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18 de junho de 2010

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Jolie retorna ao Equador e visita refugiados

Lagro Agrio, Equador, 18 de Junho (UNHCR)
Por Sonia Aguilar e Marie-Noelle Little-Boye em Lago Agrío, Equador
A Embaixadora da Boa Vontade da UNHCR, Angelina Jolie, retornou ao norte do Equador para ver como a situação mudou desde sua última visita feita ao país, oito anos atrás, para aumentar a conscientização sobre os menores desacompanhados e sobre a violência contra as mulheres refugiadas.
A atriz ganhadora do Oscar, que chegou na cidade de Lago Agrio nesta quinta-feira, visitou os campos de operação da UNHCR e a isolada comunidade de Barranca Bermeja, localizada em mata fechada às margens do Rio San Miguel que faz fronteira com a Colômbia. A pequena vila hospeda 34 famílias, sendo a maioria delas constituidas de refugiados que fugiram da violência que assola a Colômbia há décadas.
Em Lago Agrio, capital da provincia de Sucumbíos, ela conversou com uma mãe colombiana que conheceu em 2002. “Naquela época ela tinha muita esperança para o seu futuro” lembrou a Embaixadora da Boa Vontade e adicionou: “Ela recentemente se submeteu a um tratamento para o câncer. E ela continua a ter esperança.”
A ganhadora do Oscar também conheceu uma mulher refugiada em um abrigo para vítimas de violência doméstica, que é um sério problema na região. lgumas das mulheres do centro, gerido pela Federação das Mulheres de Sucumbíos, contou experiências horríveis de espancamento, incesto e outras formas de violência sexual. Algumas mulheres ainda tiveram que recorrer ao “sexo por sobrevivência” para obter moradia e para poder alimentar seus filhos. Outras foram, ainda, vítimas de exploração sexual.
Em Barranca Bermeja, Jolie passou um tempo na comunidade de lá e ficou impressionada com a força mental dos moradores para lidar com o sofrimento que passaram na Colômbia. Uma mulher fugiu depois de dois membros de sua família terem sido mortos – fugiu porque não queria que nenhum dos seus dois filhos também morressem.
Existem registrados cerca de 51.000 colombianos refugiados no Equador, mas a UNHCR estima que cerca de 135.000 pessoas estão precisando de proteção internacional. Esses dados fazem com que o Equador seja o país com a maior população de refugiados na Améria Latina. Muitos dos colombianos vivem em povoados remotos ao norte, como Barranca Bermeja, e muitos deles tem medo de procurar a ajuda da UNHCR e de seus parceiros.
“Passaram-se oito anos desde a última vez que estive aqui e a presença da UNHCR aumentou consideravelmente”. Observeu Jolie depois de chegar no Equador. “O pessoal da UNHCR está tendo que explorar partes mais densas das florestas para poder encontrar os refugiados, que vivem em locais muito remotos e em condições desesperadoras” ela adicionou.
“Eu quero voltar e me encontrar com pessoas mais vulneráveis e me concentrar na violência contra as mulheres e nos menores desacompanhados” explicou Jolie. “Estou muito feliz por poder reencontrar alguns rostos familiares dos refugiados que eu conheci durante a minha viagem em 2002.” As mulheres solteiras, meninas e afro-colombianas são as mais vulneráveis entre a população refugiada na região.
Ainda nesta sexta-feira, Jolie estará participando (às 14:00) de uma espécie de ‘vídeo conferência’ ao vivo que estará sendo transmitida do norte do Equador para Washington nos Estados Unidos, Damasco na Síria e para Dungu ao nordeste do Congo. O evento, que inclui refugiados, também teraá a partipação do Alto Comissário para os Refugiados, António Guterres, e da secretária dos Estados Unidos, Hillary Clinton. Este será um dos principais eventos da UNHCR para comemorar o Dia Mundial do Refugiado deste ano.

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