Fonte: Entertainment Weekly Magazine
Recentemente, Angelina Jolie concedeu uma entrevista ao site oficial da revista Entertainment Weekly Magazine, e falou sobre vários assuntos, inclusive sobre seu próximo trabalho em “Maleficent”.
Por Anthony Breznican
Angelina Jolie está ficando um pouco chifruda. Ok, desculpe essa vergonhosa e provocadora introdução. Nós estamos apenas falando sobre a preparação de Jolie para seu novo papel como Malévola, no novo filme da Disney. Em uma longa entrevista concedida a EW, Jolie explicou porque um filme live-action, que terá como foco a vilã bruxa, pode ser bom para os jovens espectadores. Ela também descreveu seus medos (e lágrimas) ao levar “In the Land of Blood and Honey” para as pessoas que viveram o conflito. Veja alguns trechos da entevista:
Quando você finalmente mostrou para o público sobre o que “In the Land of Blood and Honey” realmente tratava, eu imagino que você tenha sentido algum alívio, além de nervosismo. Na Sérvia e na Croácia, eu só andava com os braços abertos, e disse que não tinha más intenções. Eu amo tanto a Bósnia, é tão emocional pra mim, que se eu machucasse alguém, de alguma maneira, ou se o filme não tivesse sido bem recebido, isto teria realmente quebrado meu coração. Isso é muito difícil quando você se preocupa e se tornou tão próxima das pessoas de lá.
Onde você exibiu o filme? Em Sarajevo, eles decidiram exibir o filme em uma telona para mais de 6.000 pessoas no Estádio Olímpico [usado nos jogos de inverno em 1984]. Durante a guerra, tornou-se um cemitério… Então, caminhar pelo palco diante de 6.000 pessoas… Eu não sabia se iriam jogar alguma coisa em mim, ou sabe lá Deus. Eu estava lá, com todo o elenco, que são todos de diferentes lados do conflito. Mas tivemos uma reação bonita, positiva e então, todos nós começamos a chorar.
Durante a exibição do filme? Quando nós aparecemos, depois. Nós não sabíamos que iríamos aparecer na frente, mas foi muito, muito comovente. Depois, encontramo-nos com as vítimas da guerra e ficamos, basicamente, acordados até às três horas da manhã, chorando, enquanto as pessoas contavam diferentes histórias sobre suas experiências. Esta foi a coisa mais bonita que poderia ter acontecido, fazer com que as pessoas falassem sobre isso novamente, mesmo que, por vezes, ficassem tristes.
Você disse que está escrevendo um roteiro sobre a guerra no Afeganistão, para um próximo trabalho. Como isto está se desenrrolando? Eu tenho escrito algumas coisas, porque eu estive lá algumas vezes – no Afeganistão e no Paquistão – nos últimos 11 anos, e é uma parte do mundo que temos tomado ciência, mas… não tenho certeza. Eu vou, realmente, ver neste fim de semana o que as pessoas acham do roteiro. Mas eu gosto e gostei de fazer a pesquisa.
Qual o seu próximo projeto como atriz? Você está em negociação para trabalhar em um filme de Luc Besson? Eu espero trabalhar com Luc um dia, mas nós ainda não descobrimos como. Meu próximo projeto será “Maleficent” da Disney, que começará em Junho, e tem um script realmente ótimo. Eu estou me divertindo muito! Eu, inclusive, já tenho meus chifres prontos. Meus filhos estão muito felizes!
Nesta versão, a Bela Adormecida é a inimiga em vez da mocinha? Este filme não será anti-princesa, mas será a primeira vez que as pessoas olharão para essa mulher épica.
Será um papel solidário para com ela, ou ela será a perfeita vilã? Ambos. Eu espero que no final você veja uma mulher que é capaz de fazer muitas coisas, mas só porque ela se protege e é agressiva, não significa que ela não pode ter outras qualidades. Você terá que descobrir o enigma que ela é.
Então existem algumas qualidades redentoras para a bruxa Malévola? Parece realmente louco dizer que este filme terá algo de bom para as meninas, já que pode parecer que você está dizendo que elas deveriam ser uma vilã. Mas Malévola é, realmente, uma grande pessoa. Mas não é perfeita. Está longe de ser perfeita.
Há uma tradição em pegar um vilão clássico para contar a história a partir de sua perspectiva. John Gardner fez isso com o romance de 1971 “Grendel” e, mais recentemente, temos a história da bruxa na história de Gregory Maguire, “Wicked”, e o musical que o inspirou. Nós gostamos quando o vilão é mais profundo do que pensávamos. Em geral, esta é uma mensagem muito boa, “Vamos olhar pelo outro lado.” Mas também será nosso desafio – pelo qual a escritora do script [Linda Woolverton, que escreveu o script de “O Rei Leão” e “Alice no País das Maravilhas”] também passou – já que não podemos simplificá-lo, não basta inverter a história, temos que contar uma história maior que não aponta o dedo [para a princesa Aurora] também.
Já que é um filme da Disney, terá nesta versão uma Malévola parecida com a que nós conhecemos no desenho de 1959? Nós ainda estamos pensando como ela vai ser. Estamos experimentando coisas diferentes. Mas os chifres, são os chifres – você não pode negá-los. Ela terá que ter os chifres.
Você pode ler a entrevista completa, em inglês no site da revista Entertainment Weekly Magazine.
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