Angelina Jolie concede entrevista para a revista W
3 de janeiro de 2025
Nesta sexta-feira, dia 03 de Janeiro de 2025, a revista W compartilhou em seu website oficial uma entrevista exclusiva com nossa musa inspiradora – Angelina Jolie.
Confira a matéria completa abaixo, traduzida na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil! Agradecimentos especiais ao nosso colaborador, Guilherme Leite. Confira:
Por Lynn Hirschberg
Os últimos dois anos foram agitados para Angelina Jolie: ela lançou sua linha de roupas, Atelier Jolie; ganhou um Tony Award como produtora de “The Outsiders: A New Musical” na Broadway; dirigiu o filme estrelado por Salma Hayek, “Without Blood”; e voltou a atuar em “Maria Callas”, seu primeiro papel desde “Eternos”, lançado em 2021.
O ambicioso filme, dirigido por Pablo Larraín, é a parte final de sua trilogia que centraliza mulheres icônicas incompreendidas, seguindo “Jackie” e “Spencer”. Em “Maria Callas”, Jolie assume o desafio de retratar a lenda da ópera, Maria Callas, equilibrando a dominante presença de palco da diva com as complexidades de sua vida privada.
Para encarnar Callas, a vencedora do Oscar passou por meses de aulas de italiano e treinamento vocal rigoroso para executar algumas das árias mais famosas de Callas. Quando “Maria Callas” estreou no Festival de Cinema de Veneza em Agosto do ano passado, recebeu uma ovação de pé que durou oito minutos, levando Jolie às lágrimas e posicionando-a como uma forte candidata à corrida pelo prêmio de Melhor Atriz deste ano no Oscar. Aqui, Jolie reflete sobre a intensa preparação necessária para interpretar Callas; seu relacionamento com sua falecida mãe, Marcheline Bertrand; e suas esperanças para seus próprios filhos.
W: Antes de interpretar Maria Callas, o que você sabia sobre ela?
AJ: Eu conhecia sua música e não demora muito, ao procurá-la, para começar a ver a opinião de todos sobre ela. Mas realmente nós não a conhecemos. Acho que ela foi mal interpretada. Suas doenças não eram conhecidas – quando ela não conseguia fazer uma apresentação, a crítica e as histórias eram inacreditáveis. Descobrimos que ela estava lidando com muitos problemas médicos. Existe essa ideia de que ela queria ser glamourosa ou ser “a pessoa”. Acho que foi mais sobrevivência. Quando ela era jovem, sua mãe deixou bem claro que ela não era boa o suficiente do jeito que era. Então ela estava sempre tentando juntar tudo – fazer, ser e estar presente. Eu acho que ela sentiu que ser apenas Maria não era o suficiente.
W: Quando você interpreta uma personagem assim, você se vê consumida por ela?
AJ: Eu estava muito “nela” quando estava fazendo ela. Tive sete meses de aula de canto, aula de italiano e aula de ópera. Então, durante as filmagens, Pablo e a equipe me trataram como uma cantora – o que realmente significou muito para mim. Eu tinha pianos onde quer que fosse, meus treinadores, meus exercícios e todas as noites eu estava praticando para a próxima apresentação. Mas foi diferente porque sou mãe, então conseguia me afastar de um dia pesado de trabalho e pensar em outra coisa.
W: Além de Maria Callas, você interpretou a modelo Gia Carangi e Cornelia Wallace, esposa do ex-governador do Alabama, George Wallace. Você gosta de interpretar pessoas reais?
AJ: Eu gosto. Sinto que estou fazendo o bem em cuidar dessas figuras. Eu tenho que amá-las para fazer um bom trabalho, mas você não quer torná-las santas. Quanto mais eu aprendia sobre Maria, mais sentia que ela merecia empatia e compreensão. Naqueles últimos anos de sua vida, quando ela foi tão criticada e estava tão sozinha, meu objetivo era que o público desse uma segunda olhada em sua vida. Dê a ela mais um momento.
W: Callas tinha um ótimo estilo. Havia alguma joia ou peça de roupa em particular que conectasse você a ela?
AJ: Meu visual favorito dela era o roupão. Foi feito à mão na Itália, de crochê. Aquela mulher por trás das portas fechadas, de roupão, com sua fé e seus pequenos poodles seguindo-a – não era isso que o mundo queria de Maria. O que eles queriam era a Callas.
W: Você sempre quis ser atriz?
AJ: Eu queria isso no começo, porque era o sonho da minha mãe. Ela seguiu carreira de atriz, mas aos 25 anos, ela se divorciou e tinha dois filhos para criar. Por isso, ela decidiu concentrar sua vida exclusivamente na maternidade. Ela não me fazia sentir que era um sacrifício – ela adorava ser uma dona de casa. Mas ela realmente queria que eu fosse atriz. Não me lembro de ter feito essa escolha. Lembro que isso deixou minha mãe feliz. Minha mãe era minha empresária e éramos uma equipe. Sempre quis comprar uma casa para ela e comecei a pagar as contas. Quando minha mãe faleceu, ficou mais difícil ser atriz porque percebi o quanto isso dependia dela.
W: Você tem algum ranço?
AJ: Tantas coisas. Mas o que mais me irrita é alguém que seja mentiroso. Alguém que sente a necessidade de não dizer a verdade ou de não dizer aquilo o que quer, o que sente. Há uma versão maior disso – e não estou tentando pesar sobre isso – mas as pessoas que dizem uma coisa e querem dizer outra, não são exatamente quem são. Acho que muitas pessoas não dizem o que querem dizer.
W: Qual é a sua habilidade secreta?
AJ: Eu posso pilotar um avião. Eu tenho um Cirrus [marca que fabrica aviões de pequeno porte].
W: Você ama isso?
AJ: Sim. Agora, meu filho também é piloto.
W: Você fica nervosa quando ele voa?
AJ: Não. Talvez porque eu tenha uma família grande [risos]. O que me preocupa mais é que as pessoas não estejam encontrando a si mesmas e algo que amem. Eu acho que é mais perigoso caminhar muito hesitantemente pela vida do que corre riscos. Você não tem paixão por alguma coisa. Acho que isso é muito mais assustador. Prefiro que eles estejam lá fora tentando e falhando do que não se esforçando e não sendo apaixonados por algo.
W: Você é mais como um gato ou um cachorro?
AJ: Já me disseram que sou como um gato. Sou leal como um cachorro e sigo meus filhos como um cachorro, mas provavelmente sou mais parecida com um gato. Quando eu fazia aula de atuação, nós estudávamos gatos. Eles usam apenas os músculos que precisam. Eles têm relaxamento perfeito. Ou um gato é muito carinhoso e está realmente ao seu lado, ou é melhor que você não ocupe o espaço dele. Tenho a sensação de que sou um pouco assim.
W: Que signo você é?
AJ; Gêmeos. Acho que somos confundidos com pessoas de duas caras, mas provavelmente temos umas 20, e é por isso que muitos de nós somos atores. Nós apenas temos muitos, muitos lados.

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• Fonte: W Magazine
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