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Angelina Jolie visita a sede da OTAN em Bruxelas

3 de fevereiro de 2018

Nesta última quarta-feira, dia 31 de Janeiro de 2018, a Enviada Especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR/ACNUR), Angelina Jolie, visitou a sede da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), na cidade de Bruxelas, na Bélgica.

Durante o evento, Jolie selou um acordo de colaboração com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, para acabar com a violência sexual em zonas de conflito, centrado no treinamento, supervisão e conscientização das tropas.

Na primeira visita oficial da Enviada Especial ao quartel geral da Aliança Atlântica em Bruxelas, Jolie denunciou o uso da violência sexual “como arma de guerra” e como uma “ferramenta crescente de conflito e insegurança no mundo”.

“O seu uso como arma de guerra é um problema incômodo a enfrentar para as sociedades”, lamentou Jolie, para quem “nenhum dos desafios que assumimos, desde conflitos civis até a crise global de refugiados, podem ser enfrentados sem prestar mais atenção às necessidades e direitos das mulheres”.

Neste sentido, explicou que centrou sua visita a conhecer “o papel potencial da OTAN em ajudar a criar uma maior responsabilidade global na luta contra a violência contra as mulheres”, e mencionou a necessidade de “aumentar a representação das mulheres “nas tropas” e reforçar o treinamento”.

Stoltenberg explicou que o acordo selado abrange três áreas: treino, supervisão e denúncia dos crimes, e a conscientização que “ajudará a colocar a violência sexual no ponto mais alto da agenda, e contribuirá para mudar comportamentos”.

O político norueguês defendeu que a Otan já tem programas extensivos de treino para soldados e civis que operam sobre o terreno e desdobrou “assessores de gênero” em suas operações no Kosovo e no Afeganistão.

Jolie, que centrou seu trabalho humanitário na atenção às mulheres em zonas de conflito e escutou os relatos de vítimas “jovens e adultas”, sublinhou que se encontrará com alguns destes assessores e comandantes militares para tratar vias de colaboração.

“Vamos analisar como fortalecer o treino já existente para combater a violência sexual”, assegurou Stoltenberg, que destacou, além disso, a necessidade de ser “mais rápidos e sistemáticos” na hora de denunciar estes crimes para acabar com a impunidade e “levar os perpetradores perante a justiça”.

A atriz de Hollywood destacou que “acabar com a impunidade” não é “só uma questão de proteger às mulheres “senão de “avaliar às mulheres”.

“Esta foi uma peça ausente durante gerações nos esforços para resolver e prevenir conflitos no mundo todo. Não pode haver paz e segurança duradouras sem igualdade de direitos e participação das mulheres nas sociedades”, concluiu.

Fonte: EFE

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