando a primeira filha biológica, Shiloh, nasceu em 2006, Jolie e Pitt leiloaram o ensaio fotográfico para a revista “People”, nos Estados Unidos, e para a revista “Hello!” na Grã-Bretanha por US$7,6 milhões. Dois anos depois, quando os gêmeos Knox e Vivienne nasceram, eles venderam as fotos para as mesmas revistas por cerca de US$14 milhões, o que as tornou as fotos de celebridades mais caras da história. Em ambas as ocasiões, o valor arrecadado foi revertido para a Fundação Jolie-Pitt com a finalidade de financiar projetos humanitários. Como casal, eles pareciam bons demais (ou pelo menos bem sucedidos demais) para ser verdade.

E assim foi. Em setembro de 2016, Jolie pediu o divórcio de Pitt, que foi finalizado em 2019. Mas eles ainda estão presos em uma dura disputa pela custódia dos filhos, depois que ela alegou violência doméstica contra ele.

Em novembro de 2016, o FBI anunciou que nenhuma acusação seria feita contra Pitt e o inocentou de qualquer delito, após ter acontecido um incidente, alguns meses antes, a bordo de um avião particular da família, ocasião em que foi alegado que Pitt encontrava-se bêbado e teria sido abusivo com Maddox, na época, com 15 anos. Cinco dias após o incidente, Jolie pediu o divórcio, alegando diferenças irreconciliáveis e afirmando que sua decisão de encerrar o casamento “foi tomada visando a saúde da família”.

Pitt admitiu que tinha problemas com o álcool (inclusive, frequentou a “Alcoólicos Anônimos” após a separação) e que gritou com um de seus filhos, mas sempre negou ter agredido fisicamente qualquer um deles. Jolie se recusa a dizer qualquer coisa sobre o incidente devido ao processo judicial. Os advogados de Pitt se recusaram a comentar quando foram convidados pelo “The Guardian”.

Hoje, Jolie vive em uma casa na região de Los Feliz, um bairro residencial perto de Hollywood Hills. Ela comprou a mansão, que custou supostos US$25 milhões, onde costumava ser a casa do cineasta Cecil B. DeMille, para ficar mais fácil para as crianças visitarem Pitt após a separação. Durante a maior parte dos últimos cinco anos, ela teve a custódia dos filhos, enquanto ele teve direito de visita.

Embora tenha sido frequentemente relatado que as questões que levaram aos processos judiciais atuais estariam relacionadas com o fato de Jolie estar lutando pela guarda exclusiva dos filhos, na verdade aconteceram porque se discute como uma relação de guarda compartilhada saudável pode ser alcançada. Consigo ouvir algumas crianças brincando ao fundo, enquanto Dusty continua fazendo contribuições regulares para a conversa.

“O que eu sei é que quando uma criança foi lesionada, fisicamente, emocionalmente, ou testemunhou o mal de alguém que ama ou gosta, isso pode causar danos. Uma das razões pelas quais as crianças precisam ter esses direitos é porque, sem eles, elas se tornam vulneráveis a uma vida insegura e insalubre.”

Ela pode estar falando sobre as crianças em geral, mas soa pessoal. Na batalha pela custódia, grande parte do mundo parece ter tomado um partido. Alguns advogados de direito da família criticaram Jolie por querer que seus filhos testemunhassem contra o pai, enquanto Jolie sugere que seria uma traição a suas crenças se ela deixasse isso de lado. Enquanto isso, os advogados de Jolie disseram que três das crianças pediram para dar seus testemunhos.

Eu pergunto a Jolie quando ela tomou conhecimento dos direitos humanos e então, ela começou a falar sobre os valores de sua mãe. “Ela não tratava os outros como se fosse um trabalho ou uma obrigação, ela era apenas gentil. Ela era um ser humano decente que ficava incomodado quando via pessoas sendo maltratadas. Era uma coisa realmente muito simples.”

A mãe de Jolie, Marcheline Bertrand, que morreu de câncer de ovário em 2007, aos 56 anos, formou-se atriz, namorou Jim Morrison quando ela era jovem e, no final de sua vida, foi parceira do ativista e poeta nativo americano John Trudell. O pai de Jolie, o ator Jon Voight, foi indicado ao Oscar pelo filme “Perdidos na noite” (1969) e ganhou o prêmio de melhor ator por “Amargo Regresso” em 1979, mas era um pai menos impressionante aos olhos de Jolie.

Ela disse que sua mãe sacrificou sua carreira para criar seus dois filhos (Jolie tem um irmão mais velho, James Haven), principalmente como mãe solteira. “Minha mãe se casou aos 21 anos e, aos 25, ela se divorciou com dois filhos pequenos. Ela não podia ser a artista que queria ser, mas criou os filhos com arte e criatividade. Mesmo que fosse uma festa de aniversário, ela encontrava uma maneira de colocar esses talentos em prática.”

Ela diz que, o que mais ela amava em sua mãe, é que ela abraçava as diferenças e estava aberta a todas as experiências. “Ela não tentou fazer de mim um molde dela. Éramos muito diferentes como mulheres”.

De que maneira? “Ela sempre queria que eu me sentasse ao lado da pessoa estranha no avião porque ela era tímida, certo? Enquanto eu amava sua suavidade, ela amava minha força. Ela era muito quieta e eu estou constantemente em movimento. Eu era muito sexual e ela era muito mais uma dama. Mas ela viu meu verdadeiro eu e o encorajou totalmente, e ela me ensinou a fazer isso com meus próprios filhos. Meus filhos são todos muito diferentes uns dos outros.”

Sua mãe sempre lhe disse para ser útil na vida, mas quando era adolescente, Jolie não sabia o que ela queria dizer. Ela experimentou drogas, incluindo heroína, bebeu excessivamente e se cortou numa tentativa de superar uma sensação avassaladora de vazio. Ela teve seu primeiro namorado com 14 anos. Sua mãe sugeriu que ele se mudasse para a casa delas, numa tentativa de impedir Jolie de sair de casa e sair dos trilhos. Jolie era contra o sistema e sempre muito franca, mas também era uma bagunça.

“Levei um bom tempo para descobrir que eu poderia ser útil para alguém porque, durante muito tempo, eu sentia que era um pouco louca, que estava um pouco desequilibrada e insegura. Se você tivesse me perguntado, quando eu ainda era adolescente, se eu seria mãe de alguém, ou se teria alguma utilidade para a ONU ou escreveria um livro, eu teria respondido que absolutamente não.”

Olhando para trás, você ainda se sente perturbada? “Talvez seja por este motivo que é tão útil conhecer todos esses jovens. Eles estão me lembrando de que, naquela época, eu achava que era um pouco louca por desafiar o sistema, ou por estar com raiva de certas coisas que estava testemunhando, mas eu não estava errada. Estar perto de todos esses jovens que têm, por um bom motivo, um senso de luta, de revolta e vontade de entrar onde precisar e sangrar, se for necessário, por algo que eles sabem que não está certo – isso me lembra de quem eu era quando era mais jovem. E isso me lembra que não é algo ruim.”

Naquela época, Jolie também sangraria por uma causa, mesmo que ela não tivesse certeza de que causa era essa. Quando ela se casou com o ator Jonny Lee Miller, aos 20 anos, ela usou uma camiseta com o nome dele escrito com seu sangue. Quando ela estava com seu segundo marido, Billy Bob Thornton, eles usavam frascos com o sangue um do outro em volta do pescoço. Ela apareceu em programas de TV, fazendo truques ultrajantes com canivetes. Era difícil descobrir se ela era uma pessoa furiosa, perigosa ou ambos.

Olhando para Jolie hoje, é difícil conectar esta mulher urbana, que usa ternos da marca Saint Laurent, com uma garota punk que usava jaquetas de couro. Mas Jolie diz que elas são praticamente a mesma pessoa; ela simplesmente não sabia como canalizar sua energia. “Eu estava sem leme. Eu estava procurando por liberdade, por verdade e por sentimento. Eu queria sentir coisas profundamente e experimentar coisas profundamente.” Ela ri. “Escute, eu cresci em Hollywood. Esta cidade é perturbadora. Eu fui machucada por muitas coisas diferentes na minha vida.”

O que doía tanto quando ela era jovem? Novamente, ela retorna para sua mãe. “Minha mãe sempre estava sofrendo. Meu pai teve um caso com outra mulher e depois houve muitos desafios relacionados à pensão alimentícia e outras coisas. Então, minha mãe perdeu os pais e ficou bastante arrasada, e eu fiquei determinada a ajudá-la quando eu era jovem.” Disseram que ela poderia ser uma atriz ou modelo “como se fosse algo incrível”, mas ela não tinha mais tanta certeza. Ela sugeriu que, se ela fosse fosse homem, outras opções teriam sido oferecidas. “Ninguém diz que você pode ser uma diretora ou uma advogada. Então, eu fui empurrada por um caminho. Eu queria ter sucesso em ajudá-la financeiramente e ser capaz de fazer mais escolhas na vida dela e na minha.”

Ela diz que sua mãe não só teve uma carreira negada, mas também uma voz. “Eu percebi, quando eu era jovem, que a pessoa que tinha uma voz pública tinha mais poder do que a mulher mais gentil, mais decente, que estava em casa fazendo todas as coisas certas e fazendo todos os sacrifícios.” Jolie estava se referindo a seu pai – um defensor franco de Trump que disse que a campanha para anular o resultado das eleições nos Estados Unidos foi “a maior luta desde a guerra civil, a batalha da retidão contra Satanás” – e de quem ela sempre se afastou.

Jolie diz que estava determinada a não ser silenciada como sua mãe havia sido. “Não acho que entrei neste negócio porque queria ser atriz. Eu entrei porque é onde você pode ter uma voz. Quando você tem alguém que controla as finanças e controla a narrativa da família porque é uma figura pública, você está abaixo dessa pessoa.”

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Fonte: The Guardian

 

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