Angelina Jolie Brasil

Em novos documentos judiciais protocolados na última quinta-feira, dia 04 de Abril de 2024, Angelina Jolie relatou que já havia sido agredida por Brad Pitt antes do incidente no avião.

A equipe jurídica da atriz apresentou um pedido ao Tribunal Superior do Condado de Los Angeles solicitando que novos documentos fossem apresentados, com o objetivo de divulgar as declarações que provariam que Pitt não permitiu que Jolie vendesse a parte dela na vinícola francesa, Château Miraval.

Segundo os documentos, Pitt quis condicionar a venda referente a parte da propriedade que pertencia à atriz, a um Termo de Sigilo e Confidencialidade (Non-disclosure Agreements – NDA).

O advogado de Jolie, Paul Murphy, também acusou Brad Pitt de se “esforçar incansavelmente para controlar e drenar Jolie financeiramente”, bem como de “tentar esconder seu histórico de violência doméstica, controle e encobrimento”.

A equipe de Jolie argumentou que os documentos solicitados são altamente relevantes e, muito provavelmente, fornecerão provas admissíveis no caso.

Além disso, os advogados pediram novamente por respostas com a finalidade de descobrir o real motivo de Pitt rescindir o acordo implícito existente, através do qual ele compraria a parte de Jolie na vinícola. A decisão de Pitt de desistir da venda, disse o advogado, “quase quebrou” Jolie financeiramente.

“Se essa venda tivesse sido concretizada, esse processo nunca teria acontecido. Mas, na época, Pitt recuou no acordo que previa a compra da participação de Jolie na Miraval e o negócio fracassou. A questão no cerne deste caso – e no centro desta petição – é por que?”

A resposta, disse o advogado, tem a ver com documentos lacrados que Jolie apresentou no processo que disputa a custódia dos filhos do ex-casal. Os documentos selados, datados de Março de 2021 – intitulados “Depoimento sobre Violência Doméstica” – aparentemente enfureceram Pitt e fizeram com que ele desistisse da compra na época.

Quando Jolie apresentou as provas no processo que disputa a custódia dos filhos, ela teve o cuidado de exibi-las sob sigilo para que nenhum membro do público pudesse vê-las. Mas o arquivo lacrado, que incluía e-mails, resumos do testemunho da família e outras evidências, fez com que Pitt temesse que a informação pudesse se tornar pública eventualmente.

Por este motivo, Pitt teria decidido que não poderia mais confiar em Jolie para manter as coisas privadas e exigiu que ela se vinculasse contratualmente a uma cláusula de silêncio.

Além disso, os advogados de Jolie indicaram que houve violência doméstica antes dos eventos que ocorreram durante o voo a bordo de um avião particular em 2016.

Ao se referir a esse arquivo selado no processo de custódia dos filhos – bem como a outro documento intitulado “Depoimento dos Filhos Menores” – a equipe de Jolie argumentou que Pitt tentou forçar um Termo de Sigilo e Confidencialidade mais abrangente para esconder a suposta má conduta pessoal de Jolie, relacionada a Miraval ou não.

Agora, a equipe da atriz está solicitando a apresentação dos documentos onde constam as comunicações de Pitt com o FBI, com o Ministério Público dos EUA, com o Departamento de Crianças e Serviços Familiares do Condado de Los Angeles e com o Departamento de Polícia de Los Angeles sobre a ocorrência durante o voo privado.

Ela também está buscando informações do Serviço de Proteção à Crianças (DCFS) sobre a investigação realizada na época, testes de drogas e álcool e um plano de segurança que a agência supostamente exigiu que Pitt empreendesse para melhorar sua conduta. A nova petição afirma ainda:

“Embora o histórico de violência física de Pitt contra Jolie tenha começado bem antes da viagem de avião da família, da França para Los Angeles em setembro de 2016, este voo marcou a primeira vez que Pitt praticou violência física também contra as crianças.”

Pitt nunca foi acusado pelo incidente no avião – nem pelo Ministério Público dos EUA nem pelo Departamento de Crianças e Serviços Familiares, que investigaram o incidente – antes do envolvimento do FBI. Entretanto, o FBI decidiu encerrar a investigação sem apresentar quaisquer acusações contra o ator em Novembro de 2016.

De acordo com os documentos, Jolie nunca havia apresentado queixa, pois acreditava que o melhor caminho era Pitt aceitar a responsabilidade e ajudar a família a se recuperar do estresse pós-traumático que ele causou. Ela também alegou que Pitt se recusou a procurar aconselhamento sobre violência doméstica.

Ainda nesta quinta-feira, Paul Murphy fez um comunicado oficial ao jornal “The Times” dizendo:

“O Sr. Pitt se recusou a comprar a participação da Sra. Jolie quando ela não aceitou ser silenciada pelo Termo de Sigilo e Confidencialidade (NDA). Ao se recusar a comprar a participação dela, mas depois processá-la, o Sr. Pitt destacou diretamente por que esse Termo de Sigilo e Confidencialidade era tão importante para ele e o que ele esperava que isso enterrasse: a violência doméstica praticada contra a Sra. Jolie e sua família. Após oito meses de atrasos, esta petição solicita ao Tribunal que force o Sr. Pitt a finalmente produzir essas provas.”

Uma fonte próxima a Jolie, que não se encontra autorizada a falar publicamente sobre o caso, também disse ao jornal “The Times”:

“Pitt está forçando tudo isso da Angelina. Ela não quer estar nesta situação, ela não quer levantar nenhum desses fatos e está fazendo isso apenas porque o processo de Pitt contra ela, está forçando ela a se defender. É incrivelmente triste e ela só queria que ele pudesse seguir em frente e deixá-la em paz.”

A fonte acrescentou que os advogados de Jolie têm e-mails, fotos e depoimentos que foram apresentados sob sigilo no processo de custódia dos filhos que ajudariam a atriz nesse assunto. No entanto, se o caso realmente for a julgamento, ela “será forçada a usar essas provas, querendo ou não”.

Já nesta sexta-feira, dia 05 de Abril, uma fonte próxima a Brad Pitt chamou as novas alegações, relacionadas aos abusos passados, de “desorientações e distrações”, conforme publicou o website oficial da revista “People”.

• Fonte: LA Times | The Times | People