Angelina Jolie se encontra com refugiados em Malta
15 de setembro de 2014
No final da tarde deste domingo, dia 14 de Setembro, a Enviada Especial da UNHCR – Angelina Jolie – e o Alto Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, visitaram a sede das Forças Armadas de Malta (AFM). Acompanhados pelo vice comandante das Forças Armadas de Malta, o Coronel Mark Mallia, e pelo Coronel Spiteri, que está no comando das operações da AFM, eles conheceram as unidades da sede relacionadas com as operações de busca e resgate assim como também, as unidades do 4º. Regimento de Resgate, do Centro de Coordenação, da Base da Força Aérea e do Esquadrão Marítimo.
As AFM demonstraram cenários de busca e salvamentos simulados na costa de Malta usando um helicóptero. O Comissario das Nações Unidas expressou seu agradecimento através de grandiosas palavras de elogio com relação ao trabalho realizado pelo pessoal das AFM. Após a demonstração das capacidades de busca e salvamento Guterres disse:
“Quero prestar homenagem à coragem, determinação e generosidade dos membros e agentes das Forças Armadas de Malta que estão envolvidos em situações dramáticas no mar e que salvaram milhares e milhares de pessoas de afogamentos ou do risco de afogamentos no mar Mediterrâneo”.
O Sr. Guterres também enfatizou a importância do trabalho realizado pelas AFM, à luz das pessoas que fogem de seus países depois de passar por grandes tragédias pessoais, arriscando suas próprias vidas para encontrar um lugar melhor. A UNHCR também mencionou que o trabalho realizado pelas AFM deve ser reconhecido pela comunidade internacional e pediu por uma forte solidariedade e contribuição com Malta, visando reduzir as mortes no mar.
Mais de 2.500 pessoas se afogaram ou desapareceram tentando a travessia, só este ano, incluindo mais de 2.200 desde o início de junho.
Na capital de Malta, Valletta, Jolie também visitou famílias de refugiados sírios que sobreviveram a uma devastadora tragédia de barco, semelhante à tragédia que aconteceu em outubro do ano passado. Entre eles, um casal de Damasco, cujos três filhos pequenos morreram durante a travessia, e um médico de Aleppo, cuja esposa e filha de três anos de idade se afogaram. Metade das pessoas que chegam até a Europa de barco são refugiados da Síria e da Eritreia. Durante a visita, Jolie disse:
“Todos nós precisamos acordar para a escala da crise Há uma ligação direta entre os conflitos na Síria e outros lugares, com o aumento do número de mortes no mar Mediterrâneo. Nós temos que entender que o que leva as pessoas a dar o receoso passo de arriscar a vida de seus filhos ao viajar em lotadas e inseguras embarcações, é o enorme desejo de encontrar refúgio. Isso faz parte de um problema maior – o número crescente de pessoas desabrigadas por conta dos conflitos em todo o mundo, atinge, hoje, mais de 51 milhões. Se não combatermos as causas profundas destes conflitos, o número de refugiados que estão morrendo ou que são incapazes de encontrar proteção, irá continuar a aumentar”.
Parte do texto foi retirada do site da UNHCR do Reino Unido e da página oficial no Facebook, das Forças Armadas de Malta.
Fotos:
• TRABALHO HUMANITÁRIO > 2014 > 14/09/14 (1x)
• TRABALHO HUMANITÁRIO > 2014 > 14/09/14 #2 (28x)
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