Brad Pitt/ Divorcio/ Processo

Pitt entra com novo processo contra Jolie

7 de junho de 2022

Brad Pitt está acusando Angelina Jolie de tentar intencionalmente “infligir danos” a ele e aos seus interesses na vinícola Chateau Miraval.

Em novos documentos legais impetrados na última sexta-feira (3) em Los Angeles, os advogados de Pitt afirmam que Angelina Jolie vendeu a parte dela na vinícola para o oligarca russo Yuri Shefler, com a intenção de prejudicar o envolvimento de Pitt na empresa.

No mês de Fevereiro deste ano, Pitt deu entrada no primeiro processo contra Jolie, por ela ter vendido as ações que representavam a parte dela na vinícola Chateau Miraval. Ele requereu que a venda fosse anulada, assim como também, pediu indenização monetária e honorários legais.

Nos documentos mais recentes, os advogados de Pitt afirmam que “Jolie procurou infligir danos a Pitt” alegando que ela “tinha o conhecimento e pretendia que Shefler tentasse controlar o negócio que Pitt havia construído, minando o investimento de Pitt na Miraval”.

“O vinhedo se tornou a paixão de Pitt – e é lucrativo, pois a Miraval, sob a administração de Pitt, se tornou um negócio global multimilionário e um dos produtores de vinho rosé mais conceituados do mundo”, afirmam os documentos.

“Jolie, enquanto isso, não contribuiu em nada para o sucesso de Miraval. Em vez disso, ela permitiu que Pitt investisse dinheiro e capitalizasse no negócio, confiando no direito de consentimento que ela lhe devia e no direito de preferência que sua entidade de negócios devia a ele.”

Os novos documentos alegam ainda que, desde a obtenção da participação na Miraval, Shefler (o proprietário do SPI Group, um consórcio internacional de venda de álcool) supostamente “lançou uma aquisição hostil no negócio de vinhos, desestabilizando as operações, buscando acesso à propriedade da Miraval e às informações confidenciais e proprietárias para o benefício de sua empresa concorrente.”

“Violando o acordo das partes, Jolie tentou forçar Pitt a fazer parceria com um estranho e, pior ainda, um estranho com associações e intenções venenosas”, afirmam os documentos, alegando que Shefler “também mantém relações pessoais e profissionais com indivíduos do círculo íntimo de Vladimir Putin.”

“Pitt – por meio de investimento financeiro significativo e anos de capital de suor – construiu uma empresa familiar de grande sucesso. A Miraval cresceu maciçamente desde 2008 e agora vale centenas de milhões de dólares”, afirmam os documentos. “Enquanto isso, Jolie não retornou a Miraval desde que pediu o divórcio em 2016.”

“Jolie perseguiu e depois consumou a suposta venda em segredo, propositalmente, mantendo Pitt no escuro e violando conscientemente os direitos contratuais de Pitt”, alega a petição.

De acordo com o processo ingressado por Pitt em Fevereiro, o ator de 58 anos também alegou que, de acordo com os termos do divórcio, finalizado em 2019, o casal tinha um “entendimento mútuo” de que nenhum deles poderia vender sua participação na vinícola sem o consentimento do outro.

No mês de Julho do ano passado, em um processo separado, quando Jolie foi ao tribunal, ela disse ao juiz que chegou a um acordo para vender sua participação a uma pessoa não identificada, que Pitt concordou considerar em setembro. No entanto, Pitt afirma que por “entendimento mútuo”, que ele teria o direito de preferência, que ele afirma não ter sido dado a ele por Jolie.

Fonte: ET Online

Diretora/ Filmes/ Itália/ Without Blood

Novo filme de Jolie começa a ser gravado na Itália

6 de junho de 2022

Na manhã desta segunda-feira, dia 06 de Junho de 2022, as gravações do mais novo filme dirigido por Angelina Jolie, “Without Blood”, foram iniciadas na cidade de Matera, na Itália.

As locações foram previamente selecionadas no mês de Março deste ano e aconteceram em pontos turísticos como, por exemplo, a Piazza San Pietro Caveoso e a Via Bruno Buozzi.

Apesar de várias fotos terem sido compartilhadas através das redes sociais e dos jornais locais, Jolie ainda não foi flagrada desempenhando suas funções como diretora.

Futuramente, as gravações também devem acontecer na cidade de Martina Franca, mais precisamente na Piazza Plebiscito e na via Garibaldi adjacente, a poucos passos da catedral de San Martino.

O filme “Without Blood” (Sem Sangue – em tradução livre não oficial) será uma adaptação do romance best-seller escrito por Alessandro Baricco de mesmo nome, que conta uma história sobre guerra, vingança, memória e cura.

Várias fotos dos sets de filmagens foram adicionadas em nossa Galeria. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso ao álbum.

Fotos:

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FILMES » DIRETORA » 2023 – WITHOUT BLOOD » SETS DE FILMAGENS – 06/06/22 (20x)

Entrevistas/ Revistas & Scans

Jolie concede entrevista à revista Grazia italiana

26 de maio de 2022

A atriz, diretora, ativista e ganhadora do Oscar vem lidando com as situações de emergências humanitárias ao redor do mundo já há algum tempo: ela está na linha de frente na batalha contra as mudanças climáticas e é Enviada Especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (UNHCR / ACNUR) desde 2001.

Em uma entrevista exclusiva concedida à edição do dia 26 de Maio de 2022 da revista italiana “Grazia”, Angelina Jolie confessou que ser atriz já não é a sua prioridade. Para ela, hoje, o seu compromisso humanitário e seu papel de mãe de seis filhos são mais importantes.

Além disso, Jolie também falou sobre estar engajada em um projeto que busca proteger as abelhas e dar trabalho para muitas jovens. Confira abaixo a entrevista completa! (Obs: pode conter erros, uma vez que foi traduzida através do “Google Tradutor”).

Escrito por Enrica Brocardo

Algumas semanas atrás, Angelina Jolie viajou para a Ucrânia, onde as crianças brincam nos escombros gerados pela guerra. Ela sempre esteve na linha de frente na batalha contra as mudanças climáticas e pelos direitos dos refugiados. Atualmente, no Camboja, ela está iniciando um projeto de conservação das abelhas, que dará trabalho para muitas jovens. A atriz, diretora e ativista falou com a “Grazia” sobre sua verdadeira vocação: “Atuar nunca esteve no centro das minhas paixões. Minhas prioridades são minha família e o desejo de ser útil aos outros”.

A primeira vez que Angelina Jolie visitou o Camboja foi durante as gravações do filme “Lara Croft: Tomb Raider” lançado em 2001, no qual interpretou uma heroína dos videogames. “Foi o primeiro filme rodado no país após o fim do conflito”. Ou seja, a sangrenta guerra civil entre as forças do governo e o Khmer Vermelho, que durou sete anos e terminou em 1974. Em vez de ficar trancada em um quarto de hotel, durante as filmagens, a atriz aproveitou o tempo para olhar ao redor, especialmente as condições em que muitas crianças viviam.

Desde então, Jolie (46) nunca parou de lidar com as situações de emergências humanitárias ao redor do mundo. Nos primeiros dias do mês de Maio, ela viajou para a Ucrânia com a intenção de ajudar. Para seus 13 milhões de seguidores no Instagram, ela mostrou os escombros da guerra, causados pelas bombas, com os quais as crianças brincam, sem querer.

Ela diz que se considera uma ativista, em vez de atriz ou diretora. Isso é demonstrado pelos quatro filmes que dirigiu: “In the Land of Blood and Honey” (Na Terra de Amor e Ódio, 2011) que teve como pano de fundo a Guerra da Bósnia; Unbroken (Invencível, 2014), que aborda a Segunda Guerra Mundial contada através da história de Louis Zamperini, capturado pelos japoneses; By the Sea (À Beira Mar, 2015), que mostra a relação entre um homem e uma mulher; e “First They Killed My Father (Primeiro Mataram Meu Pai, 2017), que conta a história real de uma menina cambojana, Loung Ung, que testemunhou os massacres praticados durante o regime do Khmer Vermelho.

Ao longo de quase trinta anos, ela foi repetidamente protagonista de sucessos de bilheteria – o último, “Eternals” (Eternos, 2021), que trás super-heróis da Marvel – mas também de filmes intensos como “A Mighty Heart” (O Preço da Coragem, 2007), no qual interpretou o papel de Mariane Pearl, a viúva do jornalista Daniel Pearl, morto no Paquistão há 20 anos por fundamentalistas islâmicos.

Enquanto isso, ela cria seis filhos (como mãe solteira, desde o divórcio de Brad Pitt em 2019). Os gêmeos Knox e Vivienne (13) nascidos na França em 2008; Pax (18) nascido no Vietnã e adotado um ano antes; Shiloh (16) nascida na Namíbia; sua irmã Zahara (17) nascida na Etiópia e e Maddox (20), seu primeiro filho adotado em um orfanato no Camboja, após o divórcio de seu primeiro marido, o ator Billy Bob Thornton.

Jolie é Enviada Especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR / ACNUR) desde 2001. No entanto, desde o ano passado, juntamente com a Guerlain – marca da qual é garota propaganda – e em colaboração com a UNESCO, apoia o “Women for Bees”, um programa que busca promover o empoderamento das mulheres, proteger as abelhas e promover a conservação da biodiversidade.

O programa “Women for Bees” acabou de ser inaugurado no Camboja, onde a atriz criou a “Fundação Maddox Jolie-Pitt” em nome de seu filho Maddox, há 18 anos, que tem como objetivo ajudar a população da região de Samlot, uma das áreas mais afetadas pela guerra civil.

Que lembranças você tem da sua primeira viagem ao Camboja?

“Eu esperava encontrar raiva e dor, mas, em vez disso, o que me impressionou foi a resiliência, o calor das pessoas, os sorrisos. Eles foram realmente maravilhosos. Considero-me uma sortuda por ser mãe de Maddox e fazer parte dessa comunidade”.

Como surgiu a ideia da Fundação Maddox Jolie-Pitt?

“No Camboja, eu tenho uma casa em meio à selva e é o lugar onde me sinto mais à vontade. No início, não tinha a ideia de me comprometer com a conservação de uma área florestal. Eu tinha começado a trabalhar com o voluntariado no país porque meu filho nasceu lá e porque eu tinha visto as consequências da guerra. Removemos minas do solo com a intenção de criar uma área segura para a criação de escolas e hospitais locais. Meu objetivo era cuidar das crianças, comprometer-me a garantir-lhes uma educação. Mas quando você está lá, você entende que tem que cuidar das necessidades de uma comunidade como um todo e, portanto, também do meio ambiente. Eu ouvia o que as pessoas diziam. Para elas, era importante proteger as suas raízes culturais e desenvolver a economia da região de uma forma sustentável”.

Por que você decidiu colaborar com o programa “Women for Bees”?

“Enquanto eu estava no Camboja com a Guerlain (onde uma campanha publicitária da marca foi gravada no ano de 2019), aprendi muito sobre os projetos que buscam proteger esses insetos maravilhosos e treinar apicultores do sexo feminino”.

O que precisamos saber sobre o declínio no número de abelhas do mundo?

“Estou aprendendo sobre o assunto também. Quando você conversa com especialistas, eles dizem que a redução global do número de abelhas é resultado da atividade humana no planeta. E é bem chocante. Por outro lado, explicam todas as maneiras pelas quais podemos reverter esse processo por meio de nossas escolhas. E isso é encorajador.”

Por que é útil treinar apicultoras?

“Estamos falando de pessoas, de mulheres, da realidade, do ambiente e das criaturas que o habitam, que são, ainda que de formas diferentes, vulneráveis, frágeis. Os apicultores ajudam a proteger as abelhas e os ecossistemas terrestres. Além disso, oferecer formação, educação, emprego às mulheres e criar uma rede entre elas significa torná-las independentes. Garantir direitos iguais para mulheres e homens deve ser a regra. Ninguém deve limitar sua liberdade, autodeterminação, negar seus direitos no campo da educação, sexualidade e trabalho. Vamos tentar imaginar o que aconteceria se todos os esforços que estão sendo feitos para reprimir mulheres e meninas fossem usados para ajudá-las”.

O quanto ser mãe a tornou mais consciente sobre os problemas ambientais?

“Todas as mães são um pouco mais sensíveis a essas questões, pois estamos preocupadas com o mundo que vamos deixar para nossos filhos. Mas você não precisa ser mãe ou pai para sentir a mesma coisa. Quero um mundo seguro e saudável não só para os meus filhos, mas para todas as crianças”.

E, em vez disso, estamos vendo que as crianças são as primeiras vítimas das guerras. Em Março, você veio à Itália e visitou alguns jovens pacientes que conseguiram escapar da Ucrânia e que foram acolhidos no hospital pediátrico Bambino Gesù, em Roma.

“Vi com meus próprios olhos o trabalho extraordinário que estão fazendo no hospital e fui recebida com muito carinho pelos médicos, enfermeiros e todos os pacientes internados. Você chega e se deparar com essas crianças que estão enfrentando o momento mais difícil da vida delas. Muitas possuem câncer e, para continuarem a serem tratadas, tiveram que deixar o seu país e fugir para um local seguro”.

Que lembranças e sentimentos essas crianças trouxeram?

“Elas sabem que podem perder suas casas para sempre e que seus amigos podem morrer. Elas temem pelo o que está acontecendo em seu país e também por suas vidas. É impressionante ver seus pais: eles estão exaustos, mas se esforçam para continuar sorrindo para o bem de seus filhos. A guerra mostra o pior e o melhor da humanidade. Você percebe que, o que quer que se possa fazer ou dizer em tais situações, nunca é suficiente.”

O que você acha do ativismo de meninas e meninos contra as mudanças climáticas?

“Sempre escuto com atenção meus filhos e todas as crianças, meninas e meninos que conheço. Muitas vezes, elas veem com mais clareza o que se tornou menos evidente para nós adultos, porque nos foi ensinado que, na vida, precisamos fazer concessões e porque estamos presos a mil coisas.”

O que os adultos podem fazer para ajudá-las?

“É importante mantê-las longe da desinformação. Trabalhei em um livro, “Know Your Rights”, em parceria com a Anistia Internacional. Os jovens devem aprender a dar força às suas opiniões, a expressá-las quando os governos e as grandes empresas tomam as decisões.”

Quando você começou a amar o meio ambiente?

“Eu cresci em uma cidade grande, Los Angeles, e por isso sempre amei a natureza, o verde. Fico em paz comigo mesma quando estou no deserto e na selva. Você se sente pequena diante dessas majestades. Eu amo os animais selvagens, a natureza intocada. E respeito profundamente a cultura e a história dos outros povos. Digo isso porque, em vinte anos de compromisso humanitário, vi lagos secarem, desastres de todo tipo e comunidades inteiras tiradas de suas terras, seu patrimônio cultural destruído ou em perigo.”

Você acha que as emergências humanitárias e a crise climática estão cada vez mais ligadas?

“Quando comecei a lidar com os problemas dos refugiados, há cerca de vinte anos, ninguém falava sobre fenômenos migratórios ligados ao clima. Naquela época, trabalhamos para ajudar as pessoas que tiveram que deixar suas casas e fugir para outros lugares pensando que, quando os conflitos chegassem ao fim, elas poderiam retornar aos seus países. Mas hoje não é mais assim. Essas pessoas não podem voltar para casa porque suas terras se tornaram inabitáveis devido à desertificação. Isso já está acontecendo. Para mim, é uma das razões mais convincentes para enfrentar as mudanças climáticas com extrema urgência. Diz-se que devemos tentar deixar o planeta um pouco melhor do que “falamos”. Mas, diante da situação, a minha geração deveria, pelo menos, entregá-lo às próximas gerações em condições não piores do que as atuais.”

Qual é a relação entre seu trabalho como atriz e o ativismo?

“Comecei a trabalhar como atriz para ajudar minha mãe a nos sustentar. Atuar nunca esteve no centro das minhas paixões e interesses. Considero-me muito sortuda por ter sido capaz de fazer um trabalho criativo, mas quando acordo de manhã, as minhas prioridades são a minha família, o meu trabalho humanitário, o meu desejo de conhecer e aprender coisas novas e de estar em contato com o resto da mundo. Quero ser útil aos outros.”

Qual é o aspecto que você mais gosta no seu trabalho cinematográfico?
“Quando dirijo um filme, em particular, gosto de trabalhar em equipe. Além disso, me dá a oportunidade de conhecer a história de outros povos. Por exemplo, o que aconteceu graças ao filme ‘First They Killed My Father’. Isso é o que eu mais amo.”

Fonte: Grazia Italia

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Fotos:

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REVISTAS & SCANS » 2022 » GRAZIA – ITALIA (7x)
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Ativista/ Camboja/ Forbes/ Guerlain/ Trabalho Humanitário/ Women For Bees

Jolie e Guerlain lutam pela preservação das abelhas

22 de maio de 2022

No ano passado, a casa de cosméticos francesa Guerlain anunciou uma parceria com a atriz Angelina Jolie e o programa “Women for Bees”, da UNESCO, para ajudar a combater as taxas de queda da população mundial de abelhas. Agora, um ano depois, as 50 mulheres que foram educadas como apicultoras pela iniciativa se formaram e entrarão em programas de treinamento em apicultura, com a ajuda de Jolie e uma segunda doação de € 1 milhão (R$ 5,2 milhões) feita pela Guerlain.

Nessa etapa, será lançada a fase cambojana do programa. 12 das novas apicultoras que foram escolhidas pela equipe da UNESCO em Phenom Pen, capital do Camboja, juntamente com a fundação de caridade de Jolie na região, a Fundação MJP, entrarão em seis meses de treinamento.

O programa tem dois objetivos gerais: criar oportunidades de empreendedorismo e emprego para as mulheres, ao mesmo tempo em que trabalha para repovoar populações cada vez menores de abelhas, um inseto que desempenha um papel importante na polinização e, como resultado, na segurança alimentar. 

De acordo com o Relatório de Avaliação de Polinizadores, Polinização e Produção de Alimentos do IPBES (sigla em inglês para Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos), cerca de 75% de todas as plantas cultivadas e 90% das plantas com flores silvestres dependem de polinizadores, o que inclui as abelhas. “Em 2021, unimos forças com a UNESCO e a atriz e filantropa Angelina Jolie para lançar o programa “Women for Bees” com metas significativas para 2025 – 2,5 mil colmeias instaladas no coração de 25 reservas da biosfera da UNESCO, 125 milhões de abelhas repovoadas e 50 mulheres treinadas e apoiadas para estabelecer suas próprias operações de apicultura”, diz Cécile Lochard, diretora de sustentabilidade da Guerlain.

Angelina Jolie no Camboja

No início deste ano, Jolie – que é a musa da casa francesa e madrinha do programa de abelhas – visitou o Camboja para lançar o programa de treinamento de 6 meses para as 12 apicultoras. Com o apoio da atriz, a apicultora Aggelina Kanellopoulou, uma graduada da turma inaugural da iniciativa, atuou como mentora das novas estagiárias e compartilhou suas experiências.

Como parte da visita, as duas foram para Siam Reap, no noroeste do país, para o distrito de Samlot e a Reserva da Biosfera da UNESCO Tonle Sap, que faz parte do Parque Arqueológico de Angkor. Jolie também visitou escolas locais de ensino médio, uma floresta de conservação e locais de pesquisa de biodiversidade dentro da reserva, além de ter participado de uma sessão de apicultura na Guerlain Bee School, no distrito de Samlot.

Foi a atriz que levou a Guerlain para a nação do Sudeste Asiático, em 2019, como o local para iniciar seu trabalho com a casa francesa. O Camboja foi o pano de fundo para o primeiro comercial dela com o perfume Mon Guerlain. Durante a visita, Jolie e a equipe da Guerlain conheceram membros da Fundação MJP, bem como as pessoas que se beneficiam do trabalho que a fundação está realizando.

A paixão de Jolie pelo Camboja se deve, em parte, a uma homenagem ao país de seu filho Maddox, que vem de lá (o MJP no nome de sua fundação são as iniciais de seu filho, Maddox Jolie Pitt). Jolie escolheu sediar a fundação na região de Samlot porque é a área do país que foi mais impactada pela Guerra Civil Cambojana.

A Fundação MJP visa combater a extrema pobreza que existe nas áreas rurais do Camboja. Os objetivos da organização incluem a melhoria da saúde e dos serviços de saúde, educação, agricultura e o empoderamento das mulheres. Há também uma forte ênfase na proteção do meio ambiente e na conservação da vida selvagem na área. Além disso, a fundação educa os agricultores sobre como obter o máximo de produção e utilidade de seu gado, terra e outros recursos. Eles também estão sendo treinados para criar abelhas para a produção de mel.

Mel no Camboja

Tanto a Fundação MJP quanto o programa “Women for Bees” precisam combater os fortes valores culturais cambojanos ligados ao mel silvestre para cumprir suas missões em relação à preservação das abelhas. O uso de mel silvestre é extensivo nas medicinas tradicionais do Camboja e a cera de abelha para cerimônias de bênção está profundamente enraizada na cultura, tanto que a caça ao mel é considerada uma tradição ancestral de longa data.

Essa caça ao mel, juntamente com o desmatamento e os pesticidas, são as principais ameaças à população de abelhas no Camboja. Por isso, o objetivo de todas as partes envolvidas é transformar os valores em torno do mel silvestre no Camboja por meio de educação, divulgação e treinamento, o que se estende além das estagiárias do programa de abelhas.

Guias turísticos também estão sendo educados como parte de um programa piloto que os utiliza como disseminadores de informações para o público em geral, incluindo turistas, sobre a importância da conservação das abelhas nativas.

Além desses esforços de longo prazo, a Guerlain está convocando seus apoiadores, clientes e qualquer pessoa que queira ajudar na preservação das abelhas a comprar seus produtos entre 20 de maio (Dia Mundial das Abelhas) e 22 de maio (Dia Internacional da Diversidade Biológica), período em que todas as vendas serão doadas ao programa.

As vendas da edição limitada do óleo Huile-en-Eau Abeille Royale, cuja garrafa foi decorada com obras de arte projetadas pelo famoso designer e artista Tomáš Libertíny, também serão destinadas ao programa de abelhas. A Guerlain também tomou uma iniciativa digital em que serão doados € 20 (R$ 104) por cada repost (com as hashtags #GuerlainForBees e #WorldBeeDay) da arte de Tomáš Libertíny criada para as redes sociais.

Fonte: Forbes Brasil

Ativista/ Camboja/ Entrevistas/ Guerlain/ Trabalho Humanitário/ Women For Bees

Jolie leva o “Women For Bees” para o Camboja

21 de maio de 2022

Nesta quinta-feira, dia 19 de Maio de 2022, a revista “Vanity Fair” publicou em seu website oficial uma entrevista exclusiva com nossa musa inspiradora, Angelina Jolie. Confira a matéria traduzida na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil!

Escrito por Laura Regensdorf

Ao longo dos anos trabalhando em parceria com a marca de cosméticos francesa, Guerlain, Angelina Jolie se tornou uma assídua estudante de abelhas.

No ano passado, após tomar uma atitude radical com a finalidade de ficar mais próxima da natureza, de cara nua e estoica, ela posou em um vídeo e ensaio fotográfico para a “National Geographic” na companhia de um preguiçoso enxame de abelhas, que subia das pontas dos pés para todo seu corpo.

Mas ela apareceu com um visual mais simples durante uma recente videoconferência realizada através do “Zoom” a partir de seu escritório em Los Angeles, enquanto expunha a importância de uma população saudável de abelhas.

“Trinta por cento de nossa comida é gerada através dos polinizadores – isso diz muito coisa”, explicou Jolie, parecendo estar à vontade, usando uma regata simples. “Existem algumas lustrações onde se lê: ‘Aqui está seu café da manhã com os polinizadores; aqui está o que sobra sem os polinizadores'”, ela ri a respeito. “Gosto de coisas simples assim. Aprendi muito, com a UNESCO e até com os cientistas, mas as mensagens para as crianças funcionam para mim.”

Conversamos durante meados de Abril, algumas semanas antes da visita surpresa de Jolie à cidade ucraniana de Lviv, para se encontrar com famílias de refugiados e trabalhadores humanitários. Ela é conhecida por seu trabalho como humanitária, tendo servido como Enviada Especial do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (UNHCR / ACNUR) desde 2011.

Um papel que ela começou a desempenhar mais recentemente, é o de Madrinha do Programa criado em parceria da Guerlain com a UNESCO chamado “Women for Bees” (Mulheres Pelas Abelhas), inaugurado na primavera de 2021, com um treinamento para apicultoras no sul da França e, a partir de hoje, com um segundo treinamento no Camboja.

O título de Madrinha, de alguma forma, parece adequado para uma sociedade que gira em torno de uma rainha. “É legal você apontar que isso soa familiar, porque é”, diz Jolie sobre a iniciativa criada com foco no empreendedorismo de pequena escala.

Ela considera um privilégio “incentivar e conectar todas essas extraordinárias mulheres e ajudar as pessoas a entender o trabalho que estão fazendo – através da ciência e da conexão com as biosferas e o patrimônio cultural”.

A expansão do programa para o Sudeste Asiático é uma espécie de “volta para a casa” para Jolie. “O Camboja é muito querido no meu coração e foi onde me tornei mãe”, diz ela, referindo-se ao seu filho adotivo, Maddox. Ela visitou o país pela primeira vez no ano 2000, enquanto filmava “Lara Croft: Tomb Raider” – onde teve um vislumbre revelador de uma região ainda marcada pelo conflito.

Não demorou muito para que ela começasse uma organização sem fins lucrativos (que recebeu o nome de Maddox), que tem se concentrado em remover minas terrestres, conter o desmatamento e oferecer apoio comunitário com escolas e clínicas.

“Trabalhando junto com a UNESCO, com a World Wildlife Federation, com a Flora & Fauna, estamos todos falando sobre o quanto pode ser protegido porque tudo está acabando muito rápido”, diz Jolie. “Então foi com um pouco de urgência que eu quis criar outro programa, ainda mais forte, lá.”

O novo treinamento com duração de seis meses para as apicultoras, em Phnom Penh, reúne 12 mulheres, com foco específico nas questões que envolvem as abelhas locais. (Além das preocupações ambientais, a caça ao mel silvestre pode atrapalhar as populações de abelhas.)

No início deste ano, Jolie e uma graduada no programa de 2021, Aggelina Kanellopoulou, visitaram o Camboja, em parte para transmitir as melhores práticas.

“Esta rede é muito importante”, diz Jolie sobre essa polinização cruzada metafórica, que ela espera que um dia possa se materializar como potes de mel nas prateleiras dos supermercados. “Existe uma irmandade em diferentes países que pode ser alcançada.”

A imersão em todas essas coisas relacionadas ao mel, invariavelmente, mudou o relacionamento de Jolie com o produto. Ela explica por meio de uma anedota.

“Aconteceu comigo quando trabalhei no Camboja em um filme e passamos um tempo nos campos de arroz. Fiz um curso sobre quanto é preciso para obter um grão de arroz.”

Ela compara a experiência a uma meditação budista. “Muitos de nós que moramos nas cidades, não pensamos muito sobre o que é preciso para fazer qualquer comida que esteja no nosso prato. Então eu vejo o mel e penso em todos os esforços dos apicultores e das próprias abelhas.” Há gratidão e amor em sua fala, enquanto ela ri. “Coloco em quase tudo.”

Futuramente, Jolie deve dirigir uma adaptação do livro escrito por Alessandro Baricco, “Without Blood” (Sem Sangue), uma história que se concentra em uma mulher que perdeu brutalmente seu pai e o irmão na guerra. É um tema recorrente em seus projetos, seguindo seu filme lançado em 2017, “First They Killed My Father” (Primeiro Mataram Meu Pai), sobre uma menina forçada a se tornar uma criança-soldado durante o regime do Khmer Vermelho no Camboja.

“Suponho que sou atraída pelos extremos da condição humana – apenas por ser humana. Eu sou muito humana. Eu sou muito falha. Ainda estou muito crua”, diz ela, virando a lente para si mesma.

“Vemos o melhor e o pior das pessoas nesse tipo de situação.” Se seu filme anterior foi uma chance de reformular a história – “Eu gostei do sucesso do filme “The Killing Fields” mas não foi lançado em Khmer e o herói principal não era cambojano” – o novo projeto não é sobre um lugar em específico.. . “E não fica claro quem está certo, quem está errado, quem é bom ou quem é mau.”

Essa moralidade turva, juntamente com os vertiginosos pontos de preocupação nos dias de hoje, é muita coisa para mesmo o cérebro adulto processar. Como Jolie lida com esses assuntos em casa?

“Alguns dos meus filhos são de países em conflito. Pax é vietnamita e tivemos que ajustar o que estava sendo ensinado nos livros de história”, diz ela. Sua filha, Zahara, é da Etiópia, outro lugar conturbado no momento. “Então este não é um assunto novo em nossa casa. Mas sempre continua”, diz Jolie, falando sobre as horríveis manchetes da Ucrânia como um ponto de discussão entre muitos, citando os mais de 80 milhões de pessoas deslocadas globalmente.

Alguns dos filhos de Jolie se juntaram a ela em campos de refugiados ao redor do mundo. “Eu nunca quis que eles sentissem que era como prestar um serviço a alguém”, diz ela, mudando para sua voz materna – ou talvez de madrinha. “Você deve se sentir honrada por conhecer pessoas fortes e resilientes que estão lutando contra a opressão e a perseguição, por conhecê-las e por estar, de alguma forma, em parceria com elas para sobreviver.”

Fonte: Vanity Fair

No Instagram, Jolie também compartilhou uma nova postagem através da qual se manifestou sobre o Dia Mundial das Abelhas, dizendo:

Neste Dia Mundial das Abelhas, tenho o prazer de apoiar a iniciativa “Women For Bees”, por promover práticas sustentáveis de apicultura e empreendedorismo feminino. Desde 2010, a Fundação Maddox Jolie-Pitt no Camboja, trabalha com mulheres locais em Samlout para gerar renda e emprego usando técnicas sustentáveis de colheita de mel silvestre. No entanto, incêndios florestais recorrentes e aumentos no uso de pesticidas nas proximidades destruíram os locais, diminuindo drasticamente a produção. Agora, ao lado da UNESCO e da Guerlain, a Fundação MJP treina as comunidades locais na agricultura e criação de abelhas para a produção de mel.

A Guerlain também disponibilizou novas imagens promocionais, novo ensaio fotográfico e novo vídeo promocional. As imagens e capturas já foram adicionadas em nossa Galeria. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso aos álbuns.

Vídeo:

Fotos:

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TRABALHO HUMANITARIO » WOMEN FOR BEES » PHOTOSHOOT PROMOCIONAL – CAMBOJA (5x)
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ENSAIOS FOTOGRAFICOS (PHOTOSHOOTS) » 2022 » IAN GAVAN (5x)

ACNUR/ Enviada Especial/ Refugiados/ Trabalho Humanitário/ Ucrânia/ UNHCR

Angelina Jolie visita refugiados na Ucrânia

30 de abril de 2022

Neste sábado, dia 30 de Abril de 2022, a Enviada Especial do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (UNHCR / ACNUR) – Angelina Jolie – visitou refugiados na cidade de Lviv, na Ucrânia.

Pela manhã, a cineasta estadunidense foi flagrada em um café – conforme postagem anterior.

Em seguida, Jolie visitou o Hospital Clínico Regional Infantil de Lviv Okhmatdyt, onde todos os dias chegam crianças vítimas da guerra. Lá, ela conversou com crianças que foram feridas em um ataque de mísseis pelas tropas russas em Kramatorsk.

De lá, ela seguiu para o Centro de Treinamento e Reabilitação “Dzherelo“, fundado por pais de crianças com paralisia cerebral. Ao longo dos 26 anos de atividade do centro, mais de 7.000 crianças e jovens receberam treinamento e assistência de reabilitação. O centro oferece reabilitação física, psicológica e médica e social abrangente para crianças e jovens com paralisia cerebral (PC), síndrome de Down, transtornos do espectro do autismo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e outros transtornos do desenvolvimento.

Na hora do almoço, Jolie desfrutou de uma refeição na companhia dos refugiados, que estava sendo servida ao lado de fora da estação ferroviária “Lviv Railway Station”, local que também foi visitado pela atriz.

Nesta estação, cada um dos psiquiatras de plantão atende a cerca de 15 pessoas por dia. O local abriga muitas crianças, com idades entre dois e dez anos. Durante a visita, ela brincou e fez cócegas em uma garotinha, posou para fotos com voluntários e algumas das crianças. Através de um comunicado, Jolie disse:

“Eles devem estar em choque… Eu sei como o trauma afeta as crianças, eu sei que apenas o fato de alguém mostrar o quanto elas importam, o quanto suas vozes importam, sei como isso pode curá-las”.

De acordo com a entidade, mais de 12,7 milhões de pessoas fugiram de suas casas nos últimos dois meses, desde que a Rússia invadiu o país. Esse número representa 30% da população local. Parte das informações disponíveis no texto, foi retirada do website G1.

No final do dia, a ativista teve que deixar a estação ferroviária às pressas, em razão do toque das sirenes alertando ataques aéreos, conforme mostram alguns vídeos disponíveis nas redes sociais.

Jolie foi levada para um lugar seguro e, no dia seguinte (01 de Maio), visitou crianças no Centro Educacional e de Reabilitação “Harmony” na cidade de Boryslav, ainda na Ucrânia.

Várias fotos foram adicionadas em nossa Galeria. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso ao álbum.

Vídeo:

Fotos:

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TRABALHO HUMANITARIO » 2022 » VISITANDO HOSPITAL PEDIÁTRICO OKHMATDYT – 30/04/22 (22x)
TRABALHO HUMANITARIO » 2022 » VISITANDO DZHERELO CENTRE – 30/04/22 (07x)
TRABALHO HUMANITARIO » 2022 » MISSÃO DE CAMPO: UCRÂNIA – 30/04/22 (80x)
TRABALHO HUMANITARIO » 2022 » VISITANDO CENTRO EDUCACIONAL HARMONY – 01/05/22 (10x)

Candids/ Ucrânia/ Vídeo

Jolie visita café na Ucrânia e vídeo viraliza

30 de abril de 2022

Neste sábado, dia 30 de Abril de 2022, a cineasta e ativista estadunidense – Angelina Jolie – visitou o café “Lviv Croissants” na cidade de Lviv, na Ucrânia.

O momento foi registrado por Mayya Podgorodetskaya, que compartilhou o vídeo na rede social “Facebook”. O vídeo, no entanto, começou a circular nas redes sociais e viralizou.

Nele, a atriz aparece usando roupas simples e carregando apenas uma mochila nos ombros. Simpática, ela acena ao perceber que está sendo filmada e ainda atende o pedido de autógrafo de uma fã.

Segundo as informações compartilhadas nas redes sociais do café, a estrela de Hollywood escolheu o croissant Royal – um croissant de salmão com mussarela – e cappuccino.

No dia anterior, Jolie foi flagrada no Aeroporto Frédéric Chopin, logo após aterrissar na cidade de Varsóvia, Polônia, a caminho da Ucrânia. Ela está no país para se reunir com refugiados da guerra.

Vídeo:

Fotos:


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CANDIDS » 2022 » 30/04/22 (40x)
CANDIDS » 2022 » 29/04/22 (07x)

Artigos by Angelina/ Colaboradora/ Entrevistas/ Escritora/ TIME

Jolie entrevista ativista iraquiana Nadia Murad

16 de abril de 2022

Nesta sexta-feira, dia 15 de Abril de 2022, a revista “TIME” publicou em seu website oficial uma entrevista exclusiva da nossa musa inspiradora, Angelina Jolie, com Nadia Murad – ativista iraquiana, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2018, e Embaixadora da Boa Vontade para a Dignidade dos Sobreviventes de Tráfico Humano das Nações Unidas.

Escrito por Angelina Jolie

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu esta semana, à medida que surgem relatos assustadores de que o estupro e a violência sexual estão sendo praticados contra mulheres e crianças durante a invasão russa da Ucrânia. Uma das palestrantes no evento foi a ganhadora do Prêmio Nobel e ativista, Nadia Murad, que recentemente lançou o “Código Murad”, um código de conduta global focado na coleta de informações sobre violência sexual baseada em conflitos.

Criada na antiga fé e tradições do povo Yazidi, Nadia Murad cresceu como a caçula de 11 filhos no vilarejo de Kocho, no Iraque. Ela gostava assistir aulas de história na escola, adorava brincar com maquiagem e sonhava em abrir um salão de cabeleireiro. Em vez disso, em 2014, sua cidade natal foi tomada pelo Estado Islâmico (ISIS). Quatorze membros da família de Murad, incluindo sua amada mãe, estavam entre as centenas de cidadãos que foram massacrados.

Dois de seus irmãos ficaram feridos, mas conseguiram sair das valas comuns que o ISIS cavou para suas vítimas. Murad e outras mulheres e meninas de Kocho foram sequestradas e mantidas como escravas sexuais. Ela suportou meses de cativeiro antes de escapar e encontrar refúgio na Alemanha. Desde então, ela se dedicou a garantir justiça para o povo yazidi, reconstruindo o que o ISIS destruiu e protegendo outras mulheres e crianças contra o uso do estupro como arma de guerra.

Durante a nossa recente conversa, ela me disse que a comunidade internacional precisa desenvolver um plano urgente para responder à violência sexual na Ucrânia e por que as vítimas precisam de justiça. “Eu sei que quando eu contar a minha história e começar a falar sobre estas questões, isso não vai trazer minha mãe de volta”, disse ela. “Mas eu e outros sobreviventes fazemos isso porque queremos evitar que essas coisas aconteçam com outras pessoas e porque queremos uma prestação de contas. Essa é a preocupação número um de muitos sobreviventes, quando suas histórias estão sendo contadas: eles estão esperando que a sua mensagem seja usada para fazer justiça”.

Comecei perguntando a ela quais são seus principais focos e objetivos.

É minha convicção, como sobrevivente, de que não podemos separar a responsabilidade da prevenção. Se não responsabilizarmos aqueles que cometeram esses crimes, isso vai continuar acontecendo com outras mulheres.

Eu não poderia concordar mais. A falta de responsabilidade por esses crimes realmente encoraja as pessoas a se comportarem dessa maneira e a não considerá-lo como um crime de guerra.

Pela primeira vez, a Alemanha usou a jurisdição universal para perseguir os membros do ISIS. Não entendo por que outros países membros da União Europeia, dos Estados Unidos etc. não podem seguir esse exemplo. Temos as provas, temos os testemunhos, podemos responsabilizá-los. Tudo o que precisamos é seguir nessa direção.

Está tão claro o quão importante é pegar tudo o que sabemos agora e começar implementar como um novo padrão. Com a Ucrânia, o que você espera que os governos estejam fazendo neste momento que possa ajudar na prestação de contas?

Quando o ISIS atacou na guerra contra os yazidis, por exemplo, eles tinham um plano sistemático para usar violência sexual, estupro e violar mulheres. Mas, infelizmente, quando a coalizão internacional foi formada para derrotar o ISIS, eles cometeram o erro de não considerar especificamente que a violência contra as mulheres era um elemento principal dessa guerra. A violência contra a mulher e a violência sexual nas zonas de conflito são consideradas um efeito colateral, são danos colaterais desses conflitos. Na Ucrânia, a chave é tentar fazer disso uma parte principal do plano para ajudar o povo ucraniano. Os líderes mundiais precisam entender que, seja no Iêmen, na Ucrânia ou em qualquer outro lugar, a violência contra as mulheres ocorrerá e devemos ter isso em mente ao planejar lidar com esses conflitos.

Acho que muitas pessoas não entendem por completo, quando escutam falar sobre esse tipo de violência. De alguma forma, eles ainda associam o estupro a um ato sexual ou não entendem completamente os horrores que decorrem disso. As pessoas, muitas vezes, não sabem que estamos falando do estupro de uma criança, ou do estupro que é praticado na frente de uma criança, ou do estupro que é praticado até que a mulher morra. Há evidências de que este crime é feito para destruir intencionalmente o ser humano, a família, a comunidade. Se não for pedir muito, e não for insensível, você poderia ajudar as pessoas a realmente entenderem porque é considerado uma arma de guerra?

Onze das minhas cunhadas foram capturadas pelo ISIS e levadas à escravidão. Algumas delas tinham minha idade, outras eram mais velhas e algumas delas vivenciaram essa violência na frente dos filhos, porque os filhos também foram levados para o cativeiro com elas. Os estupros foram feitos de forma visível para destruir a família, destruir a mulher, destruir a comunidade. Não foram feitos em segredo, foram feitos publicamente. Uma coisa que tenho tentado fazer em minha defesa é explicar às pessoas no Iraque com quem interajo, que os grupos terroristas, no caso do ISIS e outros, se concentram especificamente nas mulheres para destruir comunidades porque sabem que as mulheres são uma parte essencial.

Grupos terroristas usam o estupro como uma forma de destruir as mulheres porque sabem que isso pode ficar com as mulheres pelo resto da vida. Eles sabem que o estigma e a vergonha, em muitas comunidades, seguem uma mulher após a escravidão sexual e o estupro. Foi exatamente isso que o ISIS fez. Não foi um acidente. Este era um plano sistemático. O ISIS intencionalmente queria que as mulheres tivessem filhos nascidos de estupro quando os compravam e os vendiam durante a escravidão sexual. Porque eles sabiam que, para um grupo pequeno como os yazidis, seria difícil para a comunidade se recuperar. Para minha família, hoje em dia, quando vejo minhas cunhadas, depois do que elas passaram, nada é o mesmo para nós… Quando falamos, não há mais nada para conversarmos como uma família normal. Nós nos olhamos, eu sei que elas não querem falar sobre suas histórias, é claro, algumas delas nunca quiseram. Mas eu sei que quando olho em seus olhos, há muito que elas querem falar, mas não o fazem.

Para as vítimas, por exemplo, em sua comunidade de origem, existem pessoas trabalhando com as crianças, ou com essas famílias para tentar ajudá-las de forma terapêutica?

Sim, existem iniciativas e grupos que estão ajudando. Mas não há nenhum esforço coordenado para tentar encontrar uma solução, para ajudar as mulheres e crianças a não desviar o foco para outras coisas.

Muito se resume apenas aos direitos de uma mulher ou de uma criança. E, claro, quando não há responsabilização pelo crime cometido contra você, é uma grande coisa pedir à vítima que supere. É totalmente injusto, é impossível. Tenho tanta admiração por todas as mulheres como você que, de alguma forma, e com tanta graça, se mantiveram unidas e continuaram a fazer este trabalho, na ausência da justiça. Não consigo imaginar o quão difícil deve ser quando você e suas cunhadas e familiares se reúnem e se sentam com a realidade disso.

É exatamente isso. Muitas vezes, quando minhas irmãs e cunhadas falam comigo, elas dizem: ‘Por que você continua fazendo isso? Elas sabem que, depois do que aconteceu com elas, comigo e com a nossa família, ainda tem muita dificuldade em falar sobre o que aconteceu, principalmente vindo daquela região. Esse assunto acompanha vergonha, estigma, ataques e assim por diante. Mas alguém tem que dizer o que aconteceu conosco. Sei que é a coisa certa a fazer porque sei que não serei a última a enfrentar esse tipo de violência. Então é por isso que eu tenho que continuar. Eu sei que vai levar muito tempo, mas eu sei que é a coisa certa a fazer.

Eu acho que você é muito corajosa. Seu trabalho é tão significativo e você continuará salvando outras mulheres e crianças. Eu sei que você tem irmãos maravilhosos que defenderam você da mesma forma que meus filhos são assim na minha vida. Tantos homens e garotos incríveis ao redor do mundo, assim como também seu maravilhoso marido, estão lutando contra aqueles homens que cometem esses crimes.

Vou dizer algumas coisas sobre meu marido e sobre meus irmãos porque sinto que preciso. Quando contei aos meus irmãos – aqueles que sobreviveram às valas comuns – foi quando o programa “60 Minutes” queria nos entrevistar juntos. Um cara me disse que, se eu desse essa entrevista, o mundo inteiro iria me ver iria ouvir minha história. Eu tentei convencer meus irmãos e eles ficaram tipo: “Você sabe que nós te amamos. Não queremos que você enfrente estigma e vergonha.” Mas, no fim, eles me apoiaram e estão comigo durante todo este caminho, fizeram a entrevista e ficaram orgulhosos.

Depois que comecei a fazer esse trabalho, eu sabia que precisava de alguém para me apoiar, não apenas para trabalhar comigo como sobrevivente, mas para me amar, para me respeitar. Eu precisava de alguém ao meu lado para – quando me perguntam onde e quando o ISIS me estuprou – dizer que essa pergunta não deveria ser feita, de que sou humana, que sou uma sobrevivente e não mais uma vítima. Encontrei isso em Abid, meu marido. Ele me ouviu. Acho que não conseguiria nada sem ele. Espero que os homens no Iraque possam olhar para Abid e ver que ele está me apoiando, está apoiando este trabalho, que ele é tão sensibilizado pelo que acontece com essas mulheres e meninas, e não apenas yazidis. Acho que precisamos de mais homens assim, pois existem tantos homens bons no mundo que podem nos apoiar. Quando fundei a “Nadia’s Initiative”, eu só queria me concentrar em documentar o que aconteceu conosco, especialmente, as histórias das sobreviventes e o que o ISIS fez.

Eu não queria ser a única a reconstruir a região porque não era minha responsabilidade como sobrevivente. Mas depois de sobreviver e viver naquele campo de deslocados aprendi muito. Eu sabia que ser estuprada era uma coisa, mas viver em um campo de deslocados é outra experiência, especialmente para mulheres e meninas. Tudo o que estou fazendo para a “Nadia’s Initiative” veio da minha experiência, de testemunhar tudo no campo de deslocados, no cativeiro em casa, mesmo antes da chegada do ISIS. Leva tempo para fazer esses projetos, para documentar as evidências, mas mesmo com desafios, podemos usá-los para evitar que, o que aconteceu conosco, aconteça com os outros.

Quando fundei a Nadia’s Initiative, eu só queria me concentrar em documentar o que aconteceu conosco e especialmente as histórias dos sobreviventes e o que o ISIS fez. Eu não queria ser o único a reconstruir a região porque não era minha responsabilidade como sobrevivente. Mas depois de sobreviver e viver naquele campo de deslocados aprendi muito mais. Eu sabia que ser estuprada era uma coisa, mas viver em um campo de deslocados é outra experiência, especialmente para mulheres e meninas. Tudo o que estou fazendo pela Iniciativa de Nadia veio da minha experiência, de testemunhar tudo no campo de deslocados, no cativeiro em casa e mesmo antes da chegada do ISIS. Leva tempo fazer projetos para documentar as evidências, mas mesmo com desafios podemos usá-los para evitar que o que aconteceu conosco aconteça com os outros.

Fonte: TIME