Biografia
Angelina Jolie
Angelina Jolie (nascida Angelina Jolie Voight, Los Angeles, 4 de junho de 1975) é uma atriz, cineasta e ativista humanitária americana. Vencedora de um Oscar (2000), dois Prêmios Screen Actors Guild (1998 e 1999), e três Prêmios Globo de Ouro (1997, 1998 e 1999) e constantemente citada como a mais bem paga atriz de Hollywood.
Jolie fez sua estréia no cinema ao lado de seu pai, Jon Voight, no filme “Lookin ‘to Get Out” (1982). Sua carreira começou a sério uma década mais tarde com “Cyborg 2” (1993), uma produção de baixo orçamento, seguido por seu primeiro papel principal em um grande filme, “Hackers – Piratas de Computador” (1995). Estrelou os telefilmes biográficos aclamados pela crítica “George Wallace – O Homem Que Vendeu Sua Alma” (1997) e “Gia – Fama e Destruição” (1998), e ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação no drama “Garota, Interrompida” (1999).
Em 2001, alcançou grande fama após sua interpretação como a heroína dos jogos eletrônicos Lara Croft em “Lara Croft: Tomb Raider”, estabelecendo-se assim entre as principais atrizes de Hollywood. Continuou a sua carreira como estrela de ação em “Sr. & Sra. Smith” (2005), “O Procurado” (2008), “Salt” (2010) e “O Turista” (2010). Recebeu elogios da crítica por suas atuações nos dramas “O Preço da Coragem” (2007) e “A Troca” (2008), o qual lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz. A partir da década de 2010, ela expandiu sua carreira para direção, roteiro e produção, começando com os dramas de guerra “Na Terra de Amor e Ódio” (2011) e “Invencível” (2014). Seu maior sucesso comercial veio com o filme de fantasia, “Malévola” (2014).
Além de sua carreira no cinema, Jolie é conhecida por seus esforços humanitários, pelos quais ela recebeu um Prêmio Humanitário Jean Hersholt e o título honorário de dama da Ordem de São Miguel e São Jorge (DCMG), entre outras honrarias. Ela promove várias causas, incluindo a conservação, educação e direitos das mulheres e é mais conhecida por sua defesa em favor dos refugiados tendo sido nomeada Enviada Especial para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR/ACNUR).
Como uma figura pública, Jolie foi citada como uma das pessoas mais influentes e poderosas na indústria de entretenimento americana, bem como a mulher mais bonita do mundo, por vários meios de comunicação. Sua vida pessoal é objeto de ampla publicidade. Divorciada dos atores Jonny Lee Miller e Billy Bob Thornton, ela se separou de seu terceiro marido, o ator Brad Pitt, em setembro de 2016, declarando diferenças irreconciliáveis. Eles tiveram seis filhos juntos, três dos quais foram adotados.
Início de vida e família
Angelina Jolie Voight, nascida em Los Angeles, Califórnia, é filha dos atores Jon Voight e Marcheline Bertrand. Ela é sobrinha de Chip Taylor, irmã de James Haven Voight e afilhada de Jacqueline Bisset e Maximilian Schell. Do lado do seu pai, Jolie é descendente de eslovacos e de alemães. Do lado materno, de franceses, holandeses e alemães. Ela também tem uma antepassada indígena remota, nascida em 1649.
Depois da separação de seus pais em 1976, Jolie e seu irmão viveram com a mãe, que abandonara suas ambições artísticas para se concentrar em criar seus filhos. Quando era criança, frequentemente assistia a filmes com sua mãe, e foi isso, ao invés da carreira bem-sucedida de seu pai, que inspirou seu interesse em atuar; embora aos cinco anos tenha participado do filme “Lookin ‘to Get Out” (1982), estrelado por Voight. Quando Jolie tinha seis anos de idade, Bertrand e seu parceiro, o cineasta Bill Day, mudaram com a família para Palisades, Nova York; voltariam para Los Angeles cinco anos depois. Jolie então decidiu que queria atuar e se matriculou no Lee Strasberg Theatre Institute, onde treinou por dois anos e apareceu em várias produções de teatro.
Jolie se matriculou primeiramente na High School de Beverly Hills, onde se sentiu isolada entre as crianças de algumas das famílias mais ricas da área, porque sua mãe tinha uma renda mais modesta. Ela foi provocada por outros estudantes, que debochavam por ela ser extremamente magra e por usar óculos e aparelho.
Suas primeiras tentativas como modelo, por insistência de sua mãe, mostraram-se fracassadas. Ela abandonou suas aulas de atuação e aspirou se tornar uma diretora de funeral, tendo em casa cursos de estudo de embalsamamento. Então pediu transferência para Moreno High School, uma escola alternativa, onde se tornou uma “punk estranha”; ela passou a usar roupas pretas, pintou o cabelo de escuro e começou a utilizar facas durante as relações sexuais que mantinha com seu namorado. Aos 16 anos de idade, após o relacionamento ter terminado, Jolie se formou na escola e alugou seu próprio apartamento, antes de retornar aos estudos de teatro, embora em 2004 ela se refira a este período com a observação: “Eu ainda sou lá no fundo – e sempre serei – apenas uma garota punk com tatuagens”.
Como adolescente, Jolie achou difícil se conectar emocionalmente com outras pessoas e, como resultado, se auto mutilava, comentando mais tarde: “Por alguma razão, o ritual de me cortar e de sentir a dor, me fazia sentir algum tipo de liberação; era, de certa forma, terapêutico para mim.” Ela também lutou contra a insônia e um transtorno alimentar, e começou a experimentar as drogas; aos 20 anos de idade, havia usado “quase todas as drogas possíveis”, particularmente a heroína. Jolie sofreu episódios de depressão e planejou duas vezes suicidar, aos 19 anos e novamente aos 22, quando tentou contratar um assassino para matá-la. Aos 24 anos, teve um colapso nervoso e foi internada por 72 horas na ala psiquiátrica do Centro Médico da UCLA. Dois anos mais tarde, depois de adotar seu primeiro filho, Jolie encontrou estabilidade em sua vida, afirmando mais tarde: “Eu sabia que ao me comprometer com Maddox, nunca mais voltaria a ser autodestrutiva”.
Jolie teve um relacionamento disfuncional com seu pai, que começou quando Voight deixou sua família, e sua filha com menos de um ano de idade. Ela disse que a partir de então seus momentos juntos eram esporádicos e geralmente levado a cabo na frente da imprensa. Eles se reconciliaram quando apareceram juntos em “Lara Croft: Tomb Raider” (2001), mas seu relacionamento se deteriorou novamente. Jolie pediu ao tribunal para remover legalmente seu sobrenome “Voight” em favor de seu nome do meio, que ela tinha usado há muito tempo como nome artístico; a mudança de nome foi concedida em 12 de setembro de 2002. Voight, em seguida, tornou público seu desentendimento com a filha durante uma entrevista concedida ao “Access Hollywood”, onde ele afirmou que Jolie tinha “sérios problemas mentais”. Nesse ponto, sua mãe e seu irmão também interromperam o contato com Voight.
Carreira
1991–1997: Primeiros trabalhos
Jolie se comprometeu a atuar profissionalmente aos 16 anos, mas inicialmente achou difícil passar nos testes de audições, já que por muitas vezes disseram que seu comportamento era “muito sombrio”. Ela apareceu em cinco dos filmes de estudante do seu irmão, realizados enquanto frequentava a USC School of Cinema-Television, bem como em vários vídeos musicais, nomeadamente “Stand by My Woman” (1991) de Lenny Kravitz, “Alta Marea” de Antonello Venditti (1991), “It’s About Time” (1993) de The Lemonheads, e “Rock and Roll Dreams Come Through” (1993) de Meat Loaf.
Jolie começou sua carreira no cinema profissional em 1993, quando desempenhou seu primeiro papel principal na sequência de ficção científica, “Cyborg 2”, como um robô quase humano projetado para espionagem corporativa e assassinato. Ela ficou tão desapontada com o filme que não fez mais nenhuma audição por um ano. Depois de um papel coadjuvante no filme independente “Justiça Sob Suspeita” (1995), ela estrelou em seu primeiro filme de Hollywood, “Hackers – Piratas de Computador” (1995). Hackers não conseguiu lucrar com as bilheterias, mas desenvolveu um culto de seguidores após seu lançamento em DVD.
Depois de estrelar a adaptação moderna de Romeu e Julieta, “Duas Famílias em Pé de Guerra” (1996), Jolie apareceu em “Sob o Luar de Mojave” (1996), do qual o “The Hollywood Reporter” disse: “Jolie, uma atriz que a câmera realmente adora, revela um talento cômico e o tipo de sexualidade flagrante que faz com que seja inteiramente confiável e que o personagem de Danny Aiello deixaria tudo só para ter a chance de estar com ela “.
Em 1997, Jolie estrelou com David Duchovny no thriller “Brincando com a Morte”, ambientado no submundo de Los Angeles. O filme não foi bem recebido pelos críticos; O crítico do Chicago Sun-Times, Roger Ebert, observou que Jolie “encontra um certo calor em um tipo de papel que costuma ser duro e agressivo, ela parece muito legal para ser a namorada [de um mafioso], e talvez ela seja”. Jolie também estrelou o videoclipe da música “Anybody Seen My Baby?” da banda “The Rolling Stones”, como uma stripper que sai do meio da performance para percorrer a cidade de Nova York.
1998–2000: Descoberta
As perspectivas de carreira de Jolie começaram a melhorar depois que ela ganhou um Globo de Ouro por seu desempenho em “George Wallace – O Homem Que Vendeu Sua Alma” (1997) da TNT, sobre a vida do governador segregacionista de Alabama e candidato a presidente, George Wallace, interpretado por Gary Sinise. Jolie interpretou a segunda esposa de Wallace, Cornelia, uma performance que Lee Winfrey do “The Philadelphia Inquirer” considerou o destaque do filme. “George Wallace – O Homem Que Vendeu Sua Alma” foi muito bem recebido pelos críticos e ganhou, entre outros prêmios, o Globo de Ouro de Melhor Minissérie ou Filme de Televisão. Jolie também recebeu uma indicação para o Emmy Award por seu desempenho.
A primeira descoberta de Jolie aconteceu ao interpretar a supermodelo Gia Carangi no telefilme da HBO, “Gia – Fama e Destruição” (1998). O filme narra a destruição da vida e da carreira de Carangi como resultado de seu vício em heroína, e seu declínio e morte por AIDS em meados da década de 1980. Vanessa Vance, do site “Reel.com”, observou retrospectivamente: “Jolie ganhou um amplo reconhecimento por seu papel como Gia e é fácil entender por quê. Jolie é feroz em sua performance preenchendo-a com nervosismo, charme e desespero – e seu papel neste filme é, possivelmente, o mais belíssimo “train wreck” já filmado. Pelo segundo ano consecutivo, Jolie ganhou um Globo de Ouro e foi nomeada para um Emmy Award; ela também ganhou seu primeiro Screen Actors Guild Award.
O diretor do filme Lee Strasberg disse que Jolie foi muito complicada ao participar das cenas, pois ela era muito perfeccionista. Depois que as filmagens de Gia acabaram, ela desistiu brevemente de atuar porque sentia que não tinha “nada mais para oferecer”. Ela se separou de seu marido Jonny Lee Miller e mudou-se para Nova York, onde teve aulas noturnas na Universidade de Nova York para estudar direção e roteirismo. Encorajada por sua vitória no prêmio Globo de Ouro por “George Wallace – O Homem Que Vendeu Sua Alma” e pela recepção crítica positiva de “Gia – Fama e Destruição”, Jolie retomou sua carreira. Depois de participar do filme de gângster “A Cozinha do Inferno” (1998), Jolie voltou em “Corações Apaixonados” (1998), e fez parte de um elenco que incluía Sean Connery, Gillian Anderson e Ryan Phillippe. O filme recebeu críticas predominantemente positivas e Jolie foi elogiada em particular. Ela ganhou o prêmio de Atriz Revelação do National Board of Review.
Em 1999, estrelou a comédia dramática “Alto Controle”, ao lado de John Cusack, Billy Bob Thornton e Cate Blanchett. O filme recebeu uma recepção mista dos críticos e sua personagem – a sedutora esposa de Thornton – foi particularmente criticada; Escrevendo para o “The Washington Post”, Desson Howe a classificou como “uma criação de escrita completamente absurda de uma mulher de espírito livre que chora por plantas de hibisco que morrem, usa muitos anéis de turquesa e fica sozinha quando Russell passa noites inteiras longe de casa”. Jolie co-estrelou com Denzel Washington em “O Colecionador de Ossos” (1999), interpretando uma policial que relutantemente ajuda um detetive paraplégico de Washington a localizar um serial killer. O filme arrecadou 151.5 milhões de dólares em todo o mundo, mas foi criticamente sem sucesso. Terry Lawson, do Detroit Free Press, concluiu: “Jolie, embora seja sempre deliciosa, é simplesmente mal interpretada.”
Em seguida, Jolie assumiu o papel coadjuvante de uma paciente sociopata em “Garota, Interrompida” (1999), uma adaptação do livro de memórias de Susanna Kaysen com o mesmo nome. Enquanto Winona Ryder interpretou a personagem principal, e pela qual se esperava ser um retorno, o filme, ao contrário, marcou o avanço final de Jolie em Hollywood. Ela ganhou seu terceiro Globo de Ouro, seu segundo Screen Actors Guild Award e o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Para a revista “Variety”, Emanuel Levy observou: “Jolie é excelente como a garota extravagante e irresponsável que se revela muito mais instrumental do que os médicos na reabilitação de Susanna”.
Em 2000, Jolie apareceu em seu primeiro grande sucesso de bilheteria de verão, “60 Segundos”, que se tornou seu filme de maior bilheteria nesse ponto, ganhando 237,2 milhões de dólares internacionalmente. No filme, ela teve um papel menor interpretando a ex-namorada mecânica de um ladrão de carro interpretado por Nicolas Cage; O escritor do “Washington Post”, Stephen Hunter, criticou: “tudo o que ela faz neste filme é ficar em pé, esfriando, modelando aqueles lábios carnudos e pulsantes que aninham tão provocativamente em seus dentes”.
2001–2004: Reconhecimento geral
Embora altamente considerada por suas habilidades de atuação, Jolie raramente tinha encontrado filmes que apelassem para um público amplo, mas “Lara Croft: Tomb Raider” (2001) fez dela uma estrela internacional. Nesta adaptação do popular vídeo game “Tomb Raider”, o filme exigia que ela aprendesse um sotaque inglês e passasse por um extenso treinamento de artes marciais para interpretar a arqueóloga aventureira Lara Croft. Embora o filme tenha gerado principalmente críticas negativas, Jolie foi geralmente elogiada por seu desempenho físico; John Anderson, da Newsday, comentou: “Jolie transformou a personagem título em um ícone virtual da competência feminina e da frieza.” O filme foi um sucesso internacional, ganhando 274,7 milhões de dólares em todo o mundo, e ela lançou sua reputação global como uma estrela de ação feminina.
Jolie estrelou ao lado de Antonio Banderas como sua noiva por correspondência em “Pecado Original” (2001). O crítico do “New York Times”, Elvis Mitchell, questionou a decisão de Jolie de seguir seu desempenho, premido com um Oscar, com um filme de gênero “soft core”. A comédia romântica “Uma Vida em Sete Dias” (2002), embora igualmente mal sucedida, marcou uma escolha incomum para Jolie. Allen Barra do “Salon” considerou sua ambiciosa personagem como uma rara tentativa de desempenhar um papel de mulheres convencionais, observando que seu desempenho “não sai do chão até uma cena onde ela se veste de punk e lidera um grupo de trabalhadores de ônibus e é impressionante ao cantar a música ‘Satisfaction’. Apesar de sua falta do sucesso na bilheteria, Jolie permaneceu na demanda como atriz; Em 2002, ela se estabeleceu entre as atrizes mais bem pagas de Hollywood, ganhando entre 10 e 15 milhões de dólares por filme durante os próximos cinco anos.
Jolie retomou seu papel como Lara Croft em “Lara Croft – Tomb Raider: A Origem da Vida” (2003), que não foi tão lucrativo quanto o original, ganhando 156.5 milhões de dólares na bilheteria internacional. Ela também estrelou o vídeo musical “I Did My Time” da banda “Korn”, que foi usado para promover a sequência. Seu filme seguinte foi ” Amor sem Fronteiras” (2003), no qual retratou uma socialite que se junta a um trabalhador humanitário interpretado por Clive Owen. Embora não tenha feita sucesso com o público, o filme é o primeiro de vários projetos que Jolie fez para chamar a atenção para as causas humanitárias. “Amor sem Fronteiras” foi um fracasso crítico; Kenneth Turan, do “Los Angeles Times”, reconheceu a habilidade de Jolie em “trazer eletricidade e credibilidade aos papéis”, mas escreveu que “o limbo de um personagem híbrido, uma pessoa de papelão mal escrito em um mundo infestado de moscas, sangue e coragem, derrotou-a completamente”.
Em 2004, foram lançados quatro filmes com Jolie. Ela estrelou pela primeiramente o thriller “Roubando Vidas” como uma criadora de perfis do FBI convocada para ajudar a polícia de Montreal a caçar um serial killer. O filme recebeu críticas mistas; Kirk Honeycutt do “The Hollywood Reporter” concluiu: “Jolie desempenhou um papel que definitivamente se sente como algo que ela já fez, mas ela adiciona um traço inconfundível de emoção e glamour”. Jolie fez uma breve aparição como piloto de caça no filme “Capitão Sky e o Mundo de Amanhã”, uma aventura de ficção científica filmada inteiramente com atores na frente de uma tela azul, e dublou seu primeiro filme para crianças, a animação da DreamWorks, “O Espanta Tubarões”. Seu papel coadjuvante como a rainha Olímpia em “Alexandre – O Grande” de Oliver Stone, sobre a vida de Alexandre, o Grande, foi recebido de forma mista, particularmente em relação ao seu sotaque eslavo. Comercialmente, o filme fracassou na América do Norte. Stone atribuiu a desaprovação por exibir a bissexualidade de Alexander, porém conseguiu, internacionalmente, uma receita total de 167.3 milhões de dólares.
2005–2010: Sucesso comercial
Em 2005, Jolie voltou ao grande sucesso de bilheteria com a comédia de ação “Sr. & Sra. Smith”, na qual estrelou ao lado de Brad Pitt como um casal aborrecido que descobre que ambos são assassinos secretos. O filme recebeu críticas mistas, mas foi geralmente elogiado pela química entre as duas lideranças; O crítico do “Star Tribune”, Colin Covert, observou: “Enquanto a história se sente desordenada, o filme ganha charme gregário, energia galopante e química termonuclear das estrelas” e Roger Ebert disse: “O que faz o filme funcionar é que Pitt e Jolie se divertem juntos na tela e eles são capazes de encontrar um ritmo que lhes permite ser subestimado e divertido mesmo durante os desenvolvimentos mais alarmantes.” Manohla Dargis do “The New York Times” publicou dizendo: “Este é o show de Brad e Angelina e não muito mais. Isso é muito ruim, porque ambos os atores são capazes de mais”. Com uma arrecadação de 478,2 milhões de dólares em todo o mundo, “Sr. & Sra. Smith” foi a sétima maior bilheteria do ano e permaneceu como o filme de ação mais lucrativo de Jolie até a década seguinte.
Depois de um papel coadjuvante como a esposa negligenciada de um oficial da CIA em “O Bom Pastor” de Robert De Niro (2006), Jolie estrelou como Mariane Pearl no drama de documentário “O Preço da Coragem” (2007). Baseado no livro de memórias de Pearl de mesmo nome, o filme narra o sequestro e assassinato de seu marido, o repórter do Wall Street Journal, Daniel Pearl, no Paquistão. Embora Pearl tenha escolhido pessoalmente Jolie para o papel, levantaram-se críticas raciais e acusações de blackface. O desempenho resultante foi amplamente elogiado; Ray Bennett, do “The Hollywood Reporter”, descreveu-o como “bem medido e comovente”, e interpretado “com respeito”. Ela recebeu indicações para o Globo de Ouro e para o Screen Actors Guild Award. Jolie também interpretou uma sedutora criatura, a mãe de Grendel, no épico “A Lenda de Beowulf” (2007), criado através da captura de movimento. O filme foi criticamente e comercialmente bem recebido, sua receita foi de 196,4 milhões de dólares em todo o mundo.”
Em 2008, Jolie foi considerada a atriz mais bem paga de Hollywood, ganhando entre 15 e 20 milhões de dólares por filme. Enquanto outras atrizes foram forçadas a sofrer cortes salariais nos últimos anos, a percepção de bilheteria de Jolie permitiu que ganhasse em torno de 20 milhões, mais uma porcentagem. Ela estrelou ao lado de James McAvoy e Morgan Freeman no filme de ação “O Procurado” (2008), que provou ser um sucesso internacional, ganhando 341,4 milhões de dólares em todo o mundo. O filme recebeu críticas predominantemente favoráveis; escrevendo para “The New York Times”, Manohla Dargis observou que Jolie estava “perfeitamente no elenco como uma assassina super-assustadora, aparentemente amoral”, acrescentando que “ela mostrou o tipo de figura disciplinar que poderia deixar os meninos de todas as idades de joelhos”.
Jolie, em seguida, assumiu o papel principal no drama “A Troca” (2008) de Clint Eastwood. Baseado, em parte, no caso dos Wineville Chicken Coop Murders, o filme centra-se em Christine Collins, que após rever o filho sequestrado em 1928, acaba percebendo que, na verdade, o menino é um impostor. O crítico do “Chicago Tribune”, Michael Phillips, observou: “Jolie realmente brilha na calma antes da tempestade, as cenas em que uma figura paternalista de autoridade masculina despreza sua perigosa situação”. Ela recebeu indicações na categoria de Melhor Atriz para o Globo de Ouro, Screen Actors Guild Award, BAFTA, e o Oscar. Jolie também emprestou sua voz para a animação da DreamWorks, “Kung Fu Panda” (2008), o primeiro trabalho principal em uma franquia infantil, reprisando mais tarde seu papel nas sequencias “Kung Fu Panda 2” (2011) e “Kung Fu Panda 3” (2016).
Depois da morte de sua mãe em 2007, Jolie começou a aparecer em menos filmes, explicando mais tarde que sua motivação para ser uma atriz resultou das ambições de atuação de sua mãe. Seu primeiro filme em dois anos foi o thriller, “Salt” (2010), no qual ela estrelou como uma agente da CIA que é perseguida depois de ser acusada de ser uma agente adormecida da KGB. Originalmente escrito para um personagem masculino – com Tom Cruise cotado – o agente Salt sofreu uma mudança de gênero depois que uma executiva da Columbia Pictures sugeriu Jolie para o papel. Com receitas de 293,5 milhões de dólares, “Salt” se tornou um sucesso internacional. O filme recebeu críticas geralmente positivas, com o desempenho de Jolie em particular ganhando elogios; O crítico da “Empire”, William Thomas comentou: “Quando se trata de vender fantasias incríveis, loucas e desafiadoras à morte, Jolie tem poucos colegas no negócio de ação”.
Jolie estrelou ao lado de Johnny Depp no thriller “O Turista” (2010). O filme foi um fracasso crítico, embora Roger Ebert tenha defendido o desempenho de Jolie, afirmando que ela “interpretou uma mulher fatal com intensidade e sexualidade”. Apesar da má recepção crítica e de um começo lento na bilheteria norte-americana, o filme passou à respeitáveis 278,3 milhões de dólares em todo o mundo, aumentando o apelo de Jolie para o público internacional. Ela recebeu uma indicação ao Globo de Ouro por seu desempenho, o que deu origem à especulação de que tinha sido dada apenas para garantir a sua presença de alto nível na cerimônia de premiação.
2011–presente: Expansão profissional
Depois de dirigir o documentário “A Place in Time” (2007), que foi distribuído através da National Education Association, Jolie fez sua estreia como diretora com “Na Terra de Amor e Ódio” (2011), uma história de amor entre um soldado sérvio e uma prisioneira bósnia, durante a Guerra da Bósnia (1992-95). Ela dirigiu o filme para reavivar a atenção para os sobreviventes, depois de duas vezes visitar a Bósnia e Herzegovina em seu papel como Embaixadora de Boa Vontade do ACNUR. Para garantir a autenticidade, o filme teve apenas atores da ex-Iugoslávia – incluindo Goran Kosti? e Zana Marjanovi? – e incorporou suas experiências de guerra em seu roteiro. Após o lançamento, o filme recebeu críticas mistas; Todd McCarthy, do “The Hollywood Reporter”, escreveu: “Jolie merece um crédito significativo por criar uma atmosfera tão poderosa e opressiva e encenar os eventos horríveis de forma tão credível, mesmo que sejam essas mesmas forças que farão com que as pessoas não queiram ver o que está na tela”. O filme foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira e Jolie foi nomeada cidadã honorária de Sarajevo por aumentar a consciência da guerra.
Após uma ausência de três anos e meio das telas, Jolie estrelou em “Malévola” (2014), uma re-paginação em live-action da animação da Disney de 1959, “A Bela Adormecida”. A recepção crítica foi mista, mas o desempenho de Jolie no papel da titular foi elogiado; a crítica Sherri Linden do “The Hollywood Reporter”, estabeleceu que Jolie era o “coração e alma” do filme, acrescentando que ela “não mastiga o estimável cenário em “Malévola” – ela o infunde, exercendo um poder magnético e sem esforço”. Em seu fim de semana de estreia, “Malévola” arrecadou quase 70 milhões na bilheteria norte-americana e mais de 100 milhões em outros mercados, marcando o apelo de Jolie para audiências de todas as idades em filmes de ação e fantasia, gêneros geralmente dominados por atores masculinos. O filme arrecadou 757,8 milhões de dólares em todo o mundo, tornando-se o quarto filme de maior bilheteria do ano e o filme mais lucrativo de Jolie.
Jolie completou seu segundo trabalho como diretora em “Invencível” (2014), que conta a história do herói da Segunda Guerra Mundial, Louis Zamperini (1917-2014), ex-atleta olímpico que sobreviveu a um acidente de avião no mar e passou dois anos em um acampamento de guerra japonês para prisioneiros. Baseado na biografia de Laura Hillenbrand do mesmo nome, o roteiro do filme foi escrito pelos irmãos Coen e estrelou Jack O’Connell. Depois de uma recepção positiva inicial, “Invencível” foi considerado um provável candidato para Melhor filme e Melhor Diretor, mas acabou por receber críticas mistas e poucos prêmios de reconhecimento, embora tenha sido nomeado um dos melhores filmes do ano pela “National Board of Review e pelo American Film Institute”. Em uma revisão típica, Justin Chang da “Variety” escreveu que o filme foi feito com “impecável artesanato e com sobriedade”, mas considerou “uma história extraordinária contada em termos obedientes, não excepcionais.” Financeiramente, “Invencível” superou as expectativas da indústria em seu fim de semana de estreia, eventualmente ganhando mais de 163 milhões de dólares em todo o mundo.
A próxima direção de Jolie foi o drama marital “À Beira Mar” (2015), no qual estrelou em com seu até então marido, Brad Pitt, marcando sua primeira colaboração desde 2005 em “Sr. & Sra. Smith”. Com base em seu roteiro, o filme foi um projeto profundamente pessoal para Jolie, que se inspirou na vida de sua própria mãe. Os críticos, no entanto, o destacaram como um “projeto de vaidade”, como parte de uma má recepção geral. Escrevendo para o “The Washington Post”, Stephanie Merry notou sua escassez de emoção genuína, afirmando, que “À Beira Mar” é deslumbrantemente lindo, assim como suas estrelas. Mas a descamação de camada sobre camada de tédio requintado, revela nada além de vazio, polvilhado com sentimentos afetados.” Apesar de estrelar dois dos principais atores de Hollywood, o filme recebeu apenas uma versão limitada.
“First They Killed My Father”, adaptação de Jolie às memórias de Loung Ung com o mesmo nome deveria ter estreado na Netflix no final de 2016. Além de dirigir o filme, ela co-escreveu seu roteiro com sua amiga Ung, uma ativista de direitos humanos que sobreviveu ao regime Khmer Rouge do Camboja. Porém, com o surpreendente pedido de divórcio impetrado por Jolie contra o ator Brad Pitt, o lançamento e a divulgação do filme foram adiadas para 2017. Ainda em 2016, Jolie foi contratada para reprisar o papel de Malévola em uma sequência da Disney, ainda sem data de estreia prevista.
Trabalho humanitário
Embaixadora da UNHCR (ACNUR)
Jolie testemunhou pela primeira vez os efeitos de uma crise humanitária enquanto filmava “Lara Croft: Tomb Raider” (2001) no Camboja, que estava devastado pela guerra, uma experiência que mais tarde acreditou ter trazido à ela uma maior compreensão do mundo. Ao terminar as gravações do filme e voltar para casa, contactou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR/ACNUR) para obter informações sobre lugares problemáticos internacionais. Para saber mais sobre as condições nestas áreas, começou a visitar campos de refugiados ao redor do mundo. Em fevereiro de 2001, foi em sua primeira visita à um campo de refugiados, uma missão de 18 dias para Serra Leoa e Tanzânia; Ela mais tarde expressou seu choque com o que havia testemunhado.
Nos meses seguintes, Jolie retornou ao Camboja por duas semanas e se encontrou com refugiados afegãos no Paquistão, onde doou 1 milhão de dólares em resposta a um apelo de emergência internacional do ACNUR, a maior doação já recebida de uma iniciativa privada individual. Ela cobriu todos os custos relacionados a suas missões e compartilhou as mesmas condições rudimentares de trabalho e de vida das pessoas de campo do ACNUR em todas as suas visitas. Jolie foi nomeada Embaixadora da Boa Vontade na sede do ACNUR em Genebra em 27 de agosto de 2001.
Durante a década, participou de mais de 40 missões de campo, encontrando-se com refugiados e pessoas deslocadas internamente em mais de 30 países. Em 2002, quando lhe perguntaram o que esperava realizar, declarou: “Conscientizar a situação dessas pessoas, acho que elas deveriam ser elogiadas pelo que sobreviveram, não desprezadas”. Para esse fim, suas visitas de campo de 2001-02 foram narradas em seu livro “Notes from My Travels”, publicado em outubro de 2003 juntamente com o lançamento de seu drama humanitário “Amor Sem Fronteiras”.
Jolie pretendia visitar o que ela chamava de “emergências esquecidas”, crises que a atenção da mídia tinha se afastado. Ela se destacou por viajar para zonas de guerra, como a região sudanesa de Darfur durante o conflito de Darfur, a fronteira sírio-iraquiana durante a Segunda Guerra do Golfo, onde se reuniu em particular com tropas americanas e outras forças multinacionais na capital afegã, Cabul, durante Guerra do Afeganistão, onde três trabalhadores humanitários foram assassinados durante sua primeira visita. Para ajudar em suas viagens, começou a ter aulas de voo em 2004 com o objetivo de transportar trabalhadores de ajuda e suprimentos de alimentos em todo o mundo; Agora possui uma licença de piloto privado com habilitação de voo instrumental e possui um Cirrus SR22 e Cessna 208 Caravan monomotor.
Em 17 de abril de 2012, após mais de uma década de serviço como Embaixadora de Boa Vontade do ACNUR, Jolie foi promovida ao cargo de Enviado Especial do Alto Comissário António Guterres, a primeira pessoa assumir essa posição dentro da organização. Em seu papel expandido, foi dada autoridade para representar Guterres e ACNUR a nível diplomático, com foco em grandes crises de refugiados. Nos meses que se seguiram à sua promoção, fez sua primeira visita como Enviado Especial – a terceira em geral – ao Equador, onde se encontrou com refugiados colombianos e acompanhou Guterres numa viagem de uma semana pela Jordânia, Líbano, Turquia, e Iraque, para avaliar a situação dos refugiados da Síria. Desde então, realizou mais de uma dúzia de missões de campo em todo o mundo para se encontrar com refugiados.
Conservação e desenvolvimento comunitário
Em um esforço para conectar seu filho nascido no Camboja com sua herança, Jolie comprou uma casa em seu país de nascimento em 2003. A casa tradicional estava a 39 hectares na província noroeste de Battambang, adjacente ao parque nacional Samlout nas montanhas Cardamom. Ela comprou os 60.000 hectares do parque e transformou a área em uma reserva de vida selvagem chamada pelo seu filho, o Projeto Maddox Jolie. Em reconhecimento aos seus esforços de conservação, o rei Norodom Sihamoni concedeu à ela a cidadania cambojana em 31 de julho de 2005.
Em novembro de 2006, Jolie expandiu o projeto – renomeado Maddox Jolie-Pitt Foundation (MJP) – para criar o primeiro Millennium Village da Ásia, de acordo com os objetivos de desenvolvimento da ONU. Ela foi inspirada por um encontro com o fundador do Millennium Promise, o notável economista Jeffrey Sachs, no Fórum Econômico Mundial em Davos, onde foi oradora convidada em 2005 e 2006. Em meados de 2007, cerca de 6.000 aldeões e 72 empregados – alguns deles antigos caçadores – moravam e trabalhavam no MJP. O complexo inclui escolas, estradas e uma fábrica de leite de soja, todos financiados por Jolie. Sua casa funciona como a sede do campo MJP.
Depois de filmar Beyond Borders (2003) na Namíbia, ela tornou-se patrono da Harnas Wildlife Foundation, um orfanato de vida selvagem e um centro médico no deserto de Kalahari. Em dezembro de 2010, Jolie e seu sócio, Brad Pitt, fundaram a Fundação Shiloh Jolie-Pitt para apoiar o trabalho de conservação da Naankuse Wildlife Sanctuary, uma reserva natural também localizada no Kalahari. Em nome de sua filha nascida na Namíbia, eles financiaram projetos de conservação de animais grandes, bem como uma clínica de saúde gratuita, moradia e uma escola para a comunidade de San Bushmen em Naankuse. Ambos apoiam outras causas através da Fundação Jolie-Pitt, criada em setembro de 2006.
Imigração infantil e educação
Jolie se voltou para a legislação para ajudar crianças imigrantes e outras crianças vulneráveis, ambas nos EUA e países em desenvolvimento, incluindo a “Unaccompanied Alien Child Protection Act of 2005”. Ela começou a fazer lobby em interesses humanitários na capital americana a partir de 2003, explicando: “Tanto quanto eu adoraria nunca ter que visitar Washington, essa é a maneira de mover a bola”. Desde outubro de 2008, co-presidiu a Kids in Need of Defense (KIND), uma rede de escritórios líderes de advocacia americanos que prestam assistência jurídica gratuita a menores não acompanhados em processos de imigração para os Estados Unidos. Fundada em uma colaboração entre Jolie e a Microsoft Corporation, até 2013, a KIND se tornou o principal provedor de advogados pró-bono para crianças imigrantes. Jolie tinha anteriormente, de 2005 a 2007, financiado o lançamento de uma iniciativa semelhante, e posteriormente o Comitê dos EUA para Refugiados e Imigrantes lançou o Centro Nacional para Refugiados e Crianças Imigrantes.
Jolie também defendeu a educação das crianças. Desde a fundação da reunião anual da Iniciativa Global Clinton em setembro de 2007, ela co-presidiu a Parceria Educacional para Crianças do Conflito (EPCC), que fornece políticas e financiamento para programas de educação para crianças em regiões afetadas por conflitos. Em seu primeiro ano, a parceria apoiou projetos de educação para crianças iraquianas refugiadas, jovens afetados pelo conflito no Darfur e meninas na zona rural do Afeganistão, entre outros grupos afetados. A parceria tem trabalhado em estreita colaboração com o Centro de Educação Universal do Conselho de Relações Exteriores – fundado pelo economista Gene Sperling – para estabelecer políticas educacionais, o que resultou em recomendações feitas às agências da ONU e às agências de desenvolvimento do G8 e do Banco Mundial. Desde abril de 2013, todos os lucros da coleção de jóias de Jolie “high-end Jolie” e “Style of Jolie”, beneficiaram o trabalho da parceria.
Jolie financiou uma escola e um internato para meninas no campo de refugiados de Kakuma no noroeste do Quênia, que abriu em 2005, e duas escolas primárias para meninas nos assentamentos de repatriados Tangi e Qalai Gudar no leste do Afeganistão, que abriu em março de 2010 e novembro de 2012, respectivamente. Além das facilidades estabelecidas pelo Millennium Village no Camboja, Jolie havia construído pelo menos outras dez escolas no país em 2005. Em fevereiro de 2006, ela abriu o Maddox Chivan Children’s Center, um centro médico e educacional para crianças afetadas pelo HIV, na capital cambojana, Phnom Penh. Em Sebeta, Etiópia, o local de nascimento de sua filha mais velha, ela financia uma instituição, a Zahara Children’s Center, que abriu em 2015 e era previsto educar as crianças que sofrem de HIV ou tuberculose. Ambos os centros são geridos pelo Comitê Global de Saúde.
Jolie expressou seu apoio a Malala Yousafzai, uma ativista de educação adolescente no Paquistão, conhecida por ter sido baleada por membros do Talibã depois de fazer blogs sobre a vida sob o regime talibã para a BBC Urdu e promover a educação de meninas paquistanesas. Depois do tiroteio de Yousafzai em 9 de outubro de 2012, Jolie escreveu um artigo para The Daily Beast intitulado “We All Are Malala”, no qual documentou sua reação ao ocorrido, expressou seu apoio à educação das meninas no Paquistão. No ano seguinte, Jolie pronunciou um discurso na Cúpula Mundial das Mulheres, na qual expressou seu apoio a Yousafzai, e anunciou o início do Fundo Malala, um sistema de subsídios destinado a apoiar estudantes no Paquistão. Ela contribuiu pessoalmente mais de 200.000 dólares para o Fundo. Jolie também honrou Yousafzai abrindo uma escola para meninas no Paquistão.
Direitos humanos e direitos das mulheres
Depois de se juntar ao Conselho de Relações Exteriores (CFR) em junho de 2007, Jolie organizou uma conferência sobre o direito internacional e justiça na sede do CFR e financiou vários relatórios especiais, incluindo “Intervenção para parar o genocídio e as atrocidades em massa”. Em janeiro de 2011, ela oficializou a Jolie Legal Fellowship, uma rede de advogados que são patrocinados para defender o desenvolvimento dos direitos humanos em seus países de origem. Seus advogados membros, chamados Jolie Legal Fellows, têm facilitado os esforços da proteção infantil no Haiti após o terremoto de 2010 e promovido o desenvolvimento de um processo democrático inclusivo na Líbia após a revolução de 2011.
Jolie liderou uma campanha contra a violência sexual em zonas de conflito militar pelo governo britânico, o que tornou a questão uma prioridade durante a reunião do G8 de 2013. Em maio de 2012, lançou a Iniciativa de Prevenção da Violência Sexual (PSVI) com o Secretário de Relações Exteriores, William Hague, que a inspirou fazer uma campanha sobre o tema em seu drama de guerra In the Land of Blood and Honey (2011).
O PSVI foi criado para complementar o trabalho mais amplo do governo britânico através da sensibilização e promoção da cooperação internacional. Jolie falou sobre o assunto na reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros do G8, onde as nações presentes adotaram uma declaração histórica perante o Conselho de Segurança da ONU, que respondeu adotando sua resolução mais ampla sobre a questão até o momento. Em junho de 2014, co-presidiu a Cúpula Mundial para a Eliminação da Violência Sexual em Conflitos, a maior reunião já feita sobre o assunto, que resultou em um protocolo aprovado por 151 nações.
Através de seu trabalho no PSVI, Jolie encontrou os peritos em política externa Chloe Dalton e Arminka Helic, que serviram como conselheiros especiais de Hague. Sua colaboração resultou na fundação Jolie Pitt Dalton Helic em 2015, uma parceria dedicada aos direitos das mulheres e à justiça internacional, entre outras causas. Em maio de 2016, foi nomeada professora visitante na London School of Economics por contribuir com um programa de pós-graduação no Centro Universitário de Mulheres, Paz e Segurança, que ela havia lançado com Hague no ano anterior.
Reconhecimento e honras
Jolie recebeu um amplo reconhecimento por seu trabalho humanitário. Em agosto de 2002, recebeu o Prêmio Humanitário Inaugural do Programa de Imigração e Refugiados do Serviço Mundial da Igreja e em outubro de 2003, foi a primeira pessoa a receber o Prêmio Cidadão do Mundo pela Associação de Correspondentes das Nações Unidas. Foi premiada com o Global Humanitarian Award pela UNA-USA em outubro de 2005, e recebeu o Freedom Award do International Rescue Committee em novembro de 2007. Em Outubro de 2011, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, premiou Jolie com um pino de ouro reservado ao pessoal mais antigo, em reconhecimento da sua década como Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR.
Em novembro de 2013, Jolie recebeu o Prêmio Humanitário Jean Hersholt, um prêmio honorário da Academia, pelo Conselho de Governadores da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Em junho de 2014, foi nomeada Comandante Honorária da Ordem de St Michael e St George (DCMG) por seus serviços à política externa do Reino Unido e a campanha para acabar com a violência sexual em zonas de guerra. A Rainha Elizabeth II apresentou Jolie com a insígnia de sua dignidade honorária durante uma cerimônia privada no mês de outubro.
Vida pessoal
Relacionamentos e casamentos
Jolie teve um relacionamento sério por dois anos, a partir dos 14 anos. Sua mãe permitiu-a viver junto a seu namorado em sua casa, e Jolie mais tarde afirmou que: “Ou eu seria imprudente nas ruas com meu namorado ou ele estaria comigo no meu quarto, com minha mãe no quarto ao lado. Ela fez a escolha e, por causa disto, eu continuei a ir para a escola todas as manhãs e explorei meu primeiro relacionamento de uma maneira segura.” Ela comparou o relacionamento a um casamento em sua intensidade emocional, e disse que a separação a obrigou a dedicar-se a sua carreira de atriz com a idade de 16 anos.
Durante a filmagem de Hackers (1995), Jolie iniciou um romance com o ator britânico Jonny Lee Miller, seu primeiro amante desde o relacionamento em sua adolescência. Eles não estiveram em contato por muitos meses após o termino da produção, mas finalmente se reencontraram e casaram-se em março de 1996. Ela compareceu em seu casamento com calças de borracha pretas e uma camiseta branca, sobre a qual ela tinha escrito o nome do noivo com seu sangue. Embora o relacionamento terminasse no ano seguinte, Jolie manteve-se em bons termos com Miller, a quem chamou “um homem contínuo e um amigo contínuo”. Seu divórcio, iniciado por Jolie em fevereiro de 1999, foi finalizado pouco antes de se casar novamente no ano seguinte.
Pouco antes de se reencontrar e casar com Miller, Jolie teve um relacionamento amoroso com a modelo Jenny Shimizu, no set de “Rebeldes” (1996). Ela disse mais tarde: “Eu provavelmente teria me casado com Jenny se eu não tivesse me casado com meu marido. Eu me apaixonei por ela no primeiro segundo em que a vi.” Segundo Shimizu, o relacionamento durou vários anos e continuou mesmo enquanto Jolie estava romanticamente envolvida com outras pessoas. Em 2003, quando perguntada se era bissexual, Jolie respondeu: “Claro, se eu me apaixonasse por uma mulher amanhã, e sentisse que estava bem se eu quisesse beijá-la e tocá-la? Se eu me apaixonasse por ela?! Sim!”
Após um namoro de dois meses, Jolie casou-se com o ator Billy Bob Thornton em 5 de maio de 2000, em Las Vegas. Eles se conheceram no set de “Alto Controle” (1999), mas não prosseguiram um relacionamento naquela época, pois Thornton estava envolvido com a atriz Laura Dern, enquanto Jolie teria namorado o ator Timothy Hutton, seu co-estrela em “Brincando com a Morte” (1997). Como resultado de suas freqüentes declarações públicas de paixão e gestos de amor – o mais famoso, ambos vestindo frascos de sangue um do outro em torno de seus pescoços – seu casamento tornou-se um tema favorito da mídia de entretenimento. Jolie e Thornton anunciaram a adoção de uma criança do Camboja em março de 2002, mas abruptamente se separaram três meses depois. Seu divórcio foi finalizado em 27 de maio de 2003. Quando perguntada sobre a súbita dissolução de seu casamento, Jolie declarou: “Me pegou de surpresa, também, porque de um dia para o outro, nós mudamos totalmente. E é assustador, mas … Acho que pode acontecer quando você se envolve e você ainda não se conhece.”
Jolie foi envolvida em um escândalo bem divulgado em Hollywood quando foi acusada de ter causado o divórcio dos atores Brad Pitt e Jennifer Aniston em 2005. Ela tinha se apaixonado por Pitt durante a filmagem de “Sr. & Sra. Smith” (2005), mas negou as acusações de um caso, dizendo: “Para ser íntima com um homem casado, quando meu próprio pai traiu minha mãe, não é algo que eu possa perdoar, não poderia olhar para mim mesma de manhã se eu fizesse isso, não me sentiria atraída por um homem que iria trair sua esposa”. Jolie e Pitt não comentaram publicamente sobre seu relacionamento até janeiro de 2006, quando ela confirmou que estava grávida de seu filho.
Durante sua relação de doze anos, “Brangelina” – uma siglonimização criada pela mídia de entretenimento – foi tema de cobertura da mídia mundial. Após o escândalo inicial ter diminuído, eles se tornaram um dos casais mais glamourosos de Hollywood. Sua família cresceu para seis crianças, três das quais foram adotadas, antes de anunciar seu noivado em abril de 2012. Jolie e Pitt casaram-se em 23 de agosto de 2014, em sua propriedade, Château Miraval em Correns, França. Ela posteriormente assumiu o nome “Jolie Pitt”. Depois de dois anos de casamento, o casal se separou em setembro de 2016; Em seu pedido de divórcio, Jolie pediu a custódia de seus filhos.
Filhos
• Maddox Chivan Jolie-Pitt – (Kendal, Camboja, 5 de Agosto de 2001), adotado no Camboja em 10 de Março de 2002.
• Pax Thien Jolie-Pitt – (Ho Chi Minh, Vietname, 29 de Novembro de 2003), adotado no Vietnã, no dia 15 de Março de 2007. Pax foi abandonado em um hospital local por sua mãe biológica, Pham Quang Sang.
• Zahara Marley Jolie-Pitt – (Awassa, Etiópia, 8 de Janeiro de 2005), adotada na Etiópia dia 6 de julho de 2005.
• Shiloh Nouvel Jolie-Pitt – (Swakopmund, Namíbia, 27 de Maio de 2006), primeira filha biológica do casal Angelina Jolie e Brad Pitt.
• Knox Léon Jolie-Pitt e Vivienne Marcheline Jolie-Pitt (Nice, França, 12 de julho de 2008) gêmeos, e filhos biológicos de Angelina Jolie e Brad Pitt.
Em 10 de março de 2002, Jolie adotou seu primeiro filho, Maddox Chivan, de sete meses de idade, de um orfanato em Battambang, Camboja. Ele nasceu como Rath Vibol em 5 de agosto de 2001, em uma aldeia local. Depois de duas vezes visitar o Camboja, enquanto filmava “Lara Croft: Tomb Raider” (2001) e em uma missão de campo do ACNUR, Jolie voltou em novembro de 2001 com seu marido, Billy Bob Thornton, onde conheceu Maddox e posteriormente se candidatou para adotá-lo. O processo de adoção foi interrompido no mês seguinte, quando o governo dos EUA proibiu as adoções no Camboja por causa das alegações de tráfico de crianças. Embora o facilitador de adoção de Jolie tenha sido posteriormente condenado por fraude de vistos e lavagem de dinheiro, a adoção de Maddox foi considerada legal. Uma vez que o processo foi finalizado, ela assumiu a custódia dele na Namíbia, onde estava filmando “Amor sem Fronteiras” (2003). Jolie e Thornton anunciaram a adoção em conjunto, mas ela adotou Maddox sozinha, e criou-o como um único parente após sua separação três meses mais tarde.
Jolie adotou uma filha, Zahara Marley, de seis meses de idade, de um orfanato em Addis Ababa, na Etiópia, em 6 de julho de 2005. Zahara nasceu como Yemsrach em 8 de janeiro de 2005, em Awasa. Jolie foi acompanhada por seu parceiro Brad Pitt, quando ela viajou para a Etiópia à tomar custódia de Zahara. Mais tarde, falou que eles haviam tomado juntos a decisão de adotar na Etiópia, tendo visitado o país no início do ano. Depois que Pitt anunciou sua intenção de adotar seus filhos, ela apresentou uma petição para alterar legalmente seu sobrenome de Jolie para Jolie-Pitt, que foi concedida em 19 de janeiro de 2006. Pitt adotou Maddox e Zahara logo depois.
Em uma tentativa de evitar o alvoroço mediático sem precedentes em torno de seu relacionamento, Jolie e Pitt viajaram para a Namíbia para o nascimento de sua primeira criança biológica. Em 27 de maio de 2006, deu à luz uma filha, Shiloh Nouvel, em Swakopmund. Eles venderam as primeiras fotos de Shiloh através do distribuidor “Getty Images” com o objetivo de beneficiar organizações de caridade, ao invés de permitir paparazzi tirar essas valiosas fotografias. As revistas “People” e “Hello!” compraram os direitos americanos e britânicos para as imagens por 4,1 e 3,5 milhões de dólares, respectivamente, um recorde no fotojornalismo de celebridades naquela época, com todos os recursos doados para a UNICEF.
Em 15 de março de 2007, Jolie adotou um filho de três anos, Pax Thien, de um orfanato em Ho Chi Minh, no Vietnã. Ele nasceu como Pham Quang Sang em 29 de novembro de 2003, em HCMC, onde foi abandonado por sua mãe biológica logo após o nascimento. Depois de visitar o orfanato com Pitt em novembro de 2006, Jolie pediu adoção como mãe solteira, porque os regulamentos de adoção do Vietnã não permitem que casais não casados adotem crianças. Após seu retorno aos Estados Unidos, ela pediu ao tribunal para mudar o sobrenome de seu filho de Jolie para Jolie-Pitt, que foi aprovado em 31 de maio. Pitt adotou subsequentemente Pax em 21 de fevereiro de 2008.
No Festival de Cinema de Cannes, em maio de 2008, Jolie confirmou que estava esperando gêmeos. Durante as duas semanas que passou em um hospital a beira-mar em Nice, na França, repórteres e fotógrafos acamparam por lá durante sua estadia. Ela deu à luz um filho, Knox Léon, e uma filha, Vivienne Marcheline, em 12 de julho de 2008. As primeiras fotos de Knox e Vivienne foram vendidas conjuntamente para “People” e “Hello!” em um relatado de 14 milhões de dólares – as fotografias de celebridades mais caras já comprada. Todos os rendimentos foram doados à Fundação Jolie-Pitt.
Tratamento de prevenção do câncer
Em 16 de fevereiro de 2013, aos 37 anos, Jolie foi submetida a uma mastectomia dupla preventiva após saber que tinha um risco de 87% de desenvolver câncer de mama devido a um gene BRCA1 defeituoso. Sua história familiar materna justificou testes genéticos para mutações BRCA: sua mãe, a atriz Marcheline Bertrand, teve câncer de mama e morreu de câncer de ovário, enquanto sua avó morreu de câncer de ovário. Sua tia, que tinha o mesmo defeito BRCA1, morreu de câncer de mama três meses após a operação de Jolie. Após a mastectomia, que reduziu suas chances de desenvolver câncer de mama para menos de 5%, Jolie teve cirurgia reconstrutiva envolvendo implantes e aloenxertos. Dois anos mais tarde, em março de 2015, após os resultados de testes que indicaram possíveis sinais de câncer de ovário precoce, ela sofreu uma ooforectomia preventiva, pois tinha um risco de 50% de desenvolver câncer de ovário devido à mesma anomalia genética. Apesar da terapia de reposição hormonal, a cirurgia trouxe a menopausa prematura.
Depois de completar cada operação, Jolie discutiu sua mastectomia e ooforectomia em um artigo publicado pelo “The New York Times”, com o objetivo de ajudar outras mulheres a fazer escolhas de saúde, informadas. Ela detalhou seu diagnóstico, cirurgias e experiências pessoais, e descreveu sua decisão de se submeter a cirurgia preventiva como uma medida pró-ativa para o bem de seus seis filhos. Ainda escreveu: “Em uma nota pessoal, eu não me sinto menos mulher. Eu fiz uma escolha forte que em nada diminui minha feminilidade”.
O anúncio de Jolie sobre sua mastectomia atraiu atenção da impressa e discussão sobre mutações BRCA e testes genéticos. Sua decisão foi recebida com elogios de várias figuras públicas, enquanto os promotores de saúde apoiaram sua conscientização sobre as opções disponíveis para mulheres em situação de risco. Chamada “The Angelina Effect” no artigo de capa da Time, a influência de Jolie levou à um aumento “global e duradouro” de testes genético BRCA: os testes aumentaram duas vezes na Austrália e Reino Unido, partes do Canadá e Índia, bem como aumentou significativamente em outros países europeus e nos EUA.
Pesquisadores do Canadá e do Reino Unido descobriram que, apesar do grande aumento, a porcentagem de portadores de mutação permaneceu a mesma, significando que a mensagem de Jolie havia atingido aqueles que estavam mais em risco. Em seu primeiro artigo, Jolie havia defendido uma maior acessibilidade aos testes genéticos BRCA e reconheceu os altos custos, que foram grandemente reduzidos depois que o Supremo Tribunal dos Estados Unidos, em junho de 2013, invalidou as patentes de genes BRCA detidas pela Myriad Genetics.
Na mídia
Imagem pública
Como filha do ator Jon Voight, Jolie apareceu na mídia desde cedo. Depois de iniciar sua própria carreira, ela ganhou uma reputação de “criança selvagem”, que contribuiu para seu sucesso inicial no final dos anos 1990 e início de 2000. Os perfis de celebridades cobriam rotineiramente seu fascínio por sangue e facas, experiências com drogas e sua vida sexual, particularmente sua bissexualidade e interesse pelo sadomasoquismo. Em 2000, quando perguntada sobre sua franqueza, declarou: “Eu digo coisas que outras pessoas podem passar, é isso que os artistas devem fazer – jogar coisas pra fora e não ser perfeito e não ter respostas para nada e ver se as pessoas entendem”. Outro fator que contribuiu para a sua imagem controversa foram rumores tabloides de incesto que começaram quando ao ganhar seu Oscar, beijou seu irmão nos lábios e disse: “Estou tão apaixonada por meu irmão agora”. Ela rejeitou os rumores, dizendo: “Foi decepcionante que algo tão bonito e puro pudesse ser transformado em um circo”, e explicou que, como filhos do divórcio, ela e James confiam um no outro.
A reputação de Jolie começou a mudar positivamente depois que, aos 26 anos, se tornou Embaixadora de Boa Vontade para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, comentando mais tarde: “Em meus 20 anos estava lutando comigo mesmo. Agora eu luto por algo importante.” Devido ao seu extenso ativismo, seu Q Score quase dobrou entre 2000 e 2006. Sua reconhecibilidade cresceu em conformidade; Em 2006, era familiar a 81% dos americanos, comparado a 31% em 2000. Tornou-se notável para sua habilidade de influenciar positivamente sua imagem pública através dos meios, sem empregar um publicista ou um agente. Seu Q Score permaneceu acima da média mesmo quando, em 2005, foi acusada de terminar o casamento de Brad Pitt com Jennifer Aniston, momento em que sua personagem pública se tornou uma combinação improvável de uma suposta amante, mãe, símbolo sexual e humanitária. Uma década depois, Jolie foi considerada a mulher mais admirada do mundo em pesquisas globais conduzidas pela YouGov em 2015 e 2016.
A influência geral e a riqueza de Jolie são amplamente documentadas. Em uma pesquisa global da indústria de 2006 da ACNielsen em 42 mercados internacionais, Jolie juntamente com Pitt, foi considerada a celebridade favorita endossadora de marcas e produtos em todo o mundo. Ela foi o rosto de “St. John” e “Shiseido” de 2006 a 2008, e em 2011 teve um acordo com “Louis Vuitton” no valor de 10 milhões de dólares – um recorde para uma única campanha publicitária. Jolie esteve no Time 100, uma lista das pessoas mais influentes do mundo, publicada pela Time, em 2006 e 2008. Foi nomeada a celebridade mais poderosa do mundo na edição de 2009 da revista Forbes, e, foi listada como a atriz mais poderosa de 2006 a 2008 e de 2011 a 2013.A “Forbes” também a citou como a atriz mais bem paga de Hollywood em 2009, 2011 e 2013, com ganhos anuais estimados em 27 milhões, 30 milhões e 33 milhões de dólares, respectivamente.
Aparência
A imagem pública de Jolie está fortemente ligada à sua beleza e ao seu apelo sexual. Muitos meios de comunicação, incluindo Vogue, People e Vanity Fair, a citaram como a mulher mais bonita do mundo, enquanto outras como Esquire, FHM e Empire a chamaram de a mulher mais sensual viva; Ambos os títulos têm sido muitas vezes baseados em pesquisas públicas em que Jolie tem ficado muito à frente de outras celebridades femininas.
Suas características físicas mais reconhecíveis são suas muitas tatuagens, olhos e, em particular, seus lábios carnudos, o New York Times considerou o seu queixo à Kirk Douglas e olhos à Bette Davis. Entre suas 20 tatuagens estimadas estão o provérbio latino quod me nutrit me destruit (“o que me nutre me destrói”), a citação de Tennessee Williams “Uma oração aos selvagens de coração mantidos em gaiolas”, quatro orações budistas sânscrito de proteção, um tigre de doze polegadas, e coordenadas geográficas indicando os lugares de nascimento de seu marido e filhos. Ao longo do tempo, ela tem coberto ou feito cirurgia a laser em várias de suas tatuagens, incluindo “Billy Bob”, o nome de seu segundo marido.
Na publicação das 100 Mulheres Mais Sensuais do mundo, realizada pela FHM, Jolie ficou na 61ª posição em 2001, 32ª em 2003, 9ª em 2004, 3ª em 2005, 4ª em 2006, 8ª em 2007, 9ª em 2008, 14ª em 2009, 70 ª em 2010, 90ª em 2011, 31ª em 2012, e 72ª em 2015. Em 2011, a “Men’s Health” nomeou-a uma das “100 Mulheres mais quentes de todos os tempos”, classificando-a na décima colocação. Apareceu também na lista Hot 100 da revista Maxim no número 43 em 2003, 17 em 2004, 7 em 2005, 4 em 2006, 12 em 2007, 26 em 2009, 38 em 2010. Foi nomeada como uma das cem pessoas mais bonitas pela revista People em 2007 e 2008, e ainda ocupou a segunda colocação na lista Hot 100 do portal online LGBT AfterEllen.com. Ela repetiu a sua aparição no ano seguinte, tendo sido votada como a décima primeira da lista.
Profissionalmente, o status de Jolie como um símbolo sexual foi considerado um recurso e um obstáculo. Alguns de seus filmes mais bem sucedidos comercialmente, incluindo “Lara Croft: Tomb Raider” (2001) e “A Lenda de Beowulf” (2007), dependiam abertamente, pelo menos em parte, de seu apelo sexual, com Empire afirmando que sua “figura pneumática” “olhos felinos” e “lábios” contribuíram grandemente para o seu apelo ao público do cinema. Por outro lado, o escritor do Salon, Allen Barra, concordou com os críticos que sugeriram que a “sexualidade escura e intensa” de Jolie a limitou nos tipos de papéis que ela pode ser expressa, tornando-a pouco convincente em muitos papéis convencionais das mulheres, enquanto Clint Eastwood, que dirigiu “A Troca” (2008), opinou que ter “o rosto mais bonito do planeta” às vezes prejudicava sua credibilidade dramática com o público.
Além de sua carreira, a aparência de Jolie foi creditada influenciando a cultura popular em geral. Em 2002, Sarah Warn, fundadora da AfterEllen, observou que muitas mulheres de diferentes orientações sexuais expressaram publicamente sentir atração por Jolie, que Warn chamou de um novo desenvolvimento na cultura americana, acrescentando que “há muitas mulheres bonitas em Hollywood e poucas geram o mesmo tipo de interesse esmagador em gêneros e orientações sexuais como ela faz.”
Os atributos físicos de Jolie tornaram-se altamente procurados entre as mulheres ocidentais que procuram a cirurgia estética; Em 2007, foi considerada “o padrão ouro da beleza”, com seus lábios cheios remanescentes, a característica foi a mais imitada da celebridade nos anos 2010. Depois de uma pesquisa de 2011 repetida pela Allure, descobriu que Jolie mais representou o ideal de beleza americana, em comparação com a modelo Christie Brinkley em 1991, a escritora Elizabeth Angell, tendo “ramificado para além do ideal da boneca Barbie e abraçou algo muito diferente”. Em 2013, Jeffrey Kluger da Time, concordou que Jolie simbolizou durante muitos anos o ideal feminino e opinou que sua discussão franca de sua mastectomia dupla redefiniu a beleza.
Filmografia
Jolie iniciou sua carreira quando criança, tendo feito a sua estreia no cinema com o filme de comédia “Lookin ‘to Get Out” (1982), atuando ao lado de seu pai Jon Voight. Onze anos mais tarde apareceu em seu próximo filme de baixo orçamento, “Cyborg 2”, um fracasso comercial. Em seguida, estrelou como uma hacker adolescente no thriller de ficção científica “Hackers – Piratas de Computador” (1995), que passou a ser um filme cult, apesar de sua baixa bilheteria. As perspectivas de sua carreira melhoraram com um papel coadjuvante no telefilme “George Wallace – O Homem Que Vendeu Sua Alma” (1997), pelo qual recebeu um Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante em Televisão. A sua grande descoberta ocorreu no ano seguinte no filme “Gia – Fama e Destruição” (1998). Por sua atuação no papel da modelo Gia Carangi, ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz em minissérie ou filme para televisão.
O primeiro papel de Jolie em 1999 foi em “Alto Controle”, um fracasso comercial e crítico. No entanto, seu próximo filme, “O Colecionador de Ossos”, emergiu como um sucesso comercial. Em 1999, no drama “Garota, Interrompida”, interpretou uma sociopata doente mental, um papel que lhe rendeu um Globo de Ouro e um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.
Um papel oposto ao do Nicolas Cage no filme “60 Segundos” (2000) provou ser sua maior bilheteria a esse ponto. Jolie alcançou reconhecimento mundial como a arqueóloga Lara Croft em “Lara Croft: Tomb Raider” (2001), um filme de ação com base na série de jogos eletrônicos. Apesar das críticas negativas, o filme teve a maior abertura para um filme de uma heroína. Jolie reprisou o papel de Lara Croft na sequela “Lara Croft Tomb Raider: A Origem da Vida” (2003).
Em 2004, Jolie emprestou sua voz para o filme de animação “O Espanta Tubarões”, seguido pelo papel de uma assassina no sucesso comercial de ação “Sr. & Sra. Smith” (2005), ao lado de Brad Pitt. Em seguida, interpretou Mariane Pearl no drama “O Preço da Coragem” (2007), e emprestou sua voz para o filme de animação, “Kung Fu Panda” (2008). O thriller de ação, “O Procurado” (2008), provou ser um sucesso comercial. Sua próxima aparição foi como Christine Collins no drama “A Troca” (2008), que lhe rendeu uma nomeação ao Oscar de Melhor Atriz. Seguido por papéis principais em dois filmes de ação em 2010, Salt e “O Turista”.
Em 2011, dirigiu o drama “Na Terra de Amor e Ódio”, que mostra uma história de amor ambientada durante a Guerra da Bósnia, e apareceu na sequencia de animação “Kung Fu Panda 2”. Seu maior sucesso comercial, veio com o filme de fantasia “Malévola” (2014), que arrecadou mais de 758 milhões de dólares no mundo inteiro, interpretando a personagem de mesmo nome. No mesmo ano, dirigiu “Invencível”, um drama de guerra baseado em um livro de 2010 de mesmo nome.
Prêmios e indicações
Ao longo de sua carreira, Jolie já venceu e foi nomeada à diversos prêmios, notavelmente suas nomeações para o Óscar de Melhor Atriz, Globo de Ouro para Melhor atriz em filme dramático por dois anos consecutivos (2007 e 2008), Melhor atriz em comédia ou musical e Melhor filme em língua estrangeira (como produtora), quatro BAFTA, Emmy de Melhor atriz em minissérie ou telefilme e Melhor atriz coadjuvante em minissérie ou telefilme e o Screen Actors Guild Awards para Melhor atriz principal em cinema em 2008 e 2009. Ela venceu o Óscar de Melhor atriz secundária em 2000, o Globo de Ouro por três anos consecutivos (1998, 1999 e 2000), dois SAG Awards em 1998 e 1999.
Jolie foi também nomeada para o Teen Choice Awards por quinze vezes e vencendo quatro, para o MTV Movie Awards por nove vezes, o People’s Choice Awards por dez vezes, vencendo duas. Como humanitária, ganhou o Prêmio Humanitário Jean Hersholt em 2013, nomeada a sete Alliance of Women Film Journalists, vencendo três, e também venceu a mais outros doze prêmios, incluindo da Ordem de São Miguel e São Jorge e da Associação de Correspondentes das Nações Unidas. Até 2015, Jolie já havia sido nomeada para 97 prêmios diferentes, vencendo 48 destes.
Fonte: Wikipedia