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Em comunicado, Angelina Jolie condena massacre na Nigéria

13 de janeiro de 2015

Para os brasileiros, a imagem da Nigéria é a da seleção de Copa do Mundo que dá algum trabalho para as de maior tradição, como aconteceu nas derrotas para a Argentina (3×2) e para a França (2×0) em 2014 no Brasil. Mas o país mais populoso e de maior economia da África (tendo superado a África do Sul pouco antes da Copa) vive hoje uma batalha bem mais dura contra o terror do Boko Haram, nome que significa “a educação não islâmica é pecaminosa”. As eleições presidenciais estão marcadas para 14 de fevereiro e a insegurança é o principal tema em foco.

No dia 3 de janeiro, o Boko Haram tomou um quartel da cidade de Baga, iniciando uma onda de terror que se estendeu por dezesseis localidades no Estado de Borno. Os jihadistas foram de casa em casa tirando os jovens em idade de combater e os executando na rua; descarregaram motocicletas de seus caminhões para perseguir até a morte os que fugiam; e queimaram vivos os que buscaram refúgio em construções. Nesta segunda-feira, o Exército nigeriano informou que pelo menos 150 pessoas foram mortas – embora testemunhas falem em até 2.000 naquele que teria sido o ataque mais mortífero praticado pelo grupo.

Em um comunicado divulgado nestan terça-feira, dia 13 de Janeiro, pela CNN, a atriz e Enviada Especial do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), Angelina Jolie, condenou o massacre de inocentes:

“Cada novo crime cometido pelo Boko Haram excede o último em brutalidade. Esta é uma consequência direta do ambiente de total impunidade em que o Boko Haram opera. Toda vez que eles saem impunes de assassinato em massa, estupro e escravização de mulheres e crianças, eles ficam mais encorajados.”

Jolie ainda pediu aos Estados Unidos e outras nações que ofereçam ajuda a Nigéria para “recolher provas e trazer os autores desses ataques à justiça”.

O texto foi retirado do artigo escrito por Felipe Moura Brasil para o site da revista Veja.