Eventos/ Maria

Jolie comparece ao Festival de Cinema de Telluride

31 de agosto de 2024

Na tarde deste sábado, dia 31 de Agosto de 2024, nossa musa inspiradora – Angelina Jolie – compareceu à 51ª edição do Festival de Cinema de Telluride, no Colorado, Estados Unidos, para apresentar o filme “Maria”.

Antes do longa ser exibido, Jolie subiu ao palco para fazer um breve agradecimento, através do qual ela disse:

“Obrigada. Estou muito feliz por estar aqui! Eu estou… Vocês verão neste filme o relacionamento que Maria tinha com vocês, com o público, e como era sua vida e sua comunicação através da música. E sobre como aqueles que foram gentis com ela – assim como vocês também estão sendo gentis com os artistas – fizeram sua vida cheia de propósito e conexão. E sobre como aqueles que foram muito cruéis, realmente tiveram um efeito sobre ela. Eu sei o quanto ela ficaria feliz por estar em um lugar como Telluride e o quanto sou grata a todos vocês por apoiarem artistas. Então, agradeço por nos receberem aqui e por este filme em particular que significa muito pra mim. Obrigada.”

Na manhã da próxima segunda-feira (2), Jolie irá participar de outra Exibição Especial (Screening) do filme, seguida por uma sessão de perguntas e respostas com o elenco.

Com base em relatos reais, “Maria” contará a tumultuada, bela e trágica história de vida da maior cantora de ópera do mundo, revivida e re-imaginada durante seus últimos dias na cidade de Paris dos anos 1970.

Na última sexta-feira (30), Angelina também foi fotografada quando chegava ao Aeroporto Internacional Marco Polo, em Veneza, para embarcar em um voo com destino aos Estados Unidos.

Várias fotos foram adicionadas em nossa Galeria. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso aos álbuns.

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Ensaios Fotográficos/ Entrevistas

Jolie fala sobre “Maria” para a The Hollywood Reporter

30 de agosto de 2024

Nesta sexta-feira, dia 30 de Agosto de 2024, a revista norte americana The Hollywood Reporter compartilhou em seu website oficial a capa de sua edição do dia 04 de Setembro, que traz nossa musa inspiradora – Angelina Jolie.

Além de uma nova entrevista, a revista publicou também um novo ensaio fotográfico exclusivo registrado por Blair Getz Mezibov. Confira a matéria traduzida na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil, com contribuição do nosso colaborador Gui Milk.

Depois de um hiato autoimposto do cinema e um período turbulento em sua própria saga, a atriz indescritível se senta com a THR para discutir seu ressurgimento, a interpretação da tempestuosa diva Maria Callas, e seu próprio filme sobre trauma e sobrevivência: “Eu sou uma pessoa com sentimentos muito profundos e com nervos à flor da pele”.

Por Rebecca Keegan

Angelina Jolie entra em sua sala de jantar com painéis de mogno em Los Feliz usando um vestido de verão branco transparente e desliza carregando um bule de chá de ervas com três grandes cachorros atrás dela. Estamos em meados de agosto e Jolie está prestes a fazer algo que não faz há anos – viajar para vários festivais de cinema para promover seus filmes.

“Maria”, a cinebiografia de Pablo Larraín na qual ela interpreta a diva que definiu a ópera, Maria Callas, está programada para estrear em Veneza, Telluride e Nova York; “Without Blood”, o drama de guerra que ela escreveu e dirigiu a partir de um livro lançado em 2002 e escrito por Alessandro Baricco, estará no Festival de Cinema de Toronto, onde ela será homenageada com um prêmio no dia 8 de Setembro.

A Netflix lançará “Maria” nos EUA enquanto que “Without Blood” ainda está procurando um distribuidor. Ambos os projetos marcam um retorno ao negócio de filmes de prestígio para Jolie, 49, depois de anos se concentrando principalmente em ser mãe de seus seis filhos, que agora têm idades entre 16 e 23 anos. Seu último filme como diretora foi “Primeiro Mataram Meu Pai”, de 2017, e o mais recente como atriz foi o filme da Marvel de 2021, “Eternos”.

Os projetos são pessoais de uma forma que é quase desconfortável de discutir. “Maria” – para qual Jolie passou mais de seis meses aprendendo a cantar, respirar e andar como a soprano mercurial – traz o retrato de uma ícone aprisionada por sua própria imagem. O filme se passa em Paris no ano de 1977, durante os últimos dias da vida de Callas, quando ela está tentando cantar novamente depois de anos longe de um palco, para um público que a vaiou quando não gostou do som de sua voz e a chamou de “tigresa” por seu temperamento. Larraín diz que, como Callas, “Angelina tem uma enorme quantidade de mistério. Eu pensei que ela poderia interpretar essa mulher que estava procurando encontrar sua própria identidade.”

“Without Blood”, que traz Salma Hayek e Demián Bichir interpretando duas pessoas conectadas por um evento traumático em suas juventudes, marca o retorno de um assunto que Jolie explora repetidamente como cineasta: o impacto dos conflitos (neste caso, um que nunca realmente ocorreu). É um assunto de intenso interesse para ela como mãe e defensora dos direitos humanos, que viajou para campos de refugiados e zonas de guerra.

A casa de Jolie é uma mansão de belas artes construída para o cineasta Cecil B. DeMille, com um paisagismo exuberante, que ela comprou após sua separação de Brad Pitt em 2016, em um divórcio altamente controverso e que ainda está em andamento. Uma casa na árvore imponente no quintal é um sinal da família que ela criou dentro de seus portões de ferro forjado. Ela construiu a casa na árvore muito alta, diz ela, porque “nunca tive medo de altura”.

Tendo agora feito dois filmes tão íntimos a partir de suas próprias experiências, Jolie está descobrindo como ela quer falar sobre eles. Ela se recusa a discutir Pitt ou falar sobre o recente acidente de bicicleta elétrica do filho Pax, de 20 anos, apenas informando que ele está se recuperando. Ao longo da tarde, enquanto seus cães roncam baixinho em seus pés, a atriz se abre com uma franqueza estimulante sobre alguns assuntos – como a redescoberta literal de sua própria voz – e traça limites firmes em torno de outros. Na velha Hollywood, Jolie diz: “Você poderia passar por isso de forma privada e confusa, mas o trabalho falaria mais alto. Agora, a relação com o público é diferente. Estou tentando me acostumar em ter que decidir sobre o que compartilhar.”

THR: Você está com a agenda lotada para ir aos festivais. Terminando estes dois filmes, você consegue aproveitar o momento?

AJ: Muitas vezes não. Eu me tornei artista muito cedo apenas para ajudar minha mãe a pagar as contas. Tive momentos em que adorei ser artista e tive momentos em que estive muito, muito longe de me sentir confortável neste ramo. Espero poder ter um novo relacionamento com ele.

O que te levou para a história de Maria Callas?

Apenas me dê um momento, porque esta é a primeira vez que falo sobre ela. Eu meio que me afastei. Foi tão intenso que eu tive que me afastar. Eu me afastei, não cantei ou falei sobre ela desde então. O que nem sempre acontece comigo, mas este papel realmente me pegou. Tenho certeza de que muita coisa será lida sobre nossas semelhanças como mulheres, mas a semelhança que talvez não seja a mais óbvia, é que não tenho certeza de quão confortáveis nós duas nos sentimos em sermos pessoas públicas. E também existe uma pressão por trás do trabalho que não é apenas a alegria proporcionada por ele.

E ainda assim eu amo criar e ela amava cantar, mas às vezes existem todas essas outras coisas que tiram a alegria e mudam as experiências. Foi muito difícil, o que ela passou. As pessoas eram bastante agressivas quando ela não era capaz de ser o que as pessoas queriam que ela fosse. Eram muito cruéis e ela carregava muitos traumas e trabalhava muito, muito duro. Eu comecei a realmente me importar com ela e queria que esse aspecto da história fosse contado.

No começo, cantar era apenas um meio de sobrevivência para ela. “Isso é o que você deve fazer para manter nossa família segura ou para ganhar dinheiro. Isso é o que queremos de você e o que esperamos de você.” Sua abordagem para a música era, de acordo com o que ela dizia, que ao encontrar uma obra, você deve apenas estudá-la, estudá-la, estudá-la e a fazer exatamente como o compositor a escreveu. Você não deve acrescentar nada. Você não deve se sentir nela. Você deve fazer o trabalho com precisão, como lhe for dito, e então você dá vida a ele e o encontra.

Como isso se compara à forma como você se prepara como atriz?

Eu não sei o que é que eu faço. Eu costumava brincar que comecei a fazer aulas de aviação quando sentia que precisava de uma habilidade prática, porque minha habilidade era apenas ser emocional. Isso foi antes de eu começar a dirigir filmes mas é tipo, “o que realmente eu faço?”. Para mim, quando alguém ri e interage, parece uma forma de se comunicar com outras pessoas. E acho que ela também experimentou isso. Acho que é por isso que doeu tanto quando ela foi excluída e atacada.

Na primeira cena em que Maria está ensaiando com o pianista, depois de tantos anos sem se apresentar, você está prestes a abrir a boca para começar a cantar quando um olhar marcante e sombrio cruza seu rosto. O que você estava pensando naquele momento?

Você quer saber todos os meus segredos particulares?

Esse é um segredo particular?

Estou tornando a dor dela pessoal para mim e isso certamente é muito particular. Foram muitos meses de aulas de canto. Meses apenas aprendendo a cantar, depois as aulas de italiano, depois aprendendo a fazer a voz e todas as outras coisas como ela fazia. Eu tentava ser precisa. Eu recomendaria que quase todos os seres humanos fizessem uma aula de ópera. Existir e nunca ter cantado com todo o seu corpo e tão alto o quanto poderia cantar — é algo que eu acho que todos nós deveríamos vivenciar. É assustador e isso raramente é exigido de nós. Raramente nos é pedido durante a vida, que sejamos tudo o que podemos ser ou que sintamos tudo o que podemos sentir.

Muito pelo contrário. É dito para reprimirmos tudo e o dia todo.

Exatamente. Na minha primeira aula, eu chorei. Eu estava triste, eu estava com medo. Foi uma estranha reação do meu corpo físico. Eu fiquei lá e o instrutor disse: “Ok, apenas esteja em seu corpo. Respire fundo, deixe tudo sair e apenas abra a boca e deixe esse som vir de dentro.” E foi aí que fiquei muito emocionada. Você descobre o quanto trancamos nossa dor em nossos corpos. Nossa voz fica tensa, nossos ombros ficam altos, temos dores de estômago, fazemos todas essas coisas que são uma espécie de proteção para nós. A coisa mais difícil foi sentir novamente, respirar novamente, me abrir novamente de uma maneira que este filme exigia e que eu realmente não fazia há um bom tempo. Então, talvez o que você viu no meu rosto tenha sido esse sentimento. Ter que sentir tudo. O que ela tinha que fazer naquele palco… Exige todo o seu coração, corpo, mente e ópera. E você não pode fazer isso pela metade.

Você realmente não é uma pessoa mediana. Há algum paralelo entre você e Maria Callas aí. Você sempre foi alguém que não molha os dedos do pé antes de entrar na piscina? Você mergulha.

Eu acho que meu fracasso é não saber fazer de outro jeito. Eu realmente não sei. E muitas vezes eu queria saber. Eu queria saber como ficar quieta e calma. Eu sou impulsionada para frente constantemente e nem sempre é a melhor sensação. Para o bem ou para o mal, eu sou uma pessoa com sentimentos muito profundos e com nervos à flor da pele. Então, quando eu sinto algo profundamente, eu me jogo nisso. Quando faço isso, me sinto viva ou me conecto a algo verdadeiro dentro de mim. Eu acho que todos nós temos momentos em nossas vidas em que estamos em sintonia com quem realmente somos. E todos nós conhecemos esses momentos. Geralmente, se nós nos ouvirmos nesses momentos, nosso caminho fica cada vez mais claro. E quando somos forçados a tomar decisões quando estamos com medo ou sendo pressionados, tomamos caminhos muito diferentes. E isso pode ser muito destrutivo.

Como foi filmar no Teatro LaScala, a casa de ópera localizada em Milão?

Foi uma experiência extracorpórea porque eu não canto. Eu tive alguém na minha vida que não era gentil comigo sobre cantar. Foi em um relacionamento em que eu estive. E então, eu simplesmente presumi que eu não sabia cantar de verdade. Eu tinha estudado teatro, mas foi estranho como isso teve esse efeito em mim. Eu meio que me adaptei à opinião daquela pessoa. Então, precisei superar muitas coisas para começar a cantar. E descobri que eu também sou uma soprano. A vida toda, eu pensei que tinha uma voz grave. Eu até falei para o instrutor de canto que minha voz era mais grave, mas ele disse: “Não, você realmente é uma soprano.” Mas provavelmente algo aconteceu. Descobri que a nossa voz muda quando passamos por coisas diferentes em nossas vidas. Então isso foi um choque pra mim. Foi muito estranho.

Então, eu aprendi a cantar e a gostar de cantar, mas estava muito, muito tímida durante todo esse processo. Pablo [Larraín] começou a filmagem com um super close-up que abre o filme, porque assim podíamos gravar com a sala vazia. Meus meninos [Maddox e Pax] estavam lá, mas praticamente não havia ninguém porque, quando você canta ópera tem que ser bem alto. Deus sabe quantas pastilhas para garganta eu tive que usar e o quanto eu estive ensaiando durante todas as noites e todas as manhãs. Eu estava muito nervosa para começar. Eu não queria decepcionar a equipe. Estávamos em um teatro ou em uma igreja na Grécia quando pensei: “Oh, quem está lá fora? Podem me ouvir cantar da rua?” Mal passamos por isso e então: “OK, agora teremos que adicionar mais alguns membros da equipe para uma tomada mais ampla; e agora o público tem que começar a entrar.” E foi aumentando, aumentando e aumentando até que chegamos ao La Scala. O La Scala era para onde tudo estava caminhando e que exigiria a presença de toda a equipe e de todo o público. Era algo tão além da minha zona de conforto que eu estava tonta. Não havia mais nada a fazer, exceto aceitar e me entregar de verdade. A camada final dessa performance em particular foi o que me deixou confortável, a performance emocional de sua dor e de sua loucura.

Você tem uma maneira de se livrar disso no final de um dia de trabalho — desse estresse ou dessa intensidade?

Sou mãe há 23 anos. A coisa mais linda sobre ser mãe é que você não é o centro da sua vida. Então, você deixa o set focada em algo para alguém. Essa é a sua vida real. Seu mundo real. E isso sempre é a maior parte de quem você é. Nunca estive em um set onde minha família não pudesse estar, porque estava muito focada — eu não sou essa pessoa. As pessoas podem aparecer e me visitar. Significou muito pra mim que meus meninos estivessem comigo em “Maria”. Quando eu tinha momentos realmente difíceis, eles vinham e me davam um abraço ou uma xícara de chá. Essa foi provavelmente uma das coisas mais intensas: geralmente, quando expresso muita dor, nunca é na frente dos meus filhos. Você realmente tenta esconder dos seus filhos quanta dor e tristeza você carrega. E então, para eles estarem com você quando você está expressando isso em tal nível… Acho que foi a primeira vez que eles me ouviram chorar assim. Isso geralmente eu levo para o chuveiro.

Maddox e Pax estavam trabalhando na equipe de alguma forma, não estavam?

Sim. Mad e Pax estavam nesse projeto. Fazendo trabalho de AD [assistente de direção]. Eles fizeram isso algumas vezes e acho que é bom para eles. Pax gosta de fazer fotos e foi trazido para o projeto. Pablo foi maravilhoso e reconheceu que ele era bom nisso.

Por que você esperou tanto tempo para voltar desde a última vez que atuou ou dirigiu?

Eu precisava ficar mais em casa com meus filhos.

E o que fez você se sentir pronta para voltar ao trabalho?

Eles estão um pouco mais velhos, ficando mais independentes. Agora sou menos necessária e, portanto, sou capaz de ficar fora por diferentes períodos de tempo. E eles têm idade suficiente para se juntar a mim no trabalho. É uma nova temporada em nossas vidas. Estou muito animada para que eles estejam se tornando cada vez mais independentes a cada dia.

O que te atraiu para o livro Without Blood?

Eu adoro escritores que entendem as complexidades dos seres humanos e que não tentam explicá-las ou envolvê-las em um pequeno laço, o que pode ser algo que algumas pessoas terão dificuldade neste filme, porque ele não responde completamente tudo. Mas mostra parte do que o conflito faz às pessoas e quão prejudicial o conflito é, especialmente para as crianças, é que ele sangra em todos os aspectos da sua vida. E você acaba vendo como isso afetou ambas as pessoas.

Normalmente, meus filmes são considerados filmes de guerra ou filmes sobre conflitos e, muitas vezes, sobre história. O primeiro filme que fiz [como diretora, Na Terra de Amor e Ódio, lançado em 2011], escrevi tentando entender a guerra na Iugoslávia. Muitas pessoas naquele conflito em particular eram amigas, amantes e vizinhas. Entretanto, elas passaram a se enfrentar, se tornaram inimigas e foram divididas. E então escrevi uma história sobre o que aconteceria se, no começo, essas pessoas tivessem todas as chances de serem felizes, apaixonadas, terem uma família e tudo mais. E no final, uma mata a outra. Como isso acontece? Já “Without Blood”, é um capítulo final de certa forma. Eu mostrei guerras. Eu mostrei Louis Zamperini em um campo de prisioneiros [em Invencível, lançado em 2014]. Eu mostrei uma criança passando por uma guerra que não foi criada por um inimigo externo, mas por um inimigo em seu próprio país [Primeiro Mataram Meu Pai, lançado em 2017].

Por que os conflitos são um assunto para o qual você sempre retorna?

Passei muito tempo em zonas de conflito e suponho que foi onde vi o melhor da humanidade e também o pior. Nunca pretendi fazer filmes sobre guerra, mas passei muitos anos com pessoas deslocadas pela guerra. Continuo trabalhando com elas e tenho minha casa no Camboja. Meus vizinhos passaram pela guerra e também muitos dos meus amigos mais próximos. Suponho que seja apenas uma grande parte do que é ser humano, entender por que fazemos isso uns aos outros e como superamos isso. Nunca tive que vivenciar a guerra ou perder alguém por conflito armado. Mas tenho pessoas com quem me importo profundamente que passaram por isso. Vi pessoas que não tinham nada, darem tudo de si. E vi pessoas que tinham tudo, não fazerem nada. Nem sempre é sobre o porquê dessas coisas horríveis acontecerem. Na verdade, é muito mais sobre como as pessoas as superam. As pessoas que mais amo e admiro no mundo são as que mantêm sua graça depois de todo o mal que lhes foi causado. Acho que considero essas pessoas as mais comoventes e as admiro por isso.

“Without Blood” é sobre um lugar não específico, certo? Uma guerra não específica?

Isso foi intencional. O escritor escreveu dessa forma, pois era algo que poderia ou pode acontecer em qualquer lugar. OK, agora a guerra acabou e aqui estamos nós. Isso agregou alguma coisa? Mudou o mundo? Houve um vencedor? O que isso fez com nossas vidas?

Como você abordou a escrita para esta adaptação?

Tentei me ater muito ao livro. Tanto que o escritor realmente me disse: “Você nunca vai conseguir fazer isso. Eles vão tentar te forçar a mudar o final. Eles vão tentar te forçar a definir um lugar e um tempo.”

Você tem algum ritual de escrita, um lugar específico em sua casa ou uma hora do dia em que gosta de escrever?

Eu geralmente escrevo quando todos estão dormindo para que eu possa me concentrar.

Como você caminha na linha entre ser uma artista e ser alguém que tem uma voz que as pessoas ouvem em certas questões políticas?

Eu não sou uma artista em primeiro lugar, eu sou uma mãe. E eu sou alguém que tentou ter uma educação melhor sobre política externa. Eu penso na quantidade de vezes que fui resumida em: “Você é uma artista, mas você também usa sua voz”. Mas sinto que se trata de apenas ser uma pessoa. Estou tentando entender o que está acontecendo em nosso mundo, por que tantas coisas são do jeito que são. Estou tentando entender como ser uma melhor guia para meus filhos, para ter certeza de que eles serão boas pessoas. Eu não sinto que estou fazendo o suficiente. Então, quando você diz, “Você usa sua voz”, eu sinto que ainda existem tantas coisas que eu não sei muito bem como fazer ou dizer neste momento.

Quando seus filhos crescerem, você vai ficar em Los Angeles?

Eu cresci nesta cidade. Estou aqui porque tenho que ficar em razão do divórcio, mas assim que eles tiverem 18 anos, poderei ir embora. Quando você tem uma grande família, você quer que eles tenham privacidade, paz, segurança. Agora tenho uma casa para criar meus filhos, mas às vezes este lugar pode ser… Aquela humanidade que encontrei ao redor do mundo não é a mesma com a qual cresci aqui. Depois de Los Angeles, pretendo passar muito tempo no Camboja. Passarei um tempo visitando meus familiares onde quer que eles estejam no mundo.

Nós do público, sentimos que conhecemos você. Talvez tenhamos passado por algo que você também viveu e tenha falado sobre publicamente — câncer de mama, a perda de sua mãe. Como é ter pessoas expressando essas conexões com você?

É uma das coisas mais legais — talvez a única coisa legal — sobre ser uma pessoa pública, a conexão com outras pessoas. Percebi isso quando entrei neste negócio fazendo filmes como “Gia” ou “Garota, Interrompida”, nos quais expressei muito da minha loucura e da minha dor. Quando as pessoas se conectavam a isso, eu me sentia menos sozinha. Então, se alguém fala comigo sobre ter passado por um câncer de mama ou sobre ter perdido um dos pais, eu me sinto mais profundamente conectada com outro ser humano. Entrar em uma sala cheia de pessoas que você não conhece e saber que tem muito em comum porque, de alguma forma, você esteve na casa delas pela televisão, fez os filhos delas rirem ou porque elas sabem de algo pessoal seu, é muito legal.

Posso perguntar qual é o status do seu divórcio?

Não.

O que você faz quando está relaxando? Na minha casa, eu peço comida tailandesa e assisto TV. Não consigo imaginar qual é a sua versão disso.

Se alguém quer assistir TV e pedir comida tailandesa, eu sou a primeira a vestir umas meias peludas e sentar ao lado. Gosto de estar com pessoas que amo. Não sou alguém que implora para ficar sozinha. Não sou aquela pessoa que pensa: “Ah, queria poder ficar sozinha para poder ter meus prazeres secretos”. Porque geralmente meu prazer secreto é estar com alguém. Adoro fazer algo que deixa as pessoas que amo felizes. Isso realmente me faz feliz.

Quais são seus amigos mais próximos? Quem é a pessoa para quem você liga às 3 da manhã?

Eu realmente não tenho esse tipo de relacionamento. Talvez porque perdi minha mãe muito jovem. Talvez por conta do trabalho. Talvez, por ser alguém que foi que muito traída. Eu não tenho muitos desses relacionamentos calorosos e próximos nos quais eu me apoio. Mas eu tenho alguns e alguns são o suficiente. Loung Ung [ativista de direitos humanos cambojana-americana] é uma das minhas amigas mais próximas. Minha mãe era muito próxima de mim, mas eu a perdi. Tive alguns amigos ao longo dos anos que não estiveram ao lado da minha família nas horas de necessidade. Tenho algumas pessoas em quem confio. E com quem Maria Callas morreu? Com duas pessoas de confiança.

O que você ainda quer fazer profissionalmente?

Há alguns projetos maiores de direção que levariam mais tempo e que eu ainda não consegui fazer. O que está na minha mesa agora, é um grande projeto épico sobre a história maravilhosa de [fotojornalista britânico] Don McCullin. De muitas maneiras, é sobre a ascensão e queda do jornalismo. Don é um homem extraordinário. Ele ainda está por aí, se tornou um amigo e é incrível pelo o que viu. Eu adoraria passar um tempo, traçar seus passos e talvez aprender mais. Sou uma péssima aluna. Se eu tiver que apenas ler algo, não consigo entender nada. Mas se eu vivenciar ou conhecer a pessoa, então eu consigo entender. Eu também ainda quero interpretar uma vilã.

E quanto à Malévola? Ela é uma vilã.

Ela é a “mocinha”. Minhas vilãs acabam sendo boas. Suponho que todo vilão geralmente é apenas alguém em sofrimento. Para ser honesta, seria legal fazer algo talvez um pouco mais leve. Para que meus filhos possam me ouvir rir um pouco mais. Como artista, há uma parte de mim que gostaria de encontrar uma forma de fazer as pessoas sorrirem.

Esta matéria estará disponível na edição de 4 de setembro da revista The Hollywood Reporter.

• Fonte: The Hollywood Reporter

 


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Eventos/ Maria

Angelina Jolie divulga Maria no Festival de Veneza

29 de agosto de 2024

Nesta quinta-feira, dia 29 de Agosto de 2024, nossa musa inspiradora – Angelina Jolie – participou de diversos eventos para divulgar seu mais novo filme, “Maria”, durante a 81ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, na Itália.

Pela manhã, a atriz foi fotografada quando chegava ao Hotel Excelsior para partcipar de uma entrevista na companhia do diretor, Pablo Larraín. Em seguida, ela marcou presença em uma Photocall Promocional e Coletiva de Imprensa do filme ao lado do elenco.

Para a ocasião, ela elegeu um vestido longo, preto e sem mangas de Saint Laurent, que destacou as joias Cartier, em especial o broche Panthère, com uma pantera de ouro e esmeralda no lugar dos olhos, colocada sobre uma pedra preciosa de calcedônia branca esculpida, feito em 1971 – joia do acervo pessoal da própria Maria Callas e usada pela estrela nas gravações do filme.

Por fim, no final da tarde Jolie compareceu à Premiere do longa que aconteceu na Sala Grande, principal palco do festival. No evento, ela usou um vestido da marca Tamara Ralph de cor nude, sem alças, personalizado com uma estola de pele cobrindo os ombros. Seu cabelo loiro foi penteado em um visual lateral, enquanto seu glamour era igualmente simplista – exceto pelos lábios vermelho ousados que combinavam com o esmalte de suas unhas.

De acordo com diversos vídeos compartilhados através das redes sociais, Jolie ficou extremamente emocionada ao ser aplaudida em pé pela plateia durante 8 minutos, após a exibição do longa. Compartilhamos um desses vídeos em nosso Instagram.

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Capturas/ Itália

Angelina Jolie é fotografada em Veneza

29 de agosto de 2024

Na tarde desta quarta-feira, dia 28 de Agosto de 2024, nossa musa inspiradora – Angelina Jolie – foi flagrada pelos paparazzis de plantão quando saía do hotel onde se encontra hospedada e entrava em um táxi aquático na cidade de Veneza, na Itália.

Posteriormente, a atriz foi novamente fotografada quando deixava um edifício e caminhava em direção ao barco.

Jolie está na cidade italiana para participar da estreia do filme “Maria” que acontecerá na noite desta quinta-feira (29) durante o Festival Internacional de Cinema de Veneza.

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Candids » 2024 » 28/08/24 (70x)
Candids » 2024 » 28/08/24 #2 (50x)
Atriz/ Filmes/ Maria/ Vídeo

Primeira cena de “Maria” é finalmente liberada

28 de agosto de 2024

Na manhã desta quarta-feira, dia 28 de Agosto de 2024, foi divulgada a primeira cena (clip) do mais novo filme estrelado por Angelina Jolie, “Maria”.

O breve trecho do filme traz Jolie interpretando a cantora Maria Callas em uma conversa com seu mordomo, Ferruccio, que é interpretado pelo ator italiano, Pierfrancesco Favino.

Com base em relatos reais, “Maria” contará a tumultuada, bela e trágica história de vida da maior cantora de ópera do mundo – Maria Callas – revivida e re-imaginada durante seus últimos dias na cidade de Paris dos anos 1970.

A estreia do filme acontecerá na noite desta quinta-feira (29) durante o Festival Internacional de Cinema de Veneza. O longa, que é dirigido por Pablo Larraín, também foi selecionado para concorrer na competição e disputar o cobiçado Leão de Ouro.

A cena foi traduzida exclusivamente pelo Angelina Jolie Brasil e as capturas já foram adicionadas em nossa Galeria. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso ao álbum.

Vídeo:


 

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Filmes » Atriz » 2024 – Maria » Capturas Trecho #1 (30x)
Candids/ Itália

Angelina Jolie aterrissa em Veneza para Festival

27 de agosto de 2024

Na manhã desta terça-feira, dia 27 de Agosto de 2024, nossa musa inspiradora – Angelina Jolie – finalmente aterrissou em Veneza, na Itália, para participar do Festival Internacional de Cinema de Veneza.

A atriz de 49 anos está na cidade para divulgar seu mais recente drama biográfico “Maria”, que estreará no evento na noite de quinta-feira, dia 29 de agosto.

Jolie foi fotografada deixando o Aeroporto Internacional Marco Polo usando um sobretudo cáqui com cinto que cobria um vestido longo de cor preta, óculos escuros, botas pretas e cabelo solto sobre os ombros.

Em seguida, ela foi novamente fotografada quando chegava em um hotel onde permanecerá hospedada até o final da semana.

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Candids » 2024 » 27/08/24 (50x)
Candids » 2024 » 27/08/24 #2 (20x)
Atriz/ Maria/ Maria Callas

Em Maria, Jolie e Larraín dão vida a um ícone da ópera

23 de agosto de 2024

Na tarde desta sexta-feira, dia 23 de Agosto de 2024, a revista Vanity Fair compartilhou em seu website oficial uma matéria exclusiva sobre o mais novo filme dirigido por Pablo Larraín e estrelado por Angelina Jolie, “Maria”.

A revista também publicou duas novas fotos dos bastidores do filme registradas pelo filho da atriz, Pax Jolie-Pitt. Confira o artigo traduzido na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil.

Escrito por David Canfield

A atriz ganhadora do Oscar, Angelina Jolie, treinou por mais de seis meses para interpretar a lendária cantora de ópera, Maria Callas. Seu diretor, Pablo Larraín, detalhou como foi essa preparação exaustiva e aterrorizante — e como isso resultou no filme mais pessoal de sua carreira.

Larraín esteve com Jolie algumas vezes ao longo dos anos e esperava um dia poder fazer um filme com ela. Em 2021, assim que ele encerrou a pós-produção de “Spencer” – seu retrato desorientado da Princesa Diana – o diretor chileno encontrou o projeto certo.

“Falei com Angie e disse: Olha, eu gostaria de fazer um filme com você. Não vou te dizer o que é, mas por favor, assista Spencer”, me contou ele.

Larraín alugou uma sala de exibição no lote da Paramount para que Jolie pudesse assistir o filme com Kristen Stewart em uma atuação indicada ao Oscar, e aguardou a reação de Jolie. Ela assistiu, ligou para ele, delirou e delirou, e disse que queria trabalhar junto com ele. Larraín não hesitou em sua resposta e perguntou: “Você interpretaria Maria Callas?”

Jolie ficou surpresa. Ela levou alguns dias para pensar sobre isso. Ela tinha acabado de ser convidada para interpretar uma das cantoras de ópera mais renomadas do século XX por um cineasta conhecido por criar estudos de personagens emocionalmente intensos, implacáveis e oníricos. No entanto, no momento em que disse sim, ela se apaixonou pela ideia. E assim “Maria”, com estreia marcada para a próxima semana no Festival de Cinema de Veneza, tomou forma.

O roteirista de Spencer, o indicado ao Oscar Steven Knight, também escreveu o roteiro de “Maria” já sabendo que Jolie interpretaria o papel. Larraín, que cresceu indo à ópera na cidade de Santiago com sua mãe, mergulhou na voz de Callas e criou um “mapa musical” para o filme, com seu trabalho fornecendo toda a paisagem sonora. E Jolie começou seu próprio treinamento, que durou mais de seis meses no total — e resultou em uma performance decisiva, culminante e ocasionalmente impressionante.

Larraín descreveu “Maria” como a conclusão de sua trilogia de cinebiografias sobre mulheres históricas e icônicas. “Maria”, “Spencer” e o filme que originou esta série, “Jackie” — no qual Natalie Portman interpretou a primeira-dama logo após o assassinato de JFK — todos mostram suas personagens principais em momentos de profunda angústia interna, enquanto o mundo examinava cada um de seus movimentos. “Maria” se passa na cidade de Paris dos anos 70, perto do fim da vida de Callas (ela morreu de ataque cardíaco aos 53 anos).

“Ela se tornou a soma das tragédias que interpretou no palco. O filme é sobre alguém que, depois de dedicar sua vida ao público ao redor do mundo que a ouvia, decide encontrar sua própria voz, sua própria identidade e, finalmente, fazer algo só para si mesma,” diz Larraín.

Callas não é, é claro, tão famosa quanto Jackie ou Spencer e o filme se preocupa em apresentá-la para os espectadores menos informados. Nascida em Nova York, filha de imigrantes gregos, Callas cresceu na pobreza e cantava a mando de sua mãe por dinheiro, antes de suas habilidades singulares como soprano iniciassem sua carreira na Itália.

Ela lutou contra problemas de saúde física e mental durante toda a sua vida, enquanto impulsionava a ópera no imaginário popular, em meio à sua guinada para círculos elitistas. (Como o filme demonstra, pelo menos na Paris dos anos 70, ela era muito famosa.)

Gravado por Edward Lachman (indicado ao Oscar no início deste ano por “El Conde”, de Larraín), “Maria” alterna entre impressionantes fotografias coloridas no presente, enquanto nossa relutante heroína retorna às aulas de canto em meio a rumores de um retorno, e flashbacks em preto e branco que mostram Callas no auge de seu talento, enquanto estava profundamente envolvida em seu caso de amor com Aristóteles Onassis (Haluk Bilginer), o magnata da navegação que, em uma bela narrativa de círculo completo de Larraín, acabou deixando Callas para se casar com Jackie Kennedy.

A abordagem de Jolie para sua personagem é ao mesmo tempo comovente, errática e imponente, exibindo uma compreensão do desespero de Callas em se recuperar antes que seja tarde demais.

“Esta é a maior diva do século XX, e quem poderia interpretá-la? Eu não queria trabalhar com alguém que não tivesse passado por isso. Eu precisava de uma atriz que fosse naturalmente e organicamente aquela diva, que carregasse aquele peso, fosse aquela presença. E Angelina estava lá,” disse Larraín

Ele descreveu a preparação da atriz como “muito longa, muito particular e muito difícil”. Ela trabalhou na postura. Ela estudou a respiração. Ela desenvolveu um sotaque condizente com uma mulher do mundo e de outro nível de fama. Então vieram as aulas de canto.

Sim, essa é realmente Angelina Jolie cantando, embora não apenas ela. Larraín e sua estrela trabalharam em estreita colaboração com o vencedor do Oscar, John Warhurst (“Bohemian Rhapsody”) que, como Larraín colocou, “dedicou sua vida para os atores que cantam em filmes”, para criar gravações inovadoras e sintetizadas.

Ao longo de meses, Jolie aprendeu a cadência de seu tema e suas assinaturas. Eventualmente, ela chegou ao ponto em que ouvia as óperas em um fone de ouvido enquanto as cantava ela mesma. Larraín e Warhurst gravavam a performance de Jolie e depois a misturavam com a de Callas. “Você sempre ouve Angelina e sempre ouve Maria Callas”, como Larraín coloca. “Quando ouvimos Maria Callas em seu auge, a maior parte do som é Callas — 90%, 95% — e quando ouvimos Callas mais velha e no presente, quase tudo é Angelina.” Vale a pena notar: a maior parte do filme se passa no presente.

Larraín descreve tarefas aparentemente contraditórias. Um: “Como você pode fazer um filme sobre Maria Callas sem usar a voz dela? Você não pode.” E dois: “Você não pode fazer um filme como esse com uma atriz que não está realmente cantando.” Não é karaokê, ele enfatiza. “Isso é real — foi muito assustador para ela, mas ela fez.” Quando eles finalmente começaram a filmar, Larraín percebeu o quão fundo sua estrela tinha ido — apropriado, talvez, dada a crueza do material e a extensão do treinamento que Jolie completou antes de realmente ser capaz de fazê-lo.

Algumas semanas depois, Larraín parou de dar instruções a Jolie. A melhor direção era o silêncio; a melhor nota era nenhuma nota. “Foi tão verdadeiro, nós apenas continuamos gravando e deixamos que ela fizesse o que queria”, ele diz. “Ela deixava você entrar quando ela queria e ela podia criar uma distância onde ela queria. Foi uma dança de vulnerabilidade.”

Larraín adotou uma abordagem prática incomum em seus sets: ele atua como seu próprio operador de câmera. Então, mesmo quando ele dava espaço para Jolie, eles estavam conectados. “Foi muito íntimo porque este é um filme em que a câmera geralmente está muito perto dela — então estávamos juntos o tempo todo”, diz Larraín. “Às vezes, ela me sentia. Nós completávamos uma tomada e ela olhava para mim, do mesmo jeito que eu olhava para ela.” Ele chamou a dinâmica deles de “sensorial”.

Coroando a trilogia improvisada de Larraín, “Maria” é o mais profundamente sensível e totalmente realizado dos filmes. O crédito certamente vai para a reviravolta marcante de Jolie e para o trabalho imaculado do filme — você vai se lembrar enquanto assiste que Lachman, mais conhecido por filmar “Carol” e “Far From Heaven” de Todd Haynes, é um mestre da cinematografia de época — e a trilha sonora sendo conduzida por uma lenda da ópera imbui “Maria” de uma emoção tremenda.

No entanto, no final das contas, tudo se resume à visão do diretor. A abordagem exigente de Larraín para essas cinebiografias atraiu aclamação da crítica, mas as atrizes principais tendem, inevitavelmente, a devorar toda a atenção (e o reconhecimento de prêmios). Isso deve mudar aqui. Este pode ser o filme mais pessoal que Larraín já fez.

Seu caminho inicial para “Maria” foi enraizado em um desejo antigo de fazer um filme sobre uma artista. “Enquanto ela cantava, ela estava vivendo tudo o que havia passado no palco”, diz Larraín. “É por isso que ela também era muito respeitada, não apenas pela qualidade, pelo tom e pela especificidade de sua voz, mas também pela maneira como ela se apresentava.” Ele diz que capturar isso no filme foi uma exposição. Como?

“Eu me conectei através de como a elaboração do seu trabalho pode às vezes ser devastadora. Mesmo que esta seja a história de uma mulher que viveu dos anos 20 aos 70 e teve uma vida completamente diferente da minha, há uma fragilidade que é inevitável. É impossível se esconder. Ela queimou sua voz e sua vida ao fazer seu trabalho — e acho que eu me queimei um pouco fazendo este filme.”

• Fonte: Vanity Fair

 


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Campanhas Publicitárias/ Tom Ford

Jolie estrela campanha publicitária da Tom Ford

23 de agosto de 2024

Na manhã desta sexta-feira, dia 23 de Agosto de 2024, a renomada marca de cosméticos Tom Ford Beauty anunciou nossa musa inspiradora, Angelina Jolie, como sua mais nova garota propaganda.

A atriz e cineasta norte-americana é o rosto da nova coleção de batons hidratantes da linha Runway Lip Color que será lançada globalmente em distribuição completa no mês de Setembro com 18 tons — dez já existentes e oito novos. A nova coleção também trará lápis labiais que estarão disponíveis em oito tons.

Na campanha, fotografada por Mert Alas e Marcus Piggott, Jolie usa nos lábios o Runway Lip Color na cor 16 Scarlet Rouge, um tom vermelho profundo brilhante.

Por e-mail, a atriz fez um breve comunicado ao website Women Wear Daily dizendo:

“O batom possui cor e textura lindas. Um bom batom vermelho precisa de um pouco mais. É usado com uma certa intenção. Isso foi parte da discussão.”

Mais fotos da campanha serão lançadas em Setembro, seguidas por um vídeo em Outubro que mostrará Jolie estudando para um papel no cinema. Nas redes sociais da marca, as fotos da nova campanha acompanharam a legenda:

“Sempre icônica. Apresentando Angelina Jolie para o novo TOM FORD Runway Lip Color em uma campanha que reúne dois ícones. Uma pioneira inveterada, Jolie conduz sua narrativa pessoal com força, confiança e um compromisso intransigente com a autoexpressão.”

As fotos disponibilizadas até o momento, já foram adicionadas em nossa Galeria. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso ao álbum.

• Fonte: WWD | Harper’s Bazaar Brasil

 

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