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Vogue: Jolie agita mundo da moda com Atelier Jolie

27 de setembro de 2023

Na manhã desta quarta-feira, dia 27 de Setembro de 2023, a revista “Vogue” dos Estados Unidos compartilhou em seu website oficial a capa de sua edição de Novembro, que traz nossa musa inspiradora – Angelina Jolie.

Além de uma nova entrevista, a revista publicou também um novo ensaio fotográfico exclusivo registrado pela renomada fotógrafa, Annie Leibovitz. Confira a matéria traduzida na íntegra pelo Angelina Jolie Brasil.

Escrito por Chioma Nnadi
Traduzido por Angelina Jolie Brasil
Colaborador @guiamilk

Entre os aficionados por arte do centro de Nova York, o imóvel de número 57 da Rua Great Jones é uma espécie de local sagrado. Andy Warhol comprou um prédio de dois andares no ano de 1970, alugando o segundo andar para seu amigo Jean-Michel Basquiat uma década depois, pouco depois de se conhecerem. E agora, com a fachada quase toda coberta de grafites, parece que todos os artistas de rua, em um raio de 50 quilômetros, prestaram homenagens.

“Talvez possamos fazer algo com toda essa arte”, diz Angelina Jolie, espreitando debaixo de seu enorme guarda-chuva. É uma manhã chuvosa de domingo em meados de julho, quando ela tinha acabado de sair de um avião vindo da Itália. Há seis meses, ela e sua filha mais velha, Zahara, de 18 anos, estudante do Spelman College, em Atlanta, se depararam com esse lugar enquanto procuravam espaços comerciais no centro da cidade. No momento em que entraram pela porta, souberam que as buscas haviam terminado. “Posso ser muito impulsiva, mas Zahara é tão fundamentada, decidida e ponderada”, diz Jolie. “Quando ela concordou, senti que nós duas estávamos decididas.”

Em novembro, a atriz, diretora, ex-Embaixadora da Boa Vontade e ex-Enviada Especial da Agência da ONU para Refugiados abrirá as portas do Atelier Jolie, um esforço um tanto amplo ao trazer seus valores globais e socialmente conscientes para o mundo da moda. Ela o vê como um espaço colaborativo, uma espécie de centro cultural / oficina de design que combina serviços de alfaiataria e reutilização com um espaço de galeria para artesãos locais e um café administrado em parceria com organizações de refugiados.

“Conheci muitos artesãos ao longo dos anos – pessoas muito capazes e talentosas – e gostaria de vê-los crescer”, diz Jolie enquanto me acompanha em uma tour pelo lugar antes dos empreiteiros começarem a trabalhar. Sua lista de colaboradores inclui o londrino Justin Smith, o artista americano Duke Riley e o rendeiro sul-africano Pierre Fouché – mas, diz ela, “não é realmente sobre moda”.

Nem o Atelier Jolie é sobre ela, acrescenta ela rapidamente: “Eu não quero ser uma grande designer de moda. Quero construir uma casa para outras pessoas se tornarem isso.” O objetivo de Jolie é criar uma comunidade e, dessa forma, o projeto quebra o molde tradicional de celebridades que criam marcas – que muitas vezes amplificam uma espécie de culto às personalidades de seus fundadores. O modelo do Atelier Jolie talvez seja melhor comparado a marca “The Row”, das gêmeas Olsen, onde a fama não ofusca as roupas, nem subestima o comprometimento.

Nossa tour pelo local começa no segundo andar, um sótão cheio de luz mobiliado com tetos altos, vigas expostas e bancos de madeira restaurada, onde em breve uma equipe de alfaiates se instalará com tecidos artesanais. A própria Jolie está modelando um par de calças cinza de lã personalizada, um dos vários estilos que estarão disponíveis sob medida. O preço de um vestido do tipo “slip dress” personalizado começará a ser vendido por um valor em torno de 300 dólares, com serviços de reparação que começarão custando cerca de 10 dólares por um remendo feito à mão. Haverá também kits de conserto para levar para casa e uma estação de atividades no café que os clientes poderão usar gratuitamente.

Embora a propriedade tenha passado por várias mãos desde que Basquiat morou lá, vestígios do prolífico artista permanecem: o grafite “SAMO©” – que ele inventou em parceria com o amigo Al Diaz – está rabiscado no chão de concreto. Nesta manhã, Jolie tem a sua própria equipe: a presidente e diretora de operações da marca, Helen Aboah, e Giles Duley, aconselhando o projeto sobre impacto empresarial, mas que começou a sua carreira como fotógrafo musical, logo evoluindo para “um homem zangado com uma câmara”, diz ele, com foco no impacto dos conflitos nas comunidades em todo o mundo.

“Nos últimos 20 anos, enquanto documentava histórias humanitárias, vi o impacto negativo do consumismo ocidental nos países em desenvolvimento – desde o trabalho infantil, extração ilegal de minerais, poluição pelo tingimento de tecidos, exploração de agricultores e muito mais”, diz ele. “O Atelier Jolie pode ter um impacto positivo incrível para artesãos que, muitas vezes, foram desvalorizados ou não foram reconhecidos, mas também temos a oportunidade de iniciar conversas sobre exploração da força de trabalho, poluição e desperdício.” Aboah acrescenta: “No topo do manifesto de Angelina está também a ideia de que todos somos criadores”.

Há sinais de que a equipe já está começando a deixar sua marca: na porta, há um estêncil com o logotipo do Atelier Jolie em tinta spray branca. “Isso foi meu filho que fez quando estava praticando”, diz Jolie orgulhosa de Pax, de 19 anos, que junto com Zahara esteve fortemente envolvido com a Atelier Jolie. Como mãe solteira de seis filhos, Jolie considera grandes empreendimentos como este um projeto para toda a família, e ela se torna expansiva e pessoal sobre o assunto quando a conversa se volta para seus filhos.

“Eu tinha 26 anos quando me tornei mãe. Minha vida inteira mudou. Ter filhos me salvou e me ensinou a estar neste mundo de forma diferente. Acho que, recentemente, eu teria ido para uma direção muito mais sombria se eu não quisesse viver por eles. Eles são melhores do que eu, porque você quer que seus filhos sejam. Claro que, por ser mãe, espero que tenham um lugar seguro e estabilidade. Mas também é para mim que eles riem – e os vejo tomando conta de tantos aspectos diferentes da nossa família.”

Ao descermos as escadas, ela e Giles Duley decidem encenar uma espécie de experimento de arte DIY (do it yourself / faça você mesmo): Jolie está envolta em um de seus casacos do tipo “trench coat” de cor creme – da marca sustentável “Another Tomorrow” – mas ela prontamente o tira em um canto iluminado do estúdio no térreo.

“Estamos tentando ver se podemos tirar fotos de tatuagens e transformá-las em patches”, diz ela. A ideia é tornar uma roupa apenas sua, em vez de simplesmente se livrar dela”. Ela vira as costas para a câmera de Duley e tira a roupa até a cintura, revelando sua densa rede de artes corporais. Helen Aboah e eu caminhamos em direção à porta, rapidamente nos envolvendo em conversas pequenas num esforço para dar privacidade a Jolie. Mas a estrela de cinema presente na sala parece não se incomodar.

As tatuagens que traçam a delicada figura de Jolie incluem uma palavra em árabe ao longo de seu braço direito, cuja tradução significa “força e esperança”, e outra frase em italiano cuja tradução significa “mas se movimenta”, uma frase famosa atribuída a Galileu Galilei depois que suas observações científicas reveladoras sobre o sistema solar o levaram ao tribunal.

“Meus filhos revirariam os olhos se estivessem aqui”, diz Jolie. “Eu era muito gótica quando era jovem. Eu era punk e não uma garota popular – eu ia a brechós, cortava coisas, queimava pequenos buracos com o cigarro em coisas: essa era eu quando adolescente e eu não trocaria isso por nada. No entanto, talvez essa parte de mim queira recuar.”

Para alguém criado na rebeldia, o modo de se vestir de Jolie tende para o minimalista e monocromático, com uma inclinação nitidamente contida e conservadora. Como uma mulher que está profundamente envolvida com causas humanitárias há décadas, ela claramente trabalhou duro para manter o foco no que está fazendo, não no que está vestindo. Ela prefere fazer compras para si mesma e trabalhar com alfaiates, em vez de contratar estilistas de celebridades. “Há mais livros do que roupas no meu armário. Não sou alguém que gosta de roupa para consumir a vida. E eu não gosto da ideia de ser ‘influenciada'”, admite ela.

Embora ela relute em admitir, sua abordagem da moda tem sido extremamente influente. Cada movimento de estilo que ela faz é anatomizado pelos fãs nas redes sociais e sua aparente relutância em fazer um espetáculo de si mesma só contribuiu para o estilo atual chamado “quiet luxury”. Hoje em dia, um site de moda que identifica com sucesso a escolha de Jolie ao usar um sapato no aeroporto, aparentemente não notável, pode gerar centenas de milhares de cliques. E é justamente esse poder que Jolie espera aproveitar daqui em diante.

“Acho um pouco engraçado que estejamos envolvidos com a moda, não acho que nenhum de nós esteja excessivamente ‘na moda'”, diz ela, referindo-se a si mesma e a seus filhos. “Mas como vivemos com as nossas roupas, elas fazem parte de quem somos e se tornam algo que é importante explorar, especialmente para os jovens”. O ateliê é exatamente o tipo de lugar que ela gostaria de ir com seus filhos. “Sempre quis levar minha família para um lugar onde eu pudesse dizer: sua roupa realmente te representa? Ela mostra absolutamente que você é? E você gosta? Acho que uma pessoa comum não pensaria que sim. Mas acho que a alfaiataria pode fazer isso por você.”

Como conta Jolie, o conceito de seu novo projeto nasceu do desejo de abordar de frente as conversas sobre auto apresentação e identidade. Ela lembra de uma dessas discussões familiares cruciais em torno da estreia em Los Angeles de seu filme da Marvel, “Eternos”, em 2021. “Eu não digo às crianças como se vestirem”, diz ela. “Mesmo quando eles eram pequenos, eu apenas colocava as coisas na frente deles.” O mesmo vale para aparições públicas: “Ninguém precisa ir a lugar nenhum se não quiser e se não quiser vestir alguma roupa específica, não veste”.

Naquela ocasião em particular, cinco de seus filhos se vestiram de forma entusiástica. E então Jolie decidiu fazer de sua aparência no tapete vermelho um experimento, reunindo peças de seu armário e deixando seus filhos escolherem. Na pilha: um vestido bege plissado da marca “Gabriela Hearst” que Shiloh – conhecida por seu estilo de alfaiataria inteligente e cortes de cabelo masculinos – optou por usar um look jovial sob medida. Zahara, por sua vez, selecionou um deslumbrante vestido de contas da marca “Elie Saab” do acervo da mãe, usado pela atriz no Oscar em 2014. “Fiz compras vintage com alguns deles também, acho que Knox estava usando tudo vintage. O corte foi bem inusitado, bem legal, pensei”, conta Jolie sobre o filho caçula, na época com 13 anos. “Quero que eles sejam eles mesmos”.

Mais tarde naquela manhã, Jolie decide fazer uma visita a Gabriela Hearst e me convida para ir junto. A dupla colaborou em uma coleção-cápsula com a marca “Chloé”, composta por roupas de noite diretamente inspiradas na sensibilidade silenciosamente sofisticada de Jolie. Ela está ansiosa para me contar mais sobre isso. Para Hearst, cujo mandato de três anos como diretora criativa da “Chloé” termina nesta temporada, o projeto é uma espécie de último obstáculo.

“Eu não percebi como existem poucas empresas de moda B-Corp por aí além da Chloé”, diz ela com um suspiro, enquanto caminhamos para o estúdio de Hearst em Chelsea. (A certificação ‘B-Corp’ é concedida para empresas que atendem e respeitam altos padrões de impacto social e ambiental.) “A Gaby trabalhou muito e não é pouca coisa,” acrescenta Jolie. Ela não está errada: graças a Hearst, a casa francesa se tornou, em 2021, a primeira marca de moda de luxo a ganhar o status de B-Corp.

Tendo visto os efeitos do deslocamento forçado devido ao clima em primeira mão, Jolie leva esse privilégio a sério. Ela se separou do UNHCR (ACNUR) em dezembro passado e está claramente procurando explorar novas maneiras mais imediatas de fazer uma contribuição significativa. “Passei mais de 20 anos da minha vida trabalhando com política externa, ajuda humanitária, deslocamento de pessoas, com leis relacionadas aos refugiados e continuei vendo a mesma situação piorar e os mesmos ciclos continuarem”, explica. “Agora quero mudar o foco e ver como podemos trabalhar em parceria com pessoas ao redor do mundo para trazer, não apenas treinamento de habilidades, mas uma real parceria de negócios. Eu realmente não acredito que o sistema atual esteja funcionando.” Hearst também vê potencial na parceria. “Admiro as pessoas que usam seus holofotes para iluminar aqueles que precisam e ela é o epítome disso,” diz Hearst que foi apresentada a Jolie por meio de um amigo em comum há alguns anos.

Pessoalmente, as duas têm um relacionamento leve como se fossem velhas amigas. Elas se acomodam no aconchegante escritório de Hearst com xícaras de chá verde e a conversa se torna divertida. “Lembra quando fizemos aquela ligação hilária pelo Zoom?”, diz Jolie. “Estávamos as duas seminuas, experimentando roupas uma para a outra.” Jolie pega seu telefone para encontrar as provas. “Eu tomei vinho”, diz Hearst com um sorriso. “Parece que tenho um monte de capturas de tela estranhas aqui”, diz Jolie rolando por suas fotos salvas no celular. “Não, espera, acho que é essa!”; em sua tela: uma foto obscura de Hearst semi-vestida. A estilista cora e as duas caem na gargalhada.

Jolie mostra outra imagem em seu telefone, uma foto de infância dela com a mãe, a atriz Marcheline Bertrand, que morreu em 2007, aos 56 anos, após uma batalha de oito anos contra um câncer de ovário e mama. Jolie, criança, está vestida com uma pequena capa de veludo preto e um adorável avental de crochê branco. “Essa foi a minha primeira capa”, diz ela com carinho. “Minha mãe era hippie, ela se chamava assim, e tinha muito orgulho. Ela não comprava muitas coisas. Ela amava seus veludos e suas camurças. Ela nunca foi de usar maquiagem, nem de fazer o cabelo. Ela não era uma pessoa chamativa, era elegante, natural.”

Este doce retrato de mãe e filha foi um ponto de partida para a colaboração com a “Chloé”, que provocou uma conversa maior entre as duas mulheres. “Angelina e eu temos basicamente a mesma idade e então descobri que sua falecida mãe teria a mesma idade que a minha mãe tem agora,” diz Hearst. Uma fotografia em preto e branco da mãe de Hearst – uma budista, mestra de taekwondo e pecuarista uruguaia de quinta geração – está apoiada numa mesa atrás dela. “Então comecei a pesquisar sobre a mãe de Angelina: sua beleza, sua força e sua graça.”

A coleção cápsula inclui uma dramática capa de veludo que vai até o chão e uma versão em tamanho adulto do avental de crochê de Jolie, feito à mão pelos artesãos da “La Fabrique Nomade”, uma organização em Paris que trabalha com refugiados. O vestido de seda, marca registrada de Jolie, surge em uma ampla gama de tons nude – sugestão de Zahara, que tem se esforçado para encontrar a combinação certa para seu tom de pele castanho escuro. “Obviamente, como mulher branca, nunca tive essa experiência”, diz Jolie com franqueza. “Isso nunca passou pela minha cabeça até que fomos fazer compras juntas e vi que havia muito espaço para melhorar” (84 por cento da coleção é feita com materiais sustentáveis e éticos).

Há muita alfaiataria também – um casaco preto de cintura estreita cortado em gazar de seda orgânica é um destaque – embora, no geral, o visual seja suavemente arredondado, não rigoroso, com ombros macios e formas curvilíneas. “Às vezes, a maneira como você se veste diz: ‘Não mexa comigo, estou com minha armadura. Mas quero que uma mulher se sinta segura o suficiente para também poder ser terna,” diz Jolie.

“Depois de passar por algo que me machucou, eu tive um terapeuta que perguntou se eu me arriscaria a usar uma roupa esvoaçante. Parece bobagem, mas presumi que calças e botas projetavam uma aparência ‘mais resistente’, uma pessoa mais forte. Mas eu estava forte o suficiente para poder ser terna? Na época, não. Eu me sentia vulnerável. Agora, eu me pergunto o motivo de não saber qual é o meu estilo porque ainda estou entendendo quem sou aos meus 48 anos. Acho que estou em transição como pessoa.” Ela faz uma pausa para organizar seus pensamentos.

“Eu me sinto um pouco pra baixo esses dias. Sinto que não sou eu mesma há cerca de uma década, de uma forma que não quero abordar.” Ela acrescenta que começou a trabalhar menos no cinema “há sete anos, apenas aceitando empregos que não exigissem filmagens longas”. Tínhamos muito o que curar. Ainda estamos encontrando nosso equilíbrio.” Ao o que parece, o Atelier Jolie faz parte desse processo. “Acho que parte disso também tem sido terapêutico para mim: trabalhar em um espaço criativo com pessoas em quem você confia e se redescobrir”, diz ela. “Espero mudar muitos aspectos da minha vida. E este é um que está olhando para a frente.”

Por volta da hora do almoço, Jolie recebe uma ligação de seu motorista: parece que ela está atrasada para um encontro com Pax – eles estão em busca de apartamentos em Nova York (Jolie acaba de assinar contrato para produzir o musical “The Outsiders” na Broadway). Jolie se vira para dar um abraço de despedida em Hearst.

“Na verdade, não sou alguém que tem muitas amigas, então este foi um salto interessante para mim”, diz ela. Hearst retribui o abraço e manda Jolie embora dando a ela uma barra de chocolate de sua marca favorita, Dick Taylor Craft Chocolate.

Na manhã seguinte, em um estúdio fotográfico no Brooklyn com Annie Leibovitz, vislumbres do lado rebelde e de espírito livre de Jolie aparecem. A fundadora do ateliê decidiu que um vestido branco plissado que ela mandou fazer sob medida para a sessão de fotos é simples demais. O que falta, ela insiste, é um toque pessoal, talvez alguns grafites. Ela pega um frasco de tinta spray rosa choque em cada mão e começa a trabalhar.

Nesta matéria: Jolie usa vestido de seda de baixo impacto e capa de veludo da Chloé x Atelier Jolie, Boutique Chloé SoHo e anel da marca Briony Raymond; Gabriela Hearst e Jolie vestem Chloé x Atelier Jolie; Helen Aboah usa joias da marca Briony e design da Atelier Jolie; Giles Duley usa design da Atelier Jolie; Jolie usa design da Atelier Jolie; Jolie usa vestido branco plissado sob medida e anéis da marca Briony Raymond; Jolie e Zahara usam joias da marca Briony Raymond e designs da Atelier Jolie; Pax usa design da Atelier Jolie; penteado de Angelina Jolie por Massimo Serini; maquiagem de Angelina Jolie por Lisa Houghton; editora fashion: Tabitha Simmons; cenografia: Mary Howard; produzido por AL Studio.

• Fonte: Vogue

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