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Angelina Jolie assina contrato para dirigir novo filme

19 de setembro de 2014

De acordo com o site ‘The Hollywood Reporter’ a atriz Angelina Jolie, assinou, recentemente, o contrato para trabalhar como diretora em um novo filme.

Já que “Invencível” (Unbroken), um drama sobre a Segunda Guerra Mundial, deve ser lançado no final deste ano, Angelina Jolie já está definindo seu próximo trabalho como diretora. Assim como em seus filmes anteriores, o novo projeto também será um drama inspirado na vida real.

Jolie assinou o contrato para dirigir o filme “Africa”, da Skydance Productions, que contará a história de um paleo-arqueólogo e sua batalha para salvar os elefantes. O roteiro, escrito por Eric Roth, é descrito como “épico”, e conta a história do africano Richard Leakey, um caçador de fósseis que ajudou a encontrar os ossos do homem primitivo, mas que, depois, voltou sua atenção para a luta contra a caça ilegal de elefantes e rinocerontes.

O filme será produzido por David Ellison, Dana Goldberg, Jon Peters e Jolie. O cineasta Roger Deakins, que trabalhou com Jolie em “Invencível”, irá novamente trabalhar ao lado da diretora.

“Eu senti uma profunda conexão com a África e com a cultura africana durante grande parte da minha vida, e o roteiro, escrito de forma magnífica por Eric, conta a história de um homem que decidiu entrar em um violento conflito com os caçadores de elefantes, e que possuía uma profunda compreensão sobre o homem e sua responsabilidade com o mundo em sua volta”, disse Jolie.

Já o produtor Ellison, disse:

“”África” tem uma história que merece ser contada e que eu gosto muito. Eu sei que o filme irá exceder as minhas expectativas nas mãos de Angelina. Ela é um cineasta inacreditavelmente talentosa e é a pessoa certa para transformar o roteiro impecável de Eric Roth no projeto que eu sempre quis que a Skydance desenvolvesse”.

A título de curiosidade, Richard Leakey nasceu em 1944, em Nairobi (Quênia), sendo filho de dois famosos antropólogos. Desde muito jovem Leakey trabalhou com os seus pais na África Oriental, e realizou seu primeiro achado arqueológico aos seis anos de idade. Pouco interessado, no entanto, em seguir os passos dos pais, ele desistiu dos estudos aos dezesseis anos e decidiu ganhar a vida como guia de safáris. Apesar disso, conduziu a sua primeira expedição à Peninj, no Lago Natron (nordeste da Tanzânia), em 1963, onde a descoberta de parte de um fóssil de um Australopithecus o estimulou a seguir a carreira de paleontólogo.

Novas expedições se seguiram na Tanzânia e na Etiópia quando, então, Leakey iniciou um período de trabalho de campo juntamente com o arqueólogo Glynn Isaac, entre os anos de 1969 e 1975, em Koobi Fora, no Lago Turkana, no Quênia. Entre as suas descobertas neste local destacam-se os crânios de um Australopithecus Boisei, de um Homo Habilis e de um Homo Erectus. Com base nestes achados, Leakey desenvolveu interpretações controversas sobre a origem do homem, colocando em questão muitas das certezas científicas da época sobre o assunto. Em dois livros escritos com Roger Lewin – “Origins” (1977) e “People of the Lake” (1978) – Leakey defendeu que há cerca de três milhões de anos coexistiram três tipos diferentes de hominídeos, o Australopitecus Boisei, o Australopithecus Africanus e o Homo Habilis, sendo que apenas este último teria sobrevivido, dando, mais tarde, origem ao Homo Sapiens e ao homem atual. Esta teoria foi, posteriormente desenvolvida na obra “The Making of Humankind” (1981), que se tornou também uma série televisiva apresentada por Leakey no canal BBC.

Em 1989, quando o Presidente queniano Daniel Arap Moi o nomeou como Diretor do Kenyan Wildlife Service (KWS), em resposta às críticas internacionais sobre o desaparecimento progressivo dos elefantes e sobre o impacto que isso causava na vida selvagem do país, Leakey criou grupos armados e treinados para combater a caça ilegal de marfim. Isto gerou resultados eficazes, mas lhe rendeu inúmeras brigas com os caçadores, com parte dos políticos e com parte da população local. Em 1993, Leakey perdeu as duas pernas em um acidente de avião. Embora tenha passado por impasses políticos, intimidações e violência física, ele continua a lutar por justiça política no Quênia, a dissertar sobre temas ambientais e está atualmente envolvido em projetos de conservação da vida selvagem.