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Jolie é entrevistada pelo programa Good Morning America

21 de fevereiro de 2017

Nesta terça-feira, dia 21 de Fevereiro, Angelina Jolie concedeu uma entrevista exclusiva ao programa de televisão norte americano, “Good Morning America”.

A diretora de 41 anos, conversou sobre seu novo filme, que foi gravado no Camboja, e sobre o quão importante é esse país para ela. Ela também falou que tem se concentrado na sua família durante o processo de divórcio do ator Brad Pitt.

“Nós estamos focados no bem estar da nossa família. Então, nós estaremos mais fortes quando sairmos disso, porque estamos determinados a fazer isso como uma família”, disse Jolie.

Essas considerações a respeito do seu casamento surgiram quando ela falava sobre seu novo filme, “First They Killed My Father”, que foi gravado no Camboja, um país que “significa muito” para ela.

O filme, que será lançado pela Netflix em Setembro deste ano, é baseado no livro de memórias da ativista humanitária, Loung Ung, que foi lançado no ano 2000, com o mesmo nome, e que relata sua experiência como órfã de guerra sob o regime do Khmer Vermelho.

“Eu queria contar a história de Loung Ung, que é uma grande amiga minha,” disse Jolie, que co-escreveu o roteiro do filme juntamente com Ung.

A primeira vez que Jolie visitou o Camboja, foi no ano 2000, enquanto participava das gravações do filme “Lara Croft: Tomb Raider”. A cineasta se refere ao país como sua “segunda casa”.

Em 2002, ela adotou seu filho Maddox, agora com 15 anos de idade, em um orfanato da cidade de Battambang, no Camboja.

“Eu não sei muito sobre os pais biológicos do meu filho, mas eu acredito que eles devem ter passado por essa guerra. Eu queria compreender melhor Maddox e queria conhecer sua cultura de uma forma mais profunda. Por isso, eu quis contar a história deste país na sua língua nativa.”

“Portanto, estar nos sets de filmagens ao lado de Maddox, estudar a história deste país junto com ele e estar junto com seus compatriotas todos dias foi algo extraordinário”, disse Jolie. “Pax [seu outro filho, agora com 13 anos] também trabalhou no filme como fotógrafo e foi algo muito especial”.

Além de conversar sobre o filme, Jolie, que também é Enviada Especial do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (UNHCR/ACNUR), falou sobre sua preocupação com o humanitarismo global e sobre seu medo de que os refugiados tenham sido responsabilizados pela recente situação política.

“Usar táticas de medo e diferenciar grupos de pessoas com base em seus países, com base em suas religiões e acusá-los de serem pessoas das quais devemos ter medo, é uma política baseada no medo e isso não se aproxima da realidade do que realmente está acontecendo e sobre quem são essas pessoas”, disse ela ao apresentador Stephanopoluous.

Ao fazer o filme, Jolie apresentou uma visão clara de que gostaria de rodar o filme inteiramente no Camboja, no idioma Khmer cambojano, e com atores cambojanos – preferencialmente desconhecidos. Ela também disse que queria fazer justiça para o país, que é formado de pessoas que sofreram muito.

“Muitas das cenas que nós estávamos recriando, as pessoas, realmente, tinham passado por aquilo pessoalmente. Todos os dias nos sets é algo muito emotivo”.

No período histórico em que o filme de Jolie se passa, quase um quarto da população do Camboja, ou cerca de 1.7 milhões de pessoas, foi morta durante a ditadura brutal do Khmer Vermelho.

Jolie permaneceu, na maior parte, longe dos holofotes desde sua recente separação do ator Brad Pitt. Os dois atores estiveram juntos por mais de uma década e ficaram casados por dois anos, antes de Jolie ingressar com o pedido de divórcio no mês de setembro do ano passado. Em uma declaração conjunta divulgada em Janeiro, o dois anunciaram que iriam lidar com o iminente divórcio de forma privada, uma decisão que foi tomada visando o melhor interesse da família. Eles tem seis filhos juntos.

Fonte: ABC News

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