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Jolie escreve artigo sobre o Dia Mundial do Refugiado

20 de junho de 2022

Nesta segunda-feira, dia 20 de Junho de 2022, a cineasta estadunidense e Enviada Especial do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (UNHCR / ACNUR), Angelina Jolie, escreveu um artigo para a revista “TIME” e falou sobre o Dia Mundial do Refugiado. Confira a matéria traduzida na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil.

Escrito por Angelina Jolie

No Dia Mundial do Refugiado, vamos nos comprometer a encontrar um caminho melhor

Todos os dias, mais de duas crianças são mortas e quatro ficam feridas no conflito na Ucrânia. Após mais de 100 dias de guerra, quase dois terços das crianças ucranianas foram deslocadas.

O conflito expõe a vulnerabilidade das crianças e a aumenta muito. Além das lesões físicas, há o trauma: o efeito do deslocamento, das noites escutando bombardeios, da separação da família, de ver amigos e parentes mortos. O trauma interrompe o sonho. Não apenas porque os pesadelos se tornam reais, mas aquele sonho que leva a vida adiante. Aquele pensamento sobre o que podemos criar. Sobre o que pode melhorar. Sobre quem podemos amar. O trauma destrói aquilo que a criança nasceu para ser.

Estamos mais conscientes da realidade e do impacto da guerra do que nunca. Mas, apesar de toda a nossa consciência, o risco para as crianças é cada vez maior. Existem mais conflitos acontecendo atualmente, do que em qualquer outro momento desde a Segunda Guerra Mundial. Uma em cada seis crianças em todo o mundo – 426 milhões – vive em uma zona de conflito.

O conflito na Ucrânia elevou o número de pessoas deslocadas em todo o mundo para mais de 100 milhões – mais do que nunca antes registrado. Mais de uma pessoa, em cada 100 ao redor de todo o mundo, encontram-se deslocadas, como refugiadas, solicitantes de refúgio ou, até mesmo, deslocadas dentro de seu próprio país – um número maior que a população do Reino Unido, da França ou da Alemanha. Destes 100 milhões, cerca de 40 milhões são crianças forçadas a deixar suas casas e suas comunidades. Para elas, o futuro parece sombrio.

Temos que reconhecer que nossos sistemas para prevenir conflitos, deslocamentos humanos em massa e defender os direitos humanos não estão funcionando. Três quartos dos refugiados vivem em situações prolongadas, onde o retorno ao país de origem é impossível porque os problemas de onde fugiram persistem.

Atualmente, a ajuda está tão limitada que o “Programa Mundial de Alimentos” da ONU fez um comunicado dizendo que, no Iêmen, “não temos escolha a não ser tirar a comida dos que estão famintos para alimentar aqueles que estão morrendo de fome e, em algumas semanas, corremos o risco de não conseguir alimentar nem os que estão morrendo de fome.”

No Afeganistão, as ONGs temem que a fome possa matar mais pessoas do que nos últimos 20 anos de guerra. O Conselho Nacional de Inteligência dos EUA alertou que os direitos dos refugiados estão entre “as normas com maior risco de enfraquecer globalmente na próxima década”, o que significa que, se não tomarmos uma atitude, haverá ainda menos concordância sobre como proteger os refugiados.

Não podemos esperar que as crises atuais passem, ou que surja uma liderança em nível internacional, antes de perguntarmos o que precisa mudar. A ajuda de emergência deve ser uma solução temporária, fornecida sem discriminação. Refugiados e pessoas deslocadas devem poder voltar para casa com segurança após os conflitos, em razão da diplomacia e dos acordos de paz. As normas de direitos humanos devem ser aplicadas de forma consistente. Em vez disso, vemos os refugiados serem discriminados com base na cor da pele, religião ou país de origem. Os países mais pobres do mundo abrigam milhões de refugiados por décadas sem um fim à vista, enquanto os mais ricos inventam maneiras cada vez mais elaboradas de fechar suas fronteiras e “expulsar” os requerentes de refúgio.

Precisamos reconhecer o que seria necessário para reduzir o número de refugiados globalmente. Precisamos entender o nível profundo de sofrimento humano das pessoas que vivem nessas situações. E precisamos reconhecer que ainda estamos vivendo de forma antiga, com comportamentos antigos. Não ajustamos nossas instituições para atender ao novo mundo ainda em formação.

Devido à forma como a ONU foi criada, ela está voltada para os interesses e para as vozes das nações poderosas, às custas das pessoas que mais sofrem com conflitos e perseguições, cujos direitos e vidas não são tratados da mesma forma. Por décadas, o foco principal tem sido o trabalho de organizações internacionais. Não houve atenção suficiente em ouvir grupos e voluntários locais e fortalecer seus esforços.

Não pretendo obter respostas, mas estou junto com todos aqueles que procuram um novo caminho. Grande parte da força que vejo neste momento, vem de pessoas individuais em países afetados por conflitos, como a Ucrânia – e de organizações locais, voluntários e dos próprios refugiados – que não estão esperando para serem ajudados, mas apoiando uns aos outros. É aí que deposito minha fé e esperança, até que tenhamos a coragem de reconstruir nossas instituições internacionais e cumprir a promessa de direitos iguais e proteção para todos.

Jolie é editora colaboradora da revista TIME e é também atriz vencedora do Oscar e ativista humanitária.

Fonte: TIME

ACNUR/ Ativista/ Dia Mundial do Refugiado/ Enviada Especial/ Refugiados/ Trabalho Humanitário/ UNHCR

Jolie celebra o Dia Mundial do Refugiado na Itália

20 de junho de 2022

Nesta segunda-feira, dia 20 de Junho de 2022, a Enviada Especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR / ACNUR) – Angelina Jolie – convidou refugiados da Ucrânia, Afeganistão, Mali, Costa do Marfim, Congo, Egito, Curdistão, Nigéria e Gâmbia para um jantar especial em comemoração ao Dia Mundial do Refugiado, na cidade de Roma, Itália.

Jolie também fez uma postagem em sua conta oficial na rede social “Instagram” dizendo:

“No Dia Mundial do Refugiado deste ano, celebrei um jantar com novos amigos da Ucrânia, Afeganistão, Mali, Costa do Marfim, Congo, Egito, Curdistão, Nigéria e Gâmbia. Sou grata que, em meio a tantas coisas pesadas no mundo, essas pessoas corajosas compartilharam seu tempo e suas histórias comigo. Família, amigos e comida unem as pessoas e eu tive a honra de receber novos amigos para comer, compartilhar e aprender.”

O Dia Mundial do Refugiado é comemorado em 20 de Junho de cada ano e dedicado à conscientização sobre a situação dos refugiados em todo o mundo. Todos os anos, as Nações Unidas, a Agência de Refugiados das Nações Unidas (ACNUR) e inúmeros grupos cívicos em todo o mundo organizam eventos do Dia Mundial do Refugiado para chamar a atenção do público para os milhões de refugiados e pessoas internamente deslocadas em todo o mundo que foram forçados a fugir de suas casas devido à guerra, conflito e perseguição.

Fonte: Instagram | Wikipédia

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TRABALHO HUMANITARIO » EVENTOS, MISSÕES E OUTROS » 2022 » 20/06/22(10x)

Entrevistas/ Revistas & Scans

Jolie estampa capa da revista Madame Figaro

17 de junho de 2022

Nesta sexta-feira, dia 17 de Junho de 2022, a revista francesa “Madame Figaro” publicou em sua edição dos dias 17 e 18 de Junho uma entrevista exclusiva com nossa musa inspiradora, Angelina Jolie. Confira abaixo a materia completa! (Obs: pode conter erros, uma vez que foi traduzida através do “Google Tradutor”).

Escrito por Richard Gianorio
Fotos por Lachlan Bailey

Enviada Especial da ONU e cineasta, Angelina Jolie se dedica intensamente às suas missões humanitárias. A musa da Guerlain também é madrinha do “Women For Bees”(Mulheres Pelas Abelhas), programa que promove as mulheres e a biodiversidade. Em entrevista com a Madame Figaro, esta apaixonada ativista assumiu seu compromisso ecológico.

O costume de utilizar o aplicativo “Zoom” é menos refletido quando tem o efeito de fazer milagrosamente Angelina Jolie aparecer, com seu rosto bronzeado, sorriso californiano e blusa preta de alça fina, na tela retangular de seu computador. A atriz está em Los Angeles e, para reduzir emissões de carbono, não percorre mais quilômetros desnecessários a não ser para viagens estratégicas, como sua recente visita à Ucrânia, no final de Abril, na qualidade de Enviada Especial das Nações Unidas:

“Eu pude ver, em primeira mão, a resiliência absoluta e a força inimaginável dessas pessoas, que não apenas sobreviveram a essa situação de guerra, mas defenderam aqueles ao seu redor”, ela testemunha.

O cinema, há muito tempo, foi suficiente para preencher a vida de Angelina Jolie, estrela e diretora de Hollywood, 47 anos, nascida no dia 4 de junho, que dedica a maior parte de seu tempo às suas atividades como ativista dos direitos humanos. Uma personalidade extraordinária que parece ter escolhido o sacerdócio humanitário, que a conduz incansavelmente às zonas de guerra.

Jolie intriga, fascina e talvez confunda, mas ninguém pode questionar a sinceridade e consistência de seus compromissos, uma mulher que inspeciona campos de refugiados, discursa em Davos e desafia instituições internacionais. Despertadora de consciências, ela também é garota propaganda da Guerlain, que a tornou madrinha de um programa de ponta em empreendedorismo agrícola feminino, o “Women for Bees”, que treina e apoia apicultoras em todo o mundo. Em jogo, está a biodiversidade, é claro, mas sobretudo a autonomia das mulheres em regiões desfavorecidas: colmeias foram instaladas no Camboja, seu país do coração, onde ela reside parcialmente e onde também é sede de sua Fundação Maddox Jolie-Pitt (MJP Foundation), que também trabalha para preservar o meio ambiente e melhorar as condições de vida das comunidades rurais. Angelina Jolie é a convidada muito especial da nossa edição verde.

O programa “Women for Bees” tem como alvo as mulheres, geralmente as primeiras vítimas econômicas das vicissitudes e rupturas globais…

A questão da desigualdade é um problema eterno. Em geral, assim que surge um conflito em algum lugar, elas são as primeiras a sofrer. Em muitas partes do mundo, as mulheres não têm o apoio ou as liberdades que deveriam ter. Há uma necessidade óbvia de colocar esse problema em foco, mas também há, talvez, uma maneira mais suave de abordá-lo, apresentando-lhes o tipo de dispositivo que é o “Women for Bees”, que pode se tornar uma espécie de bola de neve e beneficiar todas as comunidades. Por exemplo, é isso que vejo nos países pobres, temos que ensinar habilidades no comércio e o comércio os tornará mais autossuficientes, permitindo que eles estabeleçam suas próprias redes. As mulheres são frágeis, mas paradoxalmente são também uma fonte de força extraordinária. Você sabe, no início da pandemia, 70% dos cuidadores eram mulheres… 70%! É uma realidade e é lindo: quando as mulheres têm acesso a conhecimentos, ferramentas e oportunidades, o que elas fazem? Eles ajudam os outros.

Como qualificar a palavra irmandade?

Mulheres que apoiam mulheres, que se respeitam e que se apoiam. Mulheres se ajudando. Juntas, nós mulheres somos mais fortes.

Camboja é o seu país do coração. Qual é a situação das mulheres lá?

Eu trabalho no Camboja há cerca de vinte anos e nossa fundação atinge cerca de 20.000 pessoas, com acesso a clínicas e escolas. Atualmente, estamos liderando uma luta contra o desmatamento. Digo “nós” porque diferente de quando iniciei o programa, agora ele é totalmente gerenciado por pessoas locais. São as pessoas de lá que realizam o trabalho. Mulheres jovens, mulheres mais velhas e silvicultores trabalham lado a lado com homens bem intencionados. O imperativo não é só ajudar as mulheres, mas também fortalecer os laços que as unem aos homens. Para trabalharmos melhor, devemos nos unir.

Você acha que os meninos deveriam ser educados de forma diferente para que as mulheres possam se realizar melhor?

Sou fã do “todos juntos”. O despertar dos meninos para questões de igualdade é mais necessário em certos países ou em certas culturas que apresentam deficiências. É absurdo pensar que, ainda hoje, em algumas partes do mundo, as mulheres são cruelmente privadas de educação e de liberdade. Mas esta questão da educação surge para além de qualquer conotação geográfica ou cultural, surge em todas as comunidades ou famílias, tanto na sua casa como na minha. Eu, por exemplo, tenho três meninos e três meninas, e todos os dias descubro novos aspectos em cada um deles. A ideia é que cada um encontre seu lugar independente do sexo e floresça de forma igualitária sem impedir a liberdade do outro.

Você mora parte do ano no Camboja, cuja nacionalidade você adquiriu (além da estadunidense) posteriormente. Como foi feita essa escolha?

Nenhum dos meus seis filhos nasceu nos Estados Unidos. Meus gêmeos nasceram na França, Zahara nasceu na Etiópia, Pax é vietnamita, Maddox é cambojano e Shiloh abriu os olhos na Namíbia. O meu coração está ligado a vários países e, sobretudo, aos de nascimento e herança dos meus filhos. Mas devo dizer que o Camboja foi o primeiro país com o qual estabeleci um vínculo muito forte. Eu morei lá e eu realmente conheci o seu povo. Foi lá que tomei conhecimento do problema dos refugiados. Na minha infância, quase não falávamos sobre o deslocamento de populações e não me lembro de que as aulas de história dessem muito crédito para esse problema. Quando visitei o Camboja pela primeira vez em 2000, não sabia nada sobre aquele país e fiquei impressionada com a extensão das minhas deficiências. Foi uma tomada de consciência profunda, primeiro para entender o que realmente aconteceu durante o conflito, depois para conhecer os refugiados. Você sabe, o lugar onde construí minha casa era uma fortaleza do Khmer Vermelho. Sobrou um bunker e o solo estava repleto de minas terrestres. Tudo isso estava muito longe do que me ensinaram durante minha juventude americana, vi que tratava-se tanto de uma atualização quanto um questionamento. Eu amo o povo do Camboja com todo meu coração. E foi meu filho Maddox, meu mais velho, que me fez mãe. É sobre tudo isso.

O seu compromisso político é acompanhado por uma ligação muito forte com a natureza. O que você espera obter com isso?

Sinto-me em paz na natureza. Eu me sinto selvagem e muito humana. Muitas vezes descubro que, qualquer coisa que não seja natural, é o que nos desvia.

Como surgiu sua consciência ecológica?

Eu não cresci em um ambiente particularmente ecológico, embora minha mãe estivesse ciente de alguns problemas – ela falava muitas vezes das florestas tropicais ameaçadas, por exemplo, um assunto ainda relevante, infelizmente. Minha consciência ecológica realmente se afirmou durante minhas primeiras viagens ao Camboja. No início, pensava principalmente nas necessidades humanas, o que para mim significava escolas e hospitais. Como eu estava dizendo, comprei um terreno, limpei e construí minha base lá. Obviamente, foi ótimo limpar minas e construir escolas, mas isso também significava cortar árvores e manter os tigres longe do ambiente. Foi então que entendi que era preciso pensar diferente, pensar mais globalmente. Entenda que qualquer gesto pode ter um efeito devastador no meio ambiente. Então aja de acordo. Tente reconciliar todas as comunidades, caçadores furtivos e silvicultores, aqueles que protegem a floresta e aqueles que constroem hospitais. Ajustes pedagógicos devem ser feitos constantemente, mas estou convencida de que a natureza e os humanos podem trabalhar muito bem de mãos dadas.

Você cria seus filhos com isso em mente?

Acredito que a nova geração está muito mais consciente e alerta do que nós quando estávamos na mesma idade. Obviamente, é fácil se preocupar com o futuro quando vemos a insuficiência das leis ou a lentidão dos políticos em mudar as coisas. Da minha parte, faço o meu melhor para educar os jovens de uma perspectiva global, incluindo o meio ambiente. Cheguei a co-escrever um livro sobre o assunto (“Know Your Rights and Claim Them. A Guide for Youth”), onde são discutidos os direitos das crianças e dos jovens. Quanto aos meus próprios filhos, procuro não ser aquele tipo de mãe que insiste na importância de pensar no meio ambiente. Preferi que eles se decidissem à medida que crescem, mergulhando-os em ambientes variados, incentivando-os a fazer amigos de diferentes culturas, enfim, a viver e sentir o máximo de emoções e experiências possíveis. Acredito que compreensão, respeito e abertura para com os outros se tornaram conceitos quase orgânicos para eles.

Quais são os gestos ecológicos diários na sua família?

Você sabe, minha principal preocupação diz respeito, acima de todos, os direitos humanos e dos refugiados. Não pretendo ser um exemplo de perfeição em ecologia doméstica, mesmo que esteja trabalhando para melhorar a coisa. Antes, por exemplo, eu viajava muito de avião e adorava. Acabou. Hoje, só faço voos com um propósito, ou seja, voos essenciais, úteis, por boas razões.

Como podemos qualificá-la? Ecologista? Humanista?

Humanista, claro, mas sobretudo internacionalista. Acredito que o mundo inteiro deve se unir para melhor respeitar e ajudar uns aos outros.

Fonte: Madame Figaro

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Candids/ Itália

Jolie e Salma Hayek vão a restaurante em Roma

16 de junho de 2022

Na noite desta quarta-feira, dia 15 de Junho de 2022, a cineasta estadunidense, Angelina Jolie, e a atriz mexicana, Salma Hayek, foram fotografadas jantando no restaurante “Casa Coppelle”, localizado na cidade de Roma, na Itália.

As fotos foram compartilhadas através do perfil oficial do restaurante na rede social Instagram. Através de uma postagem, o estabelecimento disponibilizou as fotos e comentou dizendo:

“Muito animados por receber Angelina Jolie e Salma Hayek na Casa Coppelle! Foi um prazer!”

Jolie e Hayek estão na Itália, já que ambas estão trabalhando nas filmagens do longa “Without Blood” (Sem Sangue – em tradução livre não oficial), uma adaptação do romance best-seller escrito por Alessandro Baricco de mesmo nome, que conta uma história sobre guerra, vingança, memória e cura.

“Without Blood” é o quinto projeto de direção de Jolie e o primeiro após seu mega acordo com a produtora “Fremantle” – através do qual poderemos ver a cineasta produzir, dirigir e estrelar filmes, séries de TV e documentários. Em um comunicado recente, Jolie disse:

“Estou honrada por estar aqui na Itália com a finalidade de trazer este material muito especial para o cinema e por ter recebido a confiança de Alessandro Baricco com a adaptação de seu livro – com sua poesia e emoção únicas, com sua maneira de ver a guerra e as questões que aborda sobre aquilo o que procuramos após vivenciar trauma, perda ou injustiça.”

O longa ainda não tem data de lançamento oficial prevista, entretanto, as filmagens já estão acontecendo na Itália. As fotos foram adicionadas em nossa Galeria. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso ao álbum.

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Diretora/ Filmes/ Without Blood

Jolie é vista nos sets de seu novo filme Without Blood

14 de junho de 2022

Nesta segunda-feira, dia 13 de Junho de 2022, Angelina Jolie foi fotografada nos sets de gravações de seu mais novo filme, “Without Blood”.

A diretora, de 47 anos, usou um conjunto branco e cobriu o rosto com uma máscara de proteção de cor preta enquanto se misturava com a equipe de produção em uma fazenda fortificada na cidade de Crispiano, em Taranto, na Itália.

O filme “Without Blood” (Sem Sangue – em tradução livre não oficial) será uma adaptação do romance best-seller escrito por Alessandro Baricco de mesmo nome, que conta uma história sobre guerra, vingança, memória e cura.

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FILMES » DIRETORA » 2023 – WITHOUT BLOOD » SETS DE FILMAGENS – 13/06/22 (13x)

Entrevistas/ Revistas & Scans/ Women For Bees

Jolie é entrevistada pela Harper’s Bazaar UK

11 de junho de 2022

Na última semana, chegou às bancas a edição dos meses de Julho / Agosto de 2022 da revista britânica “Harper’s Bazaar”. No interior da revista, foi compartilhada uma matéria exclusiva sobre nossa musa inspiradora, Angelina Jolie. Confira o artigo traduzido na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil!

Por Frances Hedges

A abelha rainha: como estrelar um papel no filme “Lara Croft: Tomb Raider” levou Angelina Jolie a uma nova missão: capacitar mulheres enquanto protege as abelhas no Camboja e além.

“Todos nós já tivemos aqueles momentos em que poderíamos transformar alguma coisa em nossas vidas, dependendo se escolhêssemos um caminho ou outro… quando se trata de algo que nos ajuda a crescer. Sinto-me muito afortunada por este lugar ter entrado na minha vida há tantos anos.”

Reflete Angelina Jolie sobre sua primeira visita ao Camboja no ano 2000, quando estava participando das gravações do filme “Lara Croft: Tomb Raider” no templo Ta Prohm, em Angkor, no Camboja. Aquelas filmagens foram o início de um relacionamento vitalício com o país, onde ela adotou seu filho mais velho, Maddox, onde estabeleceu uma Fundação e comprou uma casa – cujos hectares protegidos ofereceram um refúgio seguro em momentos difíceis de sua vida.

“Para mim, ir até lá [Camboja] foi como um despertar de muitas coisas no mundo que eu não conhecia como, por exemplo, o que significava ser um refugiado. E eu me senti muito honrada quando, anos depois, pude me tornar mãe de um filho cambojano e adquirir a cidadania no país. Me sinto em paz quando estou no Sudeste Asiático,” conta Jolie.

Sua mais recente viagem ao Camboja, para a inauguração da segunda fase do programa Guerlain x Unesco x Women for Bees, é o motivo pelo qual estamos conversando via “Zoom” hoje. Para a entrevista, Jolie apareceu casualmente vestida usando uma regata preta, cabelos soltos e um rosto limpo.

A entrevista já tinha sido adiada várias vezes, embora não sem uma boa razão: Jolie atrasou seu retorno a Los Angeles, do Camboja, com finalidade de voar para o Iêmen, onde se encontrou com famílias deslocadas visando conscientizar as pessoas a respeito da crise humanitária criada pelo guerra civil em andamento.

Agora de, volta aos EUA, ela não perdeu tempo em pegar os fios dos vários projetos em que está trabalhando, incluindo este Programa criado pela Guerlain, que visa formar mulheres, em biosferas selecionadas da Unesco, com conhecimentos sobre apicultura.

Concebido como uma forma de enfrentar as ameaças à população global de abelhas, cujos poderes de polinização são cruciais para a segurança alimentar e a gestão de ecossistemas, esta ambiciosa iniciativa também promove a educação feminina e o empreendedorismo – uma causa que, há muito tempo, está no coração de Jolie. “Conforme fui viajando pelo mundo, vi que as mulheres costumam ser muito vulneráveis e sempre muito capazes”, diz ela.

Agora, em sua segunda fase (a fase piloto aconteceu ano passado na França, sendo que outras etapas estão sendo planejadas para Ruanda, Etiópia, Província chinesa de Yunnan e Região Amazônica), o programa baseia-se no conceito de compartilhamento de conhecimentos – porque “quando você treina uma mulher, ela repassa o treinamento para outras pessoas”, diz Jolie. “Todos nós temos pontos fortes diferentes, mas acho que há algo inato nas mulheres sobre nutrição e comunidade. São qualidades que vêm muito naturalmente para nós – é como a maternidade, certo?”, acrescenta ela sorrindo com simpatia para mim. (Eram 19:00, horário de Londres, e minha filha de um ano estava chorando audivelmente ao fundo.) “Como nossos corpos respondem quando ouvimos um bebê chorando… Acho que temos algo em nós quando se trata de pensar nos outros e não apenas em nós mesmas, e isso ajuda muito nesse tipo de trabalho.”

Com seis filhos para cuidar – Maddox, Pax, Zahara, Shiloh e os gêmeos Knox e Vivienne – Jolie sente que seu instinto de retribuir ficou mais forte do que nunca? “Meus filhos têm um impacto em todos os aspectos de quem eu sou”, diz ela, decisivamente. “No momento em que você se torna mãe, sua vida deixa de ser apenas sua. Você não sabe mais o que é “você”; não se trata mais sobre sua vida, então você quer representá-los, você quer ser esse modelo para eles; seu melhor eu.”

Se por o acaso ela se questiona sobre suas decisões ou sobre sua identidade, é para seus filhos que ela se volta para tranquilizá-la. “Quando tenho dúvidas e não sei quem sou, sento com eles e sinto que eles me conhecem mais do que qualquer pessoa me conhece”, diz ela. “E então, eu me vejo e os vejo como pessoas boas, pessoas interessantes, todos indivíduos muito fortes e acho que não posso ser de toda ruim.”

Jolie foi aberta sobre lutas passadas com sua saúde mental, incluindo recentemente sofrer do que ela descreveu como um transtorno de estresse pós-traumático (uma experiência que ela usou em sua interpretação no papel de Thena, que sofre de uma condição psicológica, no filme sucesso de bilheterias da Marvel lançado no ano passado, “Eternos”).

Desde que pediu o divórcio de Brad Pitt em setembro de 2016, ela passou por uma batalha legal complexa e prolongada durante a qual alegou violência doméstica contra Pitt, que foi inocentado de qualquer irregularidade, mas reconheceu que tinha problemas com álcool. Ela, agora, mantém a guarda exclusiva de seus cinco filhos menores (Maddox, que já tem mais de 18 anos é, portanto, desconsiderado), tendo argumentado com sucesso que, o juiz que anteriormente havia concedido a custódia compartilhada a Pitt, não poderia ser considerado imparcial.

De qualquer forma, depois de tanta agitação, Jolie me diz que ainda está “descobrindo” como tocar sua vida. “Todos nós lutamos, porque ninguém é uma pessoa perfeita, então estamos apenas nos colocando em xeque para perguntar, estamos indo para o caminho certo? E não há fim para esse crescimento,” reflete ela.

Certamente não há como divorciar Jolie de seu poderoso senso de propósito. Longe de desaparecer da vista do público, mesmo após sua separação de Pitt, ela continuou a usar seu poder de estrela para defender causas humanitárias, ingressando no Instagram em 2021 visando aumentar a conscientização sobre os horrores enfrentados por mulheres e meninas que vivem sob o regime talibã no Afeganistão, e viajando para a Ucrânia em Abril para visitar crianças órfãs na cidade de Lviv. No entanto, ela está consciente da necessidade de não sobrecarregar seus próprios filhos e filhas, especialmente em nossa era de mídia social e de notícias em 24 horas.

“Eles estão mais conectados do que qualquer geração jamais esteve e, com isso, vem uma sobrecarga de informações sobre o mundo em que vivemos – algumas coisas realmente muito assustadoras e eles estão expostos a todas elas. Eles estão sendo encorajados a fazer algo a respeito, o que é maravilhoso porque lhes dá liberdade de ação, mas também, eles não deveriam sentir esse tipo de pressão,” diz ela. Embora ela queira que seus filhos cresçam com um senso de responsabilidade cívica, ela sugere que “o maior desafio para esta geração é apenas tentar ajudá-los a encontrar alegria e paz… eles precisam de coisas bobas e rebeldia!”

Se existe uma herança que ela espera transmitir, é a compreensão do poder da comunidade. Projetos como o programa “Women for Bees” são bem-sucedidos porque têm menos a ver com caridade e mais com a construção de redes de apoio – daí o desejo de Jolie de que seus filhos e filhas se vejam como parte de uma família global.

“Você os ajuda a se conectar e aprender sobre culturas e pessoas ao redor do mundo, e assim eles as valorizam. Se for a coisa certa a ser feita, deve acontecer de forma natural,” diz ela. E com isso, Angelina Jolie – estrela de cinema, mentora, mãe – está indo para seu próximo noivado: mudando o mundo com uma conexão de cada vez.

Créditos: Harper’s Bazaar UK

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Entrevistas/ Revistas & Scans/ Women For Bees

Elle Arabia entrevista Angelina Jolie

10 de junho de 2022

Nesta sexta-feira, dia 10 de Junho de 2022, a revista “Elle Arabia” disponibilizou em seu website oficial uma entrevista exclusiva com nossa musa inspiradora, Angelina Jolie. Confira a matéria traduzida na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil!

Escrito por Virginie Dolata

SEXTA-FEIRA, 18H, 1º DIA DE ABRIL: Angelina Jolie aparece na tela do meu computador. Não, eu não estou assistindo “Eternos” na Netflix ou “Aqueles Que Me Desejam A Morte” na HBO Max e não estou alucinando. Ela está lá, via Zoom, sorrindo, pouco maquiada, com sua pele perfeita, seus longos cabelos soltos envolvendo seu rosto. Nossa interação começa, conforme ela começa a responder à minha primeira pergunta. Existe até uma certa forma de cumplicidade, entre mulheres, entre mães, que rapidamente se instala. Jolie tem o dom de fazer você sentir que pertence à mesma comunidade. Bem, quase isso, exceto por algumas diferenças, das quais ela está bem ciente. E é disso que se trata esta entrevista: discutir sobre esse maravilhoso grupo de mulheres treinando para se tornarem apicultoras, resultando em maior autonomia, benefícios econômicos individuais e locais e um impacto ambiental positivo para todos, incluindo as abelhas.

Angelina Jolie é uma mulher de convicção e ação que, há anos, usa sua fama mundial em prol de causas humanitárias, ambientais e feministas, com uma visão real do mundo e uma empatia sincera pelos outros. Por quase vinte anos, esta mãe de seis filhos (três dos quais foram adotados) trabalha no Camboja com sua fundação MJP (Maddox Jolie-Pitt), contribuindo para o alívio da extrema pobreza rural, proteção ambiental e conservação da vida selvagem. A MJP também apoia programas de saúde, educação, agricultura e empoderamento das mulheres.

Para completar, Jolie também é Enviada Especial do Alto Comissariado das Nações Unidas: “Estou trabalhando muito como Enviada Especial da ONU, especialmente com a crise na Ucrânia e em outras partes do mundo. Recentemente, tenho trabalhado em Washington D.C. pela Lei de Violência Contra a Mulher”, acrescenta.

Após trabalhar em 69 filmes, mal conversamos sobre os próximos projetos cinematográficos: “Não tenho muitos planos para este ano, mas vou fazer um filme chamado “Without Blood”, inspirado no livro de Alessandro Baricco, um maravilhoso escritor italiano. É sobre pessoas vivenciarem uma situação pós guerra civil, sobre trauma e a condição humana”. Um tema adequado para Jolie, semelhante aos longas “Primeiro Eles Mataram Meu Pai” (2017) e “Na Terra de Amor e Ódio” (2012).

Hoje, a musa da Guerlain (cujo símbolo é uma abelha imperial desde 1853), é a orgulhosa madrinha do programa “Women For Bees” que continua no Camboja, depois de uma primeira fase na França, em 2021. Este ano, 12 cambojanas serão treinadas em Siem Reap (no Distrito de Samlot) e em Tonle Sap, uma biosfera da UNESCO localizada no Parque Arqueológico de Angkor. Essas mulheres, empresárias, aprenderão sobre a criação e gestão de um sistema apícola sustentável. Mas também, sobre a importância das abelhas em seu ambiente e na cultura cambojana. Falamos com Angelina Jolie sobre compromisso, solidariedade feminina, empatia e abelhas, tão trabalhadoras quanto… Jolie!

ELLE: Você passou 20 anos trabalhando contra a crise dos refugiados e pela conservação ambiental, fundou várias escolas para meninas e sua própria fundação no Camboja, a MJP… Em outras palavras, você é “super ativa”. O que desencadeou esse enorme compromisso?

Se você tiver a oportunidade de conhecer as pessoas que conheço, globalmente, especialmente as pessoas que foram deslocadas por conflitos e passaram por coisas tremendas como seres humanos, você terá a sorte de se conectar profundamente com a condição humana através desses sobreviventes e dessas famílias maravilhosas. Então, passa a ser uma honra, uma felicidade poder fazer qualquer coisa para servir. Trabalhei com escolas para meninas no Afeganistão, bem como em outras partes do mundo e no Camboja por cerca de vinte anos com todas as pessoas maravilhosas de Samlot. Lá temos uma equipe totalmente local, o que é muito importante para mim – administrado localmente – e então… é um prazer.

Houve um ponto de partida que fez você refletir sobre o estado da humanidade e se tornar tão empática com os outros? Algo em seu passado?

Parece que todos nós deveríamos ter esse grande momento… Na verdade, são muitas coisas, assim como é para muitas pessoas, são muitas camadas que fazem crescer a mulher que nos tornamos. Claro, eu tive uma mãe muito atenciosa que era um ser humano muito compassivo e gentil que me ensinou muito e ensinava através do exemplo. Então, eu fui capaz de viajar e conhecer pessoas. Para mim, o Camboja foi um dos lugares que teve um grande impacto porque foi a primeira vez que conheci pessoas que foram refugiadas e que estavam retornando para o país pós-conflito, para viver em áreas com muitas minas terrestres. E assim, pude entender o ciclo não apenas do conflito em si, mas de passarem anos vivendo como refugiados, dos acampamentos e depois do retorno a uma área ainda afetada pela guerra. Agora que a mesma área está des-minada, e se tornou a minha casa, onde moro com minha família e onde temos nosso projeto. Trabalhamos com milhares de pessoas. E assim, você vê esses ciclos. E depois, claro, me tornei mãe. Quando você se torna mãe, você acorda todos os dias com um pouco mais de consciência, porque sua vida pertence a outra pessoa. De fato, existem muitas pessoas compassivas, você não precisa ser mãe, mas há uma consciência adicional quando você se torna uma!

Hoje, você continua sendo a madrinha da iniciativa “Women for Bees” liderada pela Guerlain, em colaboração com a UNESCO e com a MJP, sua fundação. Qual o objetivo desta inciativa e missão?

A iniciativa tem algumas missões realistas. Para mim, o problema é que muitas vezes falamos sobre aspectos muito amplos de salvar o mundo. Falamos sobre todos os polinizadores do mundo e como eles estão morrendo e como são importantes. O importante sobre esta iniciativa é que há uma ciência muito real com relação a isso: como estudar, proteger e entender as diferentes abelhas, as espécies de abelhas e quais são as melhores práticas. Há também a compreensão e o respeito pelo patrimônio cultural, pelos diferentes países do mundo que possuem formas muito particulares de apicultura que precisam ser preservadas. E também, no centro disso tudo, está o treinamento, as habilidades e a capacidade das mulheres de serem elas mesmas empreendedoras e sobreviverem. Quando você mistura a ciência e a sobrevivência das espécies com a comunidade e com famílias sendo capazes de prosperar e sobreviver, então você junta as peças e é isso o que este projeto faz. Capacitará mulheres e oferecerá proteção e conscientização para diferentes causas. Espera-se que isso também faça com que essas comunidades tenham um potencial de crescimento econômico. Quando uma mulher tem um emprego, ela também fica mais protegida e muitas outras coisas se seguem.

E essas mulheres, “designers de mudança”, vão poder adquirir conhecimento e transmiti-lo a outras pessoas?

Absolutamente e sabemos disso como um fato. Tem sido estudado que, quando as mulheres recebem certas habilidades ou mesmo comida, seja o que for que uma mulher recebe, ela tende a compartilhar isso. Você, inclusive, consegue mapear como se multiplica.

Você sente que as mulheres desempenham um papel fundamental em nossa sociedade?

Com certeza. E é triste que tenhamos que dizer isso: este papel não é compreendido ou respeitado. Há mulheres no Afeganistão que ainda lutam para ter uma educação além da sexta série e tantas outras injustiças contra as mulheres em todo o mundo. É bastante chocante quanto mais você lê sobre isso – eu estudei isso por anos, mas todos os dias eu sinto que leio algo novo, e fico novamente chocada com o tratamento, a injustiça e a falta de responsabilidade por crimes cometidos contra as mulheres.

Você acha que nós podemos aprender com o passado?

Nós somos capazes de aprender com o passado, mas também repetimos nossos erros com muita frequência e, em algumas áreas, estamos retrocedendo quando, na verdade, deveríamos estar bem à frente. O que temos visto, e isso é o que me dá esperança, é que quando as mulheres se reúnem, elas ganham um pouco mais de voz, um pouco mais de presença, um pouco mais de poder e posição enquanto estão se ajudando e trabalhando juntas. Esta é uma das coisas bonitas que estamos vendo com esta iniciativa “Women For Bees”. Eu estive com as mulheres na França quando elas estavam fazendo o treinamento (ano passado, nas colinas de Sainte-Baume, na Provença) e depois eu estive com uma das apicultoras, Aggelina Kanellopoulou, que veio trabalhar com as mulheres do Camboja. Eu assisti elas começarem a trabalhar juntas e vi que essa irmandade, esse networking, é real. Elas estão entendendo a ciência, estão conduzindo negócios, estão realmente tendo sucesso juntas. Eu sei que vamos ver mais e mais disso nos próximos anos.

É uma questão de empoderamento feminino, liderado por mulheres e para mulheres: a CEO da Guerlain, Veronique Courtois, a diretora geral da UNESCO, Audrey Azoulay, essas 12 estagiárias, você e as abelhas.

Nós precisamos disso! Nós precisamos umas das outras, nós realmente precisamos. Quanto mais velha eu fico, mais sinto que nos conectamos de maneira diferente como mulheres em diferentes estágios de nossa vida. E acho que nos aproximamos ainda mais à medida que envelhecemos, pois passamos por coisas diferentes. Eu posso ir para qualquer lugar do mundo, olhar para outra mulher e nós teremos um entendimento, nossas vidas podem ser muito diferentes e pode haver muita coisa que eu não entendo ou não consigo entender, mas há um entendimento compartilhado por ser uma mulher. Há uma conexão e um entendimento tácito uma pelo outra, de que devemos realmente fazer mais e mais para avançar, porque quando funciona, é extraordinário. Quando estamos juntas, somos uma força.

Há quanto tempo você trabalha nessa iniciativa “Women For Bees” no Camboja?

Meu projeto no Camboja existe há 18 anos e por isso estamos protegendo o meio ambiente lá há quase duas décadas, trabalhando com a comunidade local, porque tudo anda de mãos dadas. Também transformamos muitos dos caçadores furtivos em patrulheiros, dando a eles trabalhos diferentes para proteger em vez de caçar. E então, alguns anos atrás, começamos a trabalhar com as abelhas e com a comunidade. Estamos sempre trabalhando em coisas diferentes juntos e encontrando caminhos diferentes. Foi nessa época também que Guerlain foi comigo para fazer uma de nossas filmagens no Camboja.

(Nota da edição: Jolie levou a Guerlain para o Camboja em 2019 para filmar o comercial mais recente do perfume Mon Guerlain). A Guerlain e a UNESCO têm uma longa história de trabalho com as abelhas, através de vários projetos).

Você acha peculiar que uma marca de beleza como a Guerlain e uma organização como a UNESCO tenham se unido para criar tal iniciativa?

À primeira vista, parece que sim. Mas se você conectar a indústria de fragrâncias, com as flores, com as abelhas e com a importância de tudo isso, poderá ver onde existe uma conexão. A Guerlain está consciente de sua origem e consciente de como as abelhas se relacionam com suas próprias necessidades, mas também ciente de todo o ciclo. Abordamos isso como três entidades diferentes (incluindo a MJP) com diferentes experiências com as abelhas. A Guerlain está empenhada em ajudar no trabalho que a UNESCO está fazendo. Agora, trabalhando ao lado deles, podemos difundir o trabalho e o treinamento para mulheres de todo o mundo.

Como foi seu primeiro encontro com essas mulheres apicultoras?

Elas foram maravilhosas. Fiquei mais emocionada do que esperava, porque não se tratava apenas delas terem algumas aulas legais e receberem um certificado. Elas estavam trabalhando tanto, suando e aprendendo. Elas são muito impressionantes. Algumas delas mudaram suas vidas… você sabe, as diferentes coisas que levam uma mulher a ser capaz de ter algumas semanas disponíveis para receber algum treinamento!

O programa começou com 8 jovens no ano passado na França e com 12 este ano no Camboja. Quem são elas?

Elas têm origens diferentes, mas têm o mesmo compromisso, como mulheres profissionais muito sérias, que compreendem o trabalho duro, a gestão, a ciência, o cuidado, o trabalho de campo prático e o quão impressionantes e dedicadas todas elas são. Vê-las começar a trabalhar juntas foi tão especial. Posso imaginar a experiência que elas são capazes de compartilhar e o aprendizado que tiveram sobre cada uma. Percebi que uma mulher da França ficou muito surpresa com as abelhas no Camboja.

As abelhas são diferentes?

As abelhas e as colmeias são diferentes. Eu também não sabia até ver. E então você começa a aprender sobre as diferentes espécies, por que elas são tão importantes, como elas são geradas… e então você se vê trabalhando também com a comunidade, buscando encontrar formas alternativas de obter fundos ou cultivar de uma forma que você possa ajudar. Muitas pessoas que estão causando danos não querem fazer isso! Elas simplesmente não têm as necessidades básicas e o treinamento que poderiam ter. Dentro da nossa fundação, existem os Guardas, jovens que trabalham como “guardas ambientais”. Eles também participaram de um programa de apicultura, treinando com as mulheres. Elas puderam ensinar sobre as abelhas, então foi ótimo ver a transferência de conhecimento para a geração mais jovem de meninos e meninas. Claro que estamos focados nas mulheres, mas sabemos que as mulheres vão treinar os homens. Há um homem cambojano que dirige minha fundação no Camboja. Ele é extraordinário e é ele quem ajuda a trabalhar com todas as mulheres também, então, sim, é claro que se expande além das mulheres, mas nós as colocamos no centro.

Hoje, cerca de 75% de todas as plantas cultivadas e 90% das plantas com flores silvestres dependem de polinizadores, incluindo abelhas. Você acredita que as pessoas percebem o quão preciosa é a sobrevivência das abelhas para nossa própria sobrevivência?

Todos nós sabemos, no fundo de nossas mentes, como é importante ter florestas, meio ambientes e habitats naturais. Todos conhecemos os perigos das alterações climáticas. Nós sabemos. Acho que, às vezes, ficamos tão sobrecarregados com isso que meio que “congelamos”. Ficamos tristes com isso, mas não sabemos o que podemos fazer para impedir essas coisas. É muito importante procurarmos por maneiras específicas e práticas de fazermos mudanças juntos e tentarmos crescer conscientemente – porque há muito o que aprender.

Educando mais e mais pessoas?

Algo como as abelhas e os polinizadores, há muito o que podemos fazer, e é emocionante poder compartilhar isso com as pessoas. Existem alguns problemas no mundo que estão além do gerenciamento, mas com desse tipo, até crianças pequenas podem ajudar a plantar as sementes certas para as flores certas ou até mesmo ter pequenas colmeias. Em áreas urbanas, você pode ter colmeias na cobertura do seu prédio, no telhado, em qualquer lugar!

No ano passado, você fez uma sessão de fotos com Dan Winters para a National Geographic comemorando o “Bee-day” (Dia da Abelha, celebrado todos os anos, no dia 20 de Maio). Resultou em uma fotografia na qual você esteve coberta de abelhas, visando aumentar a conscientização sobre o desaparecimento delas. Você ficou com medo? Você tem boas lembranças desse dia?

Sim. Eu não tenho medo de abelhas. Na verdade, foi como uma meditação porque você tem que ficar muito quieta – e eu não fico quieta facilmente! Havia um zumbido, há esse zumbido que me lembrou os monges cantando no Camboja. Eles zumbem muito alto, então eu estava cercada por esse som e precisava apenas respirar! De certa forma, isso força você a entrar em seu corpo como um ser. Meus filhos também estavam lá. Eles não fizeram exatamente o que eu fiz, mas Shiloh e Vivienne também tiveram abelhas nelas e ao redor delas.

Você teve que fazer algo específico ao se preparar para o ensaio fotográfico?

Não pudemos tomar banho por três dias (risos). Eles disseram que você não pode usar nenhum perfume, nenhum produto ou loção. As abelhas podem picar você se estiverem confusas sobre o que você é. Se elas puderem cheirar seu odor e sua essência, então significa que você é outro ser. Isso ajuda elas a se fixarem em você, como se estivessem se fixando em outro animal. Mas se você tiver vários outros perfumes, elas ficarão confusas, o que é engraçado, porque é claro que a Guerlain vende perfume, mas você não pode usar nenhum quando tem abelhas ao seu redor. Então, todos nós estávamos bastante sujos e sem maquiagem. Foi bem legal. Foi um momento que você não costuma ter, de apenas sentar lá, estar presente e deixar essas outras criaturas explorarem você. Eu gosto dessa foto mais do que qualquer outro retrato meu já feito, porque ficou muito humano e agradável.

Você chegou a praticar ioga antes para controlar sua respiração?

Eu sou terrível em qualquer coisa do tipo. Eu nunca faço ioga, e não consigo meditar. Eu tinha uma abelha debaixo da minha saia e, honestamente, eu estava passando a maior parte do tempo pensando que, se aquela abelha me picasse naquele lugar, seria impossível ficar parada. Eu tentei não surtar, porque me disseram que a parte difícil é quando você acaba sendo picada e reage, então o resto delas pode começar a picar! Eu estava muito consciente dessa abelha, mas eventualmente nós duas conseguimos juntas!

Saiba mais sobre a Iniciativa “Women For Bees”

A iniciativa de cinco anos, “Mulheres pelas abelhas” faz parte de uma parceria entre a UNESCO e a Guerlain, assim como a LVMH em sentido mais amplo. Possui dois objetivos: proteger as abelhas nas biosferas e incentivar as mulheres a serem empreendedoras, capacitando-as em apicultura.

Até 2025, 2.500 colmeias terão sido construídas em 25 reservas da biosfera da UNESCO e 125 milhões de abelhas estarão polinizando alegremente. 50 apicultoras terão sido certificadas, treinadas e apoiadas para montar suas próprias fazendas de abelhas, enquanto participam de um projeto vital e socialmente benéfico, local e globalmente, tornando-se membros de uma comunidade maior.

O empoderamento das mulheres por meio do programa “Women For Bees” continuará em 2022 com a capacitação de mulheres apicultoras em Ruanda e na Etiópia, seguidas pela Província de Yunnan na China em 2023 e na Amazônia.

As scans já foram adicionadas em nossa Galeria. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso ao álbum.

Fotos:

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Diretora/ Filmes/ Itália/ Without Blood

Salma Hayek irá estrelar filme dirigido por Jolie

9 de junho de 2022

Nesta quinta-feira, dia 09 de Junho de 2022, o renomado website sobre entretenimento, Deadline, publicou que a atriz Salma Hayek Pinault e o ator Demián Bichir se juntaram ao elenco do mais novo filme dirigido por Angelina Jolie – “Without Blood”.

A dupla irá encabeçar o projeto, cuja fotografia principal começou a ser gravada no sul da Itália este mês. O longa é baseado no romance best-seller internacional escrito por Alessandro Baricco. É uma história ambientada no rescaldo de um conflito não identificado em uma casa de fazenda no interior da Itália.

A estrela de “Frida”, Salma Hayek Pinault, também está participando das filmagens de “Magic Mike’s Last Dance”, enquanto o ator mexicano Bichir está se preparando para entrar na produção do longa “Let the Right One In”.

“Without Blood” é o quinto projeto de direção de Jolie e o primeiro após seu mega acordo com a produtora Fremantle – através do qual poderemos ver a estrela de “A Troca” produzir, dirigir e estrelar uma série de filmes, séries de TV e documentários. Em um comunicado, Jolie disse:

“Estou honrada por estar aqui na Itália com a finalidade de trazer este material muito especial para o cinema e por ter recebido a confiança de Alessandro Baricco com a adaptação de seu livro – com sua poesia e emoção únicas, com sua maneira de ver a guerra e as questões que aborda sobre aquilo o que procuramos após vivenciar trauma, perda ou injustiça.”

O filme é produzido pela Fremantle, Jolie Productions, The Apartment Pictures e De Maio Entertainment. A Fremantle também será a distribuidora. O longa ainda não tem data de lançamento oficial prevista, apesar das filmagens já estarem acontecendo na Itália.

Em sua conta oficial na rede social “Instagram”, Hayek também se pronunciou dizendo:

É um sonho a ser realizado poder ser dirigida por Angelina Jolie. Sou fã de seu trabalho como cineasta há muitos anos. Como se não bastasse, tenho o prazer de trabalhar com dois grandes amigos, Angelina e Demián Bichir!

Fonte: Deadline | Instagram