Ativista/ Enviada Especial/ TimeToAct/ Trabalho Humanitário

Jolie participa de reunião no Capitólio dos EUA

14 de setembro de 2021

Nesta terça-feira, dia 14 de Setembro de 2021, a cineasta estadunidense e ativista – Angelina Jolie – participou de uma reunião sobre o futuro da “Lei da Violência Contra a Mulher” (Violence Against Women Act), juntamente com a liderança democrata do Senado, no Capitólio dos Estados Unidos, em Washington.

A atriz foi flagrada por diversas pessoas, inclusive pelo fotógrafo Andrew Harnik, quando deixava o local.

Além de atuar como Enviada Especial do Alto Comissariado dos Estados Unidos para os Refugiados (UNHCR / ACNUR), Jolie também é co-fundadora da Iniciativa de Prevenção à Violência Sexual.

Criada em parceria com o ex-ministro britânico de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, em 2012, a iniciativa visa combater o uso do estupro e da violência sexual como uma arma de guerra em zonas de conflitos.

No dia 09 de Setembro, Jolie também marcou presença na exposição artística “Art and Hope at the End of the Tunnel”, que aconteceu no Museu de Arte USC Fisher, na cidade de Los Angeles, Estados Unidos.

Adicionamos várias fotos em nossa Galeria. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso aos álbuns.

Fotos:


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Trabalho Humanitario > 2021 > Reunião no Capitólio dos EUA (26x)
Eventos > 2021 > Exposição de Arte “Art and Hope” (4x)

Atriz/ Disney/ Eternals/ Eternos/ Filmes/ Marvel/ Os Eternos/ Thena

Disney lançará Eternos exclusivamente nos cinemas

11 de setembro de 2021

Nesta última sexta-feira, dia 10 de Setembro, os estúdios da Walt Disney anunciaram que os próximos lançamentos previstos para o ano de 2021 – “Eternos”, “O Último Duelo”, “Amor, Sublime Amor”, “Ron Bugado” e “King’s Man: A Origem” – terão exibições exclusivas nos cinemas antes de serem exibidos nas plataformas digitais.

A decisão é uma vitória clara para o presidente da Marvel Studios, Kevin Feige, que tem falado tanto internamente quanto na imprensa sobre seu desejo de que os filmes da Marvel sejam exibidos exclusivamente nos cinemas.

“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, o primeiro lançamento nos cinemas da Marvel em mais de dois anos, arrecadou US$ 105,9 milhões até a última quarta-feira.

Embora tal valor esteja em um limite inferior comparado às receitas arrecadadas com outros filmes lançados pela Marvel, também significa que “Shang-Chi” já está ultrapassando as receitas de “Viúva Negra”, que gerou $100,7 milhões com sua exibição nos cinemas após a estreia antecipada no Acesso Premium do Disney Plus.

Isso faz de “Shang-Chi” um dos lançamentos de melhor desempenho da era pandêmica e, praticamente, uma dádiva existencial para expositores que precisam desesperadamente de boas notícias. Antes do lançamento de “Shang-Chi”, os executivos da Disney estavam adiando a decisão de lançar “Eternos” no Acesso Premium do Disney Plus.

Em uma teleconferência realizada em Agosto, Bob Chapek (diretor executivo da The Walt Disney Company) se referiu ao lançamento exclusivo de 45 dias de “Shang-Chi” nos cinemas como “um experimento interessante”, quase dizendo que a exibição nos cinemas desse filme – que estreou sob a nova variante delta que continua a aumentar as infecções pelo COVID – determinaria como o estúdio iria seguir em frente com sua estratégia em 2021.

Agora, foi confirmado que “Eternos” irá ter sua estreia exclusivamente nos cinemas no dia 5 de novembro.

Notavelmente, o anúncio da Disney estipulou que sua lista de filmes será exibida apenas nos cinemas por “no mínimo” 45 dias, dando ao estúdio liberdade para estender a exibição de seus filmes, caso se revelem sucessos de bilheteria.

“Após o tremendo sucesso de bilheteria de nossos filmes lançados no último verão, que incluíram cinco dos oito maiores lançamentos domésticos do ano, estamos empolgados em atualizar nossos planos para o cinema com relação ao restante de 2021. À medida que a confiança das pessoas continua a melhorar, esperamos entreter o público nos cinemas,” disse Kareem Daniel, presidente da Disney Media & Entertainment Distribution.

Fonte: Variety

Atriz/ Eternals/ Eternos/ Filmes/ Marvel/ Os Eternos/ Revistas & Scans/ Thena

Eternos são destaque nas capas da revista Total Film

10 de setembro de 2021

Nesta sexta-feira, dia 10 de Setembro de 2021, a revista britânica “Total Film” compartilhou em seu Instagram oficial as capas da edição de nº. 316, que será lançada na próxima quinta-feira, dia 16, revelando que o elenco de “Eternos” será o novo destaque do mês.

A revista também publicou uma imagem oficial exclusiva reunindo todos os novos personagens – que serão inseridos em Novembro no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). Além disso, os protagonistas ainda ganharam capas individuais, destacando os atores em seus respectivos papeis.

O novo filme irá apresentar o grupo de super humanos, criado por alienígenas celestiais, em uma aventura épica que ajudará a salvar o mundo, após passarem anos nas sombras sem interferirem nos eventos corriqueiros anteriormente apresentados no MCU.

Dirigido pela vencedora do Oscar, Chloé Zhao, o longa tem grandes nomes listados em seu elenco, como Gemma Chan, Tchard Madden, Kumail Nanjiani, Lia McHugh, Brian Tyree Henry, Lauren Ridloff, Barry Keoghan, Don Lee, Salma Hayek e Angelina Jolie.

“Eternos” tem estreia marcada para o dia 5 de novembro nos cinemas. Confira abaixo as capas inéditas da revista!

Texto: Nerd Site

Fotos:

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• Revistas & Scans > 2021 > Total Film (16x)
• Filmes > Atriz > 2021 – Eternos > Imagens Oficiais (2x)

Ativista/ Entrevistas/ Vídeo/ Vídeo Conferências

Jolie conversa com jovens ativistas africanas

6 de setembro de 2021

Angelina Jolie, o jornal “Mail & Guardian” e a Anistia Internacional trabalharam em uma colaboração para o lançamento do livro “Know Your Rights and Claim Them” (Conheça Seus Direitos e Reivindique-os, tradução literal, não título oficial).

A atriz, cineasta e humanitária estadunidense co-escreveu o livro juntamente com Geraldine Van Bueren QC, com o objetivo de fornecer às crianças o conhecimento de que precisam para lutar por seus direitos e contra as desigualdades.

Milhões de crianças são marginalizadas e crescem em sociedades que não as reconhecem como membros ativos. O livro reúne histórias de jovens de todo o mundo que são ativistas e estão liderando a mudança em nosso mundo.

Nesta colaboração, Jolie entrevista duas jovens ativistas, a sul-africana Zulaikha Patel e Aisha Saleh, da Nigéria, sobre seus ativismos, triunfos e posições.

Existem responsabilidades onde existem direitos. Jolie e Van Bueren, através de “Know Your Rights and Claim Them”, são as autoras do livro na esperança de ver um futuro em que mais crianças possam defender seus direitos ou os direitos de outras pessoas.

Fonte: Mail & Guardian

 

Vídeos:

Capturas:

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• Entrevistas > 2021 > Mail & Guardian (20x)

Ensaios Fotográficos/ Entrevistas/ Photoshoots/ Revistas & Scans

Jolie concede entrevista para o The Guardian – Pt. 2

5 de setembro de 2021

Neste sábado, dia 04 de Setembro de 2021, o jornal britânico “The Guardian” publicou em seu website oficial uma extensa entrevista exclusiva com nossa musa inspiradora, Angelina Jolie. Confira a segunda parte da matéria traduzida na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil e veja as scans em nossa Galeria!

Fotos por Mary Rozzi
Styling por Jason Bolden
Cabelo por Renato Campora
Maquiagem por Francesca Tolot
Escrito por Simon Hattenstone

Aos sete anos, Jolie fez sua estreia no cinema no filme “Lookin ‘To Get Out”, dirigido por Hal Ashby, interpretando a filha do personagem de Voight. Aos 16 anos, ela foi modelo de trajes de banho e, aos 20, estrelava “Hackers – Piratas de Computador” ao lado de seu futuro marido, Jonny Lee Miller. Em 2000, aos 24 anos, ela ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante pela interpretação visceral de uma paciente psiquiátrica no filme “Garota, Interrompida”.

Em 2013, Jolie ganhou cerca de US$33 milhões, principalmente através de seu contrato com a marca Louis Vuitton e, posteriormente, interpretando o papel de Malévola, no filme de mesmo nome lançado em 2014. Sua escolha de papéis sugere que ela atua, primeiramente, pelo dinheiro, mas Jolie também participa de filmes de qualidade ímpar (ela foi ótima interpretando o papel de Mariane Pearl, esposa do repórter Daniel Pearl, no filme “O Preço da Coragem”, apesar da polêmica gerada pelo fato de uma mulher branca ter interpretado uma mulher mestiça).

Antes de se separar de Pitt, ela estava se estabelecendo como cineasta. “First They Killed My Father”, o último filme que ela fez como diretora (lançado em 2017), é um retrato assombroso das vidas das pessoas sob o comando do Khmer Vermelho, no Camboja, no qual ela induziu performances excepcionais e discretas de seus atores – especialmente as crianças. Desde então, sua carreira ficou em segundo plano, pois ela se dedicou a ser mãe em tempo integral.

Ela sente que seus direitos sempre foram respeitados? “Hmm. Está é uma boa pergunta para terapia.” Ela faz uma pausa. “Acho que minha mãe fez muito para garantir meus direitos e me capacitar. Mas você sabe, comecei a trabalhar muito jovem para ajudá-la a pagar as contas e outras coisas. Não sabia como eu merecia ser tratada como jovem e como ser humano. Não sentia que havia nascido com esses direitos e proteções. Sempre achei que essas eram coisas pelas quais você tinha que exigir ou lutar e que, às vezes, seria vista como uma pessoa difícil caso as cobrasse.” Você é vista como difícil? “Eu certamente desafiarei quem estiver no meu caminho para fazer tudo o que eu acho que precisa ser feito.”

Quando foi a primeira vez que você se sentiu suficientemente desrespeitada na indústria cinematográfica a ponto de mandar alguém se foder? “Erm… bem, não é nenhuma surpresa, com Harvey Weinstein. Trabalhei com ele quando era jovem.” Ela tinha 21 anos quando trabalhou no filme da Miramax, “Corações Apaixonados”, produção executiva do infame predador sexual e estuprador condenado. Ela diz que as mulheres, muitas vezes, minimizam um abuso quando conseguem escapar dele – como ela fez na época. “Se você sair da sala, você acha que ele tentou, mas não conseguiu, certo? A verdade é que a tentativa e a experiência da tentativa já é um abuso”.

O que aconteceu? “Eu realmente não quero descarrilar o livro contando histórias sobre Harvey.” Mas foi um abuso de direitos? “Sim. Foi algo além de uma coisa passageira, foi algo de que eu precisei escapar. Eu me afastei e avisei as outras pessoas sobre ele. Lembro-me de contar para o Jonny, meu primeiro marido – que era ótimo nisso – para espalhar a notícia para outras pessoas – disse para não deixar as meninas ficarem sozinhas com ele. Fui convidada para trabalhar no filme “O Aviador”, mas recusei porque ele estava envolvido. Nunca mais me associei ou trabalhei com ele. Foi difícil para mim quando Brad o fez.”

Em 2009, Pitt estrelou “Bastardos Inglórios”, dirigido por Quentin Tarantino e co-produzido pela “Weinstein Company”. Em 2012, ela diz que Pitt contratou Weinstein para trabalhar como produtor do thriller “O Homem da Máfia”, que a Weinstein Company posteriormente distribuiu. Ao fazer isso, Jolie sentiu que ele estava minimizando o abuso sexual que ela havia sofrido. “Nós brigamos por isso. Claro que doeu”, disse Jolie sobre Pitt ter ficado feliz em trabalhar com Weinstein, apesar de saber que ele havia abusado dela. Ela evitou comparecer aos eventos promocionais do filme.

Neste momento, Jolie está bebendo algo de uma garrafa enquanto conversa comigo. O que é? “É kombuchá. Não é álcool – não ainda!” Ela ri e toma outro gole. Eu pergunto se seus filhos estão interessados em ativismo. Ela me diz que eles são todos muito diferentes, mas que é difícil para eles não serem por causa da forma como a família surgiu.

“Grrrrrrrrrrrrr,” Dusty rosna.

“Dentro do entendimento de que eles são todos membros de uma mesma família, existe uma grande consciência que teve que nascer durante todos esses anos, em que eles cresceram juntos, aprendendo um com o outro, conversando sobre adoção, raça e família. Tiveram que escutar pessoas perguntarem: ‘Como vocês podem ser irmãs? Vocês não são da mesma cor’, quando eram crianças, por exemplo. Eles foram para os países uns dos outros, onde eram a única pessoa da mesma origem naquele país, e se sentiram como se fossem de fora, mas ainda assim da mesma família.”

Pergunto a Jolie se ela sempre quis adotar. Não, ela diz que quando ela estava crescendo, não queria filhos. “Eu nunca quis ser babá, nunca tive bonecas, então é hilário que terminei com seis filhos.” O que você tinha em vez de bonecas? “Eu gostava de brincar de escritório. Então, no final da minha adolescência, entendi o que era a adoção e a ideia de que existiam crianças em todo o mundo que haviam se tornado órfãs, aquilo simplesmente fez todo sentido para mim. Eu nunca tive essa ideia de ‘meu próprio sangue’”. Apesar de ter dado à luz a três filhos com Pitt, a genética nunca lhe interessou. “Sempre formamos uma família por estarmos juntos e crescermos juntos, certo?” Ela frequentemente conclui uma frase com a palavra “certo?” – que é, em parte pergunta, e em parte declaração.

Em 2013, Jolie escreveu um artigo para o jornal “New York Times” revelando que ela havia se submetido a uma dupla mastectomia preventiva, pois é portadora de uma mutação genética no gene “BRCA1″, que matou sua mãe e que colocou Jolie em um alto risco de desenvolver câncer de mama e ovário. Dois anos depois, ela escreveu outro artigo anunciando que também havia se submetido a uma cirurgia para remover os ovários e as trompas de falópio. Foi inédito ouvir uma celebridade de Hollywood, no auge de sua carreira, abordando essas questões. Mas isso provou ser um desafio. Um ano depois, através de um relatório publicado no Reino Unido, descobriu-se que a decisão de Jolie de falar em público sobre sua dupla mastectomia, gerou uma duplicação no número de testes genéticos que avaliam o risco de câncer de mama.

Ir a público é uma forma de ativismo? Eu pergunto. Bem, ela diz que certamente não usaria essa palavra. Na verdade, acrescenta, ela raramente usa a palavra para isso. Foi apenas uma forma que encontrei de dizer às pessoas: ‘Se a cirurgia preventiva fez sentido para mim, será que pode fazer sentido para você também?’ Ao longo da minha vida, nunca tive a confiança de que, se eu fizer alguma coisa, fará a diferença para alguém. Eu não penso em mim dessa forma. Era apenas eu pensando: Se minha mãe tivesse ficado sabendo disso, fizesse essa cirurgia e tivesse lido um artigo de opinião como este, ela ainda poderia estar viva. Portanto, eu realmente senti que deveria escrever aquilo, porque talvez a mãe de alguém vá ler.”

Digo a ela que acho fascinante a maneira polarizada como ela é retratada – seja como uma santa ou como uma louca, uma arqui manipuladora. (foi sugerido que ela estaria lutando pela custódia dos filhos simplesmente porque quer se mudar da América – algo que ela nega.) “Acho que as pessoas, às vezes, só precisam de alguém que seja aquilo o que elas querem que seja. O que importa, para mim, é que se as pessoas pensarem isso ou aquilo sobre mim, vai afetar minha capacidade de lutar pelos direitos das crianças? Isso vai afetar minha capacidade de trabalhar com o Muhammad e de ajudá-lo? Se você realmente acha que sou louca, isso é um problema, porque você pode não ouvi-lo da forma que deveria e pode não me dar valor quando digo o quão importante ele é ou este livro é.”

Enquanto ela fala, noto como ela parece cansada. Embora se recuse a discutir detalhes sobre seu divórcio, ela disse que a experiência foi traumática e a deixou se sentindo “quebrada”. O que os últimos cinco anos tiraram dela? Há uma longa pausa. Ela segura o rosto com as mãos e parece prestes a cair no choro. “Quero dizer, de certa forma, foi a última década. Existem muitas coisas que não posso dizer”, repete ela. “Eu acho que, no final do dia, mesmo que você e apenas algumas pessoas que você ama, sejam os únicos que sabem a verdade sobre sua vida, sabem pelo o que você lutou, ou sobre o que você sacrificou, ou o que você sofreu, você está em paz com isso, independentemente do que esteja acontecendo ao seu redor.”

Foi difícil sair de tudo isso em paz consigo mesma? “Eu ainda não consegui sair disso”, diz ela calmamente. Suponho que o que estou perguntando de forma desajeitada é: Como você está? Ela parece ainda mais chateada. “É realmente difícil de responder.” Outra pausa. “Como eu estou? Estou percebendo que às vezes você pode sobreviver às coisas, mas não sabe como se sentir e viver da mesma maneira. Portanto, é mais sobre estar aberta. Estou realmente tentando ser aberta como ser humano novamente.”

Descobrir que a Convenção Sobre os Direitos da Criança não foi ratificada pelos Estados Unidos deu a ela um senso de propósito: em vez de simplesmente lutar por seus filhos, ela pode se ver com uma causa ainda maior relacionada aos direitos humanos. Ela está tentando dar um toque positivo à sua situação. “Tem sido tão horrível que quase tenho que ver como uma dádiva estar em uma posição de ser capaz de lutar contra este sistema. Não começou com aquela violação [o incidente do avião]. É muito mais complicado do que isso.” Ela diz que a falta de ratificação da Convenção teve um impacto significativo em sua batalha: “Meu filho de 17 anos, por exemplo, teve sua voz negada no tribunal”.

Jolie é complexa e às vezes contraditória. Ela me diz que quer falar sobre tudo isso; no minuto seguinte, ela muda de ideia. “Não é que eu quero falar sobre determinada coisa, porque, na verdade, eu só quero que minha família seja curada. E eu quero que todos sigam em frente – todos nós, incluindo o pai deles. Eu quero que nos curemos e tenhamos paz. Sempre seremos uma família.” Não é apenas Jolie que é complexa; é a situação. É difícil ver como, até mesmo ela, poderia continuar com sua alegação de violência doméstica e conseguir chegar a uma solução pacífica.

Quando menciono como ela parece chateada, ela admite que estava realmente mais emotiva desde que viu o Talibã invadir a cidade de Cabul. “Esta manhã, eu chorei muito pensando no Afeganistão. Este país esteve no começo para mim, 20 anos atrás – aquelas primeiras viagens quando você conhece pessoas e realmente se conecta. Você conhece crianças pequenas, vê as promessas feitas, os esforços feitos, a confiança dada, vê tudo, então você os vê sendo colocados em caminhões para serem enviados de volta e, agora, você os vê em Cabul, nas escolas, e você fica com uma sensação de dor, medo, morte, horror, traição e trauma. É nojento. Diz muito sobre o mundo em que vivemos hoje. Diz muito sobre onde estamos.”

Mas, ao mesmo tempo, isso a faz pensar em Muhammad e nos três outros ativistas que conhecemos, lutando ferozmente por um mundo melhor. Isso a faz pensar em todas as negociações terríveis que os políticos fazem que levam a resultados como o Afeganistão. Isso a faz pensar em quando ainda era jovem, recusando-se a ceder às convenções e em todas aquelas pessoas que a rejeitaram nos anos seguintes, por acreditar que a justiça e a humanidade podem vencer, em vez da realpolitik. “Não”, ela diz, com sua autoconfiança restaurada, “eu não sou louca”.

Fonte: The Guardian

 

Fotos:

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Ensaios fotograficos (Photoshoots) > 2021 > Mary Rossi (4x)
Revistas & Scans > 2021 > Guardian Weekend (11x)

Ensaios Fotográficos/ Entrevistas/ Photoshoots/ Revistas & Scans

Jolie concede entrevista para o The Guardian – Pt. 1

4 de setembro de 2021

Neste sábado, dia 04 de Setembro de 2021, o jornal britânico “The Guardian” publicou em seu website oficial uma extensa entrevista exclusiva com nossa musa inspiradora, Angelina Jolie. Confira a primeira parte da matéria traduzida na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil e veja as scans em nossa Galeria!

Fotos por Mary Rozzi
Styling por Jason Bolden
Cabelo por Renato Campora
Maquiagem por Francesca Tolot
Escrito por Simon Hattenstone

Angelina Jolie está sentada de frente para sua escrivaninha, com suas costas retas e bastante majestosa. Seus traços são de uma beleza cartunesca – cabelo escuro liso, maçãs do rosto vertiginosas, enormes olhos azuis e lábios parecidos um sofá vermelho rechonchudo. Ela está conversando no “Zoom” com mais quatro jovens ativistas. É um dia horrivelmente apropriado para falar sobre os direitos humanos – o Talibã acaba de tomar a cidade de Gázni enquanto se aproxima de Cabul, a capital do Afeganistão.

Se estivéssemos assistindo um filme, você poderia suspeitar que Jolie estava interpretando uma líder divina falando com um pequeno grupo de pessoas afortunadas. No entanto, logo fica claro que as coisas não são exatamente o que parecem. A atriz e diretora de cinema é quem estava maravilhada, não os ativistas.

Os jovens falavam sobre o trabalho que têm feito em conscientizar as pessoas sobre a carnificina na Síria, sobre a crise ambiental, sobre os direitos dos transexuais e sobre a pobreza alimentar. Jolie fica atenta a cada palavra. Ela conta que eles inspiraram seus filhos, que seguem seus trabalhos, adverte-os contra o esgotamento, pede desculpas pelas falhas de sua geração e diz como está honrada em conhecê-los.

Na noite seguinte, apenas Jolie e eu estamos conversando no “Zoom”. Ao fundo, posso ouvir as crianças brincando. Nossa conversa é frequentemente interrompida pelo rugido feroz de seu rottweiler, Dusty, que parece acreditar que é um leão. Foi um dia ainda mais deprimente para os direitos humanos – o Talibã invadiu Cabul e derrubou o governo do Afeganistão. Jolie diz que a única coisa que lhe dá esperança são os jovens com quem tínhamos conversado na noite anterior. “Eles falam sobre essas questões, sobre o que é moralmente certo e decente, com mais urgência e consciência do que qualquer político, diplomata ou ONG com quem trabalhei.”

Ela diz que não consegue parar de pensar em Muhammad Najem, um jovem de 19 anos que, literalmente, gritou de cima dos telhados sobre o cerco do regime sírio à sua cidade natal, na região de Ghouta oriental. Depois que seu pai foi morto, há quatro anos, em um ataque aéreo à mesquita onde ele estava orando, Muhammad e seu irmão esperaram o fim do bombardeio, filmaram a carnificina de cima do telhado e documentaram o sofrimento dos sobreviventes.

Ele e sua família logo se tornaram alvos do governo e fugiram para a Turquia, de onde ele estava conversando conosco. Não foi apenas sua coragem que foi notável; era o calor de seu sorriso, seu gosto pela vida, apesar de tudo o que viu. Desde a última vez que conversamos, Jolie fez novamente uma chamada no “Zoom” com Muhammad e mais uma garota que está fazendo campanha contra a pobreza no período menstrual.

“O relacionamento dele com aquela adolescente e o ativismo dela estavam mais afinados do que quase qualquer homem que eu conheci”, disse Jolie. Concordamos que a clonagem de Muhammad pode ser a resposta para a paz mundial. “Ele é um homem evoluído!” disse Jolie. “Grrrrrrrrr!” Dusty rosna ao fundo, aparentemente concordando.

Jolie passou os últimos 20 anos fazendo campanha pelos direitos humanos, primeiro como Embaixadora da Boa Vontade e depois como Enviada Especial do Alto Comissário da ONU para os Refugiados. Ela realizou mais de 60 missões de campo, invariavelmente com um bloco de notas e uma caneta nas mãos, conversando com pessoas deslocadas pela guerra e perseguição em países como Síria, Serra Leoa, Iraque e Afeganistão.

Agora Jolie, 46, escreveu um livro juntamente com a advogada dos direitos da criança, Geraldine Van Bueren, e com a Amnistia Internacional, chamado “Know Your Rights and Claim Them” (Conheça Seus Direitos e Reivindique-os), um guia para jovens que recebeu o título de uma canção da banda “The Clash”, que também está tatuada nas costas de Jolie. O livro apresenta todos os direitos das crianças de acordo com a Convenção das Nações Unidas Sobre os Direitos da Criança, ratificada por 196 países. Explica como reivindicá-los e oferece conselhos dos jovens que o fizeram.

“Know Your Rights and Claim Them” aborda todas as grandes questões de uma forma acessível – desde os direitos à vida, dignidade, saúde, igualdade, à não discriminação, justiça criminal, a um lugar seguro, liberdade de pensamento e expressão, privacidade, protesto pacífico, brincar, educação, o direito a proteção contra danos e à violência armada. Pergunto a Jolie por que ela decidiu escrever o livro.

“Eu conheci muitas crianças que vivem com o efeito da violação de seus direitos – pessoas deslocadas, jovens vítimas de estupro. Eu não conseguia entender por que elas ainda lutavam por coisas básicas, que são seus direitos para começo de conversa. Isso me deixou com muita raiva. Como vamos resolver alguma coisa se não estamos nem tratando disso, certo?” A explicação dela é fluente e confiável – e não é surpreendente. Mas a próxima parte é.

“Então eu passei por uma experiência nos Estados Unidos com meus próprios filhos e pensei… bem, direitos humanos, direitos das crianças…” De repente, ela parou. Sua fala se tornou desconexa e elíptica. “Eu me lembrei dos direitos das crianças, peguei meus filhos, olhei para eles e pensei: bem, tais direitos servem para quando você está em uma situação e quer garantir que existirá apoio para as crianças em sua vida.”

Ela se desculpou, disse que não podia ser mais direta e continuou: “Então, eu descobri que os Estados Unidos não haviam ratificado os direitos da criança. Uma das maneiras pelas quais isso afeta as crianças está em não poderem dar suas vozes no tribunal – uma criança na Europa teria uma chance melhor de ter voz no tribunal do que uma criança na Califórnia. Isso me disse muito sobre este país.”

O que aconteceu, fez com que ela temesse pelos direitos dos filhos. “Eu… eu ainda estou na minha própria situação legal”, ela gagueja.” Não posso falar sobre isso.”

Olha, eu digo a ela, tem havido tantas bobagens escritas sobre você ao longo dos anos que é impossível distinguir entre verdade e ficção – você tem que me ajudar a entender sobre o que você está se referindo. Você está falando sobre seu divórcio de Brad Pitt e sobre as acusações que você fez contra ele de violência doméstica? Ela me disse que jurou silêncio. Bem, eu digo, então acene com a cabeça se você estiver falando sobre o divórcio e as acusações. Ela acena com a cabeça. E você temia pela segurança de seus filhos? Desta vez ela responde. “Sim, eu temia pela segurança da minha família. Da minha família inteira.”

Deve ter sido algo inacreditável, eu digo para ela, passar sua vida no cenário mundial, destacando o abuso dos direitos das crianças, e então descobrir que esses mesmos direitos podem ter sido comprometidos dentro de sua casa.

“Muitas vezes você não consegue reconhecer algo tão próximo, especialmente se o seu foco está direcionado para as maiores injustiças globais, porque todo o restante acaba parecendo menor. Isso é muito difícil. Eu gostaria de poder ter essa discussão, pois é algo tão importante… ”

Ela faz alguns esforços para tentar completar a frase, desiste e começa de novo. E agora sua fala retorna. “Não sou o tipo de pessoa que toma decisões, como as que tive de tomar, de forma leviana. Demorou muito para eu chegar em uma posição em que senti que deveria me separar do pai de meus filhos.”

Angelina Jolie e Brad Pitt eram o casal de ouro de Hollywood; tão famoso que tinha um apelido, “Brangelina”. E Brangelina era, apropriadamente, a marca mais alta das celebridades. Ambos são vencedores do Oscar, estão entre as estrelas mais bem pagas no mundo do cinema (dizem que Pitt vale US$300 milhões, Jolie US$ 150 milhões), populares, icônicos e claro, absolutamente lindos (Pitt foi eleito duas vezes o homem mais sexy vivo pela revista “People”, enquanto Jolie foi eleita a mulher mais sexy viva pela revista “Esquire” em 2004).

Mas Brangelina também se tornou sinônimo de altruísmo e conscientização entre a celebridades. Pitt acompanhou Jolie em muitas de suas viagens com a UNHCR, eles abriram escolas em países devastados pela guerra e três de seus seis filhos foram adotados em países brutalizados por conflitos e pela pobreza – Maddox (atualmente com 20 anos) é cambojano. Pax (de 17 anos) é vietnamita, e Zahara (com 16 anos) é etíope. O casal até conseguiu manipular a mídia para seus próprios fins.

Diante da inevitabilidade de serem paparicados quando a primeira filha biológica, Shiloh, nasceu em 2006, Jolie e Pitt leiloaram o ensaio fotográfico para a revista “People”, nos Estados Unidos, e para a revista “Hello!” na Grã-Bretanha por US$7,6 milhões. Dois anos depois, quando os gêmeos Knox e Vivienne nasceram, eles venderam as fotos para as mesmas revistas por cerca de US$14 milhões, o que as tornou as fotos de celebridades mais caras da história. Em ambas as ocasiões, o valor arrecadado foi revertido para a Fundação Jolie-Pitt com a finalidade de financiar projetos humanitários. Como casal, eles pareciam bons demais (ou pelo menos bem sucedidos demais) para ser verdade.

E assim foi. Em setembro de 2016, Jolie pediu o divórcio de Pitt, que foi finalizado em 2019. Mas eles ainda estão presos em uma dura disputa pela custódia dos filhos, depois que ela alegou violência doméstica contra ele.

Em novembro de 2016, o FBI anunciou que nenhuma acusação seria feita contra Pitt e o inocentou de qualquer delito, após ter acontecido um incidente, alguns meses antes, a bordo de um avião particular da família, ocasião em que foi alegado que Pitt encontrava-se bêbado e teria sido abusivo com Maddox, na época, com 15 anos. Cinco dias após o incidente, Jolie pediu o divórcio, alegando diferenças irreconciliáveis e afirmando que sua decisão de encerrar o casamento “foi tomada visando a saúde da família”.

Pitt admitiu que tinha problemas com o álcool (inclusive, frequentou a “Alcoólicos Anônimos” após a separação) e que gritou com um de seus filhos, mas sempre negou ter agredido fisicamente qualquer um deles. Jolie se recusa a dizer qualquer coisa sobre o incidente devido ao processo judicial. Os advogados de Pitt se recusaram a comentar quando foram convidados pelo “The Guardian”.

Hoje, Jolie vive em uma casa na região de Los Feliz, um bairro residencial perto de Hollywood Hills. Ela comprou a mansão, que custou supostos US$25 milhões, onde costumava ser a casa do cineasta Cecil B. DeMille, para ficar mais fácil para as crianças visitarem Pitt após a separação. Durante a maior parte dos últimos cinco anos, ela teve a custódia dos filhos, enquanto ele teve direito de visita.

Embora tenha sido frequentemente relatado que as questões que levaram aos processos judiciais atuais estariam relacionadas com o fato de Jolie estar lutando pela guarda exclusiva dos filhos, na verdade aconteceram porque se discute como uma relação de guarda compartilhada saudável pode ser alcançada. Consigo ouvir algumas crianças brincando ao fundo, enquanto Dusty continua fazendo contribuições regulares para a conversa.

“O que eu sei é que quando uma criança foi lesionada, fisicamente, emocionalmente, ou testemunhou o mal de alguém que ama ou gosta, isso pode causar danos. Uma das razões pelas quais as crianças precisam ter esses direitos é porque, sem eles, elas se tornam vulneráveis a uma vida insegura e insalubre.”

Ela pode estar falando sobre as crianças em geral, mas soa pessoal. Na batalha pela custódia, grande parte do mundo parece ter tomado um partido. Alguns advogados de direito da família criticaram Jolie por querer que seus filhos testemunhassem contra o pai, enquanto Jolie sugere que seria uma traição a suas crenças se ela deixasse isso de lado. Enquanto isso, os advogados de Jolie disseram que três das crianças pediram para dar seus testemunhos.

Eu pergunto a Jolie quando ela tomou conhecimento dos direitos humanos e então, ela começou a falar sobre os valores de sua mãe. “Ela não tratava os outros como se fosse um trabalho ou uma obrigação, ela era apenas gentil. Ela era um ser humano decente que ficava incomodado quando via pessoas sendo maltratadas. Era uma coisa realmente muito simples.”

A mãe de Jolie, Marcheline Bertrand, que morreu de câncer de ovário em 2007, aos 56 anos, formou-se atriz, namorou Jim Morrison quando ela era jovem e, no final de sua vida, foi parceira do ativista e poeta nativo americano John Trudell. O pai de Jolie, o ator Jon Voight, foi indicado ao Oscar pelo filme “Perdidos na noite” (1969) e ganhou o prêmio de melhor ator por “Amargo Regresso” em 1979, mas era um pai menos impressionante aos olhos de Jolie.

Ela disse que sua mãe sacrificou sua carreira para criar seus dois filhos (Jolie tem um irmão mais velho, James Haven), principalmente como mãe solteira. “Minha mãe se casou aos 21 anos e, aos 25, ela se divorciou com dois filhos pequenos. Ela não podia ser a artista que queria ser, mas criou os filhos com arte e criatividade. Mesmo que fosse uma festa de aniversário, ela encontrava uma maneira de colocar esses talentos em prática.”

Ela diz que, o que mais ela amava em sua mãe, é que ela abraçava as diferenças e estava aberta a todas as experiências. “Ela não tentou fazer de mim um molde dela. Éramos muito diferentes como mulheres”.

De que maneira? “Ela sempre queria que eu me sentasse ao lado da pessoa estranha no avião porque ela era tímida, certo? Enquanto eu amava sua suavidade, ela amava minha força. Ela era muito quieta e eu estou constantemente em movimento. Eu era muito sexual e ela era muito mais uma dama. Mas ela viu meu verdadeiro eu e o encorajou totalmente, e ela me ensinou a fazer isso com meus próprios filhos. Meus filhos são todos muito diferentes uns dos outros.”

Sua mãe sempre lhe disse para ser útil na vida, mas quando era adolescente, Jolie não sabia o que ela queria dizer. Ela experimentou drogas, incluindo heroína, bebeu excessivamente e se cortou numa tentativa de superar uma sensação avassaladora de vazio. Ela teve seu primeiro namorado com 14 anos. Sua mãe sugeriu que ele se mudasse para a casa delas, numa tentativa de impedir Jolie de sair de casa e sair dos trilhos. Jolie era contra o sistema e sempre muito franca, mas também era uma bagunça.

“Levei um bom tempo para descobrir que eu poderia ser útil para alguém porque, durante muito tempo, eu sentia que era um pouco louca, que estava um pouco desequilibrada e insegura. Se você tivesse me perguntado, quando eu ainda era adolescente, se eu seria mãe de alguém, ou se teria alguma utilidade para a ONU ou escreveria um livro, eu teria respondido que absolutamente não.”

Olhando para trás, você ainda se sente perturbada? “Talvez seja por este motivo que é tão útil conhecer todos esses jovens. Eles estão me lembrando de que, naquela época, eu achava que era um pouco louca por desafiar o sistema, ou por estar com raiva de certas coisas que estava testemunhando, mas eu não estava errada. Estar perto de todos esses jovens que têm, por um bom motivo, um senso de luta, de revolta e vontade de entrar onde precisar e sangrar, se for necessário, por algo que eles sabem que não está certo – isso me lembra de quem eu era quando era mais jovem. E isso me lembra que não é algo ruim.”

Naquela época, Jolie também sangraria por uma causa, mesmo que ela não tivesse certeza de que causa era essa. Quando ela se casou com o ator Jonny Lee Miller, aos 20 anos, ela usou uma camiseta com o nome dele escrito com seu sangue. Quando ela estava com seu segundo marido, Billy Bob Thornton, eles usavam frascos com o sangue um do outro em volta do pescoço. Ela apareceu em programas de TV, fazendo truques ultrajantes com canivetes. Era difícil descobrir se ela era uma pessoa furiosa, perigosa ou ambos.

Olhando para Jolie hoje, é difícil conectar esta mulher urbana, que usa ternos da marca Saint Laurent, com uma garota punk que usava jaquetas de couro. Mas Jolie diz que elas são praticamente a mesma pessoa; ela simplesmente não sabia como canalizar sua energia. “Eu estava sem leme. Eu estava procurando por liberdade, por verdade e por sentimento. Eu queria sentir coisas profundamente e experimentar coisas profundamente.” Ela ri. “Escute, eu cresci em Hollywood. Esta cidade é perturbadora. Eu fui machucada por muitas coisas diferentes na minha vida.”

O que doía tanto quando ela era jovem? Novamente, ela retorna para sua mãe. “Minha mãe sempre estava sofrendo. Meu pai teve um caso com outra mulher e depois houve muitos desafios relacionados à pensão alimentícia e outras coisas. Então, minha mãe perdeu os pais e ficou bastante arrasada, e eu fiquei determinada a ajudá-la quando eu era jovem.” Disseram que ela poderia ser uma atriz ou modelo “como se fosse algo incrível”, mas ela não tinha mais tanta certeza. Ela sugeriu que, se ela fosse fosse homem, outras opções teriam sido oferecidas. “Ninguém diz que você pode ser uma diretora ou uma advogada. Então, eu fui empurrada por um caminho. Eu queria ter sucesso em ajudá-la financeiramente e ser capaz de fazer mais escolhas na vida dela e na minha.”

Ela diz que sua mãe não só teve uma carreira negada, mas também uma voz. “Eu percebi, quando eu era jovem, que a pessoa que tinha uma voz pública tinha mais poder do que a mulher mais gentil, mais decente, que estava em casa fazendo todas as coisas certas e fazendo todos os sacrifícios.” Jolie estava se referindo a seu pai – um defensor franco de Trump que disse que a campanha para anular o resultado das eleições nos Estados Unidos foi “a maior luta desde a guerra civil, a batalha da retidão contra Satanás” – e de quem ela sempre se afastou.

Jolie diz que estava determinada a não ser silenciada como sua mãe havia sido. “Não acho que entrei neste negócio porque queria ser atriz. Eu entrei porque é onde você pode ter uma voz. Quando você tem alguém que controla as finanças e controla a narrativa da família porque é uma figura pública, você está abaixo dessa pessoa.”

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Fonte: The Guardian

 

Fotos:

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Entrevistas/ Revistas & Scans

Jolie concede entrevista para Vanity Fair Italia

4 de setembro de 2021

Nesta sexta-feira, dia 03 de Setembro de 2021, a revista “Vanity Fair” italiana compartilhou em seu website oficial uma entrevista exclusiva com nossa musa inspiradora, Angelina Jolie.

Como não falamos italiano, este artigo foi traduzido através do Google Tradutor, portanto, é possível que contenha erros de tradução e contexto. Fizemos algumas alterações para melhor compreensão.

Por Ginevra Lamberti

Estamos na Provença, em uma clareira no meio de um bosque, somos muitas e quase todas mulheres. Existem diferentes idades, histórias, origens geográficas, línguas, olhares, roupas. A intenção é a mesma: ouvir e falar sobre a proteção do planeta por meio da proteção e do estudo das abelhas. Somos jornalistas, escritores, relações públicas, apicultores. Em pé, formamos um semicírculo e ouvimos as palavras de Noëline Raondry Rakotoarisoa, representada pela UNESCO, de Véronique Courtois, Ceo Guerlain, de Thierry Dufresne, fundador do Observatório Francês de Apidologia (OFA), e de Angelina Jolie, madrinha do programa “Mulheres Pelas Abelhas”.

O “Mulheres Pelas Abelhas” é um programa que surge da parceria entre a Guerlain, Unesco e OFA e tem como objetivo a formação de profissionais da apicultura. O percurso, que contou com a participação de sete jovens mulheres, terminou em Aix-en-Provence com a entrega oficial dos diplomas na presença de Angelina Jolie, há vinte anos envolvida em campanhas humanitárias (a crise no Afeganistão levou a abrir um perfil no Instagram no dia 20 de agosto para apoiar a causa da população local, interrompendo sua distância de ferro das redes sociais) e para salvaguardar a biodiversidade.

Não é um programa de curto prazo, diz Véronique Courtois, mas de “uma responsabilidade que é uma forma de retribuir a natureza”. O “Mulheres pelas Abelhas” terá uma duração de cinco anos, com o objetivo de formar cinquenta apicultoras de todo o mundo e dotá-las de ferramentas para se tornarem empresárias independentes, no âmbito de uma rede internacional que promove os valores da biodiversidade e do empoderamento feminino. Os novos profissionais, portadores de preciosos conhecimentos, até 2025 terão contribuído para a instalação de 2.500 colmeias nas Reservas da Biosfera da Unesco e para o repovoamento de 125 milhões de abelhas.

De que forma você começou sua experiência como “madrinha das abelhas”?

Eu estava no Camboja com Guerlain para uma sessão de fotos para um perfume (o que é muito engraçado porque você não pode usar perfume na selva, a menos que queira correr o risco de contrair dengue ou malária). Naquela região, já tínhamos muitos projetos em andamento, envolvendo escola e apicultura. Então começamos a conversar sobre isso e nos perguntar o que mais poderíamos fazer. Foi assim que nasceu, em parte, o programa.

Falando sobre seu último filme, “Aqueles Que Me Desejam a Morte”, você disse que quando está “destruída” é importante “se dedicar a algo que seja significativo”. Você acha que seu papel como ativista tem influência em seu papel como atriz e vice-versa?

Em primeiro lugar, sou mãe, depois ativista humanitária; apenas em terceiro lugar sou uma atriz. No entanto, acredito que em alguns papéis que desempenhei e filmes que dirigi, você pode encontrar temas que se aproximam da minha crença no que uma mulher precisa. Acho que as mulheres são muito fortes, mas neste mundo também são muito vulneráveis. Quando digo “destruída” – e sem dúvida estive – estou pensando em mulheres de todo o mundo que quero ajudar a ganhar poder, a serem autônomas e conectadas com sua própria rede. Não se trata apenas de se sentir forte, mas de se sentir segura. São temas que, sem dúvida, se relacionam muito com o meu trabalho.

Vivemos em uma época em que “ser egocêntrico” é bastante comum; por outro lado, você afirmou que uma das perguntas mais importantes a se fazer é: qual é a sua contribuição para os outros?

Acho que não vale a pena viver uma vida se não servirmos para o outro. Isso provavelmente acontece porque eu experimentei a única e mais autêntica felicidade em dar minha contribuição, seja criando meus filhos, conectando-me com pessoas de diferentes partes do mundo, ou fazendo algo para preservar ao invés de destruir o meio ambiente em que vivo. Sou tudo menos perfeita, na realidade ainda sou a jovem punk que fui, mas sim, acredito que se um ser humano não sentir que tem um propósito, isso vai acabar destruindo sua alma.

Dezoito anos atrás, sua fundação Maddox Jolie-Pitt foi criada para “aliviar a pobreza extrema, proteger o meio ambiente e preservar a vida selvagem no noroeste do Camboja.” Combinando a luta contra a pobreza e a luta pela proteção do meio ambiente, percebeu-se que tudo faz parte do mesmo sistema. Por que as instituições nem sempre compreenderam que os diferentes problemas estão inseparavelmente ligados?

Vou lhe dizer que aqueles que nos governam sabem. Acho que simulam ignorância, fingem não entender como tudo está conectado. Se olharmos de perto a situação, veremos que há uma intenção clara de acabar com as pessoas, de roubar recursos, de tirar mais do que damos. Portanto, não é verdade que eles não estão cientes da destruição do meio ambiente, das populações locais e da economia dos países, eles estão extremamente cientes disso. Eles estão escolhendo controlar e saquear ao invés de construir e ver qualquer um como igual, como um ser humano extraordinário em quem podem investir.

A emergência da mudança climática chamou a atenção do mundo através do movimento “Fridays for Future” que, não surpreendentemente, tem como líder, Greta Thunberg, até então uma criança, que hoje já é uma jovem mulher. Qual é a sua visão de futuro, principalmente pensando nos mais jovens?

Como a maioria dos pais, estou muito preocupada com as condições do mundo em que vivemos, mas por outro lado, os jovens também são uma grande fonte de inspiração para mim e tenho muita esperança. É necessário ter algo para imaginar como saída. Admiro muito a Greta e entrei em contato com ela em razão do meu livro “Know Your Rights and Claim Them” (Conheça Seus Direitos e Reivindique-os), que tem como objetivo ensinar aos jovens que a educação, um ambiente limpo e que brincar em vez de trabalhar o dia todo não são presentes, são direitos. Devemos mudar fundamentalmente a maneira como olhamos para qualquer pessoa vulnerável em nossa sociedade. Não se trata do que decidimos dar a elas, mas de compreender o que tiramos delas. Todas as nossas energias devem ser usadas em empurrar os jovens para a frente e ouvir o que eles têm a dizer.

Quando você falou abertamente sobre sua cirurgia preventiva, foi muito inspirador para muitas pessoas, mas da mesma forma, muitos reagiram com espanto e medo. É possível que, para aprender a respeitar e cuidar do planeta, tenhamos primeiro de aprender a respeitar e cuidar de nosso corpo?

No budismo, o conceito de estar presente no momento é muito importante. Acho que quando estamos todos realmente alinhados, e que também fazemos parte do meio ambiente, e então podemos sentir que fazemos parte da terra, sentir nossos pés descalços e que não somos uma coisa separada de outras criaturas vivas. Isso pode ajudar a nos respeitar e, assim como todo mundo, também estou nesse processo. Não me levanto de manhã fazendo ioga, não tenho a dieta perfeita e não sei como manter a calma. Cada um de nós tem essa ideia de como deveria ser, de como deveria se portar, mas é difícil. Recentemente conheci um monge e estava conversando com ele sobre muitas coisas, mas ele me interrompeu e perguntou “Como você está agora? Exatamente nesse momento?”. A mente viaja para todas as razões pelas quais as coisas não estão certas, mas ele me convidou a estar presente em cada momento. Isso está me ajudando muito porque, às vezes, uma mente perturbada tende a ir longe demais. Portanto, trata-se de sentir mais e acho que pode ser importante para as mulheres em geral se sentirem mais confiantes e abertas.

Você acha que para obter determinados resultados, mesmo profissionais, é exigido às mulheres um determinado padrão de perfeição e autocontrole?

Não sei exatamente, mas as mulheres estão, sem dúvida, sob muita pressão. Acho que essa pressão é diferente dependendo da sociedade, do país, da família, da religião. Em qualquer lugar e situação que estejam, isso muda, mas certamente as expectativas são muitas. Acho que as mulheres podem fazer muito umas pelas outras, ajudar e cuidar umas das outras e espero que parte do projeto “Mulheres Pelas Abelhas” também nos aproxime. Como mulheres, temos uma conexão muito especial. Também acredito, e nunca vou enfatizar isso o suficiente, que o mais importante para uma mulher é se sentir segura. Frequentemente, estamos tão focados nas expectativas, nos padrões de beleza, mas o cerne da questão está no fato da mulher não se sentir totalmente ela mesma, porque ela não se sente segura o suficiente. Isso acontece porque ela acha que seu comportamento pode prejudicá-la de alguma forma, seja sendo abusada fisicamente, perdendo o emprego, sendo ameaçada por uma parte de sua comunidade, condenada ao ostracismo ou isolada ao tentar criar seus filhos. Essas são as coisas que calculamos o tempo todo como mulheres, tem muito mais a ver com sobrevivência do que com a opinião das pessoas e com os modelos de beleza. Não é com isso que uma mulher está realmente preocupada, uma mulher está preocupada com a sobrevivência.

Fonte: Vanity Fair Italia

 

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Jolie comemora aniversário de Salma Hayek

3 de setembro de 2021

Nesta sexta-feira, dia 03 de Setembro, a atriz Salma Hayek compartilhou um vídeo dela mesma em frente a um bolo, com Angelina Jolie sentada ao seu lado.

Na ocasião, Salma estava celebrando seu aniversário de 55 anos junto com amigos e familiares em uma festa que aconteceu nesta última quinta-feira (2). O irmão de Salma, Sami Hayek, estava do outro lado da atriz e na legenda do vídeo, ela escreveu:

“Meu irmão e eu tentando ensinar Angie como fazer a mordida mexicana”.

No vídeo, as pessoas que estavam em volta de Salma e Jolie gritavam “Mordida! Mordida!”, que no México é uma tradição, quando o rosto do aniversariante é enfiado no bolo para ele dar a primeira mordida. Confira!

Texto: People