Angelina Jolie é entrevistada por radio cambojana
19 de fevereiro de 2017
Neste sábado, dia 18 de Fevereiro de 2017, aconteceu a Premiere de “First They Killed My Father”, o novo filme dramático dirigido pela atriz e diretora norte americana, Angelina Jolie. Durante o evento, Jolie disse que o filme era seu presente ao Camboja – país de nascimento do seu filho mais velho – Maddox. Na frente de muitos convidados cambojanos, ela disse que se não tivesse conhecido o Camboja, “talvez eu nunca tivesse me tornado mãe”.
Ela e ativista humanitária cambojana, Loung Ung, autora do livro que deu origem ao filme, conversaram durante algumas horas com o entrevistador da rádio Voa Cambodia, Sophat Soeung, antes da Premiere acontecer.
Você é uma cidadã cambojana e nós estivemos em Battambang e visitamos a Fundação Maddox, então é difícil não falar com certo exagero sobre sua conexão com o Camboja. Quais são seus outros planos, além do filme, para o país?
“Bom, eu irei continuar a fazer o trabalho que eu venho fazendo há doze anos, na região de Samlot. Eu fiquei muito preocupada com os recursos naturais e sobre a mineração ilegal. Esse tem sido meu foco e continua a ser. No entanto, obviamente, o objetivo principal do meu trabalho está concentrado nas escolas para as crianças e na saúde. Nós cuidamos de milhares de pessoas durante o nosso caminho, que se encontram ao nosso alcance, desde saúde até educação com relação ao meio ambiente. Eu acho que isso também é importante quando você faz trabalhos internacionais; trabalhar com as pessoas locais. Você cuida das pessoas locais e isso acaba se tornando um projeto executado pela população local e é isso o que temos feito lá. O líder da equipe é Mony Chan e ele é extraordinário. A equipe que está lá, trabalha lá há muito tempo e eles são realmente maravilhosos. Eu estou lá, mas realmente é algo para eles; e eles podem existir sem a minha presença, e isso é o que importa”.
A Fundação agora leva o nome do Maddox, e ele é um “cambojano americano”. Você tem planos específicos para ele continuar a fazer coisas no Camboja?
“Maddox é muito consciente de que este projeto não apenas leva o seu nome, mas que é algo para tomar conta quando ele fizer 18 anos. Então, ele será responsável por este projeto e tudo isso acontecerá quando ele já tiver 18 anos. Eu acredito que não é uma questão de forçar seus filhos, dizendo que eles precisam amar o país porque foi da onde eles vieram; porque algo assim nunca funciona. Você tem apenas que lhes apresentar o país, fazer com que o país se torne uma coisa familiar, fazer amizade com muitas pessoas do país e foi isso que aconteceu. Então, ele, naturalmente, sem eu forçar coisa alguma, pediu para voltarmos ao seu país de origem; ele pediu para passarmos um tempo em “sua casa”. E ele começou a realmente se conectar, então eu acho que é uma coisa muito bonita. Assim, eu, absolutamente, espero que ele se preocupe muito com isso no futuro”.
Fonte:
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