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Jolie e Paltrow relatam assédios de Harvey Weinstein

10 de outubro de 2017

Histórico de abuso do produtor de Hollywood vem sendo desmascarado nos EUA.

Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow, duas das maiores estrelas de Hollywood, revelaram nesta terça-feira, ao The New York Times, que também foram vítimas dos assédios do produtor Harvey Weinstein. No domingo, tanto o “NYT” quanto a “New Yorker” publicaram artigos que detalham o histórico abusivo do figurão da indústria cinematográfica.

“Eu tive uma experiência ruim com Harvey Weinstein na minha juventude e, como resultado, escolhi nunca mais trabalhar com ele de novo e avisar outras pessoas que viessem a fazê-lo”, disse Angelina por e-mail. Segundo ela, o caso ocorreu durante o lançamento de “Corações apaixonados” (1998), estrelado pela atriz e distribuído pela Miramax, empresa de Weinstein. “Este comportamento contra mulheres é inaceitável em qualquer campo e em qualquer país”.

Gwyneth, por sua vez, fez um relato ainda mais detalhado ao jornal. O executivo a contratou aos 22 anos para fazer o papel principal em “Emma” (1996), adaptação de Jane Austen. A atriz contou que Weinstein a convidou para ser quarto de hotel no hotel Peninsula Beverly Hills para uma “reunião de trabalho” que resultou no produtor “passando a mão nela e sugerindo que eles fossem para o quarto para massagens”.

“Eu era uma criança, era contratada, e fiquei paralisada”, disse Gwyneth. Na época, ela namorava com Brad Pitt, e relatou a situação para ele. Pitt confrontou Weinstein sobre o assédio. Logo depois, Gwyneth recebeu ameaças do figurão e foi avisada de que não deveria relatar o ocorrido para ninguém. Pitt confirmou a denúncia ao “NYT”.

“Eu pensei que ele ia me demitir. Ele gritava muito comigo. Foi brutal”, disse a atriz.

Ela voltaria a trabalhar em um filme distribuído pela Miramax pouco depois: “Shakespeare apaixonado”, que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz em 1999. A vitória, segundo Gwyneth, apenas a deixou mais nervosa para denunciar o caso de assédio.

“Agora, estamos em uma época em que as mulheres precisam mandar uma mensagem clara que isso acabou. Essa maneira de tratar as mulheres acaba agora”, concluiu.

Fonte: O Globo