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Em artigo para a CNN, Jolie fala sobre as afegãs

9 de março de 2020

Em um artigo publicado no dia 09 de Março pelo site oficial da CNN, Angelina Jolie falou sobre as mulheres do afeganistão. Confira a matéria traduzida na íntegra pelo nosso colaborador, Gui Leite.

Escrito por Angelina Jolie

Ao longo do Dia Internacional da Mulher, meus pensamentos estiveram com as mulheres do Afeganistão, cujos direitos e liberdade conquistados com muito esforço pendurados na balança. Apenas alguns dias atrás, foi assinado um acordo entre o governo dos Estados Unidos e o Talibã, que foi alcançado sem a inclusão das mulheres, e que não fez menção aos direitos das mulheres sob a constituição afegã e que não continha compromissos para proteger esses direitos nas negociações intra-afegãs que estão por vir.

Todo mundo quer ver a paz no Afeganistão. Mas a paz conquistada pelo preço dos direitos das mulheres não é paz, é apenas conflito e opressão por diferentes meios. Seria uma traição aos enormes sacrifícios feitos pelo povo afegão, pelas forças de segurança, por muitos bravos e bravas militares internacionais.

Todos os governos, começando pelo nosso dos Estados Unidos, devem insistir na inclusão total das mulheres na próxima etapa das negociações e deixar claro que não apoiarão um acordo de paz que comprometa os direitos das mulheres afegãs sob a constituição ou que questione instituições democráticas do país.

Quando as 24 horas que reservamos para homenagear as mulheres terminarem, devemos continuar pressionando o governo para honrar sua promessa de proteger as mulheres afegãs durante as negociações entre o governo afegão e o Talibã, programadas para o final deste mês.

Espero que todos que se consideram parte do movimento internacional de direitos das mulheres demonstrem solidariedade e apoio às mulheres afegãs – assim como às mulheres de todos os outros países onde os direitos estão ausentes ou ameaçados – e ajudem a garantir que suas vozes nunca sejam silenciadas.

Inúmeras mulheres afegãs arriscaram – e perderam – suas vidas buscando obter maior liberdade para seus compatriotas e mulheres. Elas não devem ser esquecidas ou deixadas sozinhas durante esse período crucial da história de seu país.

Fonte: CNN