Angelina Jolie leva “Women For Bees” para o Japão
20 de maio de 2024
Em comemoração ao Dia Mundial das Abelhas, a Guerlain divulgou novas fotos e entrevistas da nossa musa inspiradora – Angelina Jolie – durante uma visita ao Japão realizada no mês de Fevereiro deste ano, como madrinha do programa “Women For Bees”.
Durante sua estadia no país, Jolie participou de uma aula sobre abelhas (Bee School), fez trabalho de campo e interagiu com as alunas graduandas do programa de treinamento de apicultoras organizado pela Guerlain.
O programa internacional de treinamento em empreendedorismo para apicultoras foi lançado pela Guerlain em parceria com Angelina Jolie e a UNESCO no ano de 2021, buscando promover o empoderamento, a proteção da biodiversidade e com o objetivo de capacitar as mulheres para serem donas de um empreendimento sustentável e ambientalmente importante. A atriz recebeu o título de “Madrinha” da parceria.
No Japão, Jolie também concedeu uma entrevista exclusiva para Mayumi Shinmachi, editora-chefe da revista FRaU. A matéria foi traduzida do japonês por ferramenta automática (tradutor) disponível online, razão pela qual podem existir erros. Confira a entrevista completa abaixo:
FRaU: Quando visitou o Camboja para gravar o filme “Lara Croft: Tomb Raider” lançado em 2001, você testemunhou a situação atual do desmatamento entre outras questões. Ouvi dizer que você está envolvida nas atividades de proteção florestal no país.
AJ: “Sim, o Camboja me mudou. As abelhas, que são polinizadoras, são muito importantes na floresta. E não se trata apenas de protegê-las, trata-se de proteger suas condições de vida.”
FRaU: Entendemos muito a importância do projeto. O programa de proteção às abelhas da Guerlain, que funciona há mais de 10 anos, nos lembra que o declínio das abelhas, polinizadores indispensáveis às nossas vidas, é baseado em muitos problemas como o uso de pesticidas na agricultura, mudanças climáticas e destruição ambiental. O programa “Women For Bees” apoia a formação de apicultoras, mas por favor, poderia nos dizer novamente por que isso leva à proteção das abelhas?
AJ: “Sinto que as mulheres ao redor do mundo não têm oportunidades suficientes. As mulheres são muito capazes, mas muitas delas são reprimidas e incapazes de alcançar seu verdadeiro potencial. Além da proteção das abelhas, conseguimos criar um espaço de comunicação global. As apicultoras também são cientistas muito boas. Quero apoiar essas mulheres. Nem é preciso dizer que um aumento no número de apicultoras talentosas levará à proteção das abelhas.”
FRaU: Certamente, com relação à opressão das mulheres, ouvimos dizer que no Afeganistão, por exemplo, as médicas e advogadas não são autorizadas a trabalhar nesses empregos e que suas vidas estão sendo ameaçadas.
AJ: “Sim, lá as mulheres não podem ser médicas e não podem ser tocadas por homens que não sejam seus parentes. É impossível e muito estranho ouvir isso nos dias atuais.”
FRaU: Você poderia nos falar sobre outra palavra-chave do projeto? As crianças? A “Bee School” (Escola da Abelha) é um programa para alunos do ensino fundamental que busca conscientizar sobre as abelhas e é liderado por funcionários da Guerlain. A marca faz isso desde 2018. O que você busca alcançar nas crianças com este programa?
AJ: “Acho que as crianças estão crescendo com preocupações vagas sobre as coisas, como as mudanças climáticas, por exemplo. Claro, é importante aprender sobre essas coisas, mas acho que as crianças estão crescendo com um certo tipo de ansiedade vaga. Você pode fazer algo de maneira simples para proteger as abelhas.”
FRaU: Ao mesmo tempo em que reconhece a realidade de que as abelhas melíferas estão em declínio e os perigos relacionados à isso, você dá importância à comunicação de que podemos protegê-las. Você mencionou que as crianças estão crescendo com ansiedade. Embora nós, adultos, acreditemos que não devemos herdar um mundo onde o aquecimento global progride devido a causas humanas e que nossos filhos serão responsáveis pelo futuro, por vezes temos dificuldade em tomar medidas no sentido da descarbonização. Penso que também existe um “medo de ver a realidade” entre muitas pessoas. O que você acha necessário para conseguir encarar a realidade de frente?
AJ: “Acho importante apresentarmos um caminho e um estilo de vida diferente. Apenas ouvir ‘você não deveria fazer isso’ é algo que não funcionará. Em vez disso, se pudermos mostrar às pessoas que ‘esta é a maneira certa de viver’ e que ‘esta é a melhor forma de seguir’, todos irão querer viver suas vidas sem causar tantos danos ao meio ambiente.”
FRaU: A sua foto coberta de abelhas publicada pela National Geographic em 2021, chocou muitas pessoas. E a síntese? Acho que houve algumas pessoas que pensaram assim. Para a sessão de fotos, você ficou três dias sem tomar banho e tirou a foto tranquilamente. Nos ensinou que o risco de ser picada por abelhas é baixo, mesmo que você esteja com a pele exposta e que não use roupas de proteção, desde que não ameace as abelhas. Você teve algum medo durante aquele ensaio fotográfico?
AJ: “As abelhas são muito gentis e têm um efeito calmante sobre nós. Quando posava para aquela foto, o som de suas asas soava como sutras budistas e eu senti como se estivesse conectada a elas. A razão pela qual não tomei banho por alguns dias antes, foi porque eu não queria confundir as abelhas com o cheiro do meu perfume ou do meu shampoo.”
FRaU: As ações para a descarbonização do planeta são muito importantes, mas estou convencida de que a destruição ambiental e as questões de direitos humanos melhorariam muito se as guerras não existissem. Você foi nomeada Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) em 2001 e viu a situação atual de muitos refugiados. Por favor, nos diga o que você acha que é importante num momento em que muitas pessoas provavelmente se sentem impotentes em relação ao que está acontecendo no mundo, inclusive na Faixa de Gaza e na Ucrânia.
AJ: “Eu mesma me sinto muito triste com relação às guerras. No entanto, penso que é importante olhar para a história quando pensamos sobre o que fazer. Houve momentos no passado em que as pessoas sentiram que não havia nada que pudessem fazer durante as guerras, mas foram nesses momentos em que as pessoas se uniram e agiram, o que levou à mudança. Portanto, no meio de uma guerra, é importante não dizer que será difícil consertar, de forma alguma, o que foi quebrado, mas transmitir ao povo que são, precisamente em tempos como estes, que devemos nos unir e fazer o que pudermos para consertar o que foi quebrado. Precisamos do poder das mulheres. O instinto de compaixão e o desejo de conexão também são importantes.”
• Fonte: FRaU Magazine
VÍDEOS:
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Na última terça-feira, dia 14 de Maio, a cineasta estadunidense – Angelina Jolie – assistiu a uma exibição do musical “Hell’s Kitchen – A Place Where a Girl Can Step Out” no Teatro Shubert, em Nova York, Estados Unidos. Depois do espetáculo, Jolie posou para fotos ao lado da cantora Alicia Keys e do elenco.
O musical é semiautobiográfico e conta a história de Keys, enquanto ela crescia na região de Manhattan na década de 1990. A produção recebeu 13 indicações ao Tony Award de 2024, incluindo Melhor Musical.
“Hell’s Kitchen” se passa em um pequeno apartamento onde Ali, de 17 anos, tem grandes sonhos e uma mãe cautelosa que tenta impedir que a filha repita seus erros do passado.
Enquanto Ali se apaixona por um jovem baterista e faz amizade com um professor de piano em seu prédio, ela e sua mãe se deparam com todas as possibilidades que o futuro pode oferecer – e os obstáculos raciais e de maioridade que ela terá que superar para realizar seus sonhos.
Este novo show marca a segunda participação de Keys na Broadway depois da peça “Stick Fly”, lançada em 2011, para a qual ela compôs músicas originais.
• Fonte: New York Theatre Guide | Alicia Keys DaiIy
• CANDIDS » 2024 » 14/05/24 (05x)
Jolie divulga The Outsiders no programa Today
13 de maio de 2024
Na manhã desta segunda-feira, dia 13 de Maio de 2024, a cineasta estadunidense – Angelina Jolie – concedeu uma breve entrevista ao programa de televisão TODAY, através da qual falou sobre o musical “The Outsiders”.
Jolie, que é produtora do espetáculo, contou à apresentadora que sua filha de 15 anos, Vivienne, inspirou seu envolvimento no projeto.
“É sobre família. Por este motivo, o musical se tornou especial para ela e pelo mesmo motivo, ela queria que eu estivesse ao seu lado e, ainda pelo mesmo motivo, todos nós nos abraçamos quando chegamos aqui porque é sobre família e comunidade.”
Vivienne é assistente do musical que foi adaptado do livro escrito para jovens adultos lançado em 1967, “The Outsiders: Vidas Sem Rumo”, e do filme dirigido por Francis Ford Coppola lançado no ano de 1983, sobre um garoto de 14 anos chamado Ponyboy Curtis vivendo entre gangues adversárias em Oklahoma.
No decorrer do programa, o elenco fez uma apresentação da música “Grease Got a Hold”, durante a semana anual chamada “Best of Broadway” (O Melhor da Broadway) em que o programa TODAY promove novos musicais.
Antes da apresentação, Jolie falou sobre as 12 indicações ao Tony Awards que o musical recebeu, incluindo Melhor Musical, dizendo:
“Eu amo muito esse grupo e estou muito orgulhosa do trabalho que eles fizeram. Estou maravilhada com todos eles.”
A entrevista está disponível no website oficial do programa TODAY e você pode assisti-la clicando aqui e aqui.
Várias capturas foram adicionadas em nossa Galeria. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso ao álbum.
• Fonte: TODAY
Vídeo:
To kick off our ‘Best of Broadway’ week, Angelina Jolie and cast members from ‘The Outsiders’ joined us on the TODAY Plaza! ? pic.twitter.com/fTp1lMOp7n
— TODAY (@TODAYshow) May 13, 2024
• ENTREVISTAS & CAPTURAS » 2024 » TODAY (100x)
Angelina Jolie exibe nova tatuagem no braço
19 de abril de 2024
No dia 11 de Abril de 2024, nossa musa inspiradora – Angelina Jolie – participou da estreia oficial do musical “The Outsiders” que aconteceu no Teatro The Bernard B. Jacobs, em Nova York, Estados Unidos.
Depois do evento, Jolie também marcou presença na festa pós estreia (after party), ocasião em que foi fotografada exibindo uma nova tatuagem no braço esquerdo. A frase diz: Stay Gold.
Aparentemente, a frase faz referência a uma cena do musical em que o personagem Johnny Cade, durante seus últimos suspiros antes de falecer, implora ao personagem Ponyboy que ele “continue sendo ouro” (stay gold), ou seja, que ele continue a ser bom, não importando a situação e sempre procurando fazer a coisa certa em qualquer circunstância, independentemente de quão difícil possa ser.
Angelina é uma das produtoras do espetáculo que é inspirado no livro intitulado “The Outsiders: Vidas Sem Rumo”, escrito por Susan E. Hinton e publicado em 1967.
Trata-se de um clássico da literatura jovem que transformou o gênero ao tratar, com complexidade e sensibilidade, de uma juventude marginalizada em um cotidiano sombrio e violento. É também o retrato comovente de uma juventude que precisa encarar a solidão, a revolta e a violência em sua jornada de amadurecimento. Mais de cinco décadas após o lançamento do livro, a história ainda encanta jovens e adultos, mostrando-se atemporal.
O livro também serviu de inspiração para o filme “Vidas Sem Rumo”, que foi dirigido por Francis Ford Coppola, lançado no ano de 1983 e estrelado por Tom Cruise, Patrick Swayze, Matt Dillon e Rob Lowe.
A frase “Stay Gold” se tornou título de uma música composta especialmente para o filme, interpretada pelo artista Stevie Wonder.
Saiba mais sobre todas as tatuagens de Angelina Jolie visitando uma página dedicada exclusivamente a elas em nosso website! Acesse aqui.
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Jolie entrevista Danya Taymor para a Interview
13 de abril de 2024
Na última quinta-feira, dia 11 de Abril de 2024, a revista estadunidense “Interview” publicou em seu website oficial uma entrevista exclusiva realizada por Angelina Jolie com a cineasta Danya Taymor. Confira a matéria completa, traduzida na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil:
Escrito por Angelina Jolie
Fotografias por Andy Henderson
“Para conseguir levar qualquer artista ao extremo, você terá os melhores resultados se, primeiro conquistar a confiança deles,” diz a diretora Danya Taymor. Esta é uma filosofia que se revelou particularmente útil no mais recente projeto de Taymor: a física e ambiciosa adaptação musical do romance escrito por S.E. Hinton, “The Outsiders”, que estreia esta noite no Teatro Bernard B. Jacobs da Broadway.
A história é bem conhecida e acompanha meninos insatisfeitos de duas gangues rivais, os Greasers e os Socs, na cidade de Tulsa, Oklahoma, no ano de 1967. Mas apesar da obra já ter sido adaptada duas vezes – para um filme lançado em 1983 e para a televisão em 1990 – a versão de Taymor, com um roteiro contundente escrito por Adam Rapp e Justin Levine e com as músicas compostas por Jamestown Revival e Levine, a diretora está preparada para apresentá-la a um novo público.
Angelina Jolie, que se tornou produtora depois de assistir a estreia mundial da produção no “La Jolla Playhouse” no ano passado, não poderia estar mais emocionada.
“É um estudo extraordinário do homem através dos olhos de uma jovem que claramente tinha muito amor, carinho e compreensão [por eles] em tão tenra idade. Nós os vemos em seu nível mais baixo, os vemos tentando, os vemos leais, os vemos amorosos, os vemos quebrados e os vemos violentos,” disse a cineasta.
Na semana passada, enquanto o elenco dava os retoques finais no espetáculo (e os tremores secundários de um terremoto de magnitude 4,8 ecoavam pela cidade de Nova York), Jolie e Taymor se reuniram no Teatro Bernard B. Jacobs para conversar sobre a construção de personagens, sobre abraçar a colaboração e por que “The Outsiders” resiste ao tempo.
DANYA TAYMOR: Você viu algum dos nossos últimos pequenos ensaios?
ANGELINA JOLIE: Foram emocionantes?
TAYMOR: Sim, mesmo que não seja o fim, eu sinto como se fosse.
JOLIE: É o fim de um capítulo.
TAYMOR: É, mas acho que isso pode ser uma coisa triste. A lua nova vai acontecer na próxima semana, então sinto que estamos alinhados. Mas sim, foi emocionante. Fizemos nosso último aquecimento e nossa última atuação espelhada. Todo mundo liderou um pouco. Às vezes faço isso em duplas, mas dessa vez foi em um grande círculo.
JOLIE: Bem, vamos falar sobre isso, porque é uma coisa muito incomum que você faz como diretora. Eu observei o efeito que isso tem em todos os artistas. Como você chegou a esse processo?
TAYMOR: Comecei num pequeno teatro chamado “The Flea” e estava fazendo uma peça sobre duas irmãs no Colorado. Eu tive ótimas atrizes, muito nova-iorquinas. Eu pensava coisas como, “precisamos entrar em nossos corpos se eles quiserem sentir que vivem nesta fazenda onde se criam ovelhas”. Então comecei a fazer um aquecimento físico. E como elas interpretavam irmãs, pensei: “Essas meninas, que não são parentes de verdade, precisam realmente se conhecer”. Foi aí que comecei a fazer as atuações espelhadas, onde você faz contato visual com uma pessoa, sendo que uma delas lidera e a outra segue copiando. E então, com o tempo, auxiliando outros diretores ou trabalhando em espaços diferentes, meio que acrescentei outras coisas no aquecimento. Há uma coisa incrível chamada “Memory Play” que aprendi com um diretor israelense. É um método criado por Tadeusz Kantor, um diretor polaco. Ele pedia às pessoas que acessassem suas lembranças e então você escolhia duas das lembranças e criava pequenas peças com elas.
JOLIE: Sem pronunciar nenhuma palavra.
TAYMOR: Sem pronunciar nenhuma palavra. É uma forma de nos conhecermos e aprendermos a tocar o corpo um do outro com consentimento para que, quando tiver que fazer isso no palco, você tenha familiaridade e possa se sentir livre.
JOLIE: Foram essas coisas que você fez que tornaram esta comunidade tão grande, porque isso realmente poderia ter acontecido de muitas maneiras diferentes. Você tem tantos jovens naquele palco trabalhando e é um trabalho muito, muito desafiador, um dos trabalhos mais difíceis que já vi. Mas você os nutriu, você os pressionou. Você é uma diretora muito forte. Eu percebi isso.
TAYMOR: Obrigada.
JOLIE: Mas ao mesmo tempo, você dizia a eles: “Quero ter certeza de que você está seguro e se sente bem com isso. Saiba que isso está dentro de você, mas vou pressionar para que você descubra algo diferente ou chegue em um ponto onde não se sinta tão confortável.”
TAYMOR: Para conseguir levar qualquer artista ao extremo, você terá os melhores resultados se, primeiro conquistar a confiança deles.
JOLIE: Certo.
TAYMOR: Me lembro de ser atriz na faculdade e de ser ridicularizada por um diretor. Isso me deu vontade de desistir. Na verdade, fui incapaz de fazer o que eles queriam que eu fizesse. É um sentimento que ficou comigo porque, na verdade agiu de maneira oposta com relação àquilo que o diretor queria. Penso muito nisso, porque quero sim pressionar as pessoas, ser rigorosa e exigir excelência, mas você pode fazer isso de uma forma alegre e saudável, onde as pessoas se sintam cuidadas.
JOLIE: Aquele momento, na noite passada, quando eles saíram do palco, viram você, deram um grande sorriso e te abraçaram, demonstrou que é um relacionamento muito lindo. Este material precisava disso. Acho que é por isso que faz tanto sucesso, porque todo mundo é profundamente honesto lá em cima.
TAYMOR: Não é algo tangível, mas é sem dúvida a coisa mais importante. Você quer que todos tenham participação no espetáculo e se sintam responsáveis, como se fosse deles, e não como se fosse apenas um adereço dentro deles.
JOLIE: É tão claro que sim. Todo mundo tem seu momento. E você não está fazendo isso apenas por fazer. Algumas pessoas dão um momento aos atores para que eles tenham os momento deles. Mas você tem a narrativa e a compreensão de quem são essas diferentes pessoas, por que esses personagens diferentes são tão essenciais para a história e para o mundo da peça. E então você cria momentos especiais que realmente combinam com eles, o que é lindo. Os melhores diretores com quem trabalhei entenderam a mim e a personagem o suficiente para nos ajudar a nos tornarmos uma só.
TAYMOR: Você tem que se fundir. É uma grande tarefa, porque você está pedindo que não coloquem armaduras entre eles e os personagens, e isso pode trazer à tona algumas coisas assustadoras. Mas a fusão é o que me entusiasma tanto na atuação como forma de arte, principalmente no teatro. Para eles é legal se sentirem “donos” desses personagens.
JOLIE: É seu primeiro musical. Eu sei que você estuda muito e é inteligente com as pessoas ao seu redor, mas deve ter havido momentos em que você se sentiu um pouco assustada ou insegura. Houve áreas específicas que você sentiu que precisava dar uma atenção extra?
TAYMOR: Acho que o tamanho disso vai muito além de uma peça, porque você tem muito mais colaboradores de alto nível. Em uma peça, existe você e o dramaturgo. Em um musical, existe você e o escritor do livro, os compositores, os coreógrafos, o diretor musical. É simplesmente enorme. Mas adoro colaborações e, em primeiro lugar, este é um dos grandes motivos pelos quais sou diretora. Mas houve alguns momentos em que pensei: “Quem está no comando? Oh, porra, sou eu.”
JOLIE: “Quem vai cuidar disso?”
TAYMOR: Sim. Outra coisa que aprendi, e não de uma forma arrogante, é que a maneira como você entra em um espaço quando você é a diretora é muito importante. Portanto, mesmo quando você se sente desafiada, se eu entrar com uma atitude boa e inovadora, faremos um trabalho melhor. Se eu chegar chateada e irritada, vamos produzir menos.
JOLIE: Isso é algo importante para aprender e é muito, muito verdade. Mesmo sabendo disso, é difícil não ficar frustrada, especialmente quando você está tentando tocar o barco a adiante.
TAYMOR: Definitivamente.
JOLIE: Eu mão sou a pessoa mais paciente [risos].
TAYMOR: Eu também não. Mas me tornei mais paciente porque assim, obtemos melhores resultados. Nem sempre é fácil, mas pelo menos um musical é menos solitário que uma peça. Eu tenho o Rick e o Jeff [Kuperman], os coreógrafos. Quando estou muito fraca ou cansada, posso falar: “Ei, pessoal”.
JOLIE: “Vocês podem assumir?” E isso porque eu nunca dirigi uma peça e certamente nem um musical, mas fiquei impressionada com o tanto de coisa que você tem que decidir com relação a todo mundo, a música, a edição, o tempo. Você tem que decidir quando vai focar no público, quando a música começa, onde você corta, onde deixa as pausas, o ritmo, o tom, todas essas coisas que você costuma ter tempo nos outros gêneros. Todos vocês estão fazendo essa coisa linda juntos. Todos vocês estão falando uma linguagem muito forte e coordenando muito ao mesmo tempo. Ter esse efeito e levar a história adiante foi incrível de assistir e experimentar.
TAYMOR: E falando sobre quando as edições acontecem, no teatro sua edição acontece ao vivo, na frente das pessoas, o que é insuportável, mas incrível. É um trabalho completamente diferente de dirigir um filme porque, em um filme, você quer fazer tudo o que puder e depois decide como tudo funciona junto e qual é o ritmo. Você pode ter alguns palpites, mas isso pode mudar. No teatro, e especialmente num musical, você tem tanto e tão pouco controle ao mesmo tempo. Uma coisa especial em nosso musical é o uso do silêncio e da quietude. Só podemos ter silêncio porque temos barulho ou música. Você não pode criar silêncio a partir do silêncio.
JOLIE: Podemos estar tendo outro terremoto.
TAYMOR: Eu senti isso. Parece um terremoto ou parece um trem? É uma loucura que Nova York esteja sofrendo um terremoto. O mundo está tão desequilibrado.
JOLIE: Eu sei. Enfim, os adolescentes são reais e por isso que esta história é tão relevante há tanto tempo. Eles querem conversar, seja sobre um terremoto em Nova York ou algo assim. Há tanta coisa acontecendo aos seus redores que é essencial encontrá-los onde estiverem e ter histórias que os ajudem a ver como os outros superam a perda, o suicídio, a violência, o bullying, a pobreza, a dor, o racismo. É importante testemunhar e ser exposto a histórias que falam sobre algumas realidades da vida sem simplificá-las ou suavizá-las. Muitos jovens, como aqueles que vimos ontem à noite e que ficaram tão emocionados com isso, precisam poder ter essas discussões.
TAYMOR: Definitivamente. Eu tinha a idade do Ponyboy quando perdi um grande amigo por suicídio. E embora desejemos que os jovens não sofram violência, perdas ou abusos, eles sofrem. Pensei muito no meu amigo enquanto trabalhava nesse musical. Estive pensando: “Uau, isso não teria melhorado ou feito tudo desaparecer, mas poderia ter me ajudado a superar isso, porque pode parecer muito isolador se você tiver violência em sua casa ou tiver sofrido uma perda.” É um presente que o livro de Susie Hinton deu a tantas pessoas.
JOLIE: Sim, absolutamente. Estou muito animada para que as pessoas assistam.
TAYMOR: Eu também.
JOLIE: Acho que quando as pessoas ouvem que é um musical, não faz sentido para elas, certo? As pessoas dizem: “Como assim é um musical?” E você pode entender perfeitamente por que seria muito desafiador. Claramente é. Eu observei todos vocês lutando para encontrar o tom, encontrar o equilíbrio. A cada passo, quando havia uma escolha a ser feita, você sempre fazia a escolha mais difícil, o que é um grande crédito para você como diretora e para cada artista que está ao redor disso.
TAYMOR: Obrigada.
JOLIE: Você realmente conseguiu. Houve momentos em que fiquei nervosa por todos, até fisicamente. Ou pensei: “Essa necessidade poderá ser atendida emocionalmente todas as noites? Eles estão prontos para aguentar mais?” Mas adorei que todos vocês tenham decidido que era assim que isso seria feito.
TAYMOR: Bem, isso me leva de volta ao aquecimento e à construção do grupo. Para Ponyboy, por exemplo, todas as noites ele tem que passar por muitas coisas. Mas no final, ele sempre vai se sentar à mesa com os irmãos, então você sabe que mesmo que tenha que passar por esse sofrimento tremendo, tem um lugar onde você vai pousar tranquilamente. Estou tentando construir algo que possa ser repetido, mas que também esteja vivo, o que é uma contradição maluca. É impossível que seja igual todas as noites, por isso quero incentivar a vivacidade. Acho que também pode ajudar se pensarmos nisso como um passeio. Você fica tipo, “Oh, merda. Eu estraguei essa parte do passeio.” Bem, qual é o próximo lugar onde você pode voltar para não ficar desmoralizado?
JOLIE: Isso é tão maravilhoso. É um grande presente que pode ser dado a um artista e a uma pessoa. Você pode ser humano, ter dias ruins e ser imperfeito.
TAYMOR: Quando você pede às pessoas que fiquem tão expostas quanto estou pedindo a esses atores, você tem que dar-lhes suavidade, uma forma de se reestabelecerem ou de se protegerem. No começo, quando eu estava criando um material muito intenso, não sabia tanto como construir o cuidado dentro do sistema da peça. Me lembro de fazer uma peça e observar as luzes dos atores, enquanto seres humanos, se apagarem. O desempenho foi incrível, mas eles ficaram tristes.
JOLIE: É muito importante você conseguir ver isso. Posso dizer que, como artista, estive em um lugar onde senti que era só eu cuidando de mim mesma. Você é pressionada e se sente esgotada. Eles vão tirar a loucura de você, vão tirar a dor de você, mas não vão te recompor. Tive que envelhecer para conseguir encontrar melhor esse equilíbrio para mim mesma.
TAYMOR: É difícil.
JOLIE: É um grande presente dar isso a eles. Talvez tenha sido você quem me disse isso, sobre a visão dos homens nesta peça. O livro foi escrito por uma mulher e agora é dirigida por uma mulher, mas “The Outsiders” traz uma maneira tão bonita de ver e compreender os homens. Eu acho que é muito fiel à vida. Eu amo esses homens, minha filha também e você também. Por que amamos esses homens? Eles não são perfeitos. Nós os vemos em seu nível mais baixo, os vemos tentando, os vemos leais, os vemos amorosos, os vemos quebrados, os vemos violentos. É um estudo extraordinário do homem através dos olhos de uma jovem que claramente tinha tanto amor, carinho e compreensão [por eles] em tão tenra idade.
TAYMOR: Sim, ela tinha. Ela também teve compaixão. Algo em que penso muito é que os “outsiders” não são apenas os engraxates. Ela consegue ver por que até mesmo os personagens, que são considerados vilões, são como são. Como a riqueza, o poder e o privilégio podem realmente corroer a pessoa que os possui.
JOLIE: Certo.
TAYMOR: Acho que é por isso que as pessoas realmente amam a atuação de Kevin [William Paul] como Bob, porque é real. Ele realmente não está tentando ser “bom”. A única maneira que ele conhece de sentir as coisas é através da violência. Não sabemos como é a vida dele em sua casa. Há algo tão profundo na mente de Susie [Hinton] que ela ficou curiosa sobre isso. É uma história incrível porque atrai pessoas de todas as idades, raças, classes, gêneros e ideologias políticas. O material é tão aberto. Acho que há uma chance de que tipos realmente diferentes de pessoas acabem no mesmo lugar, o que é muito raro no momento atual.
JOLIE: E muito necessário. De alguma forma, você conseguiu fazer tudo isso e transformar em um coisa divertida.
TAYMOR: E não de uma forma ruim.
JOLIE: E não de uma forma ruim. É intenso, dramático, real, autêntico, fundamentado e também é muito divertido. Isso é muito, muito difícil de conseguir. Acho extraordinário o que você fez. Quando vejo alguém sentindo dor, não fico tão comovida. Mas quando vejo alguém ainda tentando viver, ainda tentando rir, ainda tentando superar algo, isso é sempre muito comovente.
TAYMOR: Sim, há uma ótima direção de palco de Chekhov que é feita “em meio às lágrimas”. Não “em lágrimas”, mas através das lágrimas, cujas cenas considero tão ativas. Pensei muito nisso ao dirigir essas cenas dolorosas. Você está tentando seguir em frente, você não está se acomodando.
JOLIE: Não.
TAYMOR: Raramente ficamos acomodadas.
JOLIE: Não ficamos, mas atuar às vezes pode parecer que sim.
Além das fotos registradas para a entrevista, Jolie também participou de um ensaio fotográfico registrado por Emilio Madrid para o site oficial da Broadway. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso ao álbum.
• Fonte: Interview | Broadway
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Jolie e Vivienne vão a estreia de “The Outsiders”
11 de abril de 2024
Na noite desta quinta-feira, dia 11 de Abril de 2024, a cineasta estadunidense – Angelina Jolie – participou da estreia oficial do musical “The Outsiders” na companhia de sua filha, Vivienne (15 anos), que aconteceu no Teatro The Bernard B. Jacobs, em Nova York, Estados Unidos.
Angelina é uma das produtoras do espetáculo que é inspirado no filme e no livro intitulados “The Outsiders: Vidas Sem Rumo”, escrito por Susan E. Hinton e publicado em 1967. No tapete vermelho, durante uma breve entrevista para o website Extra Tv, Jolie disse:
“Aprendi muito com esse homem, com Justin e com todos do elenco e da equipe… e sinto que voltei à escola por aprender muito sobre o que é ser um artista e criar este trabalho… e sou muito, muito privilegiada por estar aqui.”
O livro aborda a história de uma família que, curiosamente, exclui os pais da equação. É sobre a família que escolhemos: os amigos. Trata-se de um clássico da literatura jovem que transformou o gênero ao tratar, com complexidade e sensibilidade, de uma juventude marginalizada em um cotidiano sombrio e violento.
É também o retrato comovente de uma juventude que precisa encarar a solidão, a revolta e a violência em sua jornada de amadurecimento. Mais de cinco décadas após o lançamento do livro, a história ainda encanta jovens e adultos, mostrando-se atemporal.
Depois do evento, Jolie e os filhos foram novamente fotografados quando chegavam ao restaurante “Cipriani” onde participaram da festa pós estreia (after party).
Várias fotos foram adicionadas em nossa Galeria. Clique em qualquer uma das miniaturas abaixo para ter acesso ao álbum.
Vídeo:
• EVENTOS » 2024 » ESTREIA “THE OUTSIDERS” (120x)
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• EVENTOS » 2024 » FESTA PÓS ESTREIA “THE OUTSIDERS” (14x)
Angelina recebe Ferrari Sheppard no Atelier Jolie
10 de abril de 2024
Na noite desta terça-feira, dia 09 de Abril de 2024, Angelina Jolie recebeu o artista Ferrari Sheppard na sede da marca “Atelier Jolie”, na cidade de Nova York, Estados Unidos.
Conforme publicação compartilhada no Instagram oficial da marca, os dois participaram de um jantar e de uma reunião através da qual puderam conversar sobre arte e processos criativos.
“Ontem à noite, conversamos com o artista @FerrariSheppard em nossa casa no número 57 da Rua Great Jones. Foi um privilégio sentar e ouvir sobre o seu processo criativo, em um espaço onde damos as boas-vindas a todos que são criativos. Convidamos a todos para ver seu impressionante novo trabalho, Jubilee, que agora está sendo exibido em Nova York até o dia 25 de abril (à Rua West 27th, nº. 507).
Ferrari Sheppard é um artista visual contemporâneo estadunidense, conhecido por suas pinturas vibrantes e hibridizadas que misturam figurativismo e arte abstrata. Além de pintor, ele também é escritor, fotógrafo, ativista e produtor musical.
O artista também fez uma publicação em seu Instagram oficial e escreveu na legenda:
Gostaria de agradecer a @angelinajolie e à equipe do @atelierjolieofficial por organizarem uma linda reunião e um lindo jantar ontem à noite em apoio à minha exposição atual “Jubilee”. Angie e eu tivemos conversas esclarecedoras sobre a vida e a arte no passado, mas desta vez tudo foi registrado. Também gostaria de agradecer a Giles Duley MBE @gilesduley por preparar um jantar delicioso e compartilhar sua poderosa história de sobrevivência, amor e paixão. “Jubilee” estará em exibição de 4 a 25 de abril no @utaartistspace NYC | 507 West 27th Street, 508 W 28th St, Nova York, NY 10001″.
• Fonte: Instagram | Wikipedia
• ATELIER JOLIE » ENCONTROS & REUNIÕES » 09/04/24 – FERRARI SHEPPARD (04x)
Neste sábado, dia 06 de Abril de 2024, a mamãe Angelina Jolie levou a filha mais nova, Vivienne (15 anos), para passear e fazer compras pela cidade de Nova York, Estados Unidos.
Jolie, 48 anos, apareceu glamorosa usando um longo casaco preto, que combinou com calças largas e um top preto rendado. A estrela de “Malévola” completou o look com um grande par de óculos escuros, uma bolsa de couro marrom e botas pretas de salto alto.
Já Vivienne optou por um look mais casual, usando um moletom Nike de cor cinza e calça jeans. A adolescente combinou a calça clara com um par de tênis Converse azul.
Mãe e filha estão na Grande Maçã, pois acompanham de perto os ensaios gerais do musical “The Outsiders”. Jolie é uma das produtoras do espetáculo, que é inspirado no filme e no livro intitulados “The Outsiders: Vidas Sem Rumo”, escrito por Susan E. Hinton e publicado em 1967. A estreia oficial do musical está prevista para o dia 11 de Abril de 2024.
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