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Angelina Jolie: “Me identifico com Malévola”

26 de outubro de 2014

Verdades que parecem (ou são) absolutas: que Angelina Jolie é a mulher mais sexy do planeta; que é a atriz mais bem paga do mundo; que realiza trabalhos humanitários na Ásia e na África; que é do Alto Comissariado das Nações Unidas; que é bissexual; que se apoderou do homem mais atraente de Hollywood; que se preveniu do câncer de mama ao se submeter a uma dupla mastectomia; que é a Dama do Império Britânico e que [atenção]; que é uma grande diretora de cinema ao ponto de que “Invencível” (Unbroken) – história de um atleta olímpico que se tornou prisioneiro de guerra pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial – poderá transformá-la na segunda mulher a ganhar um Oscar de Melhor Diretora; e o que estava faltando: que pode entrar na política…

Por José María Álvarez

Angelina Jolie sabe de tudo, ou quase tudo. Mesmo com relação ao seu gênio e à sua imagem, ela sabe que algumas verdades parecem (ou são) absolutamente forjadas. Como por exemplo: De que ela é a mulher mais sexy do planeta (e ponto); que foi considerada a atriz mais bem paga de Hollywood durante várias vezes (segundo a Forbes); que é uma heroína sensível e humanitária que dedicou grande parte de sua vida em ajudar as crianças da África e do Oriente Médio (que como resultado, recebeu a cidadania cambojana). Não podemos esquecer-nos de mencionar que é Enviada Especial do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

Da mesma forma, ninguém contesta o fato de que ela ganhou três Globos de Ouro e um Oscar por sua atuação em “Garota, Interrompida” (2000). Ou que, ao sair do armário, ela se tornou um assunto tabu ao desempenhar um papel de “bad girl” anunciando, aos quatro ventos, sua bissexualidade. Ou também quando chocou todos quando beijou “apaixonadamente” em público, seu próprio irmão, James Haven. Ninguém contesta também, que ela é a Lara Croft (e que não existe outra). E que é outras grandes personagens como Gia, Jane Smith, Malévola…

Todos e todas sabem que ela se casou com os atores Jonny Lee Miller, Billy Bob Thornton e que, alguns meses atrás, no dia 23 de agosto, ela voltou a dizer o “sim” no altar, mas, desta vez, com Brad Pitt – o homem que roubou das mãos de Jennifer Aniston (algo que virou notícia e capa de todos os meios de comunicação da época) – com quem conseguiu formar, depois de sete anos de vida conjugal, uma grande família (três filhos biológicos e três adotados).

Não é nenhum segredo que os protagonistas do filme “Sr. & Sra. Smith” tiveram uma cerimônia para apenas alguns convidados, na qual Angelina usou um vestido Versace com um véu preenchido com desenhos de seus próprios filhos. O que ainda não se sabe é quanto ganhará vendendo, porque outra característica desta enigmática mulher de lábios carnudos, é que há muito tempo, ela entendeu que tudo o que ela faz e diz vira notícia e gera milhões de dólares. Então, invés de engordar os bolsos dos paparazzi, ela prefere engordar seus próprios bolsos e doar o dinheiro a uma de muitas de suas causas sociais. Tanto é que pelas fotos de seus filhos recém-nascidos, a família Pitt recebeu um total de 21 milhões de dólares.

Também não é nenhum segredo que, de forma muito valente, ela se submeteu a uma dupla mastectomia preventiva de câncer de mama e que, além de tornar público todo o processo em um artigo intitulado “Minha Escolha Médica” publicado no jornal The New York Times.

No entanto, ainda faltavam duas facetas para mostrar. Por um lado, Angelina também é uma ótima diretora, ao ponto de que seu novo filme “Invencível” (Unbroken) – que conta a história de um atleta olímpico que se tornou prisioneiro de guerra pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial – poderá transformá-la na segunda mulher a ganhar um Oscar de Melhor Diretor (já que o primeiro, foi entregue à Kathryn Bigelow pelo filme “Guerra ao Terror”).

Por outro lado, talvez no próximo ano, pode ser que ela entre no mundo da política. No Hotel Four Seasons em Los Angeles, a mulher mais poderosa de Hollywood falou sobre “Invencível” (Unbroken), sua carreira política, Brad Pitt, os filos e sobre sua noiva paixão em ser diretora.

Seus filhos são muito críticos com relação ao seu trabalho?

[Risos]Eles são um pouco críticos, de fato.

Você gosta de se ver nas telonas?

Não. Assisti apenas alguns filmes que eu fiz. Eu não assisti “O Procurado” nem “O Turista”. Outros filmes, eu vi quando estrearam e depois nunca mais vi. Eu gosto mais da experiência de ver como o público reage. Acho que eu sou a pessoa mais crítica com relação ao meu trabalho e assistir meus próprios filmes é algo muito difícil para mim.

Qual das personagens que você interpretou você mais se identifica?

Provavelmente com Malévola. Eu, assim como ela, nasci com um coração ingênuo, confiante, capaz de amar muito, mas depois, pelas circunstâncias, eu fui deixando de acreditar nos outros, eu me fechei, fiquei sozinha, frustrada e com raiva. Malévola se deu conta do que significa ter uma família e isso foi exatamente o que me mudou. Agora que eu tenho uma família, eu voltei a ser leve, amorosa, brincalhona e sempre divertida.

É verdade que você planeja se aposentar da carreira de atriz para se concentrar em dirigir? Qual foi a reação de Brad com você lhe contou isso?

Brad sabe, já faz tempo, o quanto eu sou apaixonada pelo meu trabalho humanitário, por meu trabalho como diretora e escritora, assim, ele sabia que isso iria acontecer. Mas eu não irei me retirar totalmente. Eu pretendo fazer um ou dois filmes, mais bem escolhidos porque também gosto de atuar. Acontece que eu fiquei na frente das câmeras durante tanto tempo que agora achei interessante dar um passo para trás e fazer as coisas com mais calma.

O que significa para você, criativamente, dirigir um filme? Gosta mais de dirigir do que de atuar?

Eu gosto da responsabilidade que existe ao fazer um filme do começo ao fim porque cuido da edição, do som, da interpretação dos atores, já que tomo conta de cada aspecto. Um diretor esculpe a peça inteira. Disso, sem dúvida, eu gosto muito.

Uma vez você disse que esperava o momento em que seus filhos se tornassem adolescentes para passar mais tempo com eles…

Sim, definitivamente. Vai ser um pouco complicado porque dirigir leva mais tempo do que atuar, mas me dá mais flexibilidade. Gosto muito de dirigir porque posso ter meus filhos por perto, comer com eles, fazer o jantar, levá-los ao dentista. Quando eles forem adolescentes precisarão que eu faça menos coisas, mas que esteja muito mais presente.

Qual você acha que é o melhor conselho que pode dar a uma mãe de filhos pré-adolescentes?

Alguém me disse uma vez que o melhor é não falar muito. Orientá-los como puder enquanto crescem antes de se tornarem adolescentes e então, quando eles começarem a se expressar, escutá-los sempre.

Você os obriga a jantar sem o celular por perto?

Claro. Os celulares não são permitidos na mesa.

E com relação às redes sociais como o Facebook ou o Twitter?

Alguma delas eles tem. O Facebook não, nem o Twitter, mas alguma delas eles tem. Nós não cortamos as redes sociais por completo, mas tentamos protegê-los tanto quanto podemos.

Quem você admira?

Para mim, Louis Zamperini [o atleta olímpico protagonista de “Invencível” (Unbroken)].

O que você pode adiantar sobre “Invencível”?

Pode ser que este seja o trabalho mais difícil de toda a minha carreira. Louis faleceu no ano passado com 97 anos, ele foi meu vizinho e passamos muito tempo juntos. Louis me ajudou muito com relação à minha vida. Ele foi uma espécie de guia para muita gente e sua sabedoria está presente no livro que Laura Hillenbrand escreveu. Para mim, é uma responsabilidade enorme contar a vida dele em um filme. Eu queria fazer esse filme para que a família dele pudesse assisti-lo e para que inspirasse os jovens a entender sua vida. O filme estreia no Natal [nos Estados Unidos] com uma mensagem de força, de fé – uma mensagem que considero muito necessária. Louis era um tipo comum e normal, que aos nove anos estava furtando, mas que, com o passar do tempo, se tornou um grande homem. Todos nós podemos nos tornar tão grandes como ele.

Você é o tipo de pessoa que “dá a outra face”?

Não. Estou tentando aprender com Louis, porque esse é, precisamente, o tema de “Invencível”: o perdão. Se alguém me machuca talvez eu o possa perdoar, mas se alguém machuca os meus filhos, não acredito que eu consiga.

Como surgiu a história de “Invencível”?

Quando você decide dirigir um filme, você procura todos os estúdios e eles te dão uma lista dos filmes que nunca conseguiram fazer. Nesta lista, a Universal Pictures me apresentou a seguinte frase: “A verdadeira vida de Louis Zamperini, uma história de força de espírito, resistência, perdão e fé que se passa na Segunda Guerra Mundial”. Cheguei em casa e disse para Brad: “Fiquei muito curiosa pela história de “Unbroken”, e Brad me disse: “Querida, essa história está dando voltas já faz anos” [risos]. Mesmo assim, eu disse a ele que eu queria muito ler o roteiro que, aparentemente, estava rodando por Hollywood há 57 anos.

O diretor Tony Curtis também esteve envolvido com o projeto…

Sim, durante um tempo, Tony esteve pensando em dirigi-lo. Era um roteiro conhecido em Hollywood, que estava esperando por mim. Quando me enviaram o primeiro roteiro do filme, eu não me conectei, mas quando li o livro de Laura, senti que a aventura deste ser humano estava destinada a mim. Eu quis acompanhar seus passos. Aprendi muitíssimo com Louis.

Sem dúvida, você tem muita confiança em si mesma…

É algo que você tem que ter para tomar decisões. Eu sou suficientemente inteligente para me cercar de grandes profissionais, os quais eu escuto e com os quais eu aprendo. Fazer um filme é um trabalho de colaboração em grupo. No final, se tudo falhar, eu irei sofrer as consequências, mas se tudo der certo, eu irei receber os créditos.

Você disse que “Invencível” chamou sua atenção porque fala de aprender a perdoar. Qual sua relação com o perdão?

Minha relação com o perdão é complicada [risos] e passei algum tempo meditando sobre esse tema, porque me perguntaram se eu seria capaz de perdoar alguém que me machucou. Acho que eu poderia chegar a um acordo com essa ideia, mas se alguém chegar a machucar meus filhos, acredito que não sou capaz de perdoar. Seria algo além das minhas forças. Acredito que se existe algo que abre a porta da nossa capacidade de perdoar, é a justiça. Eu conheci muitas vítimas de estupro, de abuso e, para elas, acredito que a justiça deve ser feita. Você não pode simplesmente pedir que essas pessoas perdoem porque elas sentiram muita dor e muita raiva. Assim como os soldados que regressaram da guerra com síndromes pós-traumáticas, essas pessoas também estão cheias de raiva e violência. Não se trata de lhes dar tapinhas nas costas e dizer que devem superar tudo e perdoar a pessoa que lhe causou tanto mal. Devemos ensinar-lhes que a cura é possível e que isso irá acontecer quando virem um sentido real de justiça. O perdão precisa andar de mãos dadas com a justiça.

Em “Invencível” é possível ver a figura de uma mãe forte. De uma figura materna que educa com carinho e com firmeza, seus filhos. Você aprendeu alguma coisa com isso? Isso mudou o seu relacionamento com seus filhos?

No filme, Maddalena Ischiale está fantástica. Ela é uma mãe delicada, mas também firme. Espero ser como ela porque isso foi algo que influenciou muito seus filhos. A família dos Zamperini é muito unida. Eu não aprendi com ela, mas isso reafirmou meus sentimentos em ter uma família unida que me ofereça apoio e segurança. Eu cresci em uma família quebrada que não parecia nada com essa, mas tive a sorte de ter uma mãe maravilhosa.

Em suas viagens, quando visita os campos de refugiados, você vê o pior do ser humano e as consequências da barbárie…

Sim, eu vejo o pior, mas também sei que existe gente como o Louis no mundo, que se preocupam com os outros. Tudo que vemos nas notícias, nos levam a perder a fé no ser humano e em seu espírito. Nós acabamos ficando com raiva de tudo o que está acontecendo no mundo. A mensagem de Louis é linda porque ele não dizia que ele tinha sido incrível, na realidade, ele afirmava o contrário: como uma pessoa normal, uma pessoa comum, podia fazer coisas excepcionais. Ele tomou decisões que o levaram para lugares muito “escuros” em sua vida, mas foi capaz de superar isso, de se levantar e de se tornar uma pessoa melhor. Eu adorava ouvir seus filhos falarem do pai. Eles falavam de Louis com carinho, com respeito, com amor, porque ele foi um bom pai, um bom filho, um bom amigo e um grande ser humano. Com toda a escuridão que temos no mundo, nós temos que ajudar uns aos outros e dar um passo à frente, porque essa é a única forma de acabar com o ódio e com a violência.

O que a religião significa pra você?

Bem, penso que todos nós podemos ver, hoje em dia, os lados negativos de uma religião já que ela também é utilizada como um instrumento para a agressão. Eu tentei me aproximar da fé de Louis porque era importante mostrá-la no filme, mas a religião em si, é algo universal, independentemente da forma que é para você e independentemente do que ela significa para os outros. Também me interessa a ideia da oração, de ver Deus ao amanhecer e ao entardecer, de questionar Deus quando uma mãe está de joelhos rezando para seu filho que está na guerra. Todos nós nos identificamos com esses momentos e se procuramos encontrar valores comuns dentro da fé, estaremos em um lugar melhor.

Dirigir um filme é um tanto quanto arriscado, por que você decidiu se aventurar em correr esse risco?

Eu não vejo esse projeto como sendo parte da minha carreira. Eu me aproximei dele como um ser humano emocionado com o fato de poder contar essa história. Sinto uma grande responsabilidade com relação ao Louis porque estarei contando a vida dele, e ele foi uma pessoa real, e isso é algo que pesa para mim.

Você já teve um modelo a seguir em sua vida?

Eu tive uma mãe muito forte. Ela mesma brincava dizendo que seu nome era “Marcheline Marshmallow” porque se considerava a mulher mais sensível do mundo. Ela jamais gritava ou insultava alguém e estava sempre rindo. Ela tinha um coração forte, uma grande integridade e uma fé inabalável. Minha mãe foi uma mulher adorável, extraordinária. Agora, minhas filhas são fortes e eu vivo com três mulheres muito fortes.

Você acha que as jovens atrizes de Hollywood que estão começando agora sofrem mais pressão do que você com relação ao tipo físico?

Quando eu comecei, nos anos 90, ser ou não magra não era um problema principalmente porque não existia essa obsessão em ser uma celebridade como existe agora. As novas gerações não tiveram a oportunidade de se desenvolverem dentro de diferentes personagens. Elas se encontraram com a fama, já identificadas com uma determinada imagem. É muito mais difícil você desenvolver seu talento interpretativo se você já é cruelmente lançada ao estrelato. Eu não acho que eu iria escolher ser atriz se eu tivesse que começar hoje em dia.

E o que você acha dessa obsessão que existe hoje com relação aos pesos das atrizes?

Eu não sei o que dizer. Eu nunca prestei atenção em nada disso. Acho que há muito tempo as mulheres tem passado problemas com o peso. Eu escolhi ignorar as críticas de uma forma ou de outra. Cada um tem que encontrar seu próprio conforto.

Você levou sua família para Austrália enquanto filmava “Invencível”…

Foi muito bom ter minha família ao meu lado. Ela suavizou os momentos difíceis porque foi uma gravação complicada. Eu não posso imaginar viajar para um lugar no qual terei que passar vários meses, sem ter meus filhos comigo.

Ser responsável por uma grande família foi uma forma de preparação para se tornar uma diretora?

[Risos]. Sem dúvida isso me ajudou porque quando alguém tinha algo para me perguntar, eu acostumei a ter sempre uma resposta. Mas nada é capaz de te preparar para se tornar uma diretora. Eu tive que aprender um monte de coisa sobre iluminação, efeitos especiais e direção.

Como você combate o stress? Você corre, faz exercícios, relaxa, toma um banho…?

Não. Eu não tomo banho sozinha faz muito tempo. Toda vez que eu me preparo para tomar banho, vejo algumas das crianças correndo e no fim, acabam tomando banho comigo. Faz tempo que não tomo banho sozinha [risos].

Você se identifica com a imagem pública que foi criada de você e de Brad?

Eu não sei quem é essa pessoa pública, porque não presto atenção no que é dito sobre ela. Todos nós temos em nossas vidas alguém que nos conhece bem. No meu caso, estou muito feliz com Brad porque ele e eu somos muito amigos. Eu gosto de estar com alguém que me conhece de uma forma mais profunda.

Você já se sentiu culpada por ter uma vida privilegiada?

Não, porque eu não sinto pena das pessoas. Um dá aos demais porque recebeu algo a mais. Eu não construo uma escola porque sinto que é algo que eu tenho que fazer. Eu construo uma escola porque me sensibiliza o fato de pensar que estou dando um futuro para as meninas no Afeganistão. Eu não posso esperar ver as coisas mudarem. Faço parte desse grupo de pessoas dedicadas a dar força àquelas pessoas em que acredito. E é assim que eu gostaria que todas as outras pessoas vissem o mundo. Eu não quero fazer as coisas por pena ou por caridade.

Você acha que sua atitude passada de uma mulher evidentemente sexy fizeram com que você se interessasse pelas mulheres que sofreram abusos? Você esteve, recentemente, em Londres para conversar e lutar contra a violência sexual nos conflitos.

Não de uma forma consciente. Eu cresci como uma mulher que foi capaz de reconhecer sua sexualidade, porque acredito que é importante aceitá-la e compreender o poder que temos dentro de nós. Desta forma, a sexualidade se torna algo bom. Eu nunca estive em uma situação igual a que essas pobres mulheres se encontram e não consigo nem imaginar.

Alguma vez você já pensou como seus filhos vão ser quando se tornarem adolescentes?

Estou me preparando para isso, tentando fingir que eles não vão fazer nada de ruim, porque se fizerem eu irei descobrir. Eu quero ser a melhor amiga deles, ser honesta e esperar que sempre conversem comigo quando tiverem problemas. Isso é o melhor que eu posso fazer. Estar perto deles, e quando chegarem a esse ponto de que não vão mais querer conversar comigo, quero que eles saibam que sempre os amarei. Mas essa fase é difícil pra todo mundo.

Quem é o mais severo entre você e Brad?

Eu. Brad é mais complacente com as meninas e eu com os meninos. Não sabemos por quê. Talvez porque eu conheço mais as mulheres…

É algo meio freudiano…

Sim. As meninas vão fazer o que querem com o pai e ele vai ficar maravilhado.

Você se considera feminista?

Eu nunca penso nesses termos. Eu adoro e apoio as mulheres, cuido delas profundamente mas não sou anti-homens de nenhuma maneira. Eu sou uma mulher e as mulheres devem trabalhar juntas, ajudando umas as outras. Eu, sem dúvida, sou a favor das mulheres quando se trata de defendê-las.

É você mesma que escolhe seu guarda-roupa? Você nunca erra.

Para ser honesta, não tenho ideia de como escolho minhas roupas. Eu simplesmente pego o que está no armário.

Você não se importa muito com as roupas?

Eu uso o que eu gosto e o que acho que é mais confortável para as circunstâncias cotidianas. Mas, na verdade, não preso muita atenção no meu look.

Fonte: El Tiempo

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