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Jolie participa de força-tarefa visando fim da violência domestica

19 de janeiro de 2022

Nesta quarta-feira, dia 19 de Janeiro de 2022, a Enviada Especial do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados – Angelina Jolie – participou de uma força-tarefa nacional que busca acabar com a violência sexual e doméstica. Ela e outros membros do Senado norte americano pediram pela re-autorização da Lei da Violência Contra a Mulher.

Referida lei criou programas e forneceu apoio em resposta à violência doméstica, agressão sexual e perseguição, mas ela expirou há mais de dois anos nos Estados Unidos. A Câmara votou para re-autorizá-la em Março do ano passado, mas o Senado não. No vídeo, Jolie se manifestou dizendo:

“Mais da metade de todas as mulheres assassinadas mundialmente a cada ano, morreram pelas mãos de seus parceiros ou de outros membros de sua família. Mais da metade. O comportamento violento e controlador no interior dos lares é uma realidade aterrorizante para as famílias em todos os lugares, inclusive dentro de nossas casas, nos Estados Unidos.

Mas temos o direito democrático em nosso país, que muitos outros não possuem, de mudar nossas leis. De insistir que sejam atualizadas, fortalecidas e mantidas. É por este motivo que é tão doloroso termos passado quase uma década, sem que o Congresso consiga concordar em re-autorizar a Lei da Violência Contra Mulher. Todos nós, defensores e sobreviventes, esperamos, finalmente, conseguir uma re-autorização desta vez.

Nenhum de nós é ingênuo. Sabemos que isso é política. Mas aos Senadores que estão considerando votar nesta legislação, eu digo: por favor, entendam como um fato médico que quando crianças testemunham e sofrem violência doméstica, isso é considerado abuso infantil e pode causar estresse e trauma a longo prazo. E nós sabemos que oitocentas crianças foram assassinadas nos Estados Unidos desde 2008, depois de serem forçadas a voltar para um contato inseguro com pais abusivos, por um sistema legal desinformado e quebrado. Crianças como Caden, da Pensilvânia, e Pick, na Califórnia.

E, no entanto, os juízes que decidem casos de custódia e guarda, geralmente, não são obrigados a passar por treinamento sobre violência doméstica, sobre os riscos da letalidade e sobre os efeito dos traumas nas crianças.

Nós sabemos que os hematomas são os tipos mais comuns de lesões nos tecidos moles experimentados por sobreviventes de violência doméstica. E que os sobreviventes de violência negros, são mais propensos do que os sobreviventes brancos, a terem hematomas que mal são visíveis a olho nu. Apesar dos danos significativos e da dor que sentem durante as agressões.

E ainda assim, a maioria dos primeiro socorristas não tem acesso a tecnologias alternativas, como fontes de luz, que são cinco vezes mais eficazes em detectar hematomas em todos os tons de pele. E a maioria do diagnóstico e da detecção de machucados ainda é realizado pelo exame clínico da visão. Fazendo com que muitos sobreviventes sejam incapazes de provar que estão passando por um comportamento letal e de alto risco praticado por alguém, dentro de suas casas.”

Assista o vídeo abaixo e veja o discurso completo (lembre de ativar as legendas):

Capturas:

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